Estreia madura em ficção
Carlos Herculano Lopes
Estado de Minas: 29/07/2014
Paranaense nascido em Londrina, no Norte do estado, Rodrigo Garcia Lopes percorreu longo caminho na literatura até publicar seu primeiro romance, O trovador, com o qual foi um dos contemplados com a Bolsa Funarte de Criação Literária, e que acaba de sair pela Editora Record.
Formado em jornalismo, antes de lançar-se na ficção Rodrigio escreveu alguns livros de poemas, entre eles Solarium (Iluminuras, 1994); Visibila (Sete Letras, 1997); Polivox. Poemas (Azougue Editoria, 2001) e Nômada (Lamparina, 2004). Em meados da década de 1980, fez uma viagem de dois anos pela Europa e na volta criou a revista literária Hã. Algum tempo depois, nos anos de 1990, foi para os Estados Unidos, onde fez mestrado na Arizona State University, com tese sobre os romances de William Burroughs, escritor da geração beat que surgiu nos EUA na década de 1950, e balançou os alicerces culturais do país.
Foi também durante esse período passado na América do Norte que Rodrigo Garcia Lopes teve a chance de realizar 19 entrevistas com famosos como John Asbery, Marjorie Perloff, Allen Ginsberg, Nam June Paik, Carlhes Bernstein, além do próprio William Burroughs, entre outros. Trabalho de fôlego, hoje referência para os que estudam a obra dessa turma. As conversas vieram a público com o livro Vozes & visões: panorama da arte e cultura norte-americana de hoje, lançado pela Iluminuras em 1996.
Com todo esse currículo, e ainda tradutor de diversos livros de poemas de autores como Walt Whitman, Sylvia Plath e Arthur Rimbaut, Rodrigo Garcia Lopes se sentiu à vontade para fazer ficção, sem o impulso impensado dos apressados, que depois costumam se arrepender amargamente.
Não foi o que ocorreu com O trovador, que chega maduro às livrarias, e no qual o escritor conta uma história enigmática, com todos os ingredientes das boas aventuras policiais, cujo cenário passa pela Londrina dos anos de 1930, quando começou a exploração de café e madeira no Norte do Paraná.
A trama começa quando uma palavra de origem provençal e um poema enviado a Eduardo VIII, rei da Inglaterra, são encontrados em um pedaço de papel deixado na boca de um morto, uma vítima a mais de vários assassinatos ocorridos no Sul do país. Desvendar esse mistério caberá a um detetive, tradutor e intérprete, que é mandado ao local do crime. A partir daí, num ritmo alucinante, a narrativa de Rodrigo Garcia Lopes, segundo Joca Reiners Terron, que fez o prefácio, entrega tudo ao leitor, “menos a traição.”
O trovador
>> De Rodrigo Garcia Lopes
>> Editora Record
>> Romance, 406 páginas
>> R$ 45
Carlos Herculano Lopes
Estado de Minas: 29/07/2014
Rodrigo Garcia Lopes lança o romance O trovador depois de longa experiência literária |
Paranaense nascido em Londrina, no Norte do estado, Rodrigo Garcia Lopes percorreu longo caminho na literatura até publicar seu primeiro romance, O trovador, com o qual foi um dos contemplados com a Bolsa Funarte de Criação Literária, e que acaba de sair pela Editora Record.
Formado em jornalismo, antes de lançar-se na ficção Rodrigio escreveu alguns livros de poemas, entre eles Solarium (Iluminuras, 1994); Visibila (Sete Letras, 1997); Polivox. Poemas (Azougue Editoria, 2001) e Nômada (Lamparina, 2004). Em meados da década de 1980, fez uma viagem de dois anos pela Europa e na volta criou a revista literária Hã. Algum tempo depois, nos anos de 1990, foi para os Estados Unidos, onde fez mestrado na Arizona State University, com tese sobre os romances de William Burroughs, escritor da geração beat que surgiu nos EUA na década de 1950, e balançou os alicerces culturais do país.
Foi também durante esse período passado na América do Norte que Rodrigo Garcia Lopes teve a chance de realizar 19 entrevistas com famosos como John Asbery, Marjorie Perloff, Allen Ginsberg, Nam June Paik, Carlhes Bernstein, além do próprio William Burroughs, entre outros. Trabalho de fôlego, hoje referência para os que estudam a obra dessa turma. As conversas vieram a público com o livro Vozes & visões: panorama da arte e cultura norte-americana de hoje, lançado pela Iluminuras em 1996.
Com todo esse currículo, e ainda tradutor de diversos livros de poemas de autores como Walt Whitman, Sylvia Plath e Arthur Rimbaut, Rodrigo Garcia Lopes se sentiu à vontade para fazer ficção, sem o impulso impensado dos apressados, que depois costumam se arrepender amargamente.
Não foi o que ocorreu com O trovador, que chega maduro às livrarias, e no qual o escritor conta uma história enigmática, com todos os ingredientes das boas aventuras policiais, cujo cenário passa pela Londrina dos anos de 1930, quando começou a exploração de café e madeira no Norte do Paraná.
A trama começa quando uma palavra de origem provençal e um poema enviado a Eduardo VIII, rei da Inglaterra, são encontrados em um pedaço de papel deixado na boca de um morto, uma vítima a mais de vários assassinatos ocorridos no Sul do país. Desvendar esse mistério caberá a um detetive, tradutor e intérprete, que é mandado ao local do crime. A partir daí, num ritmo alucinante, a narrativa de Rodrigo Garcia Lopes, segundo Joca Reiners Terron, que fez o prefácio, entrega tudo ao leitor, “menos a traição.”
O trovador
>> De Rodrigo Garcia Lopes
>> Editora Record
>> Romance, 406 páginas
>> R$ 45
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