quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Insônia no facebook - Carlos Emilio Faraco

Poesia 
A minha insônia terrível
Me levou a passear
Por parte do facebook. 
É o que relato abaixo
Sem camuflagem, sem truque. 

Logo de cara encontrei
Mocinha de estranho look:
Uma loira bem morena
Reclamando da vizinha
Que ouvia o ido Lou Reed
E dançava com um cabide.

Depois, aqui e ali,
A série tão costumeira
De choros e mimimis,
Supondo um ouvido gigante
De um deus tão delinquente
Quanto as vozes reclamamtes.

Entre uma graça e outra,
O brado sempre sincero,
Porém eivado de açoite,
Dos meninos do PT,
E as micagens geladas
Dos boys do PSDB.

Pulando uns posts curtinhos,
qChegava a vez dos fofinhos,
A hora mais que completa:
De gatinhos,
Cachorrinhos,
Lagartinhos,
Cavalinhos,
Tantos -inhos sem guarida,
Às vezes cheios de mofo
Mas, via de regra, uns fofos.

Ao encalhar em Maluf,
Maduro e José Sarney,
Tomei 2 bons comprimidos
Da caixa de rivotril
Mandando as nobres figuras
Para a puta que pariu.

MARIO CORSO - O dia em que adotei minha avó

Zero Hora - 07/11/2013

Quando meus amigos vinham com a choradeira por ter pais separados, eu tinha uma resposta. Eles punham na mesa seus três reis e eu sacava quatro ases dizendo: meus avós, de ambos os lados, são separados. Provocava um efeito de solidariedade garantida, comunicava que sabia bem o que era uma família partida, mal-entendidos e ressentimentos. Hoje, as separações são corriqueiras e, embora doídas, são assimiláveis. Na minha infância, elas eram escassas, malvistas e deixavam um rastro de destruição. Na geração dos meus avós, eram uma raridade aberrante. Não foi fácil para meus pais.

Mas a minha ligação com os avós pairava acima de tudo. Passava as férias em suas casas e cheguei a morar com eles. Essa proximidade me fez gostar da velhice. Não me importava com sua lentidão, com as repetições e manias. Os velhos têm a sabedoria de quem já apanhou bastante da vida e eu percebia isso. Cresci olhando para trás, talvez daí venha meu gosto por tempos que desapareceram.

Viver com os avós nos dá outra dimensão do mundo, saímos do eterno presente e apreciamos o peso do passado. Além disso, eles têm as provas de que nossos pais já foram pequenos, frágeis, logo, crescer é possível. Há nisso também uma cumplicidade em reduzir o papel e a força dos nossos pais. Se crescer é sair de casa, a casa dos avós é um bom estágio.

Mas até numa família dividida há um lado bom: as pessoas normais têm duas avós, eu tinha três. Um grande capital, mas trazia alguns problemas. Por exemplo, como você chama a esposa do avô, a avó que não é sua avó, sem abalar a relação com a outra avó, a que se considerava legítima? Precavido contra o risco de desempenhar mal meu cargo de neto, eu a chamava pelo nome: dona Avlisa.

A casa dos meus avós era um paraíso para almas telúricas como a minha. Tinha jardim, horta e pomar. Aprendi com meus avós a paciência necessária para plantar. Numa dessas lidas, segurava um ramo de maracujá para guiar, e disse: – Vó, me passa o barbante. Simplesmente saiu. Fiquei desconcertado, ficamos ambos. Ela me olhou de volta com um sorriso que nunca esqueci. Não foi preciso dizer mais nada. Ganhei uma avó e ela ganhou um neto.

Sem dramas posteriores, cada uma das três foi minha avó a seu modo. Durante anos, segui assim milionário, com mais avós, primos e tios que os outros amigos. Mas o tempo é cruel, numa década conheci a miséria. Reequilibrei-me financeiramente só com a chegada das minhas filhas. Nossos velhos são guardiões da história. Quando eles se vão, suas memórias mudam de mão. Quando cuido do meu jardim, nunca sei se cultivo as plantas, ou elas sustentam as lembranças de quem me ensinou sua magia.

