quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A Coluna De Natal - Artur Xexéo



O Globo 25/12/2013

Papai Noel tem sido rigoroso. Acha que Dirceu não se comportou bem durante o ano e está negando o presente. Tô dizendo que Papai Noel não está nada camarada este ano


Esta coluna e o Natal nunca se deram 
muito bem. Nãoque esta não seja uma das
datas favoritas do colunista.O colunista adora 
o Natal.Adora as comidas típicasda época. 
Adora músicas de Natal. Adora receber
presentes. O problema é que a publicação
da coluna e o Natal propriamente dito estão
sempre em desacordo. Como este texto é
fechado com antecedência e o colunista é
meio distraído, o mais comum de acontecer é
que a coluna nem se dê conta de que, como
diria Simone, então é Natal. Aí chega o dia 25,
todos os colunistas em volta desejam Feliz
Natal aos leitores, e eu banco o bobo falando
de uma novela que não faz muito sentido,
adiantando um candidato com chances de
ganhar a Mala do Ano ou chamando a atenção
para a bobagem de um político qualquer
(como se políticos não estivessem sempre fazendo
bobagem). Não que o uso de um avião
da FAB pelo senador Renan Calheiros para ir
a Pernambuco se submeter a um implante de
cabelo não seja um assunto que mereça ser
comentado aqui. Mas é que é Natal, poxa,
uma vez no ano a gente pode tentar esquecer
o baixo nível dos políticos brasileiros. E, depois,
pensando bem, o Renan acha mesmo
que implante capilar vá resolver seus problemas
de visual? Coitado!

A coluna paga mico maior ainda quando,
em vez de esquecer, o colunista se lembra de
que é Natal. Só que — eu já falei do fechamento
com antecedência, não falei? —, quase
sempre, quando ele se lembra, a coluna
acaba sendo publicada... depois da data máxima
da cristandade (é assim que se chamava
o Natal no meu tempo). Aí já é dia 26 ou 27,
todo mundo está pensando no Ano Novo, e o
colunista defasado encerra a coluna desejando
um Feliz Natal para seus leitores. Ninguém pensa
que ele está se referindo ao Natal do ano que
vem, embora seja esta a desculpa que ele costuma
dar aos que reclamam do atraso nos votos
de Boas Festas.

Mas, neste 2013, a coluna vai ser publicada
(pelo menos eu espero que esteja sendo) exatamente
no dia 25 de dezembro. Não dá para ignorar.
É Natal. Hoje é Natal. Eu tenho que usar a
data como assunto desta crônica. Mas este Natal
não está ajudando. Ele está pouco inspirador,
não está? Por exemplo, antigamente, quando
o Natal chegava, já era verão. E então eu pergunto:
cadê o verão? Mais cedo ou mais tarde,
eu sei que ele vai chegar. Mas Natal sem verão
não é Natal. Papai Noel tem sido bem pouco camarada
neste quesito.

É difícil escrever sobre o Natal com tanta notícia
triste nos jornais. As chuvas no Espírito Santo
e o acidente com o ônibus que vinha de Curitiba
tiram o estímulo de qualquer coluna que
pretenda se contagiar com o espírito de Natal.
Chuvas em excesso e acidentes nas estradas são
notícias que sempre acompanham o cotidiano
brasileiro, mas no Natal elas se tornam mais
tristes ainda. Se Papai Noel fosse mesmo camarada
suspenderia esse tipo de notícia, pelo menos
no Natal.

Li outro dia no blog do Fernando Moreira, aqui
no GLOBO, que um aposentado irlandês, cansado
de passar o Natal sozinho, pôs um anúncio no
jornal procurando companhia para passar com
ele a noite do dia 24. O blog em questão procura
notícias inusitadas em todo o mundo. Mas será
que um velhinho que passa as noites de Natal sozinho
é mesmo uma notícia inusitada? Quantas
pessoas não associam Natal à solidão? Muitas,
certamente, o que não ajuda em nada a nossa
busca por inspiração para uma coluna natalina.
Porque coluna triste, nem pensar. De triste
já basta o Natal de 2013.

Lendo o noticiário dos últimos dias, fico
imaginando o que cada um dos personagens
brasileiros que nunca deixam de ser
notícia pediram em suas cartinhas para Papai
Noel. Zé Dirceu, por exemplo, deve ter
pedido um emprego, qualquer colocação
que o livre da Papuda, pelo menos durante
o dia. Se o salário for de R$ 20 mil ou de R$ 2
mil, pro Dirceu tanto faz. Papai Noel tem sido
rigoroso. Acha que Dirceu não se comportou
bem durante o ano e está negando o
presente. Tô dizendo que Papai Noel não
está nada camarada este ano. Ele não atendeu
também ao pedido que chegou na cartinha
de Renan Calheiros. Ou vocês acham
que o implante capilar em Recife foi a primeira
opção do senador? Antes, ele tentou
receber o cabelo como presente de Natal.
Mas, como já percebemos, Papai Noel não
está dando colher de chá este ano.

Não tá fácil pra ninguém. Nem pra Papai
Noel. Aquele que um dia já foi chamado de
Bom Velhinho deve estar por aí distribuindo
biografias não autorizadas para os integrantes
do grupo Procure Saber. Implicante, esse
Papai Noel. Nem um pedido singelo, como o
de um colunista em busca de inspiração natalina,
ele é capaz de atender.

