terça-feira, 17 de junho de 2014

TeVê

TV paga
Estado de Minas: 17/06/2014


 (Fox/Divulgação)
Padecendo no paraíso

Estreia hoje, às 23h15, na Fox Life, a série Trabalho de parto, que reúne testemunhos reais sobre o cotidiano de mulheres que se dedicam a ajudar no processo de dar à luz. A produção acompanha as parteiras da Central Delivery Unit no Saint Mary’s Hospital em Manchester, na Inglaterra. O primeiro episódio apresenta a parteira Gill, que comanda o balcão de triagem, auxiliando as mulheres que precisam ser admitidas na maternidade.

Canal Bis transmite
festival em Londres


O canal Bis reservou para hoje, à meia-noite, um especial sobre o festival Lovebox 2013,  realizado no Victoria Park, em Londres, reunindo algumas das maiores estrelas do pop na atualidade em dois dias de muita música e arte. Entre as atrações, Friendly Fires, Lana Del Rey e The Rapture.

Teatro é destaque
em série do Curta!


Com seis episódios, a série Ensaio aberto Brasil retrata diferentes regiões do país e suas culturas regionais, tendo como fio condutor grupos brasileiros de teatro com tradição e importância histórica. O documentário de hoje mostra o trabalho do grupo de teatro Ói Nóis Aqui Traveiz. Às 20h45, no canal Curta!.

Futebol não sairá
tão cedo da telinha


A Copa do Mundo fez com que vários canais investissem em programas relacionados ao esporte. O maior destaque de hoje é Pelé eterno, às 22h, no Canal Brasil. O Futura apresenta a produção colombiana Futebol e reciclagem, às 20h, além de mais um episódio de Bio.Futura, às 23h, dedicado ao pai da aviação brasileira, Santos Dumont. Já o SescTV exibe o documentário Objetos da cultura: a bola de futebol, de Ricardo Martensen, às 17h30, deixando para as 21h, na sessão Curtadoc, os filmes Estudo para o vento, de Aline Portugal e Julia de Simone; Connexion Munich, de Carlos Segundo; e Estudos sobre o tempo, de Amel Saadi e Pedro de Filippis. Até o programa Provocações, apresentado por Antônio Abujamra, selecionou para hoje entrevistas com os ex-jogadores Raí, Sócrates e Yeso Amalfi, à meia-noite, na Cultura.

Só tem reprises no
pacotão de filmes


Sem grandes estreias previstas para hoje, a programação de filmes se sustenta mais uma vez em reprises. Na faixa das 22h, o assinante tem seis boas opções: Uma ladra sem limites, no Telecine Premium; A qualquer preço, no Teleicne Pipoca; Espelho, espelho meu, no Telecine Fun; Amigos inseparáveis, na HBO 2; Compras noturnas, no Cinemax; e U-571 – A Batalha do Atlântico, na MGM. Outras atrações: Maré, nossa história de amor, às 19h, no Film&Arts; Five, às 21h30, no Bio; e O melhor amigo da noiva, às 20h30, no Megapix.


CARAS & BOCAS » Queimada promete
Simone Castro

Ruço (Miguel Falabella) e Markassa (Maurício Xavier): sentimentos diferentes com evento no Irajá (Cynthia Salles/TV Globo)
Ruço (Miguel Falabella) e Markassa (Maurício Xavier): sentimentos diferentes com evento no Irajá

O clima no Irajá não é de Copa do Mundo, mas de outra disputa que promete dar o que falar. No episódio de hoje de Pé na cova (Globo), o bairro se transforma em uma grande quadra para um jogo de... queimada. A competição tem um diferencial que agita os moradores: os participantes são todos travestis e bem antes de a bola entrar em jogo enchem as ruas com um colorido semelhante ao de Markassa (Maurício Xavier), líder que organiza muito bem o torneio. Aliás, a “queimada gay” é patrocinada pela dupla de políticos trambiqueiros, o deputado Sebonetti (Marcelo Picchi) e o vereador Alessanderson (Daniel Torres). Todos ficam na maior empolgação, mas quem não estará tão animado assim é Ruço (Miguel Falabella). É que um enterro está marcado para o mesmo dia e a cliente da F.U.I. se mostra indignada com o alvoroço provocado pelo evento durante o velório do seu ente querido. O episódio contará com participações especiais de Isabelita dos Patins e Jane Di Castro.

PREPARE-SE PARA OS JOGOS
DA SELEÇÃO CANARINHO


Quem ainda não se produziu para curtir os jogos do Brasil na Copa do Mundo pode dar um “tapa no visual” bem temático. O Jornal da Alterosa – 2ª edição, hoje, às 18h40, com apresentação de Ana Cristina Pimenta, trará dicas para quem quer caprichar na decoração de unhas – confira até um passo a passo –, seja com esmaltes verde e amarelo ou até com adesivos com bandeirinhas do nosso país.

EM NOVELA, CRIANÇA FICA
EM CASA QUE PEGA FOGO


Depois de Juliana (Vanessa Gerbelli) ser encontrada ao tentar desaparecer com Bia (Bruna Faria) assim que Jairo (Marcelo Mello Jr.) avisou que se mudaria com a filha para a comunidade, o rapaz cumpre a promessa e vai embora levando a criança, para desespero da mulher, na trama de Em família (Globo). Lá, ele deixará a filha dormindo enquanto faz entregas de botijões de gás, seu novo trabalho. Antes de sair, Jairo aparecerá consertando um fio desencapado de uma lâmpada. Na volta para casa, se deparará com Juliana. Os dois começarão a discutir até ouvirem gritos de “fogo”. No caminho, descobrirão que o incêndio é na casa de Jairo, onde Bia está sozinha.

