quarta-feira, 5 de março de 2014

Vulneráveis socialmente e biologicamente - ROBERTA JANSEN

05/03/2014
 O Globo
ROBERTA JANSEN
roberta.jansen@oglobo.com.br



Mulheres são mais suscetíveis à infeção pelo vírus da Aids.

A vulnerabilidade feminina à epidemia de Aids se explica por questões biológicas e, sobretudo, sociais. 

O problema é recorrente em várias partes do mundo.

Na relação sexual heterossexual, dada a fisiologia feminina, é mais fácil a mulher se infectar do que o homem. 

A anatomia da vagina, por si, é mais suscetível a infecções em geral. 

Além disso, o sêmen de um homem contaminado apresenta uma grande concentração viral (muito maior que a dos fluidos vaginais, por exemplo), facilitando ainda mais a contaminação.

Para esse problema, no entanto, existe uma solução muito simples e barata: a camisinha. 

A barreira física criada pelo preservativo praticamente zera qualquer chance de contaminação. Portanto, o maior problema não é biológico, alertam especialistas, mas, sim, social.

— O aumento de casos entre mulheres não é uma tendência nova — constata o diretor adjunto do Programa de Aids das Nações Unidas (Unaids), Luiz Loures.

— As mulheres, e sobretudo as mulheres jovens, têm dificuldades de sobreviver nesta sociedade, por conta da violência e da discriminação. 

Os homens, em muitos casos, são predadores. A violência e o preconceito dificultam a proteção.

O mesmo ocorre entre os homossexuais, frisa o especialista.

— O fato de a epidemia ser numericamente maior entre mulheres não quer dizer que percentualmente ela não seja significativa entre os gays. 

E o ponto em comum é sempre o preconceito e a vulnerabilidade. É por conta disso que o vírus se dissemina.

MARTHA MEDEIROS - O certo x o certo

Zero Hora 05/03/2014

Sofrer dá mais dignidade à existência do que alegrar-se. Chorar causa uma comoção que o sorrir nem de longe atinge. Tudo o que impede a felicidade possui uma fleuma poética e é mais respeitado, pois provoca introspecção, exige o pensar-se. O.k., mas desde que não se prolongue o coitadismo. O que tenho visto já é exagero. As pessoas têm tido uma propulsão a emperrar, complicar e outras atitudes que interrompem o andamento do curso da vida. E nessas atitudes não reside poesia alguma.

Tão mais simples seria cooperar. Abrir caminho. Facilitar.

Se as coisas estão nebulosas, converse. Se há dúvida no ar, explique. Se há mágoas se acumulando, dissolva-as. É básico. Só que muitos pensam que viver dessa forma é falta de imaginação. Não concebem a rotina sem uma complicaçãozinha. Se limparem a área, o que farão? Como ocuparão seu vazio?

Enquanto essa postura de autoboicote se restringir à vida pessoal de cada um, vá lá. Não há como impedir alguém de ser infeliz, se é esse o projeto para o qual a criatura tem vocação. Mas, em termos sociais, é nosso dever colaborar.

Poderia dar inúmeros exemplos, mas fico com um atual, o da ampliação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Entendo a preocupação dos ambientalistas em relação às 240 árvores que deverão ser cortadas para erguer os dois novos prédios. Tenho certeza de que eles não são contra a população que será beneficiada com mais leitos e com um ambulatório maior. Apenas estão fazendo a parte deles, sendo coerentes com sua ideologia. Mas nem sempre o certo e o errado estão em discussão. Às vezes é o certo x o certo, como neste caso. Quem não seria a favor da natureza? Árvores geram vida também. Quem deve ceder quando duas posturas positivas entram em choque?

Da mesma forma, os embates amorosos quase sempre são a luta de um certo contra outro certo. Ambos têm suas razões para ser como são, pensar como pensam, acreditar no que acreditam. E, no entanto, um dos dois terá que baixar a guarda para dar continuidade à relação – no caso de haver o desejo mútuo de dar continuidade à relação, óbvio.

Enfrentamentos nunca são fáceis. No caso do hospital, parece claro que a palavra que decide o caso é emergência. Saúde é um dos problemas mais graves do Estado. Há dinheiro em caixa para o início da obra, o que é um luxo neste país em que tudo é desviado para o bolso de alguns poucos. As condições são propícias e a necessidade urge. É um acerto maior versus um acerto menor. Cooperação é tudo o que se espera para que a cidade possa ir adiante.

Aquele que cede pensa que perde. Mas não perde nada. Contribuirá à sua maneira (não atrapalhar é contribuir) e exercitará a flexibilidade, que sempre é sinal de inteligência.