Mesmo sem inspiração — Zé Dirceu e Renan
Calheiros não inspiram ninguém —, a
coluna de Natal está quase chegando ao fim.
E publicada na data certa. Só falta desejar
Boas Festas para os fiéis leitores que, entra
ano e sai ano, entra Natal sai Natal, continuam
prestigiando este colunista pouco inspirado.
Então não falta mais: Feliz Natal

‘Trabalho para melhorar a NSA’

O Globo 25/12/2013

Snowden reaparece em entrevista e diz que seu objetivo ao vazar documentos já foi atingido


BARTON GELLMAN
Do “Washington Post”


-MOSCOU- A voz familiar ao telefone do hotel
não economizou palavras. Ele perguntou as
horas, checou a resposta com a precisão dos
ponteiros do próprio relógio, descreveu o local
do encontro e disse:
— Te vejo lá.
Entre turistas e locais, Edward Joseph Snowden
emergiu sozinho na hora marcada, esticou
a mão para um cumprimento e virou-se, indicando
um caminho. Em pouco tempo, guiou o
visitante a um espaço seguro, longe dos olhos
do público. Durante as mais de 14 horas de entrevista,
a primeira concedida ao vivo desde que
chegou a Moscou, em junho, Snowden não
abriu a cortina ou saiu. Apesar de a Rússia ter
lhe concedido asilo temporário até 1º de agosto,
ele continua um alvo de enorme interesse para
serviços de Inteligência cujos segredos ele desvendou
em escala épica.

Seis meses depois das primeiras revelações,
Snowden concordou em refletir sobre seu feito
e a repercussão de suas escolhas. Ele estava relaxado
e animado em dois dias de conversas
quase ininterruptas, movidas a hambúrgueres,
macarrão, sorvete e doces russos. Snowden permitiu
conhecer trechos de sua carreira na Inteligência
e da vida recente como um “gato trancado”
na Rússia. Mas sempre leva a conversa de
volta à vigilância, à democracia e ao significado
dos documentos que expôs.

— Para mim, em termos de satisfação pessoal,
a missão já está cumprida. Eu já venci. A partir
do momento em que os jornalistas puderam
trabalhar, tudo o que eu vinha tentando fazer foi
validado. Porque, lembre-se, eu não quis mudar
a sociedade. Eu quis dar à sociedade a chance
de decidir se ela deveria mudar. Tudo o que eu
quis foi que o público pudesse dizer como quer
ser governado. Passamos desse marco há muito
tempo. Agora, todos estamos pensando nos objetivos
complementares.


Snowden pensa de forma ordenada, com a
abordagem de um engenheiro para resolução
de problemas. E ele chegou à conclusão de
que uma perigosa máquina de vigilância em
massa agia livremente. Os mecanismos de fiscalização
do Congresso e do Tribunal de Vigilância
da Inteligência Estrangeira eram os “túmulos
do bom senso”, manipulados pela Agência
de Segurança Nacional (NSA), o órgão encarregado
de de mantê-los funcionais. Regras
de sigilo e classificação haviam criado muros
para impedir o debate público.
— Você reconhece que está agindo no escuro,
que não há nenhum modelo — afirmou Snowden,
admitindo não ter como saber se teria
apoio do público. — Mas quando você pesa que
a outra alternativa é não agir, percebe que algum
debate é melhor que nenhum debate. Porque
mesmo que a sua análise revele-se errada, o
mercado de ideias vai trabalhar isso. Se olhar de
uma perspectiva de engenharia, uma perspectiva
interativa, é claro que você tem que tentar alguma
coisa em vez de não fazer nada.


‘MEU COMPUTADOR ESTÁ VAZIO’

Em 22 de junho, o Departamento de Justiça
emitiu uma queixa criminal contra Snowden
por espionagem e roubo de propriedade do governo
— onde é visto como um sabotador imprudente.
Diz-se que ele quebrou um juramento
de sigilo, expressão que incute uma sensação
de traição. O diretor da NSA, Keith Alexander, e
o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper,
entre outros, têm usado essa fórmula. Mas
Snowden diz que o Formulário Padrão 312, o
acordo para não revelar informações secretas, é,
na verdade, um contrato civil. Ele o assinou,
mas depositou sua lealdade em outro lugar:
— O juramento de obediência não é um juramento
de sigilo. Esse é um juramento à Constituição.
Esse é o juramento que eu cumpri, mas
que Keith Alexander e James Clapper, não.
As pessoas que o acusam de deslealdade, disse
ele, confundem seu propósito.


— Eu não estou tentando derrubar a NSA, estou
trabalhando para melhorar a NSA. Eu ainda
estou trabalhando para a NSA agora. Eles são os
únicos que não percebem isso — afirmou.

Snowden garante que a maioria dos funcionários
da NSA acreditam em sua missão e
confiam em como a agência lida com os segredos
coletados de cidadãos comuns. Mas a
aceitação dessas operações não era universal.
E ele começou a testar essa hipótese
mais de um ano atrás, em conversas com colegas
e superiores: em outubro de 2012, ele
levou suas angústias a dois supervisores do
Diretório de Tecnologia da NSA e a outros
dois do Centro Regional de Operações contra
Ameaças, no Havaí. A eles e a outros 15
colegas, ele contou ter aberto o programa
BOUNDLESSINFORMANT, que usava mapas
coloridos para mostrar o volume de dados
coletados pela NSA. Muitos ficaram desconcertados
e vários outros disseram que não
queriam saber mais.

