terça-feira, 8 de abril de 2014

O valor da informação - Desprezar esse fator é colocar o emprego em risco

O valor da informação 
 
Desprezar esse fator é colocar o emprego em risco
Gilson E. Fonseca

Sócio e diretor da Soluções em Engenharia Geotécnica Ltda. (Soegeo)
Estado de Minas: 08/04/2014


A informação sempre foi preciosa para o homem. As inscrições rupestres são uma prova da necessidade do homem comunicar-se, desde a pré-história. No antigo Egito, as folhas de papiro, do Rio Nilo, permitiram a confecção de livros e, daí, as informações passaram a ser escritas e registradas para as gerações seguintes. Sem esses recursos, os índios também se utilizavam de sons com seus tambores e fumaça para mandar avisos e mensagens. Ainda em um passado mais recente, foram utilizados correio a cavalo, pombo correio etc. Na Segunda Guerra Mundial, os serviços de espionagem e contra-espionagem tiveram, na maioria dos países, envergadura de ministérios, ou seja, diretamente ligados aos governantes. Hitler construiu uma máquina denominada Enigma para enviar informações secretas por meio de códigos. Em seguida, os ingleses construíram uma máquina capaz de decifrar os códigos dos alemães. Tais equipamentos foram os embriões dos computadores, aumentando exponencialmente a percepção de que a eletrônica teria extraordinário avanço, como de fato ocorreu.

Neste século, a informação assumiu importância jamais imaginada. Hoje, com a surpreendente velocidade da informação que a tecnologia proporciona, as necessidades também aumentaram: tudo é urgente ou importante. Fotos, textos, filmes e áudios viajam na velocidade da luz com equipamentos portáteis e cada vez menores. Pela internet, exames e radiografias são enviados, onde médicos podem orientar cirurgias em tempo real, salvando vidas. Dessa forma, é inegável o valor da informação, sobretudo de qualidade e veloz. Os pais, com tempo hábil, sabendo onde andam seus filhos menores, influências negativas e outros problemas seriam evitados. Também, com o conhecimento das coisas boas, temores deixam de existir. Nas empresas, uma grande dificuldade é ter o pessoal inteiramente afinado com o valor da informação. Muitos negócios deixam de ser realizados porque as pessoas de decisão não dispõem da informação que deixou de ser repassada para efetivar negócios. Prejuízos empresariais também ocorrem por informações incompletas ou erradas, mesmo entre profissionais que ocupam chefias. A gestão corporativa depende muito de informações verossímeis. Esse assunto é tão importante que a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) promoveu curso de pós-graduação em engenharia da informação.

Exemplos da importância da informação, temos muitos. No Brasil, já na época dos governantes militares, a informação ficou tão importante que o Serviço Nacional de Informação (SNI) fez um presidente da República do seu ex-chefe, o general João Batista de Figueiredo. Fernando Collor de Mello foi deposto pelas constantes informações da imprensa e, agora, os escândalos da Petrobras, outrora símbolo de eficiência e riqueza nacionais, só vieram à tona graças ao poder da mídia. Se há dificuldade de expressão, ou inibição, recorra ao e-mail ou outra ferramenta. Informar é obrigação de todos na cadeia corporativa. Quem não der sua devida importância põe seu emprego em risco. 

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