FERNANDO BRANT » O golpe‏

FERNANDO BRANT » O golpe
Estado de Minas: 05/03/2014





Tinha 17 anos e acompanhava com muito interesse a movimentação política. Lia jornais, ouvia rádio e vi, ao vivo, pela televisão, o comício do dia 13 de março, no Rio de Janeiro. Estudava no Colégio Estadual, instituição pública de ensino exemplar. Nos intervalos e nas salas de aula, as conversas sobre cultura e arte, o olhar sorrateiro para as meninas que subiam e desciam pela rampa dominavam o ambiente e foram o ponto de partida para o que sou hoje.

Passando a semana santa em Diamantina, recebia assustado os rumores de uma possível quartelada, enquanto dom Sigaud abençoava os frequentadores dos botequins da cidade. Voltamos para Belo Horizonte a tempo de acompanhar de casa os acontecimentos. Na Rádio Nacional, os amados artistas pregavam a legalidade. Na Rádio Inconfidência, destoando, animadores de auditório apoiavam a ação dos golpistas.

Triste, chorei e sofri com o resultado final. “Minhas lágrimas continuam justas”, escreveria alguns anos depois para o final do filme Jango, de Sílvio Tendler. Vinte e um anos depois dessa desgraça que se abateu sobre os brasileiros, teria meu momento de desforra quando, diretor artístico da rádio pública de Minas, com alegria e muito trabalho, junto com os radialistas e jornalistas, colocamos no ar, durante todo o dia, a festa da vitória no colégio eleitoral, que trazia de volta a esperança e a democracia. Como nem tudo é perfeito e a vida nos prega peças indesejáveis, acabamos tendo de engolir o sapo Sarney.

A cultura me alimentou durante esse período de repressão e escuridão. Com espetáculos poéticos que nos inflamavam, vindos do Rio, São Paulo ou nascidos aqui mesmo, o teatro carregava nossas baterias para que suportássemos os tempos que se anunciavam. Música, cinema e literatura eram um saboroso combustível para o quase menino que eu ainda era. Havia o trabalho, a faculdade, os amigos e as passeatas que percorriam as ruas da cidade em protesto.

Em 1968, quando vieram o AI-5 e o Decreto 477, o ato institucional contra a liberdade na educação, a coisa piorou. Senti isso de modo profundo quando voltei às aulas no início de 1969. Tudo era vazio e silêncio. Fomos levando nossas vidas na resistência pacífica, eu já escrevia canções nesta época, mas muitos daqueles jovens que beiravam os 20 anos acabaram empurrados para a luta clandestina, o que resultou em muita morte.

Tempos de desespero aqueles, que devem ser lembrados para que não mais ocorram. Ditaduras e ditadores, sob qualquer pretexto ou ideologia, merecem desprezo, repulsa e nojo.

Frei Betto-Março de 1964‏

Março de 1964

Frei Betto

Estado de Minas: 05/03/2014



Aguardei a reação popular. O Partido Comunista garantira que Prestes convocaria milhares de trabalhadores. Esperei em vão

Em 1964, eu morava no Rio, em um “apertamento” na esquina das ruas Laranjeiras e Pereira da Silva. Ali se instalavam os jovens dirigentes da Juventude Estudantil Católica (JEC) e da Juventude Universitária Católica (JUC), movimentos da Ação Católica. Ali se hospedavam, com frequência, os líderes estudantis Betinho, Vinicius Caldeira Brant e José Serra.

Eu havia ingressado no curso de jornalismo na Universidade do Brasil (atual UFRJ) e, entre meus professores, se destacavam Alceu Amoroso Lima, Danton Jobim e Hermes Lima. À direita, Hélio Vianna, professor de história, cunhado do marechal Castelo Branco.

 Desde que cheguei ao Rio, vindo de Minas, o Brasil vivia em turbulência política. Despertava o gigante adormecido em berço esplêndido. Tudo era novo sob o governo João Goulart: a bossa, o cinema, a literatura.

 A Sudene, dirigida por Celso Furtado, aliada ao governador de Pernambuco, Miguel Arraes, redesenhava um Nordeste livre do mando coronelístico de usineiros e latifundiários. Francisco Julião defendia as ligas camponesas, que lutavam por reforma agrária.

Paulo Freire implantava, a partir de Angicos (RN), seu método de conscientização política dos pobres por meio da alfabetização. Gestava a pedagogia do oprimido.

No Sul, Leonel Brizola enfrentava os monopólios estrangeiros e defendia a soberania brasileira. Marinheiros e sargentos do Exército se organizavam, no Rio, para reivindicar seus direitos.

“Verás que um filho teu não foge à luta.” Porém, os filhos não tinham suficiente lucidez para perceber que, desde a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, vinha sendo chocado, pelas classes dominantes, o ovo da serpente.

A embaixada estadunidense, ainda instalada no Rio, e tendo à frente Lincoln Gordon, movia-se à sombra para atiçar os militares brasileiros – muitos deles treinados nos EUA – contra a ordem democrática (vide Taking charge: the Johnson White House Tapes – 1963-1964, de Michael Beschloss).

