quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Saraiva pode vender setor on-line para Amazon


Empresa afirma que não comenta rumores

DE SÃO PAULO

Depois da Bloomberg, há duas semanas, ontem foi a vez de a agência Reuters noticiar que a Amazon está negociando a compra da Saraiva. Procurada, a Saraiva diz que não comenta rumores.
Citando fontes não identificadas, a reportagem da Reuters diz que a Saraiva está negociando a venda da sua operação de e-commerce.
A chegada da Amazon era aguardada para este semestre, mas a empresa american teria adiado os planos para o ano que vem.
A Saraiva é a maior rede de livrarias do país, com 102 lojas, e o negócio eliminaria um dos principais competidores no mercado de livros.
A também concorrente Livraria Cultura já divulgou sua estratégia para tentar enfrentar a gigante Amazon: uma parceria com o fabricante do tablet Kobo, por meio da qual espera fortalecer sua divisão de venda de livros digitais.
A Amazon, por sua vez, também terá de enfrentar o poder do novo grupo editorial, o Penguin Random House, associação de duas das maiores editoras de livros do mundo que foi anunciada anteontem.
O novo grupo tem fortes interesses no mercado brasileiro e deverá focar no desenvolvimento de novos negócios globais na área digital.
Dentre os projetos que devem ser avaliados, está a criação de um site para vender livros digitais diretamente ao consumidor.
No início do ano, quando surgiram os primeiros sinais de que a Amazon se preparava para entrar no mercado brasileiro, foi noticiado que a Saraiva estava pressionando editoras a não fazer acordo com a americana.
Segundo a Reuters, a baixa rentabilidade da operação de e-commerce, aliada ao temor da concorrência com a Amazon, teria levado a Saraiva a querer se concentrar no negócio de lojas físicas.
A chegada no mercado brasileiro via aquisição de uma operação já estabelecida poderia trazer vantagens para a Amazon.
Além de ser mais rápido, o relacionamento da Saraiva com editoras e distribuidores pode ser um ativo importante para a Amazon.
A Saraiva tem um catálogo de 12 mil títulos digitais em português.
No primeiro semestre deste ano, a empresa brasileira registrou faturamento líquido de R$ 731 milhões.

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