Marina Colasanti - Um castelo e duas verdades‏

Marina Colasanti - marinacolasanti.s@gmail.com


Estado de Minas: 07/11/2013



 (SON SALVADOR)

Acabou a terceira temporada de Downton Abbey e a quarta só está passando na Inglaterra, mas continuo frequentando aquele requintado universo inglês. Da tela da televisão passei para as páginas de um livro.

Lady Almina e a verdadeira Downton Abbey é assinado pela condessa de Carnarvon – assim mesmo, só o título de nobreza, sem nome pessoal –, atual proprietária de Highclere, o castelo que foi utilizado no seriado. Relato histórico, que inclui propriedade e família, permite-nos traçar um paralelo curioso entre ficção e realidade, ou entre realidade e como gostaríamos que ela fosse, ou, ainda, entre realidade e a falsa realidade que público e mercado solicitam.

Almina é o equivalente verdadeiro da Cora criada pelos roteiristas. Casada ainda jovem com o dono do castelo, George Edward Stanhope Molyneaux Herbert, quinto conde de Carnarvon, de alta linhagem e baixa conta bancária, chega ao altar abarrotada de dinheiro. Mas a vida real é muito mais novelesca que a ficção, pois Almina não é herdeira americana, mas filha “bastarda” de Alfred de Rothschild com uma francesa não aceita em sociedade, Marie Wombwell. Embora sem reconhecê-la, o pai sempre abrirá os cofres para ela.

Se Cora é quase insignificante, Almina é o motor do castelo. Faz reformas, instala água encanada e luz elétrica, gasta fortunas em decoração e festas. Quem se satisfez com os elegantes, porém modestos, jantares do seriado pode transferir seu imaginário para fins de semana nababescos, o castelo cheio de personalidades e estrelas sociais que se distraíam com caçadas, torneios de tênis, passeios a cavalo, festivais. Os donos do castelo raramente estavam sozinhos, rodeados constantemente por amigos e empregados.

Os empregados merecem um capítulo. Havia 23 criados para atender família e hóspedes, o que devia render intrigas bem mais emaranhadas que as do seriado. E não ficavam confinados àquela severa sala de jantar de que nos tornamos íntimos. Tinham uma sala de estar grande, com poltronas, onde tomavam chocolate quente no fim do dia e inclusive dançavam.

Muitos capítulos dramáticos são dedicados à participação inglesa na guerra de 1914/1918 e à chacina de que a ficção nos poupou. Cresce então a estatura de Almina, que transforma o castelo em hospital e, ao contrário de Cora, comanda tudo pessoalmente.

Uma parte fundamental da história, porém, ficou fora do roteiro. Enquanto lord Grantham parece não ter nenhum interesse pessoal e quando muito nos foi mostrado lendo jornal na biblioteca desperdiçada, o conde de Carnarvon era um homem requintado, amante dos livros, colecionador de antiguidades e entusiasta das novas tecnologias. Sobretudo, era um egiptólogo apaixonado. Durante 14 anos, sem esmorecer, dedicou seu entusiasmo e boa parte da sua fortuna, incluindo a da mulher, a escavações mal-sucedidas – gastou nisso o equivalente a 10 milhões de libras atuais, e precisou vender três das propriedades que havia herdado.

Passar temporadas anuais no Egito havia se tornado uma consuetude para ele e lady Almina. Até que afinal, em 1922, a equipe do americano Howard Carter, por ele financiada, descobriu a joia maior do Vale dos Reis, o túmulo intacto de Tutancâmon. Bastaria isso para dar origem a outro seriado – mesmo sem falar na maldição.