TEMPORADA DE HOMELAND
TRARÁ BONS REFORÇOS


Os atores Raza Jaffrey e Michael O’Keefe estarão na quarta temporada de Homeland, segundo o site The Hollywood Reporter. Jaffrey irá interpretar Aasar Khan, um condecorado tenente da divisão de inteligência do Paquistão, enquanto O’Keefe fará John Redmond, chefe da estação da CIA no país árabe que entrará em conflito com Carrie (Claire Danes). Na nova temporada da série, exibida no Brasil no canal FX (TV paga), a agente da CIA estará a todo vapor na luta contra os terroristas em um dos locais mais perigosos no Oriente Médio.

TELETUBBIES EM NOVA VERSÃO

Uma das séries infantis mais badaladas nos anos 1990, Teletubbies vai ganhar nova versão. A rede britânica BBC vai reeditá-la com a intenção de conquistar mais espectadores e deverá lançá-la no ano que vem, com um visual mais moderno. O original, exibido entre 1997 e 2001, com 365 episódios, contou a história de Tinky Winky, Dipsy, Laa-Laa e Po, quatro alienígenas que passam por diversas aventuras em sua casa no campo. “Teletubbies é uma série popular com nossos espectadores mais novos, apesar de não ter nenhum episódio novo produzido há mais de 10 anos”, afirma Kay Benbow, produtora da emissora. O remake já tem 60 episódios garantidos e contará com muitos efeitos especiais.

VIVA
Scandal, série do Sony (TV paga) com muitas intrigas que envolvem o poder na Casa Branca e uma agência que tenta diminuir o impacto dos escândalos.

VAIA
Os poucos minutos de exibição de Geração Brasil (Globo) por causa dos jogos da Copa. Era melhor não ir ao ar. Fora o reality, tramas paralelas ficaram prejudicadas.

Longe das seleções, perto da festa

Torcedores de vários países, e não apenas argelinos e belgas, invadem BH às vésperas de jogo no Mineirão. Só no fim de semana, Belotur atendeu turistas de 39 nacionalidades

Gustavo Werneck
Estado de Minas: 17/06/2014



México: Asael Muro estava em Brasília, mas soube que BH estava animada e resolveu viajar   (FOTOS: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS  )
México: Asael Muro estava em Brasília, mas soube que BH estava animada e resolveu viajar



Estados Unidos: David (de barba) veio conhecer a cidade palco de partida histórica na Copa de 1950 e fez amigos pelos bares da Savassi
Estados Unidos: David (de barba) veio conhecer a cidade palco de partida histórica na Copa de 1950 e fez amigos pelos bares da Savassi



O norte-americano David Rey, de 48 anos, nem tinha nascido quando ocorreu uma das maiores zebras do campeonato mundial de futebol. Em 1950, no Estádio Raimundo Sampaio ou Arena Independência, em Belo Horizonte, a Seleção dos Estados Unidos venceu a Inglaterra por 1 a 0 e marcou a história da Copa. Apaixonado pelo esporte, David, desde pequeno, se acostumou a ouvir essa proeza, tanto que, este ano, decidiu conhecer a capital onde o seu país, sem a menor tradição no soccer, obteve vitória tão expressiva. Na tarde de ontem, na grande “festa das nações” em que se transformaram os quarteirões fechados da Savassi, na Região Centro-Sul, o enfermeiro David, ao lado de amigos, comentou: “Tinha que vir conhecer esta cidade. Vou aproveitar e visitar outras, como São João del-Rei”.

Estendendo a bandeira, David gritou bem alto: “USA! (United States of America ou Estados Unidos da América)”. E ganhou um abraço do engenheiro argelino Karim Torki. “Estamos todos unidos”, disse Karim. A exemplo do torcedor fanático dos EUA, outros estrangeiros, cujas seleções não vão jogar em Belo Horizonte, escolheram a capital mineira para se divertir, comemorar a vitória do seu time, provar das comidas e curtir a Copa’2014. No fim de semana, a Belotur atendeu visitantes de 39 países – 19 deles não participam do torneio.

Num bar da Rua Antônio de Albuquerque, o professor universitário Louis Montero, de 30, disse que foi atraído pela famosa hospitalidade mineira. “Muita gente falou que Belo Horizonte é uma cidade segura e tem ótima culinária. Resolvemos testar”, afirmou Louis, em torno de uma mesa animada, regada a chope e simpatia. “Pena que só vamos ficar uma semana”, disse o norte-americano. Segurando uma bola enorme, com as listras e estrelas da bandeira dos Estados Unidos, o casal Mario Cortez e Meaghan Connors, de Houston, Texas, tinha um motivo especial. “Sou colombiano-americano, então vim ver o jogo da Colômbia”, afirmou, todo feliz com a vitória de 3 a 0 sobre a Grécia.