Quem conhece a história dos golpes de Estado na América Latina sabe que todos foram patrocinados pela Casa Branca. Daí a piada: nunca houve golpe nos EUA porque não há, em Washington, embaixada ianque.

Os EUA, inconformados com o êxito da Revolução Cubana em 1959, temiam o avanço do comunismo na América Latina. O presidente Lyndon Johnson (1963-1969) estava convencido de que o Brasil era tão vulnerável à influência soviética quanto o Vietnam.

Rios de dinheiro foram destinados a preparar as condições para o golpe de 1º de abril de 1964. Para os pobres, que tanto ansiavam por reformas estruturais (chamadas na época de “reformas de base”, e até hoje não realizadas), os EUA ofereciam as migalhas das cestas básicas distribuídas pela Aliança para o Progresso. O empresariado se articulava no Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad) e no Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes).

Os EUA sequer admitiriam que o Brasil se tornasse, como o Egito de Nasser, um país independente das órbitas ianque e soviética. Navios estadunidenses da Operação Brother Sam rumavam em direção aos nossos portos.

Jango convocou o megacomício de 13 de março de 1964, na Central do Brasil. Eu queria estar lá, mas padre Eduardo Koaik (mais tarde bispo de Piracicaba –SP e colega de seminário de Carlos Heitor Cony) decidiu que aproveitaríamos o feriado para um dia de estudos da direção nacional da JEC, da qual eu fazia parte, em Itaipava (RJ).

Em 29 de março, com passagem cedida pelo Ministério da Educação (leia-se Betinho, chefe de gabinete do ministro Paulo de Tarso dos Santos), embarquei para Belém. Na capital paraense, o golpe militar me surpreendeu dia 1º de abril de 1964. Custei a acreditar que o presidente Jango, constitucionalmente eleito, havia se refugiado no Uruguai.

Aguardei a tão propalada reação popular. O Partido Comunista Brasileiro (PCB), com quem a JEC mantinha alianças na política estudantil, garantira que, em caso de golpe, Prestes havia de convocar milhares de trabalhadores em armas.

A Ação Popular, movimento de esquerda oriundo da Ação Católica, prometia mobilizar seus militantes para defender a ordem democrática.

Esperei em vão. Reações isoladas, inclusive de altos oficiais das Forças Armadas, foram logo abafadas sem necessidade de um só disparo de arma de fogo. E ninguém acreditava que a ditadura duraria, a partir de 1º de abril de 1964, 21 anos.

TeVê

TV paga

Estado de Minas: 05/03/2014



 (Natura Musical/Divulgação)

Roda de samba


O carnaval chegou ao fim, mas o samba não morre nunca. O SescTV reservou para hoje o especial Meu mundo é hoje, com show em homenagem a Wilson Batista (1913–1968 – na foto, ao lado de Noel). O cantor e compositor carioca é sempre lembrado pelas polêmicas que criou com Noel Rosa: um sempre respondia às provocações do outro em sambas históricos. São dele músicas como Lenço no pescoço, Mocinho da Vila, Conversa fiada e Frankenstein da Vila. Sabe quem passou pelo palco do Sesc Vila Mariana? Claudia Ventura, Cristina Buarque, Elza Soares, Marcos Sacramento, Nina Becker, Rodrigo Azulguir, Tantinho da Mangueira e Trio Samba de Fato. Confira às 22h.

Megapix acha que cinema
pode curar a sua ressaca


O Megapix anuncia para hoje uma sessão especial batizada Ressaca de carnaval, com uma seleção de comédias e filmes de aventura e ação. Anote aí: O segredo dos animais (14h), Uma noite fora de série (15h45), O grande Dave (17h30), A saga Crepúsculo: Lua nova (19h20), O aprendiz de feiticeiro (21h45) e As crônicas de Nárnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupa (23h50). Na TNT, o especial Castelo mágico de Harry Potter continua hoje, às 17h55, com Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban.

Esquinas da Rua Augusta
escondem boas histórias


Outro destaque de hoje é o drama Augustas, de Francisco César Filho, com Mário Bortolotto, Carolina Abras, Juliano Cazarré e Georgina Castro, às 22h, no Canal Brasil. Ainda na faixa das 22h, o assinante tem mais oito opções: Sentido na pele, na HBO; Amostras grátis, na HBO HD; Mergulho radical, na MGM; Kick-Ass – Quebrando tudo, no Studio Universal; Sob a luza da fama, no Sony Spin; Loucamente apaixonados, no Telecine Touch; O voo, no Telecine Pipoca; e Um grito no escuro, no TCM. Outras atrações da programação: Curtindo a vida adoidado, às 21h, no Comedy Central; e Cruzada, às 22h30, no FX.

