quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FERNANDO BRANT » Perdi a paciência com a Copasa

Passou-se uma semana, o vazamento de água pública persiste 


Estado de Minas: 07/11/2012 
>> fernandobrant@hotmail.com

Certa manhã, ao buscar jornais na caixa de correio, percebi um fio de água escorrendo pelo chão. Cocei a cabeça prevendo alguma chateação. Consultei um bombeiro, que me sugeriu que procurasse a Copasa, a empresa de águas e esgotos. Para o profissional, parecia ser um problema que estava ocorrendo antes do hidrômetro, eu não poderia interferir no encanamento público. Acostumado com a presteza do atendimento da empresa, liguei para lá.

Atenderam-me, ao telefone, com gentileza. Depois de me informarem que até as 18h ou no máximo em 24 horas eu receberia a visita de seus funcionários, passaram-me o número do protocolo de atendimento, que eu anotei: 1124402316.
Batata. Antes da seis, batem a minha porta. O funcionário verificou o pequeno vazamento e atestou que o problema estava localizado antes do meu registro de água. Voltaria no dia seguinte. Voltou e me comunicou que trabalharia lá fora. Qualquer coisa ele voltaria a bater a campainha. Mais tarde fui verificar o que estava ocorrendo. Ele não estava mais lá, mas rasgara o muro externo da casa, deixando aparente o encanamento. Teria feito o conserto e comunicado à companhia para que viesse restaurar o muro? Esperei alguns dias e o silêncio foi total.

Voltei a telefonar. Expliquei o acontecido, dei o número do protocolo anterior e recebi um novo: 1124444234. Antes de decorrido um dia, alguém volta, verifica que o vazamento era de responsabilidade da empresa. Mostro-lhe o muro rasgado. Diz que vai voltar com mais um companheiro. Nada aconteceu. Passados dois dias volto a me comunicar com o número 115. Explico novamente a situação e a telefonista diz que no atendimento anterior o funcionário fora sozinho e seriam necessários dois. Com o número de protocolo 1124480876 nas mãos pus-me a aguardar a visita copasiana. Não seria ainda dessa vez que a água deixaria de escorrer pelo meu quintal. Vieram dois, esburacaram o passeio e chegaram à conclusão de que a questão deveria estar localizada entre o muro e o hidrômetro. Conversaram por celular com seus chefes, difamaram os que haviam feito barbeiragem, “são essas empresas terceirizadas”, e se comprometeram comigo que outra equipe viria, faria o trabalho necessário, sem ônus (ora bolas, o furo da água era deles). Fiquei na espera e nada, até que na semana passada resolvi partir para a quarta tentativa, protocolo número 1124738077.

Passou-se uma semana, o vazamento de água pública persiste, o muro está rasgado e o passeio está preenchido precariamente com a terra retirada. Queixar-me com o bispo não cabe neste assunto. Não vou mais colecionar números de protocolo da Copasa. E clamo, constrangido, para o nosso governador.
Até quando a Copasa abusará de minha paciência?

Nenhum comentário:

Postar um comentário