— Eles ficaram chocados ao ver que estamos

coletando mais dados sobre americanos nos
EUA do que sobre russos na Rússia — contou.
Antes de começar a revelar os documentos,
ele fez avaliação final dos riscos. E superou o
que, à época, chamou de “medo egoísta” das
consequências para si próprio:
— Eu te disse que o único medo que restava
era a apatia; que as pessoas não ligassem, que
não quisessem mudanças.

Os documentos chamaram a atenção porque
mostraram aos americanos uma história que eles
não sabiam que tinham. A revelação do projeto
MUSCULAR — que permitia acesso às redes de
fibra ótica que conectam os servidores de empresas
como Google e Yahoo mundo afora — irritou
e galvanizou empresas americanas. Mas Snowden
concentrou-se num ponto desde o início: o
estabelecimento de alvos individuais curaria a
maior parte do que ele acha errado na NSA.


UMA VIDA DE MIOJO E BATATAS FRITAS

Para Snowden, privacidade é um direito universal
aplicável a todos, igualmente:
— Eu não me importo se você é o Papa ou
Osama bin Laden. Desde que haja uma causa
individual, articulável, provável para colocar essas
pessoas na mira da Inteligência estrangeira
legítima, tudo bem. Eu não acho que pedir um
argumento provável seja impor um fardo ridículo.
Porque, você tem que entender, quando se
tem acesso às ferramentas que a NSA tem, uma
causa provável cai das árvores.


Apesar de muitas alegações, nos EUA, de
que “todo mundo espiona”, quando se trata
da espionagem de aliados, a notícia principal
para Snowden nem sempre é o alvo — como
no caso da vigilância das comunicações da
chanceler federal alemã, Angela Merkel.

— O que é revelada é a enganação do governo.
O governo americano disse: “Nós seguimos a lei
alemã na Alemanha. Nunca atingimos alvos
alemães”. E aí a história vem à tona dessa forma:
“Do que você está falando? Você está espionando
a chanceler federal. Vocês mentiram para o
país inteiro, diante do Congresso” — pontuou o
ex-técnico da CIA e da NSA.

Uma das grandes preocupações dos EUA é saber
se China e Rússia conseguiram acesso aos
arquivos do computador de Snowden — o pior
dos cenários, mas uma hipótese que três altos
funcionários da Inteligência creem não ser possível.
Numa missão anterior, Snowden havia ensinado
a fontes da Inteligência como operar em
segurança em “um ambiente digital de alto risco”,
num cenário onde a maior ameaça era a
China. Ele recusou revelar onde estão os arquivos,
mas se disse seguro de que não os expôs à
Inteligência chinesa quando esteve em Hong
Kong. E tampouco levou-os a Moscou.

— Não há nada aqui — disse ele, virando a tela
do laptop para o repórter. — Meu disco rígido
está completamente em branco.


A outra grande questão é o número de documentos
que Snowden copiou — calculado pelo
novo diretor da NSA, Rick Ledgett, em até 1,7
milhão. Há quem diga que ele deixou um mecanismo
de divulgação de todo o conteúdo caso
seja capturado. Ele não falou sobre isso. Mas,
horas depois, mandou uma mensagem criptografada:
“Isso soa como uma ideia suicida. Não
faria nenhum sentido”.

Tanto pelo temperamento como pelas circunstâncias,
Snowden é um homem reticente,
relutante em discutir detalhes de sua vida pessoal.
Durante esses dois dias, nunca baixou a
guarda, mas deixou uns poucos fragmentos
emergirem. Ele disse ser ascético. Vive comendo
miojo e batatas fritas. Recebe visitantes, e
muitos deles lhe levam livros. As edições se
acumulam numa pilha não lida. A internet é
uma biblioteca infinita e uma janela para o
progresso de sua causa.

— Sempre foi muito difícil me fazer sair de
casa. Eu simplesmente não tenho muitas necessidades...
Ocasionalmente há coisas para
fazer, coisas para ver, pessoas para encontrar,
tarefas para cumprir. Mas realmente
tem que ser algo com um objetivo, você sabe.
Caso contrário, contanto que eu possa sentar,
pensar, escrever e falar com alguém, isso
para mim é mais importante que ir para fora
olhar paisagens — revelou.

Na esperança de manter o foco na NSA, ele
tem ignorado os ataques pessoais.
— Deixe que digam o que quiserem. Isso não
é sobre mim — insistiu Snowden.

Ex-diretores da CIA e da NSA como Michael
Hayden preveem que Snowden vá se acabar
em Moscou, alcoólatra, como outros desertores.
Snowden dá de ombros: ele não bebe. E
nunca bebeu.

Mas ele sabe que sua simples presença é
munição fácil para os críticos. Ele não escolheu
o refúgio em Moscou como destino final.
Segundo ele, não houve outra escolha
desde que o governo americano cassou seu
passaporte quando ele tentava mudar de avião
rumo à América Latina. Seria estranho se
as autoridades russas não mantivessem um
olho nele, mas ninguém foi visto nos arredores
durante a entrevista. Snowden tampouco
tentou se comunicar furtivamente ou pediu
para que seu visitante o fizesse. Ele tem acesso
contínuo à internet e conversa diariamente
com jornalistas e seus advogados, desde o
primeiro dia na área de trânsito do aeroporto
moscovita Sheremetyevo.