Tereza Cruvinel - Códigos da vida em rede‏

A expansão da internet passou a exigir um código de uso. Na proposta em debate no Congresso, é fundamental a garantia da liberdade de expressão, da privacidade e da neutralidade da rede



Estado de Minas: 07/11/2013 



Códigos da vida em rede

Há milênios, num lampejo ainda misterioso, o homem começou a se comunicar com os semelhantes. Foi a revolução da linguagem, que separou para sempre os dois reinos, da cultura e o da natureza. Há cinco mil anos, outro salto, o da escrita, separando a história da pré-história. Civilização e barbárie. Para boa parte dos antropólogos culturais, o surgimento da internet representa, para a sociedade contemporânea, revolução comparável a essas duas. Nunca antes tantas pessoas puderam se comunicar tão maximamente, e não mais apenas como receptores (como na TV), mas também como emissores.

O impacto social da rede ainda está em curso, e, por isso, é tão importante que o Brasil discuta o tema, como na audiência pública de ontem na Câmara, e tenha uma norma legal sobre seu uso, coerente com o nosso projeto de nação. Três garantias são importantes no projeto que será votado na próxima semana: a da liberdade de expressão, da privacidade e da neutralidade de rede.

A presença de tantas entidades na audiência pública de ontem explicitou o interesse e o envolvimento da sociedade civil com o tema. Repetiu-se muito no debate: embora tenha sido apresentado pelo governo há mais de um ano, depois de recolher sugestões de usuários e especialistas por meio da consulta pública aberta na internet pelo Ministério da Justiça, esse projeto não pode ser reduzido a matéria de interesse do governo, de um partido ou outro. Trata-se de uma política de Estado para a sociedade. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) foi um relator aplicado e diligente, estudou a matéria, dialogou com diferentes forças e atores, colheu muito reconhecimento ontem. Mas foi o primeiro a dizer que sua proposta consolida aspirações e proposições que a sociedade vem amadurecendo. Embora tenha ganhado ressonância depois das revelações sobre a espionagem americana, devia estar sendo votada independentemente disso. A pedido da presidente Dilma, Molon incluiu o artigo que determina a guarda de dados de brasileiros em data centers situados no país, mas esse não é o ponto mais relevante. Importantes mesmo são os três acima destacados.

Nunca tantos foram tão livres para se manifestar como no vasto território da internet. Mas, sempre que se falou em regulamentar outros aspectos de seu uso, os apocalípticos e paranoicos de plantão anunciavam riscos para a liberdade de expressão. Radicalizando a liberdade hoje existente, que permite a retirada de conteúdos ofensivos por provedores e gestores de espaços na rede, a pedido dos ofendidos, o projeto assegura que os provedores de conexão e aplicação não serão responsabilizados por tais conteúdos, e que eles só serão excluídos por ordem judicial. Talvez haja excesso nisso, pois tal ordem virá no ritmo lento da Justiça, à qual nem todos têm acesso. Mas a liberdade tem seus preços, e, se não pagarmos esse, não avançaremos nos outros dois aspectos.

Em relação à privacidade, o Marco Civil estabelece que o sigilo das comunicações pela rede não pode ser violado, ficando os provedores obrigados a guardar, pelo prazo de um ano, o registro da navegação de cada internauta, em ambiente controlado, não podendo delegar essa tarefa a terceiros. As grandes corporações, como redes sociais, por exemplo, serão obrigadas a apagar todos os dados de um perfil, se o usuário assim pedir, evitando que sejam utilizados por empresas, hackers, vendedores e espiões de toda espécie. A captura e armazenagem dos dados pessoais só poderão ocorrer com prévia autorização. Hoje, quem navega não tem controle sobre os dados, sobretudo o que revela em suas conexões, sejam comerciais ou meramente interativas. Há quem seja contra, argumentando que quem entra na chuva é para se molhar. É uma posição, mas a privacidade é um direito constitucional, que entre nós vem sendo negligenciado, mas não foi ainda revogado. Em todo o mundo, em contraponto à hiperexposição, ela vem sendo redescoberta e valorizada.