Mesmo sem jogos em BH, o México tem representantes na cidade, com direito a camisa, um boné e entusiasmo. O corretor de imóveis Asael Muro subiu num banco, fotografou uma peladinha improvisada que surgiu no quarteirão e era só elogios. “Estava hospedado em Brasília (DF), de onde me desloquei para o ver o jogo em Natal (RN), na sexta-feira, contra Camarões. Brasília é uma cidade bonita, mas muito desanimada. Então me falaram que aqui estava muito bom, e resolvi viajar. Vou ficar aqui o mês todo”, contou Asael ao lado de amigos. Ele lembrou ainda a vitória do Brasil, em 1970, no México. “Pelé, Jairzinho… uma grande equipe!”

OCUPAÇÃO DA ALEGRIA  Embora a Alemanha não jogue em BH, teve alemão que resolveu ficar aqui mesmo. “Não consegui comprar ingressos para ver os jogos da minha seleção, só consegui para Bélgica e Argélia. Então, tá valendo”, disse um alemão com a bandeira preta, vermelha e amarela na Praça da Savassi. Ao lado, o engenheiro Jan Gert JanBen, de 35, residente em Hamburgo e casado com uma mineira, assistiu com tranquilidade à goleada sobre Portugal. “Estou feliz, nem esperava!”

Torcedores da Austrália também ocuparam a Savassi e logo se enturmaram com os brasileiros. O ortopedista Roshan Abedi, abraçado aos amigos e com a camisa da Alemanha, assistiu ao jogo entre Alemanha e Portugal no telão de um bar e comentou que a Savassi é o melhor ponto de BH para ver as partidas. “Tá muito legal”, disse.

Acompanhados do amigo James O’Relly, os irmãos Gerard e Eamonn MacDermott, todos irlandeses, vieram do Rio de Janeiro, onde ontem assistiram ao jogo da Argentina. Hoje, a torcida é para Hazard, Lukaku e outros jogadores da Seleção Belga, que, segundo especialistas, é uma das possíveis surpresas da Copa do Mundo. De Belo Horizonte dizem saber pouco, ou nada, nem mesmo que o atacante Fred jogou por aqui, jogador preferido deles na Seleção Brasileira.

Michel Lorrent é francês e está encantado com a capital mineira. “Eu vim para conhecer a cidade e vou embora amanhã para Salvador. Mas estou impressionado com o que está acontecendo aqui, uma verdadeira festa. Fico ainda mais impressionado com a cordialidade e a maneira como as pessoas da cidade estão recebendo os estrangeiros. Magnific!” 

Chegada de dólares e euros dos turistas pode reduzir em 50% déficit com gastos de brasileiros no exterior.‏

AGORA é COPA » Reforço estrangeiro 

 
Chegada de dólares e euros dos turistas pode reduzir em 50% déficit com gastos de brasileiros no exterior. Movimento nas casas de câmbio tem aumento de até 200% em BH
Celia Perrone, Marinella Castro e Paulo Henrique Lobato

Estado de Minas: 17/06/2014


O governo está acompanhando com lupa os gastos dos turistas estrangeiros no país. A expectativa é de que os 600 mil viajantes esperados para a Copa do Mundo deem um grande alívio ao Banco Central na hora de contabilizar os resultados da contas de viagem. A previsão é de que o rombo mensal, que, em média, tem ficado em US$ 1,5 bilhão neste ano, caia pelo menos 50% em junho e em julho. “A torcida é grande”, afirma um técnico do Ministério da Fazenda.

Pelas projeções do Ministério do Turismo, os turistas deverão gastar, em média, US$ 2 mil cada um. É o dobro do volume deixado pelos visitantes mensalmente, sem a Copa. Em abril, último dado disponível, os estrangeiros gastaram US$ 547 milhões no Brasil. Em contrapartida, os brasileiros desembolsaram US$ 2,3 bilhões em viagens ao exterior.

“Estamos trabalhando com um déficit na conta-viagem entre US$ 700 milhões e US$ 800 milhões por mês entre junho e julho”, ressalta o mesmo funcionário da Fazenda. Além do maior ingresso de turistas no país, o governo acredita que os gastos de brasileiros no exterior vão diminuir durante a Copa. É que muita gente que viaja no meio do ano para fora do Brasil optou por ficar no país para acompanhar de perto o desenrolar da Copa e assistir aos jogos.

Tal expectativa do governo é baseada, sobretudo, no relato feito pelas corretoras de câmbio, que concentram parcela importante das trocas de moedas no país. “Nosso movimento triplicou nas últimas semanas com a chegada dos turistas”, afirma o diretor da Cotação, Alexandre Fialho. Segundo ele, as 63 casas de câmbio da corretora espalhadas pelo país estão fazendo de 4 mil a 5 mil operações de compra e venda de moeda estrangeira por dia. “As lojas estratégicas, que ficam em aeroportos e hotéis, triplicaram as operações de compra de dólares, euros e pesos argentinos”, destaca. Ele explica que a empresa se preparou para esse período e fez um estoque de reais para atender a demanda.

Surpresa Em Belo Horizonte, a chegada de milhares de turistas coincidindo com as férias escolares antecipadas para junho surpreendeu as casas de câmbio com movimento bem acima do esperado, o que gerou paradas para reabastecer o caixa ao longo do expediente. Jair Jorge dos Reis, gerente da corretora HH Picchioni, que mantém oito lojas na capital mineira e três na região metropolitana, diz que nos últimos três dias de operação a demanda para trocar moedas estrangeiras pelo real cresceu 200%, quando a projeção da empresa para o período apontava para uma elevação de até 60%. “Nos últimos dias, a maioria dos turistas estrangeiros que nos procuraram eram colombianos, que trocaram dólares por real”, diz Reis.

