segunda-feira, 16 de março de 2015

Será que desejamos o impossível? - Renato Janine Ribeiro

Valor Econômico - 16/03/2015

Queremos um governo que seja eficiente e honesto, mas sabemos que ter as duas coisas é bem difícil no Brasil de hoje



Um princípio básico da ciência é que, quando uma hipótese não explica os fenômenos, devemos procurar outra que dê melhor conta deles. Este princípio me ocorreu há poucos dias. Afinal, quase todos os analistas, eu inclusive, temos criticado a presidente da República por seu estilo de pouca negociação. Até ficamos espantados: como sobe à presidência alguém que ignora princípios tão elementares? Mas aí parei. Nunca é bom apostar na ignorância ou inépcia daquele a quem criticamos. Pode ser que Dilma Rousseff erre sim ao não negociar, ao não fazer política. Só que...
Se isso não for óbvio? Se nosso ponto de partida estiver errado?

Durante milênios, os homens acreditaram que os astros, inclusive o sol, giram em torno da Terra. Só que, desse jeito, alguns astros têm um movimento estranho, irregular, e até mesmo retrogradam. Já com a astronomia moderna, heliocêntrica, os movimentos dos planetas - inclusive a Terra - em torno do Sol descrevem órbitas mais regulares. Essa, a lição científica: se os resultados soam absurdos, devemos questionar a hipótese de que partimos. No caso, em vez de pensar que Dilma ignora o mais elementar da razão e da política, indagar o que ela efetivamente pretende.

Dá para governar bem e ser honesto no Brasil?

No seu primeiro ano de governo, Dilma demitiu todos os auxiliares acusados de corrupção. Foi aplaudida. Mas logo começaram a questioná-la: por que não fazia alianças? Porque não gostava dos políticos? ou, sei lá, da própria politica? Só que, num País em que tantos políticos importantes são suspeitos de corrupção, negociar com eles o que significa? Podemos ter decência no exercício do poder e, ao mesmo tempo, trânsito livre pelo mundo dos políticos?

Essa é a realidade atual, que precisa mudar, mas isso não será fácil. E se Dilma for representativa de nosso desejo difuso de uma política competente e sem corrupção? Ela se irrita, sim, com quem está a sua volta, o que politicamente é inábil, mas isso porque cobra eficiência. E isolou a família da política. Nem ela nem os familiares despertam suspeitas de favorecimento pessoal. Pode até governar mal, só que detestando a corrupção e a ineficiência. Mas basta detestá-las para superá-las?

A hipótese passa a ser: e se o "momentum" Dilma for exatamente a tragédia mais representativa daquilo que desejamos? Se o problema não estiver nela, mas em nós? Em nós, analistas da política e cidadãos, que pretendemos o melhor de dois mundos: eficiência e honestidade.

Pode haver governabilidade, no Brasil de hoje, sem corrupção? Podemos ter governabilidade sem negociações e alianças, que vão ao limite de nossa irresponsabilidade?

Para não ficarmos num só partido, lembremos a rebelião do PCC em São Paulo em 2006, quando a quadrilha paralisou a cidade por alguns dias. A situação só foi resolvida quando o governo estadual - que é do PSDB - negociou com o PCC e cedeu. Meticulosamente, deletamos este passado (embora ainda presente) de nossa memória.

E ouvi de Drauzio Varella que desde o massacre do Carandiru em 1992, ocorrido no governo do PMDB, a polícia não entra nos presídios do Estado. São geridos pelo crime. Isso é inadmissível. Mas assim baixa a violência nas cadeias e mesmo o crime fora delas.

Essa mistura de bem e mal, de resultados positivos e meios obscuros para consegui-los, merece atenção. Porque lavamos as mãos. Denunciamos a corrupção e queremos que as leis passem no Congresso. Mesmo na ditadura, isto é, num REGIME em que o Congresso pouco decidia, o assessor presidencial Heitor de Aquino dizia, quando ia negociar a aprovação de decretos-leis pelos parlamentares, que ia abrir o "barril de peixe podre". Imagina-se o odor. Fingimos que ele não existe, ou que nasceu ontem.