— Não há nenhuma prova de que eu tenha lealdades
a Rússia, China ou a qualquer outro país
que não os EUA, como alegam. Eu não tenho
nenhum acordo com o governo russo. Não entrei
em nenhum tipo de entendimento com
eles. Se eu desertei, eu desertei do governo para
o povo — afirmou.









FERNANDO BRANT » Árvore, água e bola‏


FERNANDO BRANT » Árvore, água e bola
Estado de Minas: 25/12/2013 





O índio subiu na árvore e lá ficou por 27 horas. De lá foi retirado pelos bombeiros. Não sei se ele cantou a marchinha “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, mas não teve jeito e seu protesto esfumou-se sem cachimbo da paz. Eu também já fui de trepar, era assim que se dizia, em árvores. As minhas preferidas, e da turma de amigos de infância, eram os fícus que esverdeavam a Avenida do Contorno. Ficávamos ali horas conversando. Uns matavam aulas, outros apenas esperavam a hora da próxima pelada.

A bola é o primeiro e melhor brinquedo de todo menino. Fico vendo o Lucas e sua paixão por ela. Com 2 anos e meio, chuta com precisão e potência e a conduz com uma habilidade que crianças maiores não têm. Falando a verdade, tem adulto que é tão sem jeito que tropeça a todo momento diante do objeto sagrado.

Voltando às árvores, na escolinha de minhas meninas, no Balão, já se vai um bom tempo, as crianças que conseguiam se instalar, por contra própria, no alto da mangueira adquiriam um status especial, eram mais respeitadas, se tornavam líderes. A escola foi derrubada e se transformou em estacionamento, mas a mangueira continuou lá, e todo ex-aluno que passa pelo lugar descasca seus primeiros sentimentos de saudade.

A árvore, a bola, a água. Nascemos prontos para amar os três. As árvores ficaram mais difíceis de serem escaladas. As ruas da cidade não permitem mais esse tipo de brincadeira e os quintais sumiram com suas frutas domésticas. Por onde andam as jabuticabeiras, goiabeiras, laranjeiras e mangueiras? O progresso comeu.

A água continua à disposição em chuveiros e banhos de mangueira e todos se divertem com os jatos de felicidade que ela nos traz. Gritos de alegria explodem, sorrisos se abrem, enquanto o corpo é lavado para ficar pronto para novas estripulias.

Mas a campeã, a insuperável, é a bola. O menino, quando vê a bola, é dono do mundo. Seus olhos ganham beleza e energia, a humanidade ri quando se dá esse encontro. A bola rola entre os seus pés a caminho do campo de terra ou grama, e agora não é um, são vários os meninos enfeitiçados pelo brinquedo de couro, borracha ou meia.

Tudo que é redondo pode ser considerado bola no espaço dos meninos. O fascínio de todos cria o ambiente mais democrático que se conhece. Os preconceitos e as diferenças não existem, todos são iguais e solidários no drible, no passe e no gol.

Foi bela e estranha a imagem do índio escondido entre as folhas, em frente ao Maracanã. A autoridade tirou-o de lá e os repórteres não transmitiram com exatidão o que ele realmente pensou dessa intervenção estatal. Índios, com suas culturas tão diferentes da nossa, passam a impressão de pureza. E nos lembram nossos meninos, encantados pelas coisas naturais e simples da vida, como árvores, água e, principalmente, bola.

>> fernandobrant@hotmail.com

Frei Betto - Com Jesus, faça-se hoje menino‏


Com Jesus, faça-se hoje menino
Frei Betto

Estado de Minas: 25/12/2013 


Natal é festa de infância, ainda que tenhamos 90 ou 100 anos. A criança que fomos jamais morre em nós. Ao longo do tempo, ela inclusive nos salva da aridez da vida quando, na memória, a evocamos. São inesquecíveis as pessoas que cobriram nossa infância de carinho e cuidados. Falo por mim em meados do século 20, criança na Belo Horizonte com menos de 1 milhão de habitantes, toda arborizada e adornada de pulseiras de prata: os trilhos dos bondes. O tempo espreguiçava, e com tantas ladeiras e sem tantos prédios os olhos podiam admirar a policromia do crepúsculo que faz jus ao nome da cidade.

Na Serra do Curral, escalávamos o pico, ponteado pela cruz que a mineração predatória decepou. No Parque Municipal, alugávamos canoas e aprendíamos a remar. No quintal dos Dolabella, nos fartávamos de mangas. No canteiro gramado que dividia as pistas da Avenida do Contorno, jogávamos peladas. No Minas Tênis Clube, seu Macedo nos ensinava a nadar e a dominar cavaletes, barras e argolas de exercícios físicos. No Cine Pathé, as matinês de domingo protegiam no escurinho os primeiros namoricos. Ao fim da tarde, o incomparável sorvete de seu Domingos (que perdura e deveria ser tombado pelo patrimônio gastronômico mineiro).

O Natal se revestia de caráter religioso. Eram audíveis os sinos das igrejas, destacando-se o carrilhão da Igreja do Carmo. Escrevíamos cartas a Papai Noel, para garantir os presentes, mas tínhamos plena convicção de que se tratava da festa de nascimento de Jesus. Na sala de casa, o presépio à luz da árvore toda enfeitada. No Centro da cidade, a exposição do magnífico Presépio do Pipiripau (hoje no Museu de História Natural da UFMG), que encanta crianças e adultos. À noite, Missa do Galo, seguida da ceia em família, na qual jamais faltava rabanada.

