terça-feira, 20 de maio de 2014

TeVê

TV Paga
Estado de Minas: 20/05/2014

 (History/Divulgação)

Gol de placa

O canal History vem diversificando sua programação há tempos, mas era difícil encontrar algo tão divertido quanto Várzea FC, que estreia hoje, às 23h. A série em oito episódios pega carona na Copa do Mundo no Brasil para mostrar como se pratica o esporte nas campinhos da periferia das grandes cidades. Tudo parte da trajetória de “um time sem nenhuma expressão, com jogadores mundialmente conhecidos em seus bairros, amados por uma torcida gigantesca que não lota um estádio, mas que, ainda assim, leva os envolvidos ao delírio”. Os protagonistas são os craques Viola, Amauri, João Funeca e Paraíba (foto), do time do CAJU, do bairro paulistano do Jaguaré.

Abujamra entrevista o
vândalo Eduardo Kobra

Falando sério, Antônio Abujamra recebe o artista de pintura urbana Eduardo Kobra na edição de hoje do Provocações, {às 23h30, na Cultura. Considerado por muitos como vândalo, Kobra hoje tem suas obras expostas em diversos pontos da cidade de São Paulo, em várias cidades do Brasil e pelo mundo afora (Miami, Boston e Moscou, entre outros). Artista de rua, nascido no bairro paulistano do Campo Limpo, ele fala sobre a percepção que as pessoas têm sobre seu trabalho, conta que é autodidata e que hoje corre atrás do tempo perdido estudando seus artistas preferidos, como Portinari e Di Cavalcanti.
 
Futura traça o perfil do
médico Oswaldo Cruz

O canal Futura continua sua série de documentários biográficos, reunidos na faixa Bio.Futura, toda terça-feira, às 23h. A personalidade focalizada hoje é Oswaldo Cruz (1872 – 1917). Paulista de São Luiz do Paraitinga, foi um sanitarista tão importante para a política de saúde pública brasileira que até hoje suas ações estão em vigor no país. Doutor em medicina, com passagem pelo Instituto Pasteur, iniciou a luta pela erradicação da peste bubônica, da febre amarela e da varíola no Brasil. Implementou a vacina obrigatória e por este motivo enfrentou a Revolta da Vacina. Saiu vitorioso: em 1908 não havia mais novos casos de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro.

 Ótimas alternativas no
Arte 1, SescTV e Curta!

O canal Arte 1 exibe hoje, às 22h30, o documentário As mulheres do flamenco, em que o diretor Mike Figgis conta a história da dança espanhola a partir de três famosas dançarinas: Sara Baras, Elena Camunez Andújar e Eva Yerbabuena. No SescTV, às 21h, os curta-documentários Marias, de Wes Gondim; e Amor post mortem, de Armando Fonseca, tratam respectivamente da violência doméstica e de amores longevos. Já o canal Curta! emenda, a partir das 22h, os documentários Assaltaram a gramática, de Ana Maria Magalhães, sobre a poesia marginal de Paulo Leminski, Waly Salomão, Chacal, Francisco Alvim e Ana Cristina Cesar; e O bem amado, sobre o ator Paulo Gracindo (1911–1995).

HBO exibe filme sobre
adolescentes assassinas

No pacotão de cinema, o destaque de hoje é Violet & Daisy, filme de ação estrelado por Saoirse Ronan e Alexis Bledel, às 22h, na HBO. Na mesma faixa das 22h, o assinante tem mais cinco boas opções: Um lobisomem na Amazônia, no Canal Brasil; Perdido na Sibéria, no Max HD; A última casa da rua, no Max Prime; Spartan, na MGM; e Magnólia, no TCM. Outras atrações da programação: Distrito 9, às 20h, no Universal Channel; Gonzaga – De pai para filho, às 20h05, no Megapix; O suspeito, às 21h50, no Glitz; A origem, às 22h25, na TNT; A terceira morte de Joaquim Bolívar, às 22h30, no Cine Brasil; O preço do amanhã, também às 22h30, no FX; e A carta, às 23h50, no Telecine Touch.

