terça-feira, 22 de julho de 2014

EM DIA COM A POLíTICA » E o barco das alianças vai...‏

EM DIA COM A POLíTICA » E o barco das alianças vai...
"E os números que pipocam das pesquisas são vitais, pois ratos no navio do governo Dilma nunca faltaram. A diferença é que, agora, os motivos são maiores"



Bertha Maakaroun
Estado de Minas: 22/07/2014


Uma aliança política entre petistas e peemedebistas cada vez mais em xeque – é o que demonstra o cenário eleitoral que se avizinha. Verdade seja dita, a espinha dorsal dos governos federais que se respaldam no PMDB nunca foi sólida. O PMDB sempre foi uma frente de interesses díspares e muitas vezes antagônicos. Por outro lado, o PT, quanto mais cresce, ainda que mantenha relativa unidade estratégica, mais acumula divergências em se tratando de táticas eleitorais. Desta vez, chegou-se ao limite.

Ainda que a coesão nacional entre petistas e peemedebistas tenha sido mantida  –  e, com ela, os preciosos minutos da propaganda eleitoral gratuita que tanto farão a diferença no primeiro turno –, nos âmbitos regionais há enormes discordâncias entre o PT e seu maior aliado.

Em 2010, o PT e o PMDB disputaram em chapas diferentes 11 estados; compuseram em 13 e no Distrito Federal. Desta vez, os dois partidos lograram manter a sua coligação regional em apenas oito estados e no Distrito Federal. Estão em linhas opostas, no plano estadual, em 17 estados. Com isso, a administração da campanha nacional petista tem de se equilibrar ainda mais para evitar acirrar debates regionais ao ponto de colher antagonismos.

As possibilidades de embates crescem também para os outros candidatos à Presidência da República na medida da divisão regional. O socialista Eduardo Campos, no momento, aposta numa desestabilização do também candidato da oposição senador Aécio Neves (PSDB). Dilma corre esse risco das polarizações regionais. O seu antídoto é a perspectiva de vitória: por ora, é a favorita e, dependendo do viés ideológico da análise, em primeiro turno ou em segundo turno. Segue navegando. E os números que pipocam das pesquisas eleitorais são vitais para ela, pois ratos no navio do governo Dilma nunca faltaram. A diferença é que, agora, os motivos são maiores.



 (Cristina Horta/EM/D.A Press - 30/6/14  )

Fora do jogo

O deputado federal Bernardo Santana (PR-MG) não concorrerá à reeleição. Após uma cintilografia do miocárdio, foram constadas obstruções da artéria. Santana (foto) foi advertido a não aguardar até outubro para fazer o tratamento. “A decisão foi difícil, mas não havia solução”, disse. O parlamentar passou os dois últimos dias informando as suas bases espalhadas em 134 cidades mineiras. Filho do ex-deputado federal José Santana, Bernardo herdou as bases do pai. Nestas eleições, seu irmão, Gustavo Santana, concorrerá para deputado estadual. “Vou formalizar a desistência após o deferimento do registro de minha candidatura pela Justiça Eleitoral”, disse. A medida, segundo Santana, é para evitar boataria…


Tríplice – 1

Já entrou para o folclore mineiro a indicação do deputado federal Lael Varella (DEM) para a segunda suplência na chapa do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) ao Senado Federal. Desde que foi confirmado o deputado federal Alexandre Silveira (PSD) para a primeira suplência de Anastasia, abriu-se entre democratas a guerra. Três parlamentares que não concorrerão à reeleição disputaram a posição: além de Lael Varella, o deputado federal João Bittar e o deputado estadual Jayro Lessa. Bittar tinha o apoio do deputado federal Carlos Melles, presidente da legenda em Minas. O deputado estadual Gustavo Corrêa e outros democratas apoiavam Varella e Lessa.


Tríplice – 2

Em princípio, os 19 membros da executiva do partido em Minas fariam a escolha. Sem chegar a consenso, contudo, decidiram mandar a lista tríplice a Antonio Anastasia. Quando Anastasia optou por Varella, Melles, inconformado, cogitou a impugnação da escolha. Ao saber do fato, o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, meteu a colher na briga. Avisou Melles que se ele impugnasse a escolha de Varella haveria intervenção nacional no diretório em Minas. Melles desistiu e quase ficou o dito pelo não dito… Quase, pois João Bittar não engoliu o episósio. Tudo por uma segunda suplência.


Macacão e chuquinha

Na última cartada para alavancar a sua presença nas redes sociais, o candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, anunciou aos seus seguidores que para mostrar a sua “popularidade” ao filho, precisaria conquistar pelo menos duas mil curtidas em seu post. E prometeu: se atingisse a meta, publicaria uma foto de macacão e chuquinha. Pois bem, Skaf atingiu 2.825 curtidas. E sapecou uma foto quando criança…


Acessibilidade

Já está em vigor a Lei 21.423/2014, que facilita o acesso de pessoas com deficiência às agências e postos bancários. A proposta foi da ex-deputada Ana Maria Resende (PSDB). Pelos novos critérios, as agências bancárias têm de oferecer caixas eletrônicos adequados e em conformidade com os parâmetros estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Resolvida a questão dos bancos, está na hora de tratar dos prédios públicos. Pelo menos esses.


Pinga Fogo

 (Beto Novaes/EM/D.A Press - 26/4/11)

Depois de enviar a documentação para o registro da candidatura na Justiça Eleitoral, o deputado estadual pelo PMN Duílio de Castro (foto) desistiu de concorrer à reeleição.

O deputado estadual Adalclever Lopes (PMDB) não declarou nenhum bem à Justiça Eleitoral…

Já o deputado estadual Inácio Franco (PV) está, ao lado de Bráulio Braz (PTB), entre os mais ricos da Casa que concorrem à reeleição, com patrimônio informado, nesta ordem, de R$ 18,2 milhões e R$ 15,7 milhões. Mas isso, só porque o deputado estadual Jayro Lessa (DEM) desistiu da vida legislativa. Em 2010, o seu patrimônio informado girava em torno de R$ 40 milhões.

Os tempos não andam fáceis para os candidatos. Ontem, foi a vez do vereador Pablito (PV), candidato a deputado estadual, abrir a boca: “Está difícil o financiamento. Estou empurrando tudo para agosto. Eu e todo mundo”.

Nas eleições de outubro, 354.184 brasileiros em 120 países poderão votar para presidente. O número é bem superior ao eleitorado de Betim (262 mil), por exemplo, quinto maior colégio de Minas. Os números foram divulgados ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), responsável por organizar a votação fora do país com o apoio das embaixadas e consulados brasileiros no exterior. 

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