Por fim, o ponto mais polêmico, a chamada neutralidade de rede, objeto de forte oposição das empresas de telecomunicações, que planejam diversificar seu “modelo de negócio”, vendendo pacotes de acesso a conteúdos diferenciados. O mais barato daria acesso apenas a navegações banais e uso de e-mails, outro a sites de áudio e vídeos, outro ainda às redes sociais e assim por diante. Pode ser bom para elas, mas isso atenta contra a democracia. Os mais pobres, que mais têm a ganhar com o acesso à rede, teriam uma internet de terceira categoria. A proposta assegura às teles o direito de vender pacotes de diferentes velocidades: dois megas, 10 megas etc., com preços diferenciados. Mas com acesso ilimitado em cada um. Ainda que a conexão fique lenta. Quem melhor resumiu a neutralidade de rede, com sua linguagem de repentista, foi o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), ao dizer que “o feirante não pode determinar o que cada um fará com a farinha que comprou na feira”.

Pacífica a votação não será. Alguns dirão que o Brasil inventa mais uma jabuticaba, que a internet não precisa de marco algum. Não precisou até aqui, mas outros países também já adotaram ou estão discutindo códigos de uso. A bancada das teles entrará em campo. O líder do PMDB, Eduardo Cunha, pedirá que seja votado o projeto original do governo, não o substitutivo de Molon. Bom de briga, seu alvo ontem foi o representante do grupo Intervozes, Pedro Ekman, que fez um discurso ameaçador, a ele, ao PMDB e aos congressistas que ousarem votar contra. Cunha passou-lhe um sabão e dezenas de deputados o seguiram, repelindo o discurso desqualificador do Legislativo dentro do próprio plenário. Os brios estão voltando.

Tv Paga

Estado de Minas: 07/11/2013


 (Nat Geo/Divulgação)

Jornalismo investigativo


Mariana van Zeller, premiada produtora e correspondente, e seu marido, o cinegrafista Darren Foster, partem para mais uma aventura jornalística, desta vez para a série Infiltrados (foto), que estreia hoje, às 22h30, no Nat Geo. O casal investiga redes clandestinas, quadrilhas criminosas e estranhas subculturas dos Estados Unidos, usando câmeras escondidas e de acesso exclusivo às periferias para descobrir como funcionam esses grupos marginais. O mesmo canal anuncia para a meia-noite a estreia de Na mira da máfia, com seis episódios que narram a história do crime organizado por meio de depoimentos de bandidos, informantes e policiais.

Brinquedos que fazem
a alegria dos marmanjos


O canal History exibe hoje, às 21h e às 21h30, novos episódios da série Boys toys. A atração, para “meninos crescidos”, revela tudo sobre os “brinquedos” mais inovadores do século 21, como o Mazzanti Evantra, um carro com um possante motor V8; e uma prancha de surfe motorizada. Outra novidade é o Quadski, um quadriciclo que se transforma em jet ski e atinge velocidades incríveis. E ainda a Memoto, uma câmera de vídeo minúscula com GPS, que se ajusta à roupa e registra tudo no dia a dia.

Cultura traça o perfil da
escritora Edith Wharton


A Cultura reservou para hoje, às 22h, o documentário Uma dama não escreve, sobre a escritora norte-americana Edith Wharton. Ela nasceu em 1862 e pertenceu a uma família aristocrática, mas conseguiu se libertar dos preconceitos para se tornar uma pintora crítica e cheia de ironia sobre a decadência e a corrupção desta sociedade. Seu talento foi revelado em 1905 com a edição de A casa da alegria. Em 1920, publicou sua obra-prima, A idade da inocência, ganhadora do prêmio Pulitzer. Em tempo: ainda na Cultura, às 23h30, o programa Móbile recebe quatro convidados: o diretor de teatro Leo Lama (filho de Plínio Marcos e Walderez de Barros), o maestro Julio Medaglia, o ator Saulo Vasconcelos e o escritor Assis Ângelo.

Série do SescTV mostra
festa popular em Maceió


A série Coleções, do SescTV, continua desenvolvendo o tema “Autos populares”, e hoje vai mostrar a Festa dos Guerreiros, um dos mais característicos e importantes folguedos populares do ciclo natalino alagoano, particularmente em Maceió. Entre outros assuntos, o programa aborda a influência do reisado, da chegança, do pastoril e do quilombo neste auto popular. No ar às 21h30.
 