Filmes de curta duração
podem ter muito a dizer


O canal Curta! também aposta em cinema, mas nos curtas-metragens. Hoje, às 20h, a emissora emenda três filmes que falam de grandes figuras brasileiras: Ferreira Gullar – A necessidade da arte, de Zelito Viana; Caminho Niemeyer, também de Zelito Viana, sobre as obras de Oscar Niemeyer em Niterói; e Candeias, da boca pra fora, de Celso Gonçalves, sobre a obra e a estética de Ozualdo Candeias, um dos cineastas mais inventivos do Brasil. Mais tarde, às 22h45, será exibido O sanduíche, de Nelson Diniz, Janaína Kramer Morra, Felippe Monnaco e Milene Zardo.

Série do NatGeo prova que
tamanho não é documento


Estreia hoje, às 21h30, no Nat Geo, a série Tamanho não é documento, que mostra o drama de indivíduos com nanismo. Desde a China até Uganda, do Brasil à Inglaterra, dos Estados Unidos às Filipinas, cada episódio revela as lutas diárias de quem vive em um mundo que não está adaptado às suas necessidades. A série apresenta testemunhos como o de um grupo que luta para construir um edifício adaptado ao seu tamanho e pessoas que superaram os obstáculos e encontraram seu lugar na pesca, na agricultura, na medicina ou como bombeiros.

CARAS & BOCAS » Novo desafio
Simone Castro

Caio Castro dubla animação que conta a história do Capitão Gancho quando jovem  (Sal Ricardo/Divulgação)
Caio Castro dubla animação que conta a história do Capitão Gancho quando jovem


Tinker Bell – fadas e piratas, que estreia esta semana no Brasil, traz como protagonista James, o jovem Capitão Gancho, vilão do clássico Peter Pan, e conta como ele se tornou um pirata malvado. O ator Caio Castro faz sua estreia como dublador emprestando sua voz ao capitão. Ao site Caras on-line, ele falou da experiência: "Foi a primeira vez que fiz uma dublagem. É uma técnica bem distante do que estou habituado a fazer (novela e cinema). Para encarnar o James, tive que trabalhar a voz, dei uma entonação diferente para ficar com uma característica mais pirata e um toque de maldade do Capitão Gancho. Foi uma experiência muito desafiadora e, ao mesmo tempo, divertida!”. Que o fez relembrar sua infância. “Eu me senti criança de novo com a possibilidade de conhecer o universo da Disney, que era uma mágica para mim. Poder fazer e levar esse universo para as crianças é um grande prazer. Espero que os fãs gostem, pois esse trabalho foi feito com muito amor e dedicação, e que a galera no cinema se divirta tanto quanto eu me diverti fazendo esse personagem”, disse.

CQC JÁ ESCOLHEU
MAIS UMA REPÓRTER


No retorno previsto para dia 17, o CQC, da Band, terá nova repórter. Naty Graciano é também atriz e apresentadora. No site da moça ela conta que se formou em 2009 em comunicação das artes do corpo (teatro), na PUC-SP; estudou interpretação para a TV na escola do diretor Wolf Maya e ainda atuou no curta-metragem All you need is love, dirigido por Wagner Depintor e premiado no Geneva Film Festival como melhor narrativa curta. Naty apresenta o programa Revista jovem em emissora no interior de São Paulo e, recentemente, concluiu cursos em Nova York. Paralelamente, desenvolve projetos nas áreas de TV e cinema.

MARCOS PALMEIRA FARÁ
SÉRIE NO MULTISHOW


Afastado da telinha desde o fim do remake de Saramandaia (Globo), o ator Marcos Palmeira vai estrelar série do canal Multishow (TV paga), A segunda vez. A atração, que vai mostrar o envolvimento do personagem vivido pelo ator com uma rede de prostituição, é baseada no livro A segunda vez que te conheci, de Marcelo Rubens Paiva. No elenco, entre outros, Letícia Persiles, Monique Alfradique, Nathália Rodrigues e Eline Porto.

PROGRAMA PODE FAZER
CARREIRA NO EXTERIOR


O Teste de fidelidade pode ser exportado pela RedeTV!. A emissora estaria em negociação para licenciar a atração comandada por João Kléber para os Estados Unidos. De acordo com o site Uol, uma emissora de TV norte-americana estaria interessada no formato. Mas ainda não há
contrato firmado.

ELES RECEBEM MILHÕES
E ENCHEM O COFRINHO

Depois de Roberto Carlos, que teria recebido cerca de R$ 25 milhões para fazer propaganda de uma marca de carne bovina – e olha que ele é vegetariano... ops, ex-vegetariano – e de Fátima Bernardes, que vai embolsar R$ 5 milhões por mês – enquanto a campanha estiver no ar – para ser garota-propaganda de uma marca de frios, ambas as produções, diga-se de passagem, de qualidade duvidosa, outras estrelas estão enchendo o cofrinho. Com quantias mais modestas, em torno de R$ 1 milhão, as atrizes Tatá Werneck, Carolina Dieckmann e Débora Nascimento teriam fechado participação na campanha de uma marca de cerveja.

