segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FRASES QUE NÃO MUDAM O MUNDO, MAS SÃO ÓTIMAS

“Se fosse só de mim eu até me manifestaria,
mas o Lobão fala mal de
absolutamente todo mundo.”
GILBERTO GIL
MÚSICO, SOBRE AS CRÍTICAS DE LOBÃO _

“Gosto de MPB, mas não ouço.”
MARIA LUIZA JOBIM
CANTORA, FILHA DE TOM JOBIM _

“Cara, pintei minha cabeça de louro e
quase queimei meu cérebro.”
PEDRO SCOOBY
SURFISTA _

“Elas gostam é de homem que bate. De
homem fofo ninguém gosta.”
ALEXANDRE NERO
ATOR, SOBRE SEU PERSONAGEM AGRESSIVO NA TV _

“O padre Fábio de Melo é o Roberto
Carlos da música religiosa. Ele estraçalha
os infernos.”
ELBA RAMALHO
CANTORA _

“O primeiro jogador brasileiro que sair
do armário vai virar herói.”
ARTHUR DAPIEVE
COLUNISTA DO GLOBO, EM PAPO SOBRE FUTEBOL _

“Ninguém gosta de ser objeto de fofoca. Se
sua vizinha falar que você deixa a calcinha
pendurada no box, você vai gostar?”
ALEXANDRE BORGES
ATOR _

“Paulo Francis me dirigiu no teatro. Ele
era um cavalo. Muito competente, mas
um cavalo.”
TEREZA RACHEL
ATRIZ _

“Vida e obra são indissociáveis. Se não
soubéssemos o quanto Caravaggio
aprontou, não teríamos dimensão
de sua obra.”
ADRIANA CALCANHOTTO
CANTORA
_

“Tinha gente que pensava, ‘tadinha ela
canta na rua.’ Não entendiam que era
escolha minha.”
JESUTON
CANTORA REVELADA NAS RUAS DA CIDADE _
a“Não vou dar entrevista porque não vou
gostar das perguntas.”
LUIZA BRUNET
MODELO, EM LANÇAMENTO DE LIVRO _

“Mulher tem um jeito mais suave de
entrevistar, não fica cobrando nomes da
escalação da seleção brasileira.”
LUIZ FELIPE SCOLARI
TÉCNICO DA SELEÇÃO _

“Tô encalhada há um tempão, ninguém
chega em mim.”
SABRINA SATO
APRESENTADORA, DURANTE O CARNAVAL _

“As mulheres perderam a mão, é muito
silicone. Parecem umas bonecas infláveis.”
PRETA GIL
CANTORA _

“Quero trazer o Prince para um show
no Rio, mas quem vacilou uma vez pode
vacilar sempre.”
CONNIE LOPES
PRODUTORA CULTURAL _


“O que é ser petista?”
NICOLE BAHLS
DO PROGRAMA “PÂNICO NA TV", NO ROCK IN RIO _

“Sou contra a censura. Tem uma
biografia do meu pai de que discordo,
desde o título até as opiniões do
biógrafo. Sem falar dos erros de grafia. E
eu nunca fiz nada para impedir.”
INEZ CABRAL
FILHA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO


“Faz a foto, mas, véio, na boa, não
vejo motivo pelo interesse na minha
vida pessoal.”
MARIA GADÚ
CANTORA, AO LADO DA COMPANHEIRA _

“Sou um S.O.S para atrizes.
Empresto roupa e a contrapartida é
elas aparecerem quando eu preciso.”
VICTOR DZENK
ESTILISTA _

“Socorro! Estou sendo tratada feito
bicho.”
SUZANA VIEIRA
IMPRENSADA NUMA GRADE DO CAMAR0TE DA
BRAHMA, PARA A CHEGADA DE MEGAN FOX _

“Agradeço à Elizabeth Savalla. Eu
sou tão fã que era difícil vê-la como
ser humano. Até que ela fez xixi na
minha frente, então falei: é ela”.
TATÁ WERNECK
ATRIZ _

“A biografia não autorizada é sexo,
drogas e rock and roll. Isso é que é
bom. Tenho certeza de que é muito
melhor do que a autorizada.”
JARDS MACALÉ
MÚSICO _