Uma vez, estive na antessala de uma pessoa com certo poder. Faltava água no seu prédio. Ouvi a secretária telefonar a alguém: "Não quero saber como, mas você tem que resolver o problema em duas horas". Pensei que era uma forma de exigir eficiência e presteza. Mas depois entendi que esse bordão serve para colocar o encarregado à margem da lei. Vire-se. Se violar a lei, viole. Mas eu lavo as mãos. "Não quero nem saber!"

E se Dilma tiver a mesma convicção que o povo brasileiro? Se também quiser o fim da corrupção e, ao mesmo tempo, um governo eficiente? Se sua aversão aos políticos for porque não crê na sua honestidade, nem competência? Neste caso, não a estaremos condenando, exatamente porque tem os mesmos propósitos da maioria da sociedade?

Esta é uma hipótese. Não justifica a presidente, no sentido de aprová-la e apoiá-la. Ela deveria dialogar, se não com a categoria política, certamente com a sociedade. Mas a hipótese talvez explique os fenômenos, isto é, a ação - e inação - de Dilma, melhor do que a suposição de que ela é inepta politicamente. E cabe perguntar se a psicanálise não ajuda a entender o ódio crescente a ela. Ódio ao outro é projeção de ódio a si mesmo (simplifico, claro). Talvez ela cause tanta rejeição porque nos mostra, às escâncaras, um dilema que queremos esconder de nós. Queremos a honestidade sem pagar o preço por ela. Pensamos que a honestidade dos políticos, quando vier, vai nos cumular de bençãos. O dinheiro que é roubado da sociedade virá a nós como as fontes de leite e mel da Terra Prometida. Esquecemos que chegar a isso dá trabalho, e que também terão que acabar muitas condutas nossas, "informais" dizemos às vezes, imorais ou ilegais. Mas, sobretudo, esquecemos que reformar a política não é só dos políticos. Demanda esforço de quem os elege, e esse esforço não se resume em raiva, menos ainda, insultos.
        

Ciência pura - Eduardo Almeida Reis

Para mim a solidão representa a oportunidade de revisar nosso gerenciamento, de projetar o futuro e avaliar a qualidade dos vínculos que construímos


Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 16/03/2015 


De vez em quando, a melhor ciência comprova fatos que descobri faz tempo. Apesar do nome, Mihaly Csikszentmihaly nunca fez delação premiada na Operação Lava-Jato: é considerado o grande psicólogo da felicidade e já em 1994 comprovou que os adolescentes que não aguentam a solidão são incapazes de desenvolver o seu talento criativo.

O sociólogo Robert Lang, professor da Universidade de Nevada, fala do luxo que significa viver sozinho. Eric Klinenberg, da Universidade de Nova York, publicou um livro cujo título, em tradução livre, é Ficando só: o extraordinário aumento e surpreendente apelo de viver sozinho. Erin Cornwell, socióloga da Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York, depois de muito estudar concluiu que os maiores de 35 anos, quando moram sozinhos, têm maior probabilidade de sair com amigos do que as pessoas casadas da mesma idade.

Susan Cain, autora do livro cujo título, ainda em tradução livre, é Silêncio: o poder dos introvertidos num mundo que não consegue parar de falar, defende a riqueza criativa que surge da solidão e pede, pelo bem de todos, que se pratique a introversão: “Sempre me disseram que eu deveria ser mais aberta, embora eu sentisse que ser introvertida não era algo ruim. Durante anos fui a bares lotados, muitos introvertidos fazem isso, o que representa uma perda de criatividade e de liderança que nossa sociedade não se pode permitir. Temos a crença de que toda criatividade e produtividade vem de um lugar particularmente sociável. Só que a solidão é o ingrediente essencial da criatividade. Darwin fazia longas caminhadas pelo bosque e recusava convites para festas. Steve Wosniak inventou o primeiro computador Apple sentado sozinho em um cubículo na Hewlett Packard, onde trabalhava. Solidão é importante. Para algumas pessoas é o ar que respiram”.