Caras & Bocas

Simone Castro
simone.castro@uai.com.br


Ele quer casar

Barata (Leandro Hassum) e Verônica (Taís Araújo)   não se afinam em Geração Brasil (Estevam Avellar/TV Globo)
Barata (Leandro Hassum) e Verônica (Taís Araújo) não se afinam em Geração Brasil

Para o Barata (Leandro Hassum), ela é sua eterna garota-propaganda. Mas  Verônica (Taís Araújo) já não vê as coisas desse jeito. E quer distância do antigo chefe. Nos próximos capítulos de Geração Brasil (Globo), ele vai colar na jornalista e até armar uma tremenda saia justa. Na data do concurso promovido por Jonas Marra (Murilo Benício), outro que está encantado por Verônica, Barata vai convidár a moça e o filho, Vicente (Max Lima), para jantar fora em uma churrascaria. No local, o empresário não se contém, sobe ao palco, pede um fundo musical bem cafona e começa o discurso para lá de constrangedor. Segundo o site oficial da novela, Barata dispara: “Sou varejista, mas, só de olhar pra essa mulher fico atacadão. Verônica, você é o meu acendimento automático, meu crediário a perder de vista... você promove em mim uma queima total de estoque, você grelha e faz pizza do meu coração!”. Como se não bastasse, ele ainda pega torradinhas em forma de coração e coloca sobre o peito, antes de soltar a pérola máxima: “Verônica Monteiro, você topa deixar de ser a eterna Garota do Barata para se tornar a primeira e única dona Baratinha?”. Verônica vai ficar tão constrangida, mas tão constrangida, que sairá correndo do restaurante.

LUIS FERNANDO GUIMARÃES
NÃO RENOVA CONTRATO


Depois de 35 anos na Globo, o ator Luiz Fernando Guimarães não teve seu contrato renovado. No canal, entre outros bons trabalhos, ele fez o humorístico TV pirata; as séries Os normais, Dicas de um sedutor, Minha nada mole vida, entre outras; e novelas, como Uma rosa com amor, sua primeira trama na emissora, em 1972, Vereda tropical e Cordel encantado, além da minissérie Decadência. O último trabalho foi no programa humorístico Divertics.


MÚSICA BAIANA É ESCOLHA
DA ATRAÇÃO DE THIAGUINHO


Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Durval Lelys estarão no Música boa ao vivo desta terça-feira, às 20h30, no Multishow (TV paga). O apresentador Thiaguinho recebe os artistas em um show inédito, com uma hora e meia de duração, em que apresenta composições próprias, além de outros sucessos da música brasileira.


COBRAS & LAGARTOS NO
VALE A PENA VER DE NOVO


Já está escolhida a substituta de Caras & bocas, no Vale a pena ver de novo (Globo), atração vespertina. Trata-se de Cobras & lagartos, de João Emanuel Carneiro, trama que foi ao ar em 2006, às 19h. A novela teve vários capítulos reeditados para se adequar ao novo horário de exibição e ser liberada pelo Ministério da Justiça. Recebeu o ok e foi liberada para maiores de 10 anos. Antes, com os capítulos originais, havia sido vetada para exibição nas tardes do canal.

NADA ENTRE IRMÃOS

A cantora britânica Lily Allen por pouco não foi parar em Game of thrones, famosa série do canal HBO (TV paga). No entanto, segundo o site Reddit, ela recusou o papel ao saber que a personagem quase transa com o irmão. Detalhe, o ator é Alfie Allen, irmão na vida real de Lily. Na série, Yara Greyjoy, e seu irmão, Theon Greyjoy, vivido por Alfie, encontram-se pela primeira vez e o rapaz vai logo apalpando as partes íntimas da moça, sem saber que são irmãos. “Me senti desconfortável (sobre a personagem), pois teria que fazer uma cena andando a cavalo enquanto ele apalpava minhas partes íntimas. E disse: ‘Não, obrigada’”, revelou a cantora. Cheia de elogios ao irmão, de quem diz ter muito orgulho, Lily confessa ter dificuldades de assisti-lo em cena, pois na temporada anterior – já está na quarta –, Theon, então um garanhão, foi torturado e teve o pênis cortado. A cantora, no entanto, admite que gostaria de fazer uma participação na série com uma apresentação musical, como a banda Sigur Rós fez numa cena de casamento.