Canal +Globosat estreia
segundo ano de Extras.


A série de humor Extras volta ao +Globost com sua segunda temporada, hoje, às 22h30. A produção britânica conta com a participação de convidados diferentes em cada episódio, entre eles Ben Stiller, Samuel L. Jackson, Kate Winslet e Patrick Stewart. Tudo gira em torno de Andy (Ricky Gervais), um ator que ainda não conseguiu chegar ao auge da carreira e trabalha como figurante, sonhando com o papel que vai transformar sua vida.

Ação, drama e humor
no pacotão d e cinema


O assinante que quer ver um bom filme tem pelo menos oito opções na concorrida faixa das 22h: Rock of ages: o filme, na HBO HD; Batman: o Cavaleiro das Trevas ressurge, na HBO 2; Recontagem, na HBO Signature; Beleza adormecida, no Max; Era uma vez no México, no Sony Spin; Adoro problemas, no Telecine Touch; Footloose, no Telecine Fun; e A origem dos guardiões, no Telecine Premium. Outras atrações da programação: Mais do que você imagina, às 21h35, no Glitz; X-Men – O filme, às 22h30, na Fox; Cartas para Julieta, às 22h35, no Megapix; e Encontro de amor, às 23h, no Comedy Central.

CARAS & BOCAS » Simone Castro      

Junto e misturado


Tatá Werneck já tem novo projeto para quando se despedir da Valdirene de Amor à vida (João Miguel Júnior/Globo-1º/10/13)


Tatá Werneck já tem novo projeto para quando se despedir da Valdirene de Amor à vida
Até janeiro ela estará no ar como a “inteligência pura” Valdirene, de Amor à vida (Globo). Mas a partir de abril, Tatá Werneck embarca, ao lado de Fábio Porchat, em novo projeto: um programa de auditório no Multishow (TV paga). A atração, cujas gravações terão início no final da novela, reunirá outros programas. “É um programa de auditório que fala sobre outros programas de auditório”, adiantou Tatá ao site Caras online. “Vai misturar ficção e realidade. É um programa que tem vários outros programas dentro dele. Por exemplo, vai ter um quadro de namoro com participantes de verdade”, explicou. Por falar em Tatá, a atriz pediu desculpas à comunidade judaica depois de se ver envolvida em uma polêmica gerada por uma piada que fez em sua participação no programa Amor & sexo (Globo), na semana passada. O tema da atração de Fernanda Lima era sobre bullying. Perguntada sobre o que faria se seu melhor amigo gay fosse destratado pelos amigos de escola, Tatá respondeu que desviaria o foco do amigo para algum judeu. Tatá, em seu pedido de desculpas, disse estar “profundamente incomodada” por ter gerado esse tipo de reação da comunidade. “Minha intenção jamais é ofender ou agredir. Estávamos em um programa sobre bullying e meu papel ali era dar respostas politicamente incorretas como uma maneira crítica. Sou uma pessoa de bem”, frisou.

LARISSA DEIXA HOSPITAL E
VOLTA A GRAVAR SERIADO


A atriz Larissa Manoela já está em casa. Ela se recuperou de uma meningite viral e de catapora e recebeu alta, no domingo, de um hospital em São Paulo onde estava internada. Larissa voltará, na semana que vem, às gravações de Patrulha salvadora, novo seriado do SBT/Alterosa.

APRESENTADORA ESTREIA
SÁBADO NOVA ATRAÇÃO


Patrícia Abravanel vai comandar novo programa no SBT/Alterosa a partir de sábado, às 22h. A atração substitui o Famoso quem?, mas com o mesmo formato. Ainda não se sabe se o título permanecerá o mesmo ou sofrerá alguma alteração. Vale lembrar que o formato original do Famoso quem? não conta com apresentador. A inovação é da produção da emissora de Sílvio Santos.