Susan lembra que, rodeadas de gente, as pessoas se limitam a seguir as crenças dos outros para não romper a dinâmica do grupo. A solidão, por sua vez, significa abrir-se ao pensamento próprio e original. Reclama que as sociedades ocidentais privilegiam a pessoa ativa à contemplativa, e pede: “Parem a loucura do trabalho constante em equipe. Vão ao deserto para ter suas próprias revelações”.

Mihaly Csikszentmihaly, de 80 anos, nasceu na Croácia e emigrou para os EUA com 22 aninhos. Obteve seu Ph.D em 1965 pela Universidade de Chicago, a mesma do ainda ministro Joaquim Levy, nomeado pela incompetenta. Csikszentmihaly parte do princípio de que as pessoas são seres sociais, que depois de passar o dia rodeadas de gente, de reunião em reunião, atentas ao celular e às redes sociais, hiperativas e superconectadas, precisam da solidão que oferece um espaço de repouso capaz de curar, o que faz dela, solidão, algo fundamental para a criatividade, a inovação e, pasme o leitor, para a boa liderança.
Filósofo dos mais respeitados, Byung-Chul Han, autor de A sociedade do cansaço, louva as palavras de Catão: “Esquecemos que ninguém está mais ativo do que quando não faz nada, nunca está menos sozinho do que quando está consigo mesmo”.

Na mesma linha de raciocínio temos o filósofo Francesc Torralba, da cátedra de Ethos da Universidade Ramon Llull, autor de A arte de ficar só: “Para mim a solidão representa a oportunidade de revisar nosso gerenciamento, de projetar o futuro e avaliar a qualidade dos vínculos que construímos. É um espaço para executar uma auditoria existencial e perguntar o que é essencial para nós, além das exigências do ambiente social”.

Chego às 565 palavras e poderia escrever um livro inteiro sobre o assunto, mas creio ter convencido o leitor com as opiniões de Francesc, de Byung-Chul Han, de Susan Cain, de Mihaly Csikszentmihaly. Javier Urra, Mireia Darder, Irvin Yalom e um philosopho amigo nosso assinam embaixo. Joel Silveira (1918-2007), imenso repórter, correspondente de guerra, 40 livros publicados, Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, admitiu: “É não saindo de casa que a gente sabe das coisas”.

O mundo é uma bola
16 de março de 597 a.C., os babilônios capturam Jerusalém e substituem Jeconias por Sedecias como rei. Como o leitor deve estar lembrado, Sedecias ou Zedequias ou Matanias foi o 20º e último rei da Judá. Acabou deposto e levado para o exílio. Era o terceiro filho de Josias com Hamutal e minhas fontes são omissas quanto a Hamutal, mas posso garantir que cheirava mal: todos catingavam. Quando foi constituído em rei vassalo, o rei babilônico Nabucodonosor mudou o nome de Matanias para Zedequias. Nos 11 anos do seu reinado, Zedequias “fazia o que era mau aos olhos de Jeová”. Talvez fizesse transfusões de sangue, malvistas pelas Testemunhas de Jeová.

Em 1521, Fernão de Magalhães alcança as Filipinas. Se me não falha a memória, foi flechado por lá, coitado. Em 1792, cascaram fogo no rei Gustavo III da Suécia, que morreria no dia 29 de março do mesmo ano. Em 1843, fundação da cidade de Petrópolis, RJ, que tem no Centro a Rua 16 de Março.
Hoje, na mitologia greco-romana, é o primeiro dia do Bacanal, Festival de Dionísio (Baco para os romanos), deus do vinho, dos grãos, da fertilidade e da alegria.