Na corretora Western Union, com lojas no Centro, na Savassi e no BH Shopping, não foi diferente. “O crescimento a partir da última sexta-feira foi de 100%”, garante Luiz Citro, diretor de desenvolvimento de negócios da empresa. Segundo o executivo, ontem a corretora precisou em alguns momentos reabastecer seu caixa de reais. “Esperávamos crescimento de 50%, mas a demanda ocorreu em dobro. A maior parte é de turistas colombianos e argelinos. A expectativa é que o movimento continue forte com a chegada de novos turistas para os próximos jogos, sendo que a troca de moeda estrangeira por real está garantida.”

Derrota no retorno de impostos

Estudo curioso do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) com base nos 32 países que disputam a Copa do Mundo mostra que o Brasil, embora seja um dos favoritos a levantar a taça, ocupando a terceira melhor posição no ranking da Fifa, é o sétimo na relação arrecadação de impostos/Produto Interno Bruto (PIB) e o 29º num índice que mede o retorno dos tributos à população por meio de serviços de qualidade na educação, na saúde e em outras áreas. “Estamos à frente apenas da Nigéria, Costa do Marfim e da Bósnia e Herzegovina, que oferecem as piores condições aos habitantes pelo que pagam de impostos”, disse o advogado João Eloi Olenike, presidente-executivo da entidade.

O levantamento, batizado de “Copa do Mundo da economia e tributação”, mostra que a carga tributária no Brasil corresponde a 36,27% do PIB (R$ 2,242 trilhões) – esse dado é de 2012, quando o PIB dos Estados Unidos, o maior entre os 32 países que jogam a Copa, fechou em US$ 16,8 trilhões. Por outro lado, o indicador que mede como o poder público aplica os tributos arrecadados em investimentos à população, criado pelo IBPT e chamado de Índice de Retorno de Bem Estar à Sociedade (Irbes), revelou que a nota brasileira foi 135,34.

Quanto maior o valor do Irbes, melhor é o retorno dos serviços de qualidade à população. O Irbes é o resultado da soma da carga tributária com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), calculado pela Organização das Nações Unidas (ONU), e que leva em conta áreas como expectativa de vida, saúde, educação. Os Estados Unidos, com nota 165,78, lideram o ranking. No caso da relação impostos sobre o PIB, o maior percentual foi apurado pela França (45,34%), seguida de perto pela Itália (44,40%).

O Brasil também não vai bem no ranking que mede a renda per capita, que reflete um dos melhores coeficientes para expressar a distribuição da riqueza de uma nação. Dos 10 países com maiores rendas per capita sete são europeus: Suíça, Bélgica, Holanda, Alemanha, França, Inglaterra e Itália. “A Itália, Espanha, Grécia e Portugal, mesmo após a recente crise mundial e tendo passado por rígidos ajustes econômicos, aparecem melhor que o Brasil no quesito renda per capita”, diz Olenike.

RENDIMENTO  O Brasil, destaca o estudo do IBPT, é a sétima economia mundial, contudo, quando o quesito é renda per capita, o país ocupa a 20ª posição no ranking, com US$ 11,152 mil/ano. A da Suíça, a melhor colocada, é de US$ 85,735 mil. A distribuição de renda no país europeu é 61,5% maior que a dos Estados Unidos, a nação mais rica do planeta, com US$ 53,08 mil/ano.

Por outro lado, o PIB americano corresponde à soma dos 27 primeiros países, na ordem do menor indicador para o maior (32ª posição à 4ª posição), incluindo o do Brasil (US$ 2,242 trilhões). Por sua vez, o PIB nacional é maior do que a soma dos 15 primeiros países, desde que na mesma ordem, do menor para o maior. 

O direito de ir e vir do cidadão - Kátia Gontijo Ferreira

O direito de ir e vir do cidadão

Kátia Gontijo Ferreira
Mestre em administração, , especialista em direito público e em formação político- econômica da sociedade brasileira
Estado de Minas: 17/06/2014


“E ai motô. Dá prá quebrar o galho e parar para mim descer aqui.”(peço desculpas pelos erros). Quem já não andou de ônibus e pediu ou ouviu alguém pedir para descer num sinal, abrir a porta fora do ponto, para não perder o horário, ou mesmo chegar em casa mais cedo? Quem anda de ônibus todos os dias sabe perfeitamente o quanto é difícil o dia a dia do deslocamento de casa para o trabalho ou de casa para a escola, ou para outro lugar qualquer.

Em Belo Horizonte, muitos moradores não podem mais fazer isso. Por um lado é bom. Por outro, ainda não vimos o tão sonhado resultado positivo da mobilidade urbana no transporte coletivo. É que está em processo de implantação o BRT/Move em dois principais corredores da capital mineira. O que, em princípio, parecia ser a solução dos problemas de mobilidade tornou-se um pesadelo na vida de quem precisa se deslocar utilizando o transporte público.

O BRT/Move foi criado, para entrar em vigor antes do Mundial de 2014, para dar agilidade ao trânsito e fazer com que as pessoas se desloquem num tempo mais curto. Para isso, é preciso retirar várias linhas de ônibus que circulam diariamente nas pistas de duas grandes avenidas: Antônio Carlos e Cristiano Machado. O que seria uma alternativa diária para quem precisa, passou a ser um pesadelo, pois a retirada dos ônibus não veio, plenamente, com a colocação de veículos do Move que conseguisse superar a demanda da população. O resultado, infelizmente, se verifica com uma pequena enquete junto à população que precisa fazer valer o seu direito de ir e vir.

