quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Kenneth Maxwell

folha de são paulo
Weiner e o wiener
O ex-deputado federal Anthony Weiner está disputando a primária democrata para a Prefeitura de Nova York. Espera suceder a Michael Bloomberg --eleito como republicano, mas hoje sem partido--, que está impedido, pelas regras de reeleição, de disputar um quarto mandato. A primária será realizada em 10 de setembro. A eleição ocorrerá em 5 de novembro.
Weiner está enfrentando um problema de wiener (salsicha) --não a salsicha vienense ou polonesa, tampouco a de cachorro-quente, tão querida em seu Brooklyn natal, mas, sim, o seu pênis, fotos do qual não param de circular pela internet. Ele as enviou pelo Twitter a uma jovem de 22 anos, a quem ofereceu um apartamento e pediu que se encontrasse com ele (que adotou o pseudônimo Carlos Danger).
Isso vem fornecendo material infindo para o jornal "New York Post" e para piadas nos programas de entrevista noturnos da TV. Depois das recentes revelações, a mais recente pesquisa de opinião apontou que 53% dos nova-iorquinos acreditam que ele deva deixar a disputa.
Não é a primeira vez que Weiner enfrenta problemas de "sexting", ou seja, por usar a internet para enviar mensagens e fotos libidinosas. Ele renunciou ao seu posto no Congresso por um escândalo semelhante em 2011.
Weiner se casou com Huma Abedin em 2010, em uma cerimônia presidida por Bill Clinton. Abedin é muçulmana, nascida em Kalamazoo, Michigan. Ela viveu na Arábia Saudita dos dois aos 18 anos. O casal tem um filho.
Abedin trabalhou para Hillary Clinton, primeiro como estagiária na Casa Branca, em 1996, e depois foi chefe da equipe de estrada de Hillary na campanha desta pela indicação presidencial democrata em 2008. Ela foi subchefe de gabinete de Hillary no Departamento de Estado, e, no momento, trabalha para a Fundação Clinton, para facilitar o retorno de Hillary à vida civil. Hillary declarou, sobre Abedin, que "só tenho uma filha, mas se tivesse outra, seria Huma".
Atacada por diversos congressistas republicanos importantes por suas supostas ligações com a Irmandade Muçulmana, Abedin foi defendida pelos senadores republicanos John McCain e Lindsey Graham.
Como no caso de Bill Clinton e Monica Lewinsky, é evidente que Weiner tem problemas para manter a braguilha fechada. Abedin se manteve leal ao marido. Mas os Clinton não estão satisfeitos com o escândalo. Ele traz recordações desconfortáveis de sua passada experiência com sexo e mentiras (e, dessa vez, é claro, com uma forma mais moderna de videoteipe).

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