“Gil, nunca se case com uma
mulher que tenha a mãe chamada
Esperança. Porque a esperança é a
última que morre”.
ZECA PAGODINHO
CANTOR

“Eu estou vendo um monte de
gente bacana aqui, mas minha
mulher mandou: ‘Volta para o
jantar!’ E eu tenho medo dela.”
SÉRGIO CABRAL, PAI
JORNALISTA, EM NOITE DE AUTÓGRAFOS _

“Quer que a sua festa aconteça?
Não convide o Neymar. Ele é um
estraga-evento.”
SEU NEYMAR
PAI DO JOGADOR NEYMAR, VENDO O REBULIÇO
E EMPURRA-EMPURRA À SUA VOLTA _

“Brasileira não fica velha, fica
loura.”
MIRIAN GOLDENBERG
ANTROPÓLOGA _

“Para usar uma roupa como essa, a
pessoa tem que ter personalidade e
temperamento. E eu tenho.”
DANIELLE WINITS
ATRIZ, SOBRE O VESTIDO JUSTO E
TRANSPARENTE QUE USAVA _

“Os cariocas têm ótimo astral, me
cumprimentam como se fôssemos
velhos conhecidos.”
RITA LEE
CANTORA _

“Vendedores de loja ainda fazem
cara feia para os gordos.”
CARLOS FERREIRINHA
EX-PRESIDENTE DA LOUIS VUITTON BRASIL

“Na TV o preconceito é muito mais
severo com mulheres homossexuais
do que com homens gays.”
MANOEL CARLOS
AUTOR DE NOVELAS _

“Não adianta ser vipão se da área
VIP a gente não consegue ver o show
direito. O camarote fica muito longe
do palco.”
GABRIEL TOTORO
DO PORTA DOS FUNDOS, NO ROCK IN RIO _

“Queremos ocupar por aqui porque
senão acaba tudo virando loja de
produto chinês.”
ERNESTO NETO
ARTISTA PLÁSTICO, SOBRE A EXPANSÃO DA
GALERIA A GENTIL CARIOCA, NO CENTRO

CL Gente Boa
O Globo 30/12/2013

O Brasil pode dar certo? - Renato Janine Ribeiro


Valor Econômico - 30/12/2013

Nenhum inglês rico completava a educação, nos séculos XVII e XVIII, sem o "Grand Tour", uma longa viagem ao continente europeu para conhecer cidades e artes. (O mais ilustre dos preceptores desses moços foi o filósofo Thomas Hobbes, que assim conheceu René Descartes.). Seria bom, hoje que a Europa está ao alcance da classe média, que nossos jovens a visitassem para aprender o que é uma realidade socialmente justa. Ao menos no núcleo duro da Europa Ocidental - França, Alemanha, Benelux, Escandinávia - uma cultura basicamente socialdemocrata se implantou após a Segunda Guerra e ainda resiste, formando um modelo de sociedade até hoje insuperado, superior ao nosso e ao norte-americano.

Levantei no Facebook a questão que considero a mais relevante para o Brasil: por que países devastados, como a Alemanha de 1945, ou atrasados, como a Espanha de 1975, conseguiram "dar certo" - e nós não? As respostas racharam. Em geral, quem se situa à "esquerda" protestou contra a ideia de "dar certo", sustentando que nem os europeus vão bem nem nós, tão mal. Já quem se diz liberal receitou reformas econômicas, como a desregulamentação da atividade empresarial (o exemplo mais comum). Entendo que essas são duas formas de não responder à pergunta mais importante sobre a sociedade brasileira.
Começo discutindo as reações mais à esquerda.


Ética e gestão, os dois pilares da boa política

Primeiro, o que é uma sociedade "dar certo"? Entendo:

1) um sistema de saúde eficiente e justo. Eficiente: que todos sejam atendidos bem, em prazo razoável, pelo menos para a maioria esmagadora das moléstias. Justo: ninguém receie que uma doença possa destruir sua renda ou patrimônio; a sociedade, pelo imposto (em especial, o de renda da pessoa física), cobrirá os gastos de saúde. Imaginem como esse ganho em termos de saúde melhorará as aposentadorias. Ninguém precisará passar a vida acumulando para o dia em que pagará 2 mil reais de plano de saúde, mil de remédios e ainda consultas e cirurgias.