Viramos adultos, e muitos de nós ficaram indiferentes à religião e insensíveis à liturgia. Deixamos que a “papainoelização” da data obscurecesse sua origem cristã. Filhos e netos já nem sabem recitar de cor uma oração. O que era alegria de uma festa virou ânsia consumista para, inclusive, tentar encobrir nosso débito com outrem: já que não me faço presente, dou-lhe presente. O que era expectativa, advento, agora é preocupação de não esquecer ninguém a quem nos sentimos na obrigação de presentear. O que deveria ser gratuidade torna-se compulsório. E somos tomados pela fissura de, seis dias depois, celebrar o réveillon, empanturrando-nos de comidas, bebidas e novos propósitos. Há que aproveitar o verão e as férias das crianças para sair de casa, viajar, descansar do trabalho, em busca de lazer na praia, no campo ou em algum recanto turístico, enfrentando estradas perigosas e preços abusivos.

Que tal uma viagem à criança que fomos? Se ousássemos, tudo ficaria mais simples. Livres de preconceitos, seríamos e faríamos os outros mais felizes. Talvez aquele amigo prefira uma boa conversa ao presente embalado com selo de grife. Despojados de agressividade, ciúme e inveja, não haveríamos de discriminar ninguém. Prestaríamos inclusive atenção naqueles que se privam das boas festas para garantir as nossas: garçons, cozinheiras, camareiras, faxineiras, guardas rodoviários, porteiros e seguranças. Então, sim, nossos corações, quais presépios, estariam abertos e prontos a acolher Deus que se fez um de nós no Menino de Belém.

A arte de relacionar-se‏


Leonardo Reis
Marchand da Errol Flynn Galeria de Arte
Estado de Minas: 25/12/2013 


Muito se discute sobre o poder transformador da cultura. A força do conhecimento é inegável na vida das pessoas. Entretanto, depois de quase 15 anos dedicados às artes plásticas, digo que os benefícios vão além de formar bagagem cultural dos indivíduos. Conviver com a arte, em suas diversas expressões tem também a ver com relacionamento. Lidar com o universo artístico ensina a relacionar-se com as outras pessoas e consigo mesmo. A cultura é a expressão dos relacionamentos sociais.

Uma obra de arte é a expressão da alma de um artista. O homem se apropria de técnicas como aquarelas, esculturas e pinturas para retratar suas emoções mais puras, sem a contaminação típica de uma exposição oral. Ao se apropriar do pincel, o artista está transparecendo grande diversidade de pensamentos através do resultado final. Cada objeto artístico tem um valor singular por corresponder a um momento único de autorrevelação artística. Uma prova disso é que certos autores criam marcas próprias que podem ser reconhecidas imediatamente, segundo o seu estilo de trabalho. É a chamada “digital artística”.

Exprimir-se por meio de uma obra de arte é uma das formas de relacionar-se com nossa essência. O equilíbrio emocional resultante desse trabalho é tão grande que alguns projetos de assistência a pessoas com problemas mentais utilizam a arte como forma adicional de expressão da emoção. A leitura dos desenhos e pinturas criados fica mais fácil para compreender qual sentimento dominou naquele momento, seja positivo ou negativo.

Quando a obra de arte sai do ateliê e segue para uma exposição, o relacionamento do autor com o público e com os expositores ganha novas proporções. A função do marchand está muito relacionada à captação de obras e à apresentação e valorização de novos artistas. Isso quer dizer que ele mantém constante contato com artistas, devendo criar laços fortes de confiança para que a convergência de forças culmine em um grande sucesso. Ambos estão praticando suas habilidades relacionais, de convencimento e negociação. Após a captação de uma obra, em geral, inicia-se a exposição. O simples ato de curadoria de uma exposição já pressupõe a seleção de uma mensagem que será passada ao público. Quando um marchand seleciona as peças que farão parte de uma mostra, seja coletiva ou individual, está formulando uma narrativa que deve ser transmitida aos visitantes. Assim, cria-se um laço entre o artista, a galeria e o público.

Manter um espaço aberto a visitação é, por si só, uma forma de relacionamento. Grande parte das exposições realizadas na cidade é gratuita, garantindo oportunidade a um universo maior de pessoas terem acesso à cultura. Receber o público e observar como cada pessoa lê as mensagens de uma obra de forma diferente é um momento único. A interpretação do significado de uma peça varia conforme a bagagem cultural do indivíduo, suas experiências pessoais e seu estado emocional no momento. Simples recursos de cor e textura podem transportar pessoas para memórias afetivas inimagináveis.

Quando o público entra em contato com a obra, fecha-se um ciclo de relacionamento entre pessoas que, provavelmente, não se conhecem. As artes plásticas são instrumento de transmissão de mensagens, de conhecimento e de aproximação entre indivíduos que nunca se viram, mas têm algo em comum: a necessidade de conviver com o próximo e de expressar suas emoções. Nada une mais as pessoas que a essência de si mesmo. 