QUARTETO VAI ASSUMIR O
COMANDO DO ENCONTRO


Nas férias da apresentadora Fátima Bernardes, entre os dias 2 e 17 de janeiro, a jornalista será substituída no Encontro (Globo) por um quarteto: Ana Furtado, Dan Stulbach, Fábio Porchat e Lair Rennó. A atração, portanto, continuará ao vivo. Lair, vale destacar, é fixo da atração, na qual está desde a estreia. Fátima aprovou o “formato”: “O telespectador pode esperar um Encontro de férias com uma cara bem atual e sem perder suas características”.

AMÉLIA CORRE O RISCO DE
PERDER GUARDA DA FILHA


Em Joia rara (Globo), Amélia (Bianca Bin) terá que enfrentar o ex-sogro mais uma vez na luta pela guarda da filha Pérola (Mel Maia). Aurora (Mariana Ximenes) comenta que Amélia está trabalhando no cabaré. O empresário vê na notícia a chance de tirar a neta da doméstica. Com uma assistente social ele invadirá o estabelecimento e avisará Amélia de que ela perderá a guarda de Pérola. Já Manfred (Carmo Dalla Vecchia) tenta fazer a cabeça de Franz (Bruno Gagliasso) no mesmo sentido.

DEBOCHE QUE FORTALECE

O cantor Naldo é o convidado do Viva o sucesso, que vai ao ar amanhã, no canal Viva (TV paga). Entre variados assuntos, ele comentou sobre a repercussão negativa de seu casamento com a dançarina Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho. “Ninguém pode me privar de amar a mulher que eu amo. Fiz uma festa de casamento e só queria ter perto de mim as pessoas que tenho saudade. Estou há quase um ano na estrada fazendo show direto. Conversei com a minha mulher e decidimos fazer uma festa para ter as pessoas que amamos juntas, para celebrar o nosso amor. A coisa virou um negócio bem diferente do que o que a gente pensou, essa é a consequência da vida pública”, afirmou. Do deboche que envolveu o evento, Naldo garante ter tirado forças. “Você ouve um monte de coisas, pessoas que desacreditam, muita porta na cara, muita gente debochando. Mas isso tudo sempre serviu como combustível para eu ter mais garra ainda. Gosto de contrariar as coisas. Se pensam que não vai dar certo, vai sim, eu vou conseguir.”

VIVA

Mais uma vez o Profissão repórter (Globo), que mostrou crimes não elucidados contra jovens.

VAIA
Guto (Márcio Garcia) e Sílvia (Carol Castro) em Amor à vida. Dupla não tem o que fazer na novela. 

Eduardo Almeida Reis-Férias III‏

O Rio tinha mais mineiros do que a maior das cidades de Minas - e tinha sulistas, paulistas, nordestinos, nortistas e mato-grossenses a montões


Eduardo Almeida Reis

Estado de Minas: 07/11/2013 



Nas duas últimas edições de Tiro & Queda contei-lhes da enrascada em que andei metido por minha culpa exclusiva: sou relaxado à beça e à bessa, nunca fiz os exames de RNI que deveria ter feito de 15 em 15 dias, meu RNI chegou às nuvens, perdi litros de sangue, estive muito mais para lá do que por aqui, fui transfundido (verbo que tem no particípio um ene sobrando) e ainda estou em fase de recuperação. Nessas andanças, cheguei aos 116 quilos de peso e perdi 15 em duas semanas, orçando agora pelos 101, macérrimo, desinchado e apavorado, porque nas outras vezes em que emagreci me casei e não estou a salvo de nova união estável que vai assombrar o planeta, porque a candidata é de uma beleza inenarrável. Idosa, é certo: exatamente a metade da minha idade. Mas é a tal coisa: depois do casamento, dia 12 de outubro, da jornalista Malu Verçosa, que passou a assinar-se Malu Mercury, com a cantora Daniela Mercury, nascida Daniela Mercuri de Almeida, não creio que o planeta se espante com mais nada.