Ruminanças
“Há países em que a diplomacia tem ciclos: dos bêbados, dos homossexuais, dos bolivarianos...” (R. Manso Neto).

Sem perder a ternura - Wanderlea 50 anos de carreira

SEM PERDER A TERNURA Wanderléa convoca uma reunião de energias positivas para afastar o pessimismo do Brasil. Show em BH da turnê de 50 anos de carreira da cantora já está esgotado


Ana Clara Brant
Estado de Minas: 16/03/2015 



A cantora Wanderléa, conhecida como Ternurinha e musa da Jovem Guarda, que prevê lançar sua autobiografia neste ano (Jairo Goldflus / Divulgação)
A cantora Wanderléa, conhecida como Ternurinha e musa da Jovem Guarda, que prevê lançar sua autobiografia neste ano


“Tenho 50 anos de carreira, carrego uma paixão de um povo inteiro por mim, e não posso deixar de me manifestar e passar essa mensagem positiva que está na minha alma”, diz a cantora Wanderléa, de 68 anos.

A paixão do público por ela está comprovada na velocidade com que se esgotaram os ingressos para o show que ela fará na próxima quinta, em BH. Desde a semana passada não há mais nenhum lugar disponível.

A “mensagem positiva” que ela se sente obrigada a transmitir faz eco com o apelido de Ternurinha que essa mineira de Governador Valadares recebeu ainda na adolescência, quando já fazia sucesso no Rio de Janeiro, integrando a Jovem Guarda.

“Tudo que está acontecendo (nos campos político, econômico e ambiental) está trazendo um psiquismo péssimo no mental do brasileiro. Estamos muito assustados. A minha geração tem uma maturidade para perceber isso. Temos que fazer um pensamento positivo forte. Essa reunião de energias positivas e boas vai nos ajudar a sair desse momento de dificuldade. Ficar pessimista dificulta mais ainda, traz mais sofrimento. Temos que nos concentrar em transformações, sobretudo dessas pessoas que estão no poder, que têm condições de atuar. É um momento de nos unirmos, no sentido de mandar muita força de luz para o universo”, afirma.

Para mais bem ilustrar o convite que faz, ela cita um de seus sucessos, É o tempo do amor (Já chegou/ Novamente a bonança/Todo mal já passou/Já voltou a esperança/Vamos dançar e namorar/Sempre alegre ser/Vivendo assim a sorrir/A vida tem mais sabor), torcendo para que sirva de exemplo.

Wanderléa ganhou o apelido de Ternurinha por diversas razões. Primeiro, pela música Ternura, que virou um hit em sua voz, em 1965; segundo, por ela ter sido a atriz principal do filme Juventude e ternura, em 1968, do diretor Aurélio Teixeira; e terceiro pelo especial estrelado por ela e Eramos Carlos, A Ternurinha e o Tremendão.

“Fora o fato de eu ser mineirinha, aquele jeitinho que é só da gente, respeitoso, amoroso, reforçou ainda mais. Hoje, as minhas filhas são as minhas ternurinhas”, diz. A cantora nasceu em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, mas foi há pouco tempo que ela teve oportunidade de conhecer de fato a sua cidade. E, melhor, de uma maneira inusitada. Além de ter ganho a chave do município, a artista mineira descobriu que sua terra natal é a capital do voo livre no Brasil e decidiu ousar: pular de paraglider junto com uma de suas filhas, Jadde.

“Fiquei encantada com a luminosidade de Valadares. Foi maravilhoso o voo que fiz e pude conhecer minha cidade de uma maneira bem diferente, do alto. Brinquei que, mesmo tendo ficado tantos anos longe e morado tão pouco tempo lá, agora eu conheço a cidade muito melhor do que meus conterrâneos (risos). Foi maravilhoso e tenho muito orgulho de ser valadarense”, diz.