2) uma educação de qualidade, gratuita ou quase. A importância inédita que a sociedade contemporânea atribui à educação tem duas grandes metas. Primeira: proporcionar, a todos, condições de concorrer em certa igualdade, neutralizando o bônus que a riqueza confere a alguns (e o bônus negativo que a pobreza inflige à maioria). Segunda: deixar que aflorem as mais variadas competências. Nunca houve sociedade rica e complexa como a atual. Ela precisa de competências mais variadas do que sociedades que só repetiam o passado. Hoje há mais espaço para cada um seguir sua vocação. Uma educação boa realiza vocacionalmente o indivíduo e capacita-o, se mostrar dedicação e empenho, a se projetar economicamente.

3) um transporte público bom, em grande parte - pelo menos nas maiores cidades - sobre trilhos. Na Grande Paris, mesmo no horário de pico dificilmente se gasta mais de uma hora e quinze para ir de uma ponta dos subúrbios a outra - com ou sem acidentes na rota. O transporte coletivo deve ser subsidiado, porque traz vantagens para a cidade, preservando-a da destruição operada por carros e avenidas. O Brasil é perverso: subsidia o carro privado, com isenção de impostos e construção de vias; por que não o transporte coletivo, que é mais saudável?

4) uma segurança pública decente, com policiais que respeitem o cidadão em vez de ameaçá-lo, e sejam dispostos e capacitados a apurar crimes.

Todos estes pontos associam ética e eficiência, valores e gestão. Todos tratam do que é mais justo socialmente, e do que é mais eficaz, virtude esta que geralmente associamos à economia e à administração. A fusão da ética com a eficiência é o segredo - que aguardamos - da boa governança.

Poderia falar da cultura, que aprimora qualidades humanas e capacidades profissionais, e das cadeias, que em vez de educar para o crime deveriam recuperar os detentos (como nas prisões rurais autogeridas de Minas Gerais, tema de recente reportagem do Valor), mas fico no "minimum minimorum". No Brasil, já seria uma revolução.

Esta satisfação das necessidades dá à Europa uma tranquilidade no convívio cotidiano. Se no Brasil as pessoas furam fila e passam pelo acostamento, em parte é pela crença de que "não vai haver o suficiente para todos": precisamos garantir o nosso, antes que a oferta se esgote. Mas, quando há bastante para todos, isso não é necessário. A vida fica melhor. O valor disso não tem preço.

Por isso, estranhei tanta gente que se diz de esquerda fechar os olhos ao desastre social que é nosso atraso nestes pontos. Os avanços petistas na inclusão social apenas tornam prioritária a construção de uma sociedade social-democrática (pouco a ver com o que propõe nosso partido de nome socialdemocrata). As faixas exclusivas de ônibus recentemente abertas em São Paulo fazem parte dessa mudança, mas que precisa ir além do emergencial - como as cotas, o elogiado Bolsa Família - e se tornar estrutural.

Estes anos, aumentou o dinheiro para os pobres consumirem, mas não houve um salto real nas funções distintivas do poder público. É paradoxal. O partido mais acusado de estatista promoveu um crescimento que beneficiou os pobres, sem tirar dos ricos. Talvez esteja se esgotando essa conciliação de classes. Talvez por isso, os conflitos sociais se tornem ásperos.

Discutirei, na semana que vem, o que a centro-direita propõe para o país dar certo.

***
Na última coluna mencionei Boulez, mas o certo era Olivier Messiaen. Peço desculpas por ter confiado demais em minha memória. Mas me deu prazer receber várias mensagens de leitores apontando o erro. O Brasil conhece melhor a música erudita do que este amador imaginava.

Renato Janine Ribeiro é professor titular de ética e filosofia política na Universidade de São Paulo.E-mail: rjanine@usp.br


TeVê



Estado de Minas: 30/12/2013 


Noite de estreia
Tom Hanks e Halle Berry lideram o elenco do longa A viagem, que estreia hoje, às 22h, no Telecine Premium. O filme dos irmãos Andy e Lana Wachowski e Tom Tykwer reúne seis histórias que se passam em épocas e países diferentes, mas que estão de alguma forma interligadas, mostrando como as ações de cada indivíduo são capazes de interferir no passado, presente e futuro. Nos cinemas, foi assistido por mais de 130 milhões de pessoas no mundo.