PRÓXIMA ATRAÇÃO

Já tem nome o novo programa de Marcelo Adnet na Globo: Tá no ar. A estreia será em abril, logo depois de A grande família. São esquetes que vão satirizar a televisão, brincando com os variados tipos de formatos e personagens. Marcelo Adnet estará acompanhado de Marcius Melhem e já estão confirmadas as presenças de Danton Mello e Luana Martau, a Creontina de Joia rara. Tá no ar será o segundo programa de Marcelo Adnet na emissora. O primeiro foi a série O dentista mascarado, que se revelou um fiasco. O humorista também teve um quadro no Fantástico, em que parodiou videoclipes de cantores famosos.

VIVA
Série Segredos da Bíblia, do canal History (TV paga), em que arqueólogos fazem descoberta que desmente antigo testamento da Bíblia.

VAIA
Dois capítulos para tratar do enterro de Itamar (Nelson Baskerville), na trama de Em família (Globo), foram desnecessários
e cansativos. 

O amor é cego? - Carolina Braga

O amor é cego?


 Sucesso na Berlinale, o filme brasileiro Hoje eu quero voltar sozinho disputa prêmio na Colômbia. Trama sobre homossexuais tem grande capacidade de comunicação e abordagem delicada 

Carolina Braga
Estado de Minas: 05/03/2014


Fábio Audi e Ghilherme Lobo em Hoje eu quero voltar sozinho, representante do Brasil em Cartagena (Fotos: Lacuan Filmes/Divulgação  )
Fábio Audi e Ghilherme Lobo em Hoje eu quero voltar sozinho, representante do Brasil em Cartagena


Na opinião da crítica internacional, ele foi o melhor filme do Festival de Berlim. Saiu de lá consagrado com o Teddy, principal prêmio para produções com temática homossexual. Para completar, a estreia do longa brasileiro Hoje eu quero voltar sozinho no evento alemão lhe garantiu vendas para pelo menos 15 países – Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Suíça e Romênia, entre outros.

Para o diretor Daniel Ribeiro, nada disso é mais importante do que a constatação a que chegou depois da primeira exibição na Berlinale: Hoje eu quero voltar sozinho comunica-se – e muito – com a plateia. “Ele poderia ficar fechado em meia dúzia de pessoas, mas, quando acabou a exibição, sentimos que havia uma coisa forte. No debate, o público parecia muito tocado”, conta. Hoje eu quero ... ficou em segundo lugar na preferência dos espectadores na mostra alemã Panorama, que contemplou 36 trabalhos de 29 países.

No dia 14, o longa será o único representante brasileiro na competição do Festival Internacional de Cinema de Cartagena das Índias, na Colômbia, evento mais antigo do gênero realizado na América Latina. Depois, Daniel Ribeiro vai pensar só na estreia no Brasil, em 10 de abril. A expectativa, claro, não é diferente: provocar reflexão.

Em Berlim, Hoje eu quero voltar sozinho, história de um garoto deficiente visual que se apaixona por um colega, repercutiu na imprensa internacional por sua grande capacidade de comunicação. O filme não é panfletário, é delicado. Na justificativa apresentada pelo júri, os críticos o definiram como “a estreia alegre de um diretor que combina grande escrita, caracterização, desempenho, câmera e música para entregar um filme que se eleva acima do bem-explorado tema de idade, dando novo significado ao velho ditado ‘o amor é cego’”.

Daniel Ribeiro prepara o lançamento do longa no Brasil
Daniel Ribeiro prepara o lançamento do longa no Brasil

BANDEIRA

“É um convite ao diálogo, a bandeira que carrego”, ressalta Daniel Ribeiro ao se referir à temática que decidiu abordar. Aos 31 anos, o ex-aluno da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo tem dois curtas e esse longa no currículo. Nos três trabalhos, os protagonistas são homens que se relacionam afetivamente há algum tempo, como é o caso de Café com leite (2007), ou estão se descobrindo, como ocorre em Eu não quero voltar sozinho (2010) e em Hoje eu quero voltar sozinho (2014).

“Estamos falando de pessoas se apaixonando. Como pode haver restrição de direitos de uma coisa tão simples e bonita?”, questiona o diretor. Na faculdade, Daniel dedicou o trabalho de conclusão de curso à análise de personagens gays do cinema brasileiro. Ele estudou os longas Madame Satã, Amarelo manga, Bendito fruto e Amores possíveis, entre outras produções.

Seria natural que o primeiro longa de Daniel se impregnasse, de alguma forma, da pesquisa que vinha sendo feita por ele. “Em algum momento, parei para pensar sobre esse personagem cego, que nunca tinha visto homem e mulher, mas ainda assim se sentia atraído por outro cara. De onde vem o desejo, a atração?”, perguntou-se.