Um exemplo recente do que descrevo foi a segunda etapa do BRT/Move na Avenida Antônio Carlos que começou dia 24 de maio. Nessa fase, mais de 86 ônibus que circulam diariamente nas pistas mistas da via foram retirados para desafogar o trânsito. Para isso, foram criadas duas novas linhas troncais – uma saindo da Estação Pampulha que segue até a Região Hospitalar e outra que liga o terminal até o Bairro Betânia, na Região Oeste de Belo Horizonte, sem passar pelo Centro. Essa última fez a ligação entre a Avenida Antônio Carlos e a Amazonas. De acordo com a BHTrans, 37 mil usuários serão atendidos pelos sistema rápido por ônibus no entorno do corredor. Só nessa fase, 11 linhas convencionais se transformaram em oito alimentadoras, que atenderão usuários dos bairros Planalto, Floramar, Santa Mônica e Jardim Leblon. Os passageiros estão sendo levados para a Estação Pampulha, que terá acesso ao Centro e a áreas dos hospitais no Bairro Santa Efigênia.

Mas, como ficam esses passageiros? Tudo que está acontecendo no processo de mobilidade em Belo Horizonte está muito confuso. As informações não são suficientes para evitar o transtorno causado no dia a dia das pessoas que precisam ir e vir para continuar a caminhada diária de suas vidas. Um direito básico constitucional, que é o direito de ir e vir, precisa ser melhor cuidado pelos nossos governantes. É inconcebível que uma pessoa tenha que sair ainda mais cedo de casa, ficar mais tempo esperando para fazer a transição de linha e, ainda, chegar atrasada no seu trabalho.

Sabemos que a mobilidade é uma prioridade na sociedade moderna. A ideia do BRT/Move é aplaudida, inclusive por mim, caso estivesse implementada com o mínimo de falhas possível e menos transtornos para quem realmente merece todo o respeito: o cidadão usuário do transporte público.

Espera-se que até o final do ano o transporte público, como está sendo trabalhado em Belo Horizonte, possa efetivamente estar funcionando perfeitamente, com informações precisas para os passageiros, e, principalmente, com o seu direito de ir e vir garantido de forma exemplar para outros municípios que pretendem aderir ao projeto de mobilidade implementado na capital mineira.

Lâmpadas econômicas

Lâmpadas econômicas
Modelo tradicional deixa de ser fabricado a partir de 1º de julho
Leonardo Rivetti
Gerente de eficiência energética da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig)
Estado de Minas: 17/06/2014


A partir de 1º de julho, passa a vigorar no país mais uma fase da legislação que proíbe a produção, importação e comercialização de lâmpadas incandescentes. Já não se podia mais fabricar ou importar as lâmpadas incandescentes de 150 e 100 watts e agora é a vez da lâmpada mais tradicional no uso domestico: a de 60W. A regulamentação consta da Portaria Interministerial nº 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia (MME). Com base nessa portaria, as lâmpadas incandescentes com potência de 60 watts ainda terão uma sobrevida de um ano, prazo máximo em que os varejistas poderão comercializar seus estoques. A expectativa do comercio é que os estoques terminem antes desse prazo.

A substituição desse modelo já era realizada pela lâmpada fluorescente compacta (JFC) de 15 watts, que, além de ter uma durabilidade até seis vezes maior, tem, atualmente, uma diferença de preço amortizada em até três meses com a utilização de três horas por dia. Também poderá ser substituída pelas halógenas com bulbo e as de LED, que têm uma durabilidade muito maior, mas o tempo de amortização da diferença de preço ainda tem dificultado a opção por essa tecnologia. De acordo com estimativa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), no estado ainda devem existir cerca de 16 milhões de lâmpadas incandescentes de 60 watts. Como essas lâmpadas devem ser substituídas pelas fluorescentes compactas de 15 watts, temos uma redução de 45 watts por unidade, proporcionando uma redução de quase 6% da capacidade instalada da empresa. Em um mês, a economia de energia poderia representar um montante de 72GWh/mês, que seria suficiente para atender a uma cidade de 600 mil habitantes do porte de Uberlândia ou Contagem (MG). Já para uma família que tem um consumo médio de 150kWh/mês e que tenha quatro lâmpadas de 60 watts, a substituição pelas LFCs pode representar uma economia de 12% no valor da conta de energia.

Essa e outras medidas são importantes para o consumo consciente da energia elétrica no Brasil. Seguindo essa tendência, a Cemig, por meio do Programa Energia Inteligente, que é focado na eficiência energética, promove ações voltadas para o uso consciente e eficaz da energia elétrica, contribuindo também para esse momento em que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com água em níveis críticos.

Com medidas sustentáveis e que visam ao consumo consciente de energia, o consumidor, além de ajudar a preservar o meio ambiente e a economia do país, vai poder diminuir o valor da sua conta no fim do mês. É preciso ter em mente que a eficiência energética é fundamental para o setor elétrico brasileiro e para as gerações futuras.