Veja como Cesar Millan trata os seus cachorros
Na última semana do ano, os assinantes do Animal Planet vão continuar revendo os programas mais populares do canal. Hoje, às 19h, é a vez da maratona de O encantador de cães, aquela série em que o adestrador Cesar Millan dá dicas para os donos de animais de estimação que não têm as ferramentas adequadas para fazer com que seus amigos se tornem uma companhia exemplar.


CARAS & BOCAS » Morte sob encomenda  Simone Castrosimone.castro@uai.com.br

Aline (Vanessa Giácomo) quer se livrar do marido e do amante (Estevam Avellar/TV Globo)
Aline (Vanessa Giácomo) quer se livrar do marido e do amante

Decidida a dar um golpe perfeito, Aline (Vanessa Giácomo) não quer apenas acabar com a vida de César (Antônio Fagundes), mas, nos próximos capítulos de Amor à vida (Globo), a mulher também decretará a morte do amante, Ninho (Juliano Cazarré). Ela não confia mais no cúmplice desde que ele se recusou a matar César. O que Aline queria era que ele sufocasse o médico, mas o rapaz insiste que não é assassino. Ela, então, começa a planejar a morte do parceiro. Aline compra uma passagem de ida para a Bélgica e um punhal. Ela faz uma consulta ao advogado Jonas (João Cunha) e pergunta o que lhe ocorreria se matasse um ladrão: “Vou presa?", pergunta a dissimulada. E ele: "Claro que não. É legítima defesa”. Já em casa, acompanhada de Ninho, que nem imagina o que ela planeja, Aline tenta colocar seu plano em prática. César discute com a mulher, a vilã faz sinal para que Ninho sufoque o marido e se posiciona com o punhal atrás do amante. Mas, aí, Paloma (Paolla Oliveira) aparece na casa e chama por Aline, que é obrigada a adiar seus planos.

CONTRATO OFICIALIZA IDA DE DANILO GENTILI PARA O SBT
Agora está sacramentado: Danilo Gentili assinou contrato com o SBT. A informação foi dada no fim de semana pela assessoria de imprensa da emissora. Além dele, o repórter comediante Léo Lins e a banda Ultraje a Rigor estão na casa. O contrato foi assinado na sede da emissora, em Osasco, São Paulo, com o diretor de Planejamento Artístico, Fernando Pelegio, e o diretor de Produção, Leon Abravanel.

FALSO AMIGO DEIXA MOSCA NUMA PIOR
No capítulo de Chiquititas que vai ao ar nesta segunda-feira, às 20h30, no SBT/Alterosa, Carmen (Giovanna Gold) acha sua carteira na cama de Mosca (Gabriel Santana) e acusa o órfão de roubo. Como castigo, a vilã o entrega para o Juizado de Menores e o garoto é levado para o reformatório. Tudo começou por conta de uma armação de Duda (Filipe Bragança). Ele quer a todo custo afastar Mili (Giovanna Grigio) de Mosca, pois percebeu que a garota gosta do amigo e decide que precisa deixar o seu caminho livre pra conquistá-la. O mauricinho se esconde no carro de Carmen e, sem que a megera perceba, a acompanha até o orfanato. A vilã deixa sua carteira cair da bolsa e Duda tem a ideia de esconder o objeto nas coisas de Mosca.

VALÉRIA BARACAT FALA SOBRE CÂNCER NO GNT
A psicóloga e jornalista Valéria Baracat é a convidada do Marília Gabriela entrevista domingo, às 22h, no GNT (TV paga). "No amor, felizmente, a riqueza está na doação mútua. O que não significa que não haja luta. É preciso se doar o direito de receber amor.” É com a citação da escritora Clarice Lispector que Gabi apresenta a sua convidada. Valéria, fundadora do Instituto Arte de Viver Bem, é referência nacional quando o assunto é câncer de mama e já escreveu quatro cartilhas sobre o assunto. Ela e Gabi falam sobre a superação da doença – Valéria descobriu o câncer durante um exame preventivo –, as ações sociais e a inauguração da Casa da Mulher, em São Paulo.