A partir daquele momento, Daniel resolveu usar o cinema para contestar lugares-comuns no campo dos relacionamentos. “Muita gente acha que a sexualidade está atrelada à visão. É um debate interessante sobre o preconceito. Saber não é um problema, mas ver incomoda”, diz. O diferencial é que em vez de focar apenas na origem do desejo ou na temática homossexual, o diretor universaliza a história para além das definições de gênero. Resumindo: todo mundo tem a experiência do primeiro beijo e de se apaixonar.

Desde o início, a vontade era fazer um longa a partir do argumento sobre um jovem cego que se apaixona pelo colega de classe, mas a grana não foi suficiente. Daniel decidiu começar aos poucos, com 17 minutos. “O curta-metragem serviu para mostrar como era possível contar essa história simples, leve e comunicativa”, resume.

O resultado surpreendeu: Eu não quero voltar sozinho estreou em 2010, em Paulínia, São Paulo, e foi exibido em mais de 100 festivais, onde recebeu 82 prêmios. Desde janeiro de 2011, está disponibilizado gratuitamente no YouTube e já superou 3 milhões de visualizações. “O longa nunca vai chegar a esse número”, constata Daniel. Há um sério risco de ele estar enganado.

Equipe do longa na entrega do prêmio Teddy, em Berlim (Teddy Awards /Divulgação)
Equipe do longa na entrega do prêmio Teddy, em Berlim

Tema urgente

Apesar de partirem do mesmo argumento, os processos do longa e do curta foram independentes, separados por um intervalo de três anos. Como em time que está vencendo não se mexe, Daniel Ribeiro trabalhou com a mesma equipe e, principalmente, o elenco revelado em Eu não quero ficar sozinho. Aliás, os jovens atores Ghilherme Lobo, Fábio Audi e Tess Amorim são um verdadeiro achado.

Descoberto nos testes realizados para o curta, Ghilherme Lobo – que não é deficiente visual – tinha 15 anos quando interpretou Leonardo, o adolescente cego. Hoje, aos 19, tem carreira nos palcos paulistas e participou de alguns musicais, como A noviça rebelde. Curiosamente, no aniversário de 18 anos dele foram rodadas as cenas que poderiam gerar polêmica: momentos em que os garotos se permitem um pouco mais de intimidade.

Hoje eu quero voltar sozinho é a história de dois garotos que se apaixonam. Ponto. Para o diretor, este filme é necessário. “Os gays se tornaram visíveis nos últimos 15, 20 anos. Chegou um momento em que as forças conservadoras resolveram contra-atacar. É uma fase de transição”, acredita Daniel Ribeiro. 

Desportos - Eduardo Almeida Reis‏

Desportos
Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 05/03/2014




Devagarzinho, voltei a praticar meu esporte predileto, que sempre foi esgrimir com a pena de pato, leia-se teclado da máquina ou do computador. Passei 10 dias impossibilitado de ligar o equipamento, atrasei-me de costura, mas ontem à noite, em três horas de trabalho, aprontei 1.100 palavras das 1.750 semanais para o Correio Braziliense. Fiquei numa alegria comparável à de um pinto no lixo ou na bosta, como queiram. A posição ao trabalhar ainda é forçada: basta dizer que os meus óculos estão a 1,90m do monitor. Não invento: medi.

Quando disse que o bom de fazer aquilo de que se gosta é que a gente nunca precisa trabalhar na vida, Confúcio (551-479 a.C.) acertou na mosca. Ainda agorinha fui procurar sua frase no Google, da forma como nos chegou a 2014, e descobri centenas de frases que lhe são atribuídas.

Confúcio era o filho mais novo dos 11 de Shu-Liang He, magistrado e guerreiro de certa fama, que se casou aos 70 anos com uma chinesinha de 15 anos chamada Yen Cheng Tsai, descendente do filho mais velho do duque de Chou.

Perdeu o pai quando tinha três anos e o magistrado devia orçar pelos 85, quando Yen Cheng Tsai andaria pelos 30 aninhos. Órfão, o sábio começou a trabalhar antes dos 15 anos: foi pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos 19 anos casou-se com Chi-Kuan e teve o filho K’ung Li.

Morreu com 72 anos e o leitor deve ter atentado no fato de que foi vaqueiro, estágio indispensável na vida dos grandes pensadores, dos realmente grandes, ainda que se intitulem philosophos visando a se distinguir dos filósofos imbecis que abundam por aí.

Cinzas
Vejo que hoje é quarta-feira de cinzas, o primeiro dia da quaresma no calendário cristão ocidental. Presumo que o caro, preclaro e pacientíssimo leitor do Estado de Minas ainda esteja de ressaca do tríduo momesco. O médico Sérgio de Paula Santos, autor de livros deliciosos sobre vinhos, recomendava duas aspirinas, duas colheres de sopa de mel, cama e muita água mineral para curar ressacas. Não posso tomar aspirinas, porque já tomo um anticoagulante e felizmente não tenho ressacas depois de beber desgarrafadamente durante 40 anos ou mais. Ninguém é perfeito.