VITILIGO » Marcas na pele podem refletir a alma‏


VITILIGO » Marcas na pele podem refletir a alma Doença autoimune, o vitiligo está muito ligado a questões emocionais, dizem especialistas.Pesquisa feita na PUC-PR relaciona o gene DDR1 ao surgimento das manchas 

Celina Aquino
Estado de Minas: 25/12/2013 


 (istockphoto)

Dizem que a última rainha da França não conseguiu esconder o desespero no fim da vida. Maria Antonieta acordou com manchas brancas espalhadas pelo corpo no dia em que seria guilhotinada em praça pública. Era vitiligo. Ainda são desconhecidas as causas da doença que afeta a pigmentação da pele, mas sabe-se que há um importante componente psicológico. "É evidente a influência do emocional. A maioria dos pacientes são estressados e ansiosos, alguns sofreram traumas. Impressiona ver que as manchas podem aparecer da noite para o dia", comenta o dermatologista de Brasília Roberto Doglia Azambuja, que lida com o vitiligo há 37 anos. Recentemente, pesquisadores brasileiros descobriram um dos genes que está associado ao surgimentos das manchas.

O vitiligo é uma doença autoimune que promove a destruição pelo próprio organismo dos melanócitos, células responsáveis pela produção do pigmento melanina. O processo pode ser bem repentino, assim como ocorreu com Maria Antonieta. "O choque emocional pode estar ligado ao vitiligo, mas não é a sua causa. O estresse desencadeia a doença em pessoas com predisposição genética", esclarece o dermatologista Caio de Castro, professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e chefe do ambulatório de vitiligo da Santa Casa de Curitiba. Ele é o coordenador da pesquisa que apontou o gene DDR1 como um dos ligados à adesão dos melanócitos à pele. Castro acredita que a descoberta vai contribuir para o desenvolvimento de remédios voltados para a doença que ele considera ser órfã, já que ainda não existe um tratamento elaborado especificamente para ela.

As manchas podem aparecer em qualquer lugar do corpo, mas Castro informa que elas são mais comuns em áreas de atrito. Por isso, o vitiligo se manifesta com mais frequência nas mãos e no rosto. Os pelos podem ficar brancos e é comum no início da doença a queixa de coceira. A sensibilidade na pele permanece inalterada. "Algumas pessoas podem ter diminuição de audição e inflamação nos olhos quando a doença ataca os melanócitos dos ouvidos e dos olhos, o que é raríssimo. O vitiligo doi mais na alma", diz o dermatologista paranense.

O medo dos pacientes é de que as manchas se espalhem. Não há como garantir o resultado, mas de qualquer maneira é importante iniciar o tratamento o mais rápido possível. O ideal é procurar acompanhamento médico com menos de cinco anos porque ainda há melanócitos vivos. A meta é estimular as células produtoras de melanina do entorno (tanto as que estão na pele quanto as que pigmentam os pelos) a migrar para a mancha. Logo, as áreas com pelo respondem melhor ao tratamento. Pelo mesmo motivo, quem tem tendência a desenvolver a doença não deve fazer depilação a laser. Os pelos podem ser úteis caso um dia seja necessário estimular a pigmentação da pele.

FOTOTERAPIA Além de usar medicamentos tópicos e orais, os pacientes podem ser submetidos ao tratamento fototerápico com radiação ultravioleta. A cabine é indicada para casos em que mais de 30% do corpo está tomado pela doença. Já com laser ou lâmpada os raios são direcionados para cada mancha separadamente. Apesar de a fototerapia apresentar bons resultados, o pesquisador da PUC-PR Caio de Castro destaca o inconveniente de haver um limite de exposição, já que a técnica pode aumentar o risco de câncer. Para os raios UVA, são 200 sessões, enquanto o máximo para a radiação UVB ainda não está estabelecido.

O dermatologista também lamenta que o tratamento esteja disponível apenas nos grandes centros, o que dificulta a vida de pacientes do interior, que precisam faltar ao trabalho e gastar dinheiro com o deslocamento para ir ao médico. O médico defende que o ideal seria um remédio para tomar em casa. A boa notícia é que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizou há pouco tempo o tratamento para vitiligo, que não é barato. Trinta sessões de fototerapia podem custar de R$ 1 mil a R$ 2 mil.

"O arsenal de tratamento é muito pequeno, por isso precisamos de mais pesquisa. Há um laboratório no Brasil desenvolvendo novos medicamentos, mas nada tão animador", revela o dermatologista, adiantando que o próximo medicamento para vitiligo, uma injeção que estimula a pigmentação, pensada originalmente para porfiria (outra doença de pele), é uma invenção de pesquisadores australianos e deve chegar ao Brasil em três anos. Nos Estados Unidos, está em teste um análogo de hormônio que poderá ser usado para aumentar a produção de melanina.

PALAVRA DE ESPECIALISTA » Forte influência emocional

Roberto Doglia Azambuja - dermatologista

"Não adianta nada medicar sem olhar para o lado emocional. No consultório, aplico técnicas integrativas como a hipnose, que promove o relaxamento muscular profundo e facilita o acesso ao inconsciente. O trabalho é para retirar o elemento emocional que está contribuindo para o vitiligo. Pode ser que isso contribua para a repigmentação, pode ser que não. Muitos fatores influenciam", ressalta o médico. Azambuja entende que o paciente precisa ter persistência, disciplina e crença. Levar uma vida mais saudável também contribui para o tratamento. "O estresse é a maior causa de adoecimento. É fundamental que a pessoa aprenda uma respiração natural e mantenha a musculatura relaxada para viver bem, senão vai estar o tempo todo afetando o sistema imunológico."

