domingo, 20 de janeiro de 2013

O melhor da cultura em 8 indicações

FOLHA DE SÃO PAULO

ILUSTRÍSSIMA SEMANA
BRASILEIRO
*EXPOSIÇÃO E LIVRO | MENOS-VALIA [LEILÃO]*
Na 29ª Bienal de São Paulo, em 2010, a artista mineira Rosângela Rennó reuniu 73 objetos adquiridos em mercados de pulgas -entre eles quadros, porta-retratos, máquinas fotográficas-, trabalhou os artigos e leiloou as peças. O valor arrecadado foi usado para financiar um livro que leva o nome da exposição. Quinze desses artigos leiloados na Bienal em 2010 estarão expostos na Galeria Vermelho, onde também será lançado o livro em 2 de fevereiro, a partir das 11h. de quinta (24) a 16/2 | grátis
Cosac Naify | 336 págs. | R$ 75
EVENTO E REVISTA | BIBLIOTECA MÁRIO DE ANDRADE
A biblioteca celebra os 459 anos de São Paulo na sexta (25) com programação que inclui mostras de livros, concerto e a exposição "Um Cartaz para São Paulo", com pôsteres sobre a vida noturna da cidade criados por Rafic Farah, Marcelo Pliger (designer da Folha) e outros artistas gráficos. A revista da BMA, em sua 68ª edição publicada, traz dossiê sobre imigração, fac-símile de livro do artista Julio Plaza e texto de Augusto Massi sobre a extinta Livraria Duas Cidades.
Programação: www.bma.sp.gov.br
Revista: 224 págs. | R$ 40
OLHAR ESTRANGEIRO
Três perguntas a Sergio Burgi, coordenador fotográfico do Instituto Moreira Salles e curador da exposição "A São Paulo de Hildegard Rosenthal" (DOC Galeria, r. Aspicuelta, 662, de seg. a sex., das 11h às 19h, de 25/1 a 23/2; grátis)
Folha - Por que Hildegard Rosenthal (1913-90) se destaca?
Burgi - Primeiro, por ser mulher, fotojornalista, no fim dos anos 1930. Ela trouxe da Alemanha inovações em parte oriundas da escola Bauhaus, e também foi das primeiras a usar uma câmera pequena, uma Leica.
O que é marcante em sua obra?
Seu principal trabalho é sobre São Paulo, em que renovou a linguagem pelo estranhamento, pelos ângulos inusitados.
Que critérios nortearam a escolha das fotos para a exposição?
Deixamos de fora séries conhecidas, como os retratos de artistas, e preferimos o que guarda empatia com o espaço urbano, da calçada, feito sob um estímulo natural, que é o olhar estrangeiro, de quem está num novo espaço.
ERUDITO
LIVRO | A ORQUESTRA DO REICH
Em profunda crise financeira durante os anos 1930, a Filarmônica de Berlim se rendeu a uma aproximação ao incipiente regime nazista proposta pelo ministro da Propaganda de Hitler, Joseph Goebbels. O canadense Misha Aster narra a relação entre a orquestra e o Estado alemão, que passou a cuidar das contas e da programação da instituição, entre 1933 e 1945.
Trad. Rainer Patriota e Nelson Patriota Perspectiva/Editora UFPB 340 págs. | R$ 70
LIVRO | O LUGAR SEM LIMITES
Com este breve romance, José Donoso (1924-96) mostra por que Carlos Fuentes (1928-2012) o considerava um dos pais da narrativa moderna do Chile. Expoente, como o colega mexicano, da geração do "boom" na América Latina, Donoso costura de forma brilhante registro em terceira pessoa, diálogos e fluxo de consciência para narrar a história do travesti Manuela, sua filha, a Japonesita, e outras tristes personagens que habitam El Olivo, vilarejo perdido no interior chileno.
Trad. Heloisa Jahn | Cosac Naify 160 págs. | R$ 29,90
ESTRANGEIRO
LIVRO | NÃO VIOLÊNCIA
Abençoado por prefácio de "Sua Santidade o Dalai Lama", como estampa a capa do livro, o jornalista americano Mark Kurlansky escreve "a história de uma ideia perigosa": a "não violência", que, ao contrário do pacifismo, "é ativa" e não "passiva". Da Antiguidade de Cristo ao Vietnã de Nixon, o autor repassa a história da guerra -e das soluções não bélicas para conflitos internacionais- para denunciá-la como perpetuação do problema da violência.
Trad. Otacílio Nunes | Objetiva
240 págs. | R$ 34,90
POP
EXPOSIÇÕES | PAVILHÃO DAS CULTURAS BRASILEIRAS
O centro de eventos no parque Ibirapuera promove duas mostras simultâneas. Design da Periferia, com curadoria de Adélia Borges, jornalista e professora de história do design, apresenta obras e fotografias de objetos como churrasqueiras feitas de calotas, barraquinhas de vendedores ambulantes, móveis e brinquedos estilizados. O Parque Tecido à Mão, organizado pelo designer e tecelão Renato Imbroisi, reproduz a flora do parque em 1.800 metros de tecidos feitos à mão.
De sexta (25) a 29/7 | grátis
CURSO | EDIÇÃO DE LIVROS
Editor da Companhia das Letras e colunista da Folha, André Conti dá curso para pessoas que trabalham ou estão interessadas em atuar no mercado editorial. O funcionamento de uma editora, contato com autores nacionais e estrangeiros e edição de clássicos estão entre os temas abordados nos três dias de curso. Inscrições em bit.ly/cursoedicao.
Espaço Revista Cult | segunda (28), terça (29) e quarta (30), das 20h às 22h | R$ 300

    ILUSTRÍSSIMOS DESTA EDIÇÃO
    AMIR LABAKI, 49, é articulista da Folha e fundador-diretor do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários.
    FERNANDO ANTONIO PINHEIRO, autor de "Lasar Segall - Arte em Sociedade" (Cosac Naify), é professor do Departamento de Sociologia da USP e pesquisador do CNPq.
    FRANCESCA ANGIOLILLO, 40, é editora-adjunta da "Ilustríssima".
    JUAN LUIS MARTÍNEZ (1942-93), chileno, foi poeta e artista plástico.
    LUIS PÉREZ-ORAMAS, 52, é curador de arte latino-americana do Museu de Arte Moderna de Nova York. Foi o curador da 30ª Bienal Internacional de São Paulo (2012).
    PAULO COELHO, 65, autor de "O Alquimista" e "O Diário de um Mago", ocupa a cadeira 21 da Academia Brasileira de Letras.
    RAUL JUSTE LORES, 37, é correspondente da Folha em Nova York.
    SYLVIA COLOMBO, 40, é correspondente da Folha em Buenos Aires. Pág. 7
    VERIDIANA SCARPELLI, 34, é ilustradora e designer. Publicou o livro infantil "O Sonho de Vitório" (Cosac Naify).

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