As cinzas que os cristãos católicos recebem hoje são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida, recordando a efêmera fragilidade da vida sujeita à morte, motivo pelo qual é muito melhor, mais alegre e civilizado pelejar com as cinzas dos charutos e deixar que os cristãos católicos pensem na parca inevitável.

Releva notar que no catolicismo romano hoje é dia de jejum e abstinência, que o leitor não deixará de cumprir, até lavar sua testa depois do pôr do sol, considerando que deve passar o dia inteiro com as cinzas postas pelo padre durante a cerimônia matinal.

 O mundo é uma bola
Diz a Wikipédia que no dia 5 de março de 1496 o rei inglês Henrique VII emitiu carta-patente a John Cabot e a seus filhos “autorizando-os a descobrir terras desconhecidas”. De espantar seria que Henrique VII autorizasse John Cabot & filhos a descobrir terras conhecidas. O rei era feio pra dedéu e teve oito filhos com Isabel de Iorque, considerada uma das beldades do seu tempo, única mulher na história da Inglaterra que foi filha, irmã, mulher e sobrinha de monarcas reinantes. Contudo, pariu Henrique VIII, aquele que tinha a mania de matar suas mulheres.

Em 1836 Samuel Colt lança o primeiro modelo de seus revólveres, calibre 34. Hoje é o Dia do Filatelista, da Integração Cooperativista e da Música Clássica.

Ruminanças

“Um puritano é uma pessoa que põe indignação justa em coisas erradas” (Chesterton, 1874-1936). 

Chikungunya é ameaça real‏ - Paula Takahashi

Chikungunya é ameaça real 
 
América do Sul está em alerta com vírus transmitido pelo Aedes, mosquito vetor da dengue. Ministério da Saúde alerta estados e municípios, uma vez que sintomas são muito parecidos, acrescidos de fortes dores articulares 


Paula Takahashi
Estado de Minas: 05/03/2014

Originário da Tanzânia e amplamente disseminado entre países africanos e asiáticos, o vírus chikungunya fez as primeiras vítimas em solo caribenho em dezembro e acendeu o sinal de alerta ao longo de toda a América do Sul. Muito parecida com a dengue – inclusive o vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti, é o mesmo –, a doença também acarreta febre, dor de cabeça e fadiga. A grande diferença está nas dores articulares, que podem acompanhar o paciente por meses. Nos casos mais agudos, essas dores se assemelham à artrite reumatoide e em situações extremas podem levar a deformidades. Essa foi a primeira vez que o vírus foi transmitido no hemisfério ocidental de forma autóctone, ou seja, já contaminou os mosquitos locais.

Os casos registrados anteriormente foram todos importados por meio de turistas picados em países onde a doença é endêmica (veja quadro). Inclusive, no Brasil foram identificadas, em 2010, três situações como essa. Na época, os viajantes já chegaram infectados vindos da Indonésia e da Índia. Até então não havia nenhuma identificação de contágio dentro do continente americano. Diante da proximidade e das condições favoráveis, especialistas já cogitam a possibilidade de propagação para a América Central e do Sul. "Acho que em cinco anos no máximo ele estará aqui. Mas pode ser antes", admite o infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein Artur Timerman, umas das principais autoridades no assunto.

Ciente do risco, o Ministério da Saúde (MS) anunciou a implantação do sistema de vigilância e monitoramento da febre do chikungunya no país. Entre as ações adotadas, o órgão emitiu comunicado às secretarias estaduais e municipais de Saúde, alertando sobre as características e sintomas da doença. Segundo informações da Secretaria de Vigilância em Saúde, do MS, um manual está sendo preparado para distribuição entre os profissionais da área. O material trará detalhamento completo das ações que devem ser adotadas com foco na prevenção e controle da doença.

"Uma equipe de médicos foi enviada à ilha de Martinica para atualização clínica no manejo de pacientes, que servirá para capacitação dos profissionais da área de assistência no Brasil", antecipou a secretaria. As medidas não param por aí. Laboratórios centrais de saúde pública (Lacen) das secretarias estaduais de Saúde vão ser capacitados com técnicas de diagnóstico para servirem de apoio às ações de vigilância, controle e assistência.

GRANDES EVENTOS E COPA Pedro Vasconcelos, chefe da seção de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas do Instituto Evandro Chagas (IEC), único no Brasil preparado para realizar o diagnóstico da doença, informou que uma equipe de profissionais já foi treinada e outra já está sendo formada. Tudo para que, assim que o vírus entrar no país, as ações de contenção sejam colocadas em prática. "O risco de o vírus se disseminar existe. A chance aumenta com eventos como a Copa do Mundo, que vai atrair milhares de pessoas de vários locais para o Brasil, inclusive de áreas onde o vírus já está circulando", observa Pedro. O especialista lembra que os tipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue entraram no país pelo Rio de Janeiro, logo depois do período de carnaval, o que também aumenta o alerta.