O QUE SE SABE SOBRE A DOENÇA


» A prevalência é de 0,5% na população mundial. Na Índia, o número chega a 1%. Suspeita-se que tenha relação com o alto consumo de curry, tempero que aumenta o processo inflamatório da doença.

» A idade média de início é 24 anos, mas a doença pode acometer pessoas de qualquer idade. Há
casos, inclusive, em que ela aparece nos primeiros
dias de vida.

» Em pacientes com vitiligo, a tendência é maior de envelhecimento da pele e queimadura, por isso é recomendado evitar exposição ao sol. A doença não tem relação com câncer de pele.

» É uma doença bem antiga. Até na Bíblia ela está citada, em hebraico, com o nome tzaraat.

» É perfeitamente possível ver um paciente com vitiligo ser curado, mas não há como o médico garantir que as manchas vão desaparecer com o tratamento.

» Não passa necessariamente de pai para filhos. Quando retorna à mesma família, a doença com influência genética costuma pular gerações.

» Não é uma doença contagiosa.

DEPOIMENTOS



Maria do Socorro Dourado de Souza
71 anos, aposentada

"Estava no shopping quando minha filha viu uma mancha na minha pálpebra. Tinha voltado da praia, então achei que pudesse ser uma micose. Meu marido estava em estado terminal e à medida que ele foi piorando, foram aparecendo pequenas manchas no meu rosto. Elas não me incomodavam, para mim era insignificante. No meu aniversário de 70 anos, fiquei tensa com a casa cheia. Quando todo mundo foi embora, percebi que meu rosto estava todo manchado e havia marcas também nas mãos e nas pernas. Iniciei o tratamento, mas toda a melhora foi por água abaixo porque minha filha ficou hospitalizada e meu prédio foi assaltado na mesma época. O que me atrapalha é a vergonha. Fico escondendo as mãos, mas tenho esperança de que vou ficar livre disso um dia. Nunca devemos desistir."


Artur Christofaro Alves
9 anos, estudante
"Na aula de educação física, a professora me perguntou que mancha era aquela debaixo do olho. Ela já tinha tido vitiligo e ligou para a minha mãe. Disse que era bom tratar o mais rápido possível. Fiquei desesperado com medo de ser uma doença grave. Quase todo primeiro dia de aula meus colegas perguntam o que é. Ficam com medo de ser contagioso. Não gosto de ter a mancha, mas não me sinto diferente dos outros. Para quem descobre que tem vitiligo, eu diria que não precisa se preocupar. Se cuidar muito bem, não vai acontecer nada de ruim. Tem só que lembrar de se expor
menos ao sol."

TeVê


Estado de Minas: 25/12/2013 

Noite de diva 


 (Capitol Records/Divulgação)

Em época de Natal é assim: panetone, leitão e muitos filmes e musicais. Para embalar a festa, o Multishow sai na frente com Katy Perry (foto) e Lady Gaga no iTunes Festival deste ano, começando pontualmente às 21h30. No mesmo horário, na Cultura, Arnaldo Antunes participa da edição especial do Metrópolis. E no SescTV, às 22h, vai ao ar um resumo com o que de melhor rolou no Festival Batuque de 2012, em Santo André (SP), com apresentações de Los Sebosos Postizos; Rodrigo Campos; Kamau; Doncesão & Pizzol + DJ Nato PK; Projetonave + Indee Styla; e BNegão e Seletores de Frequência.

SescTV leva assinante a
passeio pela Casa Daros


Por falar em SescTV, a série Artes visuais mostra hoje a exposição Cantos – Cuentos colombianos realizada pela Casa Daros, em Botafogo, no Rio de Janeiro, em março de 2013, sobre a arte contemporânea colombiana. O programa vai ao ar às 21h30.

Nepomuceno entrevista
o diretor Júlio Bressane


No Canal Brasil, hoje tem episódio inédito de Sangue latino, às 21h30, com uma entrevista com Júlio Bressane, cineasta brasileiro vencedor de diversos prêmios. No bate-papo com o jornalista Eric Nepomuceno, o diretor fala, em tom poético, sobre sua vida e de temas como a amizade e como lidar com o erro.

Programação de filmes
parece que não tem fim

E se o assunto é cinema, o assinante que se prepare, porque o pacotão de filmes hoje está mais pesado que o saco de Papai Noel. O Telecine Cult, por exemplo, vive de reprises, mas com qualidade, selecionando comédias e aventuras que foram sucesso na década de 1989, emendando oito fitas: Um hóspede do barulho (10h), O milagre veio do espaço (12h05), Te pego lá fora (14h), Quero ser grande (15h40), Um príncipe em Nova York (17h35), De volta para o futuro (19h50), E.T. – O extraterrestre (22h) e Apertem os cintos... O piloto sumiu (0h10). O Telecine Pipoca faz parecido, com cinco atrações típicas: Os filhotes da Mamãe Noel (9h30), Um Natal bom pra cachorro (11h10), Afinados pro Natal (12h50), Um Natal para recomeçar (14h35) e Esqueceram de mim 5: sozinho no Natal (16h25). O Telecine Fun foi mais modesto, com dois filmes de Whoopi Goldberg: Mudança de hábito (16h15) e Mudança de hábito 2: mais loucuras no convento (18h05).