ELE É O TAL
Prestes a completar 50 anos em 2014, o famoso calendário Pirelli é a atração do Mundo S/A que vai ao ar, hoje, às 23h, na GloboNews (TV paga). Uma reportagem especial realizada na Itália registra a badalação do lançamento do calendário comemorativo, cercado por fotógrafos, modelos, nomes da moda e do cinema, como a atriz Sophia Loren. Ela mostra ao público a estratégia que transformou a folhinha num objeto de desejo, ícone que promove a marca e procura associar o nome da fabricante de pneus à cultura do luxo, investindo em um produto que não é vendido nem tem, em princípio, relação alguma com sua atividade fim. Veja também um ensaio da modelo brasileira Betty Prado, clicada por Helmut Newton (1920-2004), em 1985, e a história que manteve inéditas as fotos por todo esse tempo. E, ainda, um bate-papo com o criador do calendário, Derek Forsyth, que conta de onde surgiu a ideia e os erros cometidos até que começasse a ganhar fama e notoriedade ao retratar as mulheres mais cobiçadas do mundo.


VIVA
De forma geral, as emissoras capricharam na retrospectiva 2013, se esforçando para imprimir análise própria dos fatos.


VAIA
O romance entre Paloma (Paolla Oliveira) e Bruno (Malvino Salvador), em Amor à vida, é muito insosso. 

Alimentos da ceia de Natal ajudam a combater doenças do coração e diabetes


SAÚDE » O melhor da festa está nos complementos Castanhas, nozes e frutas secas oferecem ao organismo substâncias que evitam doenças como diabetes, infarto e câncer. Consumo diário reduz o risco de morte em até 20% 
 
Bruna Sensêve
Estado de Minas: 30/12/2013 

Antes de se empanturrar com a ceia de réveillon, é importante comer pelo menos uma porção de castanhas, nozes ou amêndoas. Em seguida, compense o exagero da refeição com algumas frutas secas de sobremesa. Uma atenção especial a esses coadjuvantes da comilança de fim de ano não só fará diferença na hora de colocar os trajes de verão, mas também protegerá contra o diabetes, as doenças cardiovasculares e a mortalidade precoce. Esses benefícios têm comprovação científica e prometem aliviar o peso na consciência dos que fazem questão de devorar neste período do ano panetone, rabanada, peru e outras guloseimas.

O trabalho publicado recentemente na revista New England Journal of Medicine é considerado expressivo especialmente por acompanhar um número de participantes por três décadas. Foram mais de 76 mil mulheres e 42 mil homens avaliados bianualmente pelo consumo de frutas oleaginosas. Os pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard (EUA) reuniram uma significante base de dados em que a frequência do consumo desses alimentos se mostrou inversamente associada à mortalidade em geral e por causa específica. Isso significa que, quanto maior foi a ingestão de castanhas pelos participantes, menor foi o índice de mortalidade entre eles nas últimas três décadas (veja infográfico).

“Nossos resultados são consistentes com uma riqueza de dados clínicos e observacionais existentes apoiando os benefícios de saúde por meio do consumo de oleaginosas para muitas doenças”, reforça Ying Bao, líder do estudo. Ela conta que os nutrientes das oleaginosas, como ácidos graxos insaturados, proteínas, fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos, podem conferir efeitos cardioprotetores, anticancerígeno, anti-inflamatório e propriedades antioxidantes.

Resultados também expressivos obteve Carol O’Neil, da Universidade do Estado da Lousiana. Ela liderou um trabalho sobre o consumo de frutas secas e sua associação com uma melhora na qualidade da dieta em geral e a redução da obesidade em adultos norte-americanos. O artigo, publicado na revista Nutrition Research, avaliou a dieta de mais de 13 mil pessoas por cinco anos, com o acompanhamento da variação do índice de massa corpórea (IMC) e da circunferência abdominal. “O consumo calórico médio dos que ingeriam frutas secas foi 248 calorias maior. No entanto, peso, IMC, circunferência da cintura e risco de sobrepeso foram todos inversamente relacionados à ingestão de frutas secas”, surpreende-se Carol O’Neil.


Ingredientes nobres O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho, lembra que estudos feitos no início da década de 2000 mostraram dois aspectos importantes a respeito das oleaginosas. “Primeiro a descoberta de que não se ganhava peso, mesmo com um alto teor calórico.” Isso porque a proteína vegetal do alimento interfere na saciedade do indivíduo. “Outro estudo sugeriu a queda de doenças cardiovasculares quando eram consumidas de três a cinco porções por dia de oleaginosas”, acrescenta. Por esses motivos, o nutrólogo vê esta época do ano como uma excelente oportunidade para que os brasileiros – que não têm rotineiramente esses alimentos à mesa – possam aprender a inseri-los no dia a dia.