PRODUÇÃO DE ANTÍGENO

O Instituto Evandro Chagas é o único laboratório da América Latina a possuir o vírus Chikungunya para produção de antígeno e anticorpos utilizados no diagnóstico da patologia. "Foi firmado um acordo entre o governo brasileiro e dos Estados Unidos para que recebêssemos esse material e pudéssemos realizar a produção local. Desta forma, não dependemos do fornecimento externo", observa Pedro Vasconcelos. O vírus chegou no Brasil em 2002 e desde então o antígeno e os anticorpos estão sendo elaborados. "Hoje a quantidade que temos vem sendo usada para treinamento. Vamos enviar material para alguns poucos laboratórios que são referência regional, mas a distribuição mais intensa ocorrerá à medida em que os casos forem confirmados", afirma. A Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais, estaria entre os laboratórios candidatos.

Conheça a doença

Transmissão
>> Por meio da picada do mosquito contaminado. O vetor é o mesmo da dengue, o Aedes aegypti. O Aedes albopictus é responsável pela transmissão em países da Ásia, Europa e África.
Sintomas
>> No início, são muito semelhantes ao da dengue. Além de febre, as dores de cabeça, fadiga e náuseas estão entre os sintomas em comum. A grande diferença está nas dores musculares e nas articulações – normalmente nas mãos e pés –, que lembram muito uma artrite. Essas dores podem durar semanas até vários meses. Ao contrário da dengue, a chikungunya não é fatal, já que não leva a hemorragias.
Tratamento
>> Assim como em casos de dengue, não há remédios específicos para o vírus chikungunya. Repouso, hidratação e medicamentos para aliviar os sintomas de febre e dores no corpo.

Cuidados para afastar o inseto incluem repelente e roupas

Publicação: 05/03/2014 04:00
As ilhas caribenhas estão no topo da lista dos destinos turísticos mais desejados entre os brasileiros. Por isso, vale um alerta para quem pretende visitar regiões onde já foram confirmados casos da febre do chikungunya. "O uso de repelente adequado e roupas são as principais formas de evitar o contágio. Para as praias do Caribe é difícil a adesão a essas medidas de controle, mas os viajantes precisam ficar atentos", orienta o infectologista responsável pelo checape do viajante do Laboratório Fleury Medicina e Saúde, Jessé Alves. Sem vacina, assim como a dengue, a única forma de impedir a transmissão do vírus é evitando a picada do mosquito. Telas nas janelas, ar-condicionado e mosquiteiro compõem a ação preventiva.

Na praia, o repelente deve ser usado sempre depois do protetor solar. "Dê preferência a produtos que tenham a menor quantidade possível de perfume. Aliás, os cheiros, principalmente florais, devem ser evitados, já que podem atrair os mosquitos", lembra Jessé. Depois do mergulho, o produto deve ser reaplicado. "O ideal é buscar um repelente com concentração alta da substância ativa. Complexo B e até pílula de alho, que muitos acreditam proteger, são grandes mitos", alerta o infectologista.

DOR PARECIDA COM REUMATISMO


A fase de incubação do vírus (entre a picada e os primeiros sintomas) pode ser de dois a 12 dias, mas o mais comum é que os primeiros sinais de contágio surjam ainda na primeira semana, a partir de terceiro dia de contágio. Em uma semana, grande parte dos pacientes já apresenta melhoria do quadro, mas não são raros os casos que evoluem e podem prolongar as dores nas articulações. "A complicação da artrite se torna o maior problema. Em casos mais graves, as dores articulares se assemelham ao reumatismo e podem persistir por meses", afirma o infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein Artur Timerman. Apesar do agravante, a doença dificilmente evolui para óbito, ao contrário da dengue.

Também não apresenta um tratamento específico que atualmente consiste em atacar os sintomas. "É sintomático, para abaixar a febre e reduzir a dor", reconhece o infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz Stefan Cunha Ujvari. Segundo o especialista, durante a fase de infecção, em que a pessoa apresenta o sintoma de febre, aumentam as chances de contágio do mosquito que venha a picar o paciente. "Basta que uma pessoa esteja contaminada e que um mosquito a pique para que a doença inicie seu processo de propagação. Caso como esse aconteceu na Itália, quando apenas um turista voltou contaminado e, depois dele, surgiram vários outros casos", afrima Stefan.

1952
ano em que o vírus foi registrado pela primeira vez na Tanzânia

1951
casos registrados nas ilhas caribenhas desde a confirmação das primeiras vítimas

1
morte confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na ilha Saint Martin