Cês querem saber de uma coisa? Já não aguento, e creio que o leitor também não aguenta esta conversa diária sobre UTI, hospital & cia. ilimitada. Só quem já passou pela sistólica 6 x diastólica 2 e escapou, sabe o que é bom para a tosse. De agradável, em todo o terrível episódio, a lembrança de um negócio chamado sonda urinária durante quatro dias: o moribundo faz xixi automático, sem chatear ninguém. De vez um quando, operoso funcionário troca o recipiente urinário. Sonda muitíssimo bem bolada. Parabéns para o seu inventor.

Cariocas

Em defesa dos cariocas (tupi kari'oka, provavelmente do tupi kara'ïwa 'homem branco' + oka 'casa'), posso dizer que são muito raros. Nasci no Rio de pai e mãe cariocas, mas eram raríssimos os realmente cariocas. Naquele tempo, o Rio tinha mais mineiros do que a maior das cidades de Minas – e tinha sulistas, paulistas, nordestinos, nortistas e mato-grossenses a montões, fenômeno que se vê hoje em Brasília, onde são raros os brasilienses da gema.


Isso explica e de certa forma justifica os governadores que o Rio e Brasília tiveram e têm. Agnelo, Arruda, Roriz, mais que políticos brasileiros, são fenômenos da espécie H. sapiens. Modesto philosopho, não me atrevo a analisar cada um deles. São fenômenos parecidos com tsunamis, explosões vulcânicas, terremotos, queda de meteoros, com uma só diferença: eleitos pelo povo.

A lista dos governadores do Rio é muito maior e mais antiga, sem deixar de ser espantosa. Que levaria os moradores de um estado a sufragar certos nomes? Como explicar a eleição de um Garotinho, uma Rosinha, um Brizola? Não se trata de não saber votar, como disse Pelé, mas de votar de caso pensado para arrasar o estado em que vive.
Sérgio Cabral Filho, Antônio de Pádua Chagas Feitas, Wellington Moreira Franco, Marcello Alencar, Benedita da Silva – a lista é imensa: cada um deles capaz de desorganizar a Suécia em duas semanas. Sim, porque todos sabemos que são pessoalmente honestíssimos, mas desorganizados: em 15 dias bagunçam um país que levou séculos para ser organizado.

Não deixa de ser curioso notar que o inventado e depois finado estado da Guanabara conseguiu, entre 1960 e 1975, três ótimos governadores, dois deles nascidos em Minas: José Sette Câmara Filho, Carlos Frederico Werneck de Lacerda e Francisco Negrão de Lima.

Ingratidão

Hoje respeitado na Inglaterra, o Sr. Ramires Santos do Nascimento, nascido em Barra do Piraí, RJ, é um ingrato. No futebol mineiro, houve tempo em que o uberabense Éder Luís de Oliveira e o barrense Ramires se destacavam dos demais players pelas seguintes características: corriam velozmente conduzindo o esférico, chegavam à marca do pênalti e chutavam para fora.


Nesse tempo, atuava no caderno de Esportes do EM um cronista-Fifa, que estudou as regras do esporte bretão e recomendou a um e outro que se abstivessem de chutar, errando invariavelmente, considerando que entre as regras do citado esporte não havia nenhuma que os impedisse de continuar correndo com o esférico até adentrar a meta adversária. Assim, em vez de mais um chute para fora, marcariam golos para as equipes que defendiam. Pelo conselho, até hoje o barrense me deve uma caixa de bons charutos.

O mundo é uma bola

7 de novembro de 1802: primeiros ocidentais chegam ao Atol Palmyra, nas Espórades Equatoriais, grupo de 11 ilhas coralinas no Oceano Pacífico ao sul do Havaí e ao norte da Polinésia Francesa. Pertencem à República de Kiribati, com exceção de duas pertencentes aos Estados Unidos, Palmyra e Jarvis, desabitadas. Têm cerca de 9 mil habitantes de origem gilbertina, isto é, das Ilhas Gilbert, habitadas durante séculos por micronésios, antes de descobertas pelos europeus em 1606.