COLUNA DO JAECI » Favoritismo confirmado‏

COLUNA DO JAECI » Favoritismo confirmado

Além do coletivo, que predomina, hoje os bávaros têm talento e qualidade, com jogadores de alto nível

Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 17/06/2014


Há tempos aponto a Alemanha como finalista deste Mundial e provável campeã do mundo. Em sua estreia ontem, humilhou Portugal com goleada maravilhosa: 4 a 0. E foi pouco, porque o time comandado por Joachim Löw se poupou, tamanha a facilidade que encontrou, principalmente depois da expulsão do irresponsável e limitado zagueiro Pepe. Pena que o melhor jogador do mundo, Cristiano Ronaldo, nada pôde fazer. A Alemanha sobra e Tomas Muller já é o artilheiro do Mundial, com os três gols marcados ontem. Dá gosto ver o futebol alemão. Além do coletivo, que predomina, hoje os bávaros têm talento e qualidade, com jogadores de alto nível. Antes pragmático, deu uma guinada, evoluiu e começou a formar jogadores técnicos, sem perder, entretanto, o espírito coletivo que sempre o marcou. A gente sabe que Copa do Mundo é atípica, principalmente na primeira fase. A Alemanha chegou como favorita e, junto com a Holanda, está sobrando. Claro que lá na frente, nos jogos eliminatórios, um erro poderá ser fatal. Mas não acredito. Essa Alemanha chega forte e para levantar o caneco.

Argentina

Fiquei ansioso por ver a estreia dos hermanos, que aponto como finalistas junto com a Alemanha. Tirando o golaço de Messi, não vi muitos pontos positivos. Um time confuso, com muitos erros de passes e posicionamento. A defesa, que era instável, melhorou, mas o técnico Sabella escalou mal. Deveria ter começado com Gago no meio e Higuaín na frente. Somente no segundo tempo fez essas alterações e o time cresceu. Messi ainda foi tímido. Esperava-se mais dele. Porém, a Argentina é isso. Tem time muito forte do meio para a frente, mas precisará mostrar mais criatividade. De qualquer forma, a Argentina, que teoricamente tem um lado mais fácil para chegar à final, mostrou força ao largar na frente no grupo.

Mineirão
Estive no Mineirão ontem acompanhando a coletiva do técnico da Bélgica e parte do treino. Dizem maravilhas dessa equipe, mas não levo muita fé. É jovem e a maioria dos jogadores jamais disputou Copa do Mundo. Foi muito bem nas Eliminatórias, daí a aposta de que será a zebra. Não acredito. A Bélgica tinha ótimo time em 2002, quando nos deu trabalho e perdeu por 2 a 0 depois que o árbitro deu uma mãozinha, ao anular gol legítimo dos belgas. Como não foi à Alemanha nem à África do Sul, tem um time apenas jovem, com o talentoso Hazard como grande estrela.

Todos os jogos

Até agora não perdi nenhum jogo deste Mundial. Como nas cinco edições de Copas que cobri, estava sempre grudado no time brasileiro, praticamente não via o que acontecia com as outras seleções nos mundiais. Como optei por não acompanhar o Brasil nesta primeira fase, privilegiando o nosso Alterosa no ataque, com grande audiência, estou me dando ao luxo de seguir todos os jogos. E estou feliz com o que estou vendo. Média altíssima de gols e um bom futebol praticado pela maioria das equipes.

Brasil

Hoje irei ao Mineirão ver Bélgica x Argélia. Depois, assistirei a Brasil x México, para apresentar, logo depois, o Alterosa no ataque. Espero que o Brasil faça apresentação digna e que não precise do auxílio do árbitro. Que nosso time se solte e jogue bola de verdade. É preciso mais qualidade e criatividade. E a bola precisa chegar ao Fred. Desse jeito, nem Ronaldo Fenômeno seria artilheiro. A bola não chega

BRASUCAS‏

BRASUCAS
Estado de Minas: 17/06/2014


 (Damir Sagolj/Reuters)

Ajuda tecnológica
Depois do primeiro lance em que a presença de um chip na bola foi determinante para a marcação de um gol – o segundo dos franceses contra Honduras, em Porto Alegre, domingo – a Fifa quer evitar que o uso do novo recurso dê origem a polêmicas. No Beira-Rio, a primeira imagem mostrada nos telões foi a do toque da bola na trave, antes que ela cruzasse a linha, tocada pelo goleiro Valladares, no lance seguinte (foto). “O sistema funcionou perfeitamente e queremos apenas que ele se torne cada vez mais claro para o torcedor, evitando mostrar jogadas irrelevantes”, destacou um porta-voz da entidade.


Conselhos de Zizou
O ex-jogador francês Zinedine Zidane não entrou em campo na vitória dos Bleus sobre Honduras, mas ajudou de alguma forma o atacante Benzema, destaque do jogo, com dois gols. Segundo o atacante do Real Madrid, o ídolo e amigo Zidane trocou mensagens e deu conselhos antes e depois da partida. “Antes do jogo, conversei com ele. Ele desejou sorte, disse para eu jogar bem, da forma como eu sei jogar. Depois do jogo, mandou outra mensagem, dizendo que estava muito feliz com nosso time”, contou Benzema.


Sem surpresas
A vitória da Costa Rica sobre o Uruguai surpreendeu muitos torcedores e comentaristas que acompanham o Mundial. Mas não surpreendeu o técnico da Itália, Cesare Prandelli. “Todo mundo estava esquecendo da Costa Rica. Nós os conhecemos, sabemos que são um verdadeiro time e têm jogadores de qualidade”, avaliou o italiano. Assim como a Costa Rica, a Azzurra venceu na estreia, batendo a Inglaterra por 2 a 1, na Arena Amazônia, em Manaus.