Ribas Filho considera o grupo das oleaginosas como nobre, pois contém gordura insaturada e compostos fenoicos considerados poderosos antioxidantes. “Uma das recomendações é usar uma pequena porção antes das grandes refeições porque leva a uma saciedade maior.” Um bom exemplo estaria na dieta mediterrânea, que tem as oleaginosas como um dos principais grupos alimentares e é considerada a melhor do mundo por diversos estudos científicos, segundo o especialista. “A castanha-do-pará mesmo é uma referência mundial de selênio”, exemplifica.

A oncologista Sabrina Chagas, da Oncoclínica do Rio de Janeiro e do Instituto Nacional do Câncer, aprova os resultados do estudo, mas pede cautela. “Não é para comer um monte de castanha achando que vai resolver. Normalmente, esse hábito vem acompanhado de um contexto de alimentação saudável.” Ela considera que há um perfil de pacientes com consumo de gordura menor e, consequentemente, um percentual corporal de gordura também menor. “Eles têm uma resposta melhor tanto ao tratamento quanto à prevenção de tumores malignos. Mas isso não é só quanto ao câncer, mas com relação a uma série de doenças.”

Palavra de especialista
Joana Dantas
endocrinologista e mestre em nutrologia da UFRJ

Calorias do bem 

“Entre os benefícios das frutas secas está a sensação de que você está comendo um doce. Elas são calóricas, mas têm um teor alto de fibras. Então, podem induzir uma saciedade, mas, claro, numa quantidade adequada de uma porção. Com relação ao estudo, ele não consegue determinar causa e efeito. Diz que quem consome frutas secas com mais frequência tem um IMC menor e uma pressão arterial menor. Também fala que quem ingere mais frutas secas come mais verduras e frutas e pratica mais atividades físicas. Ou seja, trata-se de pessoas saudáveis. Os cientistas não conseguem dizer com certeza que são só as frutas secas que causam isso. No entanto, conseguem garantir que não são maléficas. Isso porque muitas pessoas ficam com medo de introduzir esse alimento por causa da quantidade maior de calorias. Outra coisa interessante do trabalho é que as pessoas que consumiam frutas secas até ingeriam mais calorias em 24 horas, mas eram mais magras. Isso sugere que se pode ingerir alimentos com mais calorias desde que saudáveis. Só as frutas secas podem não trazer esse efeito, mas, associadas a uma dieta equilibrada, essa redução de peso tende a acontecer. Por isso, esse hábito deve ser levado para o resto do ano, não só nas festas de fim de ano.” 

Eduardo Almeida Reis‏ - Extinções


No mundo que aí está não adianta você ficar furioso(a) com a falta de privacidade. Qualquer coisa que você faça logo será do conhecimento geral
Eduardo Almeida Reis

Estado de Minas: 30/12/2013 


Extinções

Sempre atento ao que vai por aí, Roldão Simas Filho, o maior ombudsman da imprensa brasileira, mandou-me a lista das “nove coisas que desaparecerão no tempo de nossas vidas”. Limito-me ao item 9, Privacidade, que não vai desaparecer: já desapareceu.
É o que diz, em outras palavras, o texto enviado: a privacidade acabou e se foi há muito tempo. Há câmeras nas ruas, na maior parte dos edifícios e até em nossos computadores e celulares. “Eles” sabem quem você é e onde está. Se você comprar alguma coisa, sua compra vai para um zilhão de perfis, através dos quais “eles” tentam levá-lo a comprar outras vezes.

No mundo que aí está não adianta você ficar furioso(a) com a falta de privacidade. Qualquer coisa que você faça logo será do conhecimento geral através de gravações, quando não é em tempo real. Guarde sua raiva para o comportamento, os erros que lhe serão atribuídos e você não cometeu.

Não deixa de ser curioso notar que tudo isso vem acontecendo nos últimos anos. Semana passada, descobri que Thomas Edison patenteou o rádio no dia 29 de dezembro de 1891. O rádio! Televisão, avião, helicóptero, computador – é tudo muito recente e o pessoal tem pressa, tanto assim que a Amazon promete entregar suas compras na calçada, diante de sua casa, em 30 minutos, usando drones elétricos não poluentes.