Em 1917, pelo calendário gregoriano, começa a Revolução Bolchevique na Rússia. Em 1919, o jornal Times, de Londres, anuncia o sucesso da Teoria da Relatividade, de Einstein.

Em 1944, pela quarta vez, Franklin D. Roosevelt vence as eleições presidenciais norte-americanas. Em 1993, Ayrton Senna vence em Adelaide, Austrália, seu último GP de Fórmula 1. Hoje é o Dia do Radialista.


Ruminanças
“Advogado de ladrão é, no mínimo, receptador.” (R. Manso Neto)

GENEBRA » Aquecimento global sem controle‏

Estado de Minas: 07/11/2013 



2012 foi marcado por um novo aumento da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, que provocam aquecimento global, uma situação que não deve melhorar este ano, segundo especialistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU.

“A notícia não é boa”, declarou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, ao apresentar ontem à imprensa o último boletim da organização sobre as emissões de gases do efeito estufa sobre 2012. Os três principais gases, responsáveis pelo aquecimento global, registraram novos recordes de concentração na atmosfera no ano passado em todo o mundo.
Os últimos estudos mostram que a concentração de CO2, o gás mais abundante na atmosfera, aumentou 0,56% entre 2011, o ano do recorde anterior, e 2012. Do metano, outro gás do efeito estufa estudado pela OMM, o aumento foi de 0,33%, e de óxido nitroso (N20), o aumento foi de 0,28%.

Segundo Jarraud, “a situação tende a piorar este ano, já que nenhuma decisão foi tomada para acabar com essa tendência. Essa não é uma curva linear, ela continua em ascensão acelerada”, avisa. O secretário-geral alerta que, se o mundo continuar nesse caminho, a temperatura média global até o fim do século poderá exceder 4,6 graus do que era antes da era industrial (em 1750), e ainda mais em algumas regiões as consequências seriam catastróficas.

Para ele, o CO2, ou dióxido de carbono, é a principal causa do aquecimento global. Sua concentração na atmosfera aumentou em 2012, de 2,2 ppm (partes por milhão), em comparação com um aumento de 2,0 ppm em 2011. “O aumento médio nos últimos 10 anos foi de 2,02 ppm e, em 2012, os números mostram uma tendência de aceleração.”

O CO2 provém da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. “Esse é um gás que permanece na atmosfera por centenas ou mesmo milhares de anos”, revela a OMM, acrescentando que “a maioria dos aspectos das mudanças climáticas persistirá durante séculos, mesmo que as emissões de CO2 parem completamente”. A organização observou também um aumento na concentração de metano (CH4) a partir de 2007, quando tinha estabilizado para um valor próximo de zero entre 1996 e 2006.

CONFERÊNCIA A organização não tem explicações para esse aumento, registrado principalmente no Hemisfério Norte, em latitudes médias e tropicais. “É difícil dizer se esse aumento é devido a fatores humanos ou naturais”, indicou um especialista da OMM. Cerca de 60% das emissões de metano na atmosfera é de origem humana. Elas são causadas pela pecuária, o cultivo de arroz, aterros e queima de biomassa.

Finalmente, o terceiro gás responsável pelo efeito estufa, o óxido nitroso (N2O), é encontrado principalmente nos pesticidas. Para esse gás, a taxa de aumento entre 2011 e 2012 (0,9 ppb) foi superior à média dos últimos 10 anos (0,8 ppb).


O relatório da OMM é publicado no dia seguinte à divulgação de um outro estudo de uma agência da ONU, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, segundo o qual as chances de conter o aquecimento climático em +2°Celsius no século 21 diminuiu sensivelmente. Esses informes do PNUE e da OMM saem a poucos dias da Conferência Anual sobre o Clima, em Varsóvia, na próxima semana.


"A situação tende a piorar este ano, já que nenhuma decisão foi tomada para acabar com essa tendência. Essa não é uma curva linear, ela continua em ascensão acelerada"
 Michel Jarraud, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM)