sexta-feira, 14 de março de 2014

De Pedro Ernesto Silveira para Fernando Brant

Caramba Fernando ... há quase 40 anos que o menino-e-o-moleque-que-mora-sempre-em-meu-coração virou meu hino nos Bailes da Vida que rolavam no Clube da Esquina ...  e ele já me salvou várias vezes dando a mão e fazendo pirraça. Agora vc abre o coração tão facilmente assim!!!!! Ai de mim, que tenho que interromper subitamente minha travessia no meio fio para ver o motorneiro parar a orquestra um minuto quando estou a caminho de um bar para tomar a cerveja  em homenagem aos tempos da Panair.

Ah, Fernando, depois de te ler me deu um gosto de vidro em corte e corri para a janela lateral para ver se a igreja, as torres e o cemitério ainda estavam lá, mas não havia mais sinal de glória. Me lembrei que havia uma saída e o corri para ver o que foi feito deverá e tanto a Elis quanto o Gonzaguinha me disseram que o ideal é falar assim sem tristeza e por saber que mais vale o que virá e o canto que criei mergulhado na palma de minha paixão.

Sei o que vc senta e sente na sua poltrona de leitura que a Islândia (fria e emotiva, onde os duendes são os patronos e as geleiras formam belas paisagens) e as Minas Geraes estão ficando cada vez mais longe da ponta de areia que nos banha no Santo Espírito Santo, mas a bola de meia teima em rolar pelas estadas de El Rey, abaixo do Curral, a caminho do Cipó e como solitário que sou corri e me socorri nos chamegos da Maria Solidária, pois a minha cara suja não sabe mais chorar e a pipa que pai me deu nunca mais voltou.

Tudo bem, amanhã faremos o amanhã, algo disso foi escrito pelo Ferreira Gullar domingo passado (fofoca: ele confessou que volta a ser menino nos afagos da Gatinha) e me lembrei de uma força que nos alerta, uma certa magia de uma mulher como outra qualquer  já pensando que é preciso  força, raça e ter sonhos sempre e algo dentro de mim me diz que ainda haverá o Milagre dos Peixes e voltaremos a cantar de cara suja e roupa nova na plataforma  para que Pinduca pegue aquele trem.
Inté.
 
PS: não encontrei o teu endereço eletrônico, então enviei esta mensagem à minha amiga Bê, ela sabe dos caminhos dessa minha terra.

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