Num país grande e bobo a entrega será sensacional. Antes mesmo de o comprador sair de casa para recolher sua compra, ela será roubada. Concorrendo com a saidinha de banco teremos a chegadinha de drone, por aqui chamado vant, veículo aéreo não tripulado.
E tem mais uma coisa: duvido que daqui a dois anos, portanto em 2016, algum dos condenados do mensalão ainda esteja preso. Quem viver, verá.

Corrupção

Não sei como trabalha a Transparência Internacional para fazer o ranking da corrupção mundial. Se existem países mais corruptos que o nosso é sinal de que o mundo está perdido. Depois de muito procurar no Google, acabei encontrando a lista completa, que tem em 1º lugar os menos corruptos Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia com 90 pontos. Os três últimos, com 8 pontinhos, são a Coreia do Norte, a Somália e o Afeganistão.

Muito me espanta que exista corrupção na Coreia do Norte, gloriosa nação comunista, e em Cuba, ocupando o 58º lugar com 48 pontos, onze postos à frente da nossa amada nação, que tem 43 pontos e ocupa a 69ª posição.

Comparáveis ao Brasil em extensão territorial existem a Austrália, 7º lugar e 85 pontos, o Canadá em 9º e 84 pontos. A Rússia, com 28 pontinhos, está entre os mais corruptos: 133º lugar. Outra surpresa, porque a geração que manda por lá foi, toda ela, nascida na gloriosa União Soviética.

Japão e Reino Unido ocupam o 17º posto, ambos com 74 pontos, e os EUA estão em 19º com razoáveis 73 pontos. Outra surpresa: o Eça dizia que qualquer coisa na Turquia seria turcamente abjeta. No entanto, aquela nação alcança 49 pontos e está 15 postos menos corrupta que o Brasil.

Bonito faz o Chile: 20º lugar com 72 pontos. E a China em 80º lugar, com escassos 39 pontos, segunda economia do planeta, é outra surpresa comunista. Ainda assim menos corrupta que a Argentina peronista em 102º lugar com 35 pontinhos.

O jornalista californiano Jon Lee Anderson, pai de Bella, Rosie e Máximo, autor da biografia “definitiva” de Che Guevara, entrevistado pela GloboNews disse que acha o nosso belo Putin, ex-KGB, presidente da Rússia, o maior perigo do mundo atual. Dirige um país com 17 milhões de km² e 143 milhões de habitantes. A Turquia tem 783 mil km² e 75 milhões de turcos.

Oba!
Considerando que amanhã é terça-feira, dia em que o caro, preclaro e animadíssimo leitor fica livre de Tiro&Queda, voltamos a conversar em 2014, ok? Se não fosse cavalheiro educadíssimo, juro que diria o que penso do ano que acaba.

 O mundo é uma bola

30 de dezembro de 1916: Grigoriy Yefimovich Rasputin é assassinado a mando da família imperial russa para pôr fim à sua influência sobre a czarina Alexandra. Nascido em 1869, foi um místico e figura muito influente do final do período czarista.

Por volta de 1904 sua reputação já era conhecida e ele foi introduzido no círculo restrito da corte imperial russa, onde, segundo se dizia, teria salvado a vida de Alexei Romanov, hemofílico, filho do czar. Diante disso, a czarina Alexandra Feodorovna passou a dedicar-lhe confiança desmedida e Rasputin passou a influenciar a Corte e a família imperial, ocupando o topo na hierarquia da poderosa Igreja Ortodoxa Russa.
Dissoluto, licencioso, devasso, acusado de orgias e envolvimento com mulheres da alta sociedade, levou o czar Nicolau II a se afastar dele, mas a czarina Alexandra manteve confiança absoluta no monge decadente. Quando é assim, só matando.

Em 1922, também no dia 30 de dezembro, o Conselho dos Sovietes cria a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Ruminanças
“No Brasil, o marxismo adquiriu uma forma difusa, volatilizada, atmosférica. É-se marxista sem estudar, sem pensar, sem ler, sem escrever, apenas respirando” (Nelson Rodrigues, 1912-1980).