Segurança pública e o papel da União - Lincoln DAquino Filocre

Segurança pública e o papel da União


Lincoln DAquino Filocre
Procurador do Estado de Minas Gerais, diretor do Instituto Brasileiro de Direito e Política de Segurança Pública (Idesp-Brasil)
Estado de Minas: 20/05/2014



O primeiro parágrafo de um artigo intitulado “Os Gargalos da Segurança Pública – Para especialistas, próximo presidente terá que combater impunidade e aumentar investimentos em inteligência”, publicado em revista de circulação nacional em agosto de 2010, dizia: “O governo federal mantém certa distância do tema segurança pública no Brasil, uma vez que, por determinação constitucional, o controle das polícias militar e civil fica a cargo dos estados. Contudo, especialistas afirmam que caberá ao próximo presidente eleito combater ao menos dois gargalos que colocam o país entre os países mais violentos do planeta: impunidade e baixo investimento em inteligência”.

O texto desperta a atenção por pelo menos dois motivos. O primeiro, em razão do fato de, passados quatro anos, parecer que nada mudou, salvo o agravamento do caos da criminalidade no país: o próximo presidente terá de combater a impunidade e investir em inteligência. O segundo motivo está em perceber que a interpretação dada ao artigo 144 da Constituição Federal (CF) continua equivocada, como de resto também equivocada a compreensão de segurança pública no âmbito do texto constitucional.

Resultado da visão jurídica deturpada, entre vários outros, um grave problema persiste: o governo federal continua a se eximir de responsabilidades na segurança pública. Há quem diga que a interpretação ora criticada é proposital  umavez que atenderia a interesse político de não comprometimento. Nosso conhecimento é jurídico, não político. Vamos a ele. De forma simplificada, e reiterando o que já afirmei em livro e artigos desde 2009, o art. 144 da CF simplesmente afirma que, quanto à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, os órgãos competentes para o exercício da segurança pública são aqueles listados no preceito constitucional. Entre esses órgãos, as polícias civis e militares, estando ambas, ao teor do parágrafo 6º, ainda do art. 144, subordinadas aos governadores estaduais. Ponto.

Entre outras, as perguntas que surgem estão: quem disse que segurança pública se resume ao exercício da preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e bens? Quem disse que a União e, portanto, o governo federal, pode manter-se distante do tema segurança pública? Segurança pública vai muito além de preservação da ordem e da incolumidade de pessoas e bens. Noutras palavras, segurança pública vai muito além de polícia. Tanto isso é verdade que agora são percebidos os efeitos drásticos das festejadas UPPs, modelo de segurança pública equivocadamente baseado em policiamento ou ocupação territorial policial. Não se pode pensar em políticas de segurança pública sem pensar em políticas de educação especificamente voltadas a efetivas e duradouras reduções de índices de criminalidade, por exemplo.

Dizem alguns que a União não pode agir na segurança pública por falta de previsão constitucional. Quem disse que não há previsão constitucional? O artigo 5º declara expressamente que a segurança deve ser garantida a todos; o art. 6º considera a segurança um direito social, e, ainda assim, a União não pode atuar na segurança pública? Os artigos referidos constituem verdadeira cláusula geral, que muito mais que autorizar, obrigam a União a mover-se na segurança pública naquilo que não seja, óbvio, de competência dos Estados – art. 144. Aliás, vale lembrar que compete expressamente à União elaborar e executar planos nacionais e regionais de desenvolvimento social (inciso IX do art. 21 da CF).

Se segurança é um direito social, então, segurança está alcançada pelo art. 21 e, consequentemente, compete ao governo federal exercer a sua competência constitucional. Simples assim. Em síntese, segurança pública não se restringe a atuação policial e, assim, não é de competência exclusiva dos estados. Soma-se a isso que a Constituição Federal, mais que admitir, obriga a União a agir no campo da segurança pública. É seu dever.