TURNÊ A turnê do show Wanderléa... Maravilhosa, na qual revisita o disco homônimo, de 1972 e com a qual celebra meio século de estrada, passa por Governador Valadares no próximo sábado. Estão ainda na programação Nova Era (dia 20) e Ipatinga (dia 22). “Fico até emocionada de saber que em BH a casa já está lotada. Ainda mais no meu estado. Vai ser muito bacana viajar com a turnê dos meus 50 anos de carreira por Minas, mesmo não sendo a banda completa”, afirma. “Aí vai estar apenas o meu quarteto, mas, mesmo assim, o show não vai deixar nada a desejar.”

Além do destaque ao álbum de 1972, o show inclui grandes sucessos como Pare o casamento, Prova de fogo, Se você pensa, Foi assim, Quero ser locomotiva, Krioula, Te amo e Gostaria de saber. “A intenção era pegar um pouco de tudo que eu fiz, principalmente os anos 1960, quando comecei, e de que as pessoas se lembram bastante”, conta.

Aliás, não é apenas a cantora que está em ritmo de festa. O movimento musical e comportamental do qual ela fez parte, junto com os amigos Roberto e Erasmo Carlos, Jerry Adriani, Ronnie Von, Eduardo Araújo, Martinha, entre outros que formavam a Jovem Guarda, também completa cinco décadas.

No entanto, Wanderléa diz que preferiu focar nas comemorações de sua carreira, embora isso não seja desdém pelo fenômeno do iê-iê-iê. “A gente fez festa quando a Jovem Guarda completou 30, 40, 45 anos. Fizemos especial, saímos em turnê. Eu, particularmente, estou querendo celebrar de uma maneira mais individual, até para ter uma liberdade maior para fazer as minhas coisas, o meu show. Afinal, são 50 anos de uma trajetória muito bonita”, afirma.

Na primeira vez em que soltou a voz, ela era uma menina de apenas 13 anos e morava em Lavras (Sul de Minas). Wanderléa se lembra exatamente desse dia, quando a convidaram para cantar numa rádio local. “Tiveram que colocar uma cadeira para eu alcançar o microfone. Cantei Caminhemos, do Herivelto Martins, que foi sucesso com a Dalva de Oliveira. Gostei tanto que nunca mais quis largar aquilo. Sempre falei com minha mãe que meu sonho era cantar na ‘ládio’. Era uma coisa de alma e determinação”, recorda.

Filha de pai mineiro, descendente de libaneses, e mãe carioca – o casal teve13 filhos – , Wanderléa conserva a maior parte de suas recordações das Gerais da época em que viveu em Lavras e onde se concentra boa parte de seus familiares. “A maioria dos meus irmãos nasceu lá. Tenho tios morando na cidade ainda. Mas fomos embora para o Rio de Janeiro quando eu tinha 6 anos.”

Na Cidade Maravilhosa, ela cresceu e a carreira deslanchou. Aos 15 anos, conheceu Roberto Carlos e já começou a gravar. “Foi muito rápido e um sucesso muito grande. Olho para trás e nunca imaginei chegar a tudo isso. Foi o meu amor pela música que me fez chegar aonde estou”, diz.

Wanderléa acaba de finalizar sua autobiografia pela Editora Record e concluiu também um livro de poemas, ilustrado pela filha Yasmin. “Sempre gostei de escrever e acho que é um bom momento para lançar a minha biografia. Vamos tentar neste ano”, avisa.


Sueli Costa

A última vez que Wanderléa esteve em Belo Horizonte foi em julho de 2013, no projeto Compositores.BR. Ela interpretou canções do repertório de Sueli Costa. A Ternurinha gostou tanto do resultado que decidiu fazer um disco dedicado à cantora e compositora carioca. “Eu já tinha gravado Sueli nos anos 1970, mas, depois desse show em BH, a Gravadora Eldorado se interessou e estamos em estúdio revendo toda a obra. Está ficando muito interessante, mas ainda não sei quando será lançado”, conta.