ENTREVISTA ZICO » Galinho corneteiro‏

ENTREVISTA ZICO » Galinho corneteiro Ex-jogador aponta falhas táticas na Seleção Brasileira e não poupa outras equipes do Mundial
Marcos Paulo Lima/Enviado especial

Estado de Minas: 17/06/2014


 (Quinho)

Rio de Janeiro
– Arthur Antunes Coimbra pendurou as chuteiras, mas não a prancheta. Zico não faz parte do Grupo de Estudos Técnicos da Fifa, mas não perde um lance da Copa do Mundo. Convidado pela Fifa para falar do aniversário de 64 anos do Maracanã, comemorado ontem, o Galinho brincou ao ser abordado pelos Diários Associados e outros jornalistas que acompanhavam o evento. “Rápido que eu tenho que ir para casa assistir a Portugal x Alemanha”, riu, torcendo por um show do melhor do mundo. “Neymar, Messi, Robben, van Persie, Benzema, esses caras todos fizeram gol, só falta o Cristiano Ronaldo”, disse. CR7 ficou devendo na derrota por 4 x 0. Zico não. Na entrevista a seguir, o craque da Seleção nas Copas de 1978, 1982 e 1986, e coordenador técnico em 1998, não fica no muro. Critica a falta de cobertura a Daniel Alves na Seleção, a autossuficiência da Espanha, a retranca da Argentina e agradece a Messi pelo presente antecipado ao Maracanã. Surpreendentemente ele revela até qual é a final dos sonhos, em 13 de julho.

O que achou da estreia da Seleção contra a Croácia?
O Brasil estreou bem, fez um bom primeiro tempo. Mas os jogadores estavam muito nervosos e emocionados depois do Hino Nacional, daquela atmosfera no Itaquerão. Talvez isso tenha feito a Croácia crescer. Mas, depois, os jogadores encontraram tranquilidade para empatar. No segundo tempo, a Croácia estava melhor até o pênalti.

O que precisa ser corrigido diante do México?
O time está equilibrado, mas não gostei de ver o Hulk na esquerda. Prefiro o Neymar por ali, com o Oscar no meio e o Hulk na direita. Oscar fez uma partida linda e o Neymar também. Ainda temos alguma dificuldade de cobertura sobre o Daniel Alves, talvez porque o Thiago Silva não esteja acostumado com isso no Paris Saint-Germain. O Brasil deixou a Croácia cruzar bolas demais.

Até que ponto o Brasil pode sentir um eventual desfalque do Hulk?

Gosto muito dele, mas o Brasil tem a sorte de não depender desse ou daquele jogador.

Você estava no Maracanã domingo. O que achou da Argentina?

Talvez a Argentina do primeiro tempo contra a Bósnia tenha sido diferente da que vi nos dois últimos amistosos. Quando (Alejandro Sabella) mudou, no segundo tempo, se soltou mais e voltou a ser a Argentina a que estamos acostumados. No primeiro tempo, acho que eles respeitaram demais a Bósnia. Mas, com Gago e Higuaín, o time agrediu mais, o Messi entrou no jogo e a Argentina foi mais Argentina. Claro que o time foi beneficiado pelo gol contra, mas gosto de ver a Argentina ousada, criativa e com qualidade. Pode chegar à final assim.

E o gol do Messi?
O Maracanã merecia um gol do Messi daquele jeito.

Qual é a final dos seus sonhos no Maracanã?
A Argentina teve Di Stéfano, Maradona e agora Messi. O Brasil teve Pelé, Garrincha, Ronaldo. Para coroar tudo o que esses dois países fizeram, queria ver Brasil x Argentina.

Amanhã o Maracanã receberá Espanha x Chile. Acredita na reação dos atuais campeões?
Acho que a Espanha não está morta. Tem que deixar a autossuficiência de lado. O gol que o David Silva não fez por querer fazer um gol bonito não pode acontecer em uma Copa. Contra um time como o da Holanda, era para ir ao intervalo vencendo por 2 x 0. Faria toda a diferença.
Por que a Copa está com uma média de gols tão elevada?
Os treinadores adotaram uma filosofia de fazer o gol logo para não correr atrás. Vejo ações ofensivas desde o início. Exceto a Argentina. Ela jogou mais preocupada com a defesa do que com o ataque. Quando soltou mais, as jogadas apareceram. Está todo mundo procurando jogar ofensivamente e isso está fazendo a diferença.

A França é a primeira seleção beneficiada pela tecnologia na linha do gol. Aprovado?

Você não pode ser eliminado por causa de um gol com a mão ou devido a uma bola que não entrou. Eu, que já fui técnico de seleção, não posso trabalhar três anos para ser eliminado com um gol ilegal. A confusão de domingo foi porque a imagem apareceu duas vezes. Na primeira, a bola entrando. Na segunda, a bola sem entrar. Deu a impressão de que a bola não entrou, mas a tecnologia na linha do gol é altamente importante.

Você teme manifestações na final?
Todo mundo tem a liberdade de se manifestar. Sou sempre a favor do futebol. Temos o ano inteiro para resolver nossos problemas.

Está satisfeito com o novo Maracanã?
Para mim, o Maracanã é sempre o mesmo. Não tem Maracanã novo ou velho. Quem acompanha o futebol sabe que essa coisa de estádio para 100 mil, 90 mil pessoas é dos anos 1980. Os times não têm mais os craques capazes de atrair tanta gente assim. Essa é a realidade. Não sou saudosista.