Cotas para deficientes - Ana Íris Costa da Silva


Cotas para deficientes 
 
Falta de capacitação para o trabalho e até de interesse dos beneficiados torna problemático o cumprimento da lei 

Ana Íris Costa da Silva
Especialista em relações do trabalho Trigueiro Fontes Advogados
Estado de Minas: 30/12/2013 


O Congresso Nacional, sensível à situação de portadores de deficiência física e à difícil inserção no mercado de trabalho, criou a Lei 8.213/1991, que estabelece a obrigatoriedade de as empresas com mais de 100 empregados preencherem o seu quadro funcional com o percentual de 2% a 5% de portadores de deficiência física ou profissionais reabilitados. Diante desse cenário, em 24 de julho de 1991, adveio ao cenário legislativo do país o artigo 93 da norma em questão e, como consequência da louvável iniciativa, sobreveio uma incansável corrida das empresas para contratação de pessoas portadoras de deficiência física, necessárias ao atingimento da cota exigida pela regra legal.

Ocorre que essa norma não veio precedida ou mesmo acompanhada de nenhuma iniciativa governamental capaz de qualificar e/ou capacitar tal parcela populacional às oportunidades de emprego abertas em virtude da sanção legislativa. Assim, cabe tão somente às empresas, sem qualquer tipo de incentivo, o difícil fardo de assumir todas as nuances (capacitação profissional, adequação de sua estrutura física, treinamento para exercício das atividades etc.) envolvidas na inserção das pessoas portadoras de deficiência física no mercado de trabalho. Não obstante todos os esforços envidados em duas décadas de vigência do artigo 93, o cumprimento da cota legal ainda é um ponto bastante sensível às empresas, especialmente àquelas que, pela natureza de sua atividade, praticamente não têm vagas de trabalho adequadas à contratação de pessoas portadoras de deficiência física em seus quadros, principalmente no percentual exigido pela legislação.

Como se não bastasse tal fato, as empresas ainda têm que enfrentar o verdadeiro desinteresse dos portadores de deficiência física para a realização de qualquer ofício ou profissão. Muitas vezes por conta do recebimento do benefício previdenciário estatuído pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) ou pelo preconceito com algumas atividades. Apesar desse cenário, a fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) segue ostensiva e, ano a ano, é crescente o número de empresas que se veem penalizadas, com aplicação de exorbitantes multas administrativas, pelo não cumprimento da cota legal. Não existe, por parte do órgão administrativo, qualquer análise acerca das peculiaridades de cada empresa, seja o seu ramo de atuação, as atividades por ela desenvolvidas, bem como a disponibilidade de pessoas portadoras de deficiência física para ingresso no mercado do trabalho e, até mesmo, da inexistência de estrutura estatal para capacitação de tal parte da população.

Mas parece que começa a surgir uma saída para as empresas autuadas pelo MTE. Alguns juízes trabalhistas, atentos às dificuldades antes descritas e analisando os casos concretos, especialmente aqueles em que as atividades desenvolvidas pelas empresas são incompatíveis com a cota de contratação ou daquelas empresas que, mesmo aplicando todas as iniciativas necessárias, não conseguem cumpri-la, têm se posicionado no sentido de decidir pela inaplicabilidade da regra legal (artigo 93). Dessa forma, há a consequente anulação das penalidades aplicadas pelo MTE.

Diversos são os julgados dos Tribunais do Trabalho pátrios, bem como do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que reconhecem a necessidade e indispensabilidade de respeitar-se o tipo de deficiência em relação ao trabalho que será realizado e que ressaltam que a capacitação profissional é degrau obrigatório do processo de inserção. Entre eles, o AIRR-220600-66.2007.5.02.0023 do TST, julgado em 28/11/2012, e o Recurso Ordinário 0134500-02.2009.5.07.0023, do TRT da 7ª Região, julgado em 9/4/2012.

Dessa forma, indubitável é o fato de que a inserção das pessoas portadoras de deficiência física no mercado de trabalho é premente e necessária. No entanto, na aplicação da norma legal, ora em discussão, é indispensável a análise das peculiaridades de cada empresa, das características das atividades por elas desenvolvidas, bem como as da população da região em que ela está localizada. Cabe ao Poder Judiciário a contenção dos abusos cometidos quando da aplicabilidade do referido comando legal.