É preciso preparo para
enfrentar a maratona


Nem pense que acabou. O Megapix valoriza as crianças corajosas de Pequenos espiões (16h15), Pequenos invasores (18h), As crônicas de Nárnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupa (19h45) e Percy Jackson e o ladrão de raios (22h20). No Studio Universal ficou assim: O meu amigo imaginário (9h15), Estrada para o amor (11h e 16h15), Querem acabar comigo (12h45), Reencontro com o Natal (14h30), Uma estrela em minha vida (20h) e O Grinch (21h45). No TBS, mais oito produções temáticas: Os 12 cães de Natal: o grande resgate (7h55), Tirando a maior onda (9h30), Natal S.A. (10h20), Santa Buddies: uma aventura de Natal (12h10), Meu papai é Noel 2 (14h10), Sobrevivendo ao Natal (16h), Titio Noel (17h35) e Simplesmente amor (19h35, com reprise às 22h).



CARAS & BOCAS » Presentão de Natal
Simone Castro

Maísa Silva e colegas comandam especial gravado no Circo Tihany   (Lourival Ribeiro/SBT)
Maísa Silva e colegas comandam especial gravado no Circo Tihany


O SBT/Alterosa preparou vários programas para compartilhar com o telespectador em comemoração ao fim de ano. Hoje, às 22h15, entra no ar o especial Carrossel, um show inédito gravado no Circo Tihany, em São Paulo, com a participação dos atores da telenovela, adaptada pela autora Íris Abravanel, entre eles Maísa Silva, Larissa Manoela e Jean Paulo Campos. A apresentação é de Eliana e estarão presentes, ainda, as Chiquititas, banda Restart, MC Jenny, Simony, Roberta Tiepo e artistas circenses. O evento reuniu cerca de 2 mil convidados e emocionou a todos. Amanhã, o humorístico A praça é nossa mostra as diferentes formas que a trupe escolheu para desejar o melhor da data para o seu público. Depois, os fatos mais importantes do ano serão lembrados na Retrospectiva 2013. No domingo, o programa Eliana traz a grande final do quadro “Fenômenos do YouTube”.

NADJA HADDAD TROCOU
A BANDEIRANTES PELO SBT


Nadja Haddad é a nova contratada do SBT. Ela será repórter da Web TV e de projetos especiais. Sua primeira missão será o Verão Jequitimar, apresnetando os shows de Anitta, Leonardo, Jota Quest e Só pra Contrariar, nos sábados de janeiro, na Arena Sofitel Jequitimar. Em seguida, Nadja integra a equipe do SBT Folia, em Salvador, realizando flashes durante a programação.

VAGA DE SABRINA SATO VAI
FICAR COM DESCONHECIDA


É consenso entre direção, produção e integrantes do Pânico na Band: para a vaga de Sabrina Sato, que se transferiu para a Record, nada de celebridades. O interesse é em uma total desconhecida. A escolha da eleita só deverá ocorrer mais para a frente, talvez entre fevereiro e março. Nada, portanto, será feito com pressa. A avaliação é de que não há essa urgência toda.

LUCIANA GIMENEZ REALIZA
O SONHO DE CONVIDADOS

No Superpop especial de Natal, hoje, às 22h20, na RedeTV!, Luciana Gimenez fará uma surpresa para seus convidados. Ela realiza o sonho de cada um deles, em momentos que prometem emocionar o telespectador.

SÉRIE SOBRE ESTRADA REAL
VOLTA COMO MARATONA


O Bem cultural comemora o Natal com uma maratona da série “Caminho religioso da Estrada Real”. Hoje, das 19h às 20h30, na Rede Minas, o telespectador assiste a um inventário da fé cristã, em quatro episódios seguidos.

DAMAS DA TV RECEBE HOJE
A ATRIZ ARACY BALABANIAN


A homenageada de hoje do programa Damas da TV, às 21h, no canal pago Viva, é a atriz Aracy Balabanian, que interpretou personagens memoráveis, como a dona Armênia, Maria Faz Favor, Cassandra e Filomena Ferreto, entre outras. Numa retrospectiva da sua carreira, ela conta que o papel que a marcou mais foi a Heloísa, de Antônio Maria, exibida em 1967 pela Tupi. “Meu pai tinha me dito quando comecei: ‘Você nunca terá a capacidade desse ator’, que era o Sérgio Cardoso. Ele me lançou esse desafio e, de repente, foi obrigado a me ver trabalhando ao lado de seu ídolo”, explica.

RUMO AO ALTAR

Depois de muitas especulações contra e a favor, finalmente a Bandeirantes decidiu desengavetar o reality show Quem quer casar com meu filho?, gravado no ano passado, sob o comando de Adriane Galisteu. Vale destacar que a apresentadora já não integra o elenco da emissora. O martelo foi batido e a estreia definida para 6 de janeiro, às 22h30. A atração, com 10 episódios no total, ocupará o horário do CQC, que estará de férias. O mote do programa é a busca pelo grande amor. São cinco filhos, entre eles um gay, que contam com o apoio de suas mães para encontrar a cara-metade.

viva
Thiago Fragoso, que já foi protagonista em algumas tramas e se destaca como o chef Niko, de Amor à vida (Globo).


vaia

Afinal, as personagens Edith (Bárbara Paz) e Tamara (Rosamaria Murtinho) saíram de Amor à vida?

simone.castro@uai.com.br