Qual é a maior lembrança do estádio, que completou, ontem, 64 anos?
Tenho 61, nasci quase junto com ele (risos). Minha primeira memória do Maracanã é de 1963, quando vi um Fla x Flu com 177 mil pessoas. O Flamengo foi campeão. Não fazia ideia, então, de que viria a ser o maior artilheiro da história do estádio (333 gols em 435 jogos). Estou feliz em poder ver, hoje, os grandes nomes da Copa, como Neymar, Messi, Robben, van Persie brilhando. Os espetáculos estão ótimos.


O CRAQUE EM CAMPO
333
Número de gols de Zico no Maracanã, em 435 exibições

Em Copas
Como jogador
3 participações (1978, 1982 e 1986)
14 jogos
5 gols
Melhor colocação: 3º (1978)
Como treinador
1 participação (2006)
3 jogos
1 empate
2 derrotas
Colocação: 28º
Como coordenador-técnico
Vice-campeão em 1998 ao lado de Zagallo

Zona MIsta

ZONA MISTA
Estado de Minas: 17/06/2014


 (Agência I7/Minas Arena/Divulgação)

Peças de museu
A histórica partida entre Colômbia e Grécia, a primeira no Mineirão pela Copa do Mundo, ficará eternizada no estádio: as duas seleções doaram camisas (foto), que ficarão expostas no Museu Brasileiro do Futebol (MBF). O uniforme colombiano, autografado pelos jogadores que entraram em campo, foi usado por Quintero; já o da Seleção Grega era de Maniatis. Nas duas camisas estão registradas a data e a cidade-sede do confronto. O Mineirão receberá mais cinco jogos do Mundial: Bélgica x Argélia, hoje; Argentina x Irã, no sábado; Inglaterra x Costa Rica, em 24 de junho; além de uma partida das oitavas de final e outra da semifinal da competição.


De férias
Cotados para estar em campo durante a Copa do Mundo, muitos jogadores resolveram aproveitar o tempo longe da bola para descansar. Às vésperas do início do Mundial, o armador Kaká registrou, nas redes sociais, fotos das férias no Arquipélago de Fernando de Noronha. Ontem, foi a vez de o armador Lucas revelar o que está fazendo no período de ócio: ele passa os dias no Rio, mas bem longe da Granja Comary, onde esperava estar com a Seleção Brasileira. Carlitos Tévez, cuja ausência na Seleção Argentina foi motivo até de protesto nas ruas de Buenos Aires, está na terra natal e se divide entre partidas de golfe e de futebol e churrascos com amigos em Fuerte Apache, favela onde cresceu na cidade portenha.


Sinergia entre vizinhos

Os consulados de Argentina, Chile e Uruguai estão trabalhando numa espécie de “sinergia informal” para atender os torcedores dos países em Belo Horizonte. As três seleções sul-americanas escolheram a capital mineira como casa durante o Mundial e, segundo o vice-cônsul da Argentina em BH, Mariano Guida, por causa da facilidade do idioma, os consulados atuam em conjunto para prestar auxílio aos turistas.


Gols verdes

A vitória da Alemanha sobre Portugal por 4 a 0, na Arena Fonte Nova, ontem, deixará a Bahia mais verde. Isso porque o governo do estado tem um projeto no qual para cada gol marcado no estádio serão plantadas 1.111 mudas de Mata Atlântica – correspondente a um campo de futebol. E as equipes têm colaborado bem com a natureza, já que a Holanda goleou a Espanha por 5 a 1 também em Salvador. Com isso, já está garantido o reflorestamento de área equivalente a 10 campos.


Italianos queridinhos
Os repórteres brasileiros que fazem a cobertura das seleções baseadas no Rio elegeram a Itália como a melhor para trabalhar. A Azzurra ganhou a simpatia da imprensa pelo estômago, pois costuma oferecer, no resort em que está hospedada, em Mangaratiba, deliciosas massas a repórteres, cinegrafistas, fotógrafos, produtores e auxiliares. Em segundo lugar ficou a Inglaterra, cujo QG foi montado na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, e que fornece água com e sem gás, refrigerantes, suco, água de coco e petiscos, como muffins e minssanduíches. Na lanterna está a Holanda, que treina na Gávea, talvez pela situação financeira delicada do anfitrião Flamengo: quem quiser mais que água tem de comprar na lanchonete.

 (Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Inshallah!

Bem-humorados e encantados com o Brasil. Assim estão os argelinos que resolveram atravessar o Atlântico para acompanhar a Copa. Segundo Djalil Bouras, de 20 anos, que viaja com os pais e uma tia, cerca de 4.500 compatriotas deixaram a terra natal para seguir a seleção em solo brasileiro. Para ele, o ponto positivo da viagem tem sido a simpatia do povo e os preços. A comida, no entanto, não o agradou muito: “Não gostamos da carne daqui. O sabor é estranho”. Para o casal Amel Maalem e Selim Maalem (foto), se a equipe conseguir passar para as oitavas de final já estará no lucro. “Os jogos contra a Bélgica e a Rússia serão complicados”, acredita Selim. Farida Bouras, por sua vez, demonstrou mais otimismo, apostando numa final entre Brasil e Argélia, antes de soltar  um entusiasmado inshallah!