Vacinas e a Copa - Marilene Lucinda Silva

Vacinas e a Copa
 
A entrada de estrangeiros pode acarretar a proliferação de diversas doenças. Os brasileiros precisam ficar atentos a isso


Marilene Lucinda Silva
Responsável técnica pelo setor de Vacinas do Hermes Pardini, membro da International Society of Travel Medicine
Estado de Minas: 20/05/2014



Recentemente, o Brasil se deparou com um dos maiores desafios no que diz respeito à conscientização da população sobre prevenção e promoção da saúde. É alarmante o fato de que grande parte da população ainda não tenha procurado os postos de saúde para tomar a vacina contra a gripe. Apenas 30% do público alvo foram vacinados, o que fez o Ministério da Saúde prorrogar o prazo de uma das maiores campanhas de vacinação no país. No ano em que o Brasil é sede da Copa do Mundo, essa situação é ainda mais grave. A entrada de estrangeiros de diversos países pode acarretar a proliferação de várias doenças. E os brasileiros precisam ficar atentos para isso.

No final do século 20, tivemos a aclamação das vacinas como a maior conquista no campo da saúde pública. Ao lado das melhorias sanitárias, nada trouxe tantos benefícios para a saúde humana quanto as vacinas. Estima-se que a vacinação seja responsável por um aumento de cerca de 30 anos na expectativa de vida da população em geral.

Apesar dos reconhecidos benefícios, ainda temos grupos contrários à vacinação. Muitas informações negativas são veiculadas devido à má-fé, crenças religiosas ou filosóficas, erros científicos ou, o que é mais frequente, pelo simples desconhecimento de fatos e dados. Será possível que alguém tenha saudades dos tempos em que milhares de pessoas morriam de varíola? Ou da época em que milhões de crianças eram acometidas pela poliomielite? Hoje não temos mais a pólio no Brasil, mas ainda lutamos para erradicá-la do mundo, fato que ainda não aconteceu devido às interrupções da vacinação por contestações político-religiosas contra a Sabin em alguns países asiáticos e africanos.

Podemos lembrar também do sarampo e da coqueluche, que não tínhamos circulando entre nós desde a década de 1980, mas que, devido, principalmente, aos grupos europeus contrários à vacinação, retornaram e acometem pessoas no mundo todo novamente. No Brasil, registrou-se um surto de sarampo em São Paulo em 2011, e na região do Nordeste em 2013. Surtos iniciados por casos importados de outros países.

Manter uma alta cobertura vacinal nos protege da reintrodução de doenças. Se não temos mais determinada doença no Brasil, mas ela ainda existe em outras regiões, com a grande circulação de pessoas entre países, que ocorre atualmente, podemos ver essas doenças retornarem. Não adianta nos preocuparmos somente com a vacina de febre amarela para viajarmos porque ela é exigida para a entrada em alguns países. Outras vacinas devem ser lembradas. Podemos evitar a contaminação da nossa população com doenças que poderiam ser evitadas pela vacinação. No caso do sarampo, se todos os brasileiros estivessem vacinados, mesmo recebendo um estrangeiro doente, ninguém seria contaminado. Vacinas contra meningite C, sarampo, coqueluche, gripe, hepatite A e B, são mandatórias para os viajantes que saem e que chegam.

É importante alertar, ainda, para a vacinação do adulto e do idoso, que não deve ser priorizada somente para os grupos de risco, doentes crônicos ou viajantes. Todas as pessoas devem ser vacinadas, pois são a principal fonte de circulação dos agentes infecciosos. Esse grupo é o que possui maior rede de convivência e dissemina as doenças rapidamente.

Os avanços na área da vacinação são constantes, não só no que diz respeito ao número de vacinas disponíveis: em 1950 uma criança recebia somente quatro; hoje, em torno de 24 vacinas. É importante ressaltar que se tornou possível reduzir o número de injeções pela combinação de vacinas. Hoje, temos vacinas trivalentes, tetra, penta, hexa e, em breve, teremos heptavalentes. Vacinas acelulares e por recombinação genética, entre outros avanços que aumentam a eficácia e diminuem os riscos.

Quando são analisadas as estatísticas sobre os motivos de recusa vacinal, sempre encontramos o temor de eventos adversos como um dos principais argumentos. Atualmente, são exigidos testes rigorosos de segurança para todas as vacinas, desde o seu planejamento até o licenciamento. Além do acompanhamento após a comercialização. Fatos que vão contra esta argumentação.

A grande batalha a favor da vacinação deve ocorrer basicamente na área da informação e do esclarecimento. A utilidade das vacinas na proteção da saúde da população deve ser enfatizada, pois não podemos conviver com retrocessos nessa área que representa o maior sucesso da medicina moderna.