sábado, 8 de março de 2014

Orelha

Orelha
Estado de Minas: 08/03/2014


Neusinha Brizola: carioca polêmica e irreverente (Flávio Colker/reprodução)
Neusinha Brizola: carioca polêmica e irreverente


Histórias de Neusinha

A vida de Neusinha Brizola (1954-2011) foi curta e intensa. Filha do ex-governador Leonel Brizola, ela teve existência tumultuada, envolveu-se com álcool e drogas ainda adolescente, foi modelo (chegou a posar nua para a revista Playboy, que não chegou às bancas por intervenção do pai) e fez carreira como cantora. “É maravilhoso e também um inferno ser pai de Neusinha”, desabafou certa vez Brizola. Dia 20, no Rio de Janeiro, Fábio Fabrício Fabretti e Lucas Nobre lançam Neusinha Brizola sem mintchura, escrito a partir de depoimentos da cantora aos biógrafos. O livro traz textos sobre Neusinha assinados por Paulo Coelho, Lucinha Araújo e Nelson Motta, entre outros.


Amor de Trajano

Quem gosta de futebol certamente conhece José Trajano, diretor do canal ESPN e apresentador de programas esportivos e mesas-redondas de futebol. Mas o jornalista vai surpreender muita gente com sua primeira incursão no romance, Procurando Mônica – O maior caso de amor de Rio das Flores, lançamento da Paralela. Em tom lírico e delicado, ele conta a história do primeiro amor de Zezinho, que conhece Mônica num baile na pequena cidade do interior do Rio de Janeiro. O autor e Zezinho têm muita coisa em comum.

Record anuncia mais um livro de Lya Luft (Record/divulgação)
Record anuncia mais um livro de Lya Luft


Tempo de Lya

Uma das autoras mais queridas pelos brasileiros, Lya Luft se prepara para lançar novo livro, O tempo é um rio que corre, que sai pela Record ainda este mês. Dividido em três partes – “Água mansa”, “Maré alta” e “A embocadura do rio” – abertas por poemas, o novo trabalho, de acordo com a romancista e ensaísta, insere-se na linha do qual fazem parte O rio do meio e Perdas & ganhos, “talvez pelo tom a meia-voz falando diretamente com meu leitor”. De acordo com Lya Luft, o livro leva adiante suas reflexões sobre temas que sempre a mobilizaram como mulher e escritora: as relações humanas, o tempo e a morte.


Dois mitos

Doctor Who é a mais antiga série de ficção científica no ar. Disso todo mundo sabe. Mas muita gente ignora que Douglas Adams, autor do clássico O guia do mochileiro das galáxias, havia escrito vários episódios a convite da BBC, que exibe o seriado. As histórias não chegaram a ser produzidas e jamais foram ao ar. Em 2012, o escritor Gareth Roberts adaptou a sequência no romance Shada, que acaba de ser lançado no Brasil pela Suma das Letras.


Prosa de Virginia

Dois lançamentos recentes trazem textos da escritora inglesa Virginia Woolf (1882-1941) em novas traduções e com textos críticos especiais. O romance Orlando, em versão de Jorio Dauster, sai pela Penguin Companhia. A edição tem prefácio de Sandra Gilbert e artigo de Paulo Mendes Campos. Pela Editora Tordesilhas, o ensaio Um teto todo seu ganha tradução de Bia Nunes de Souza e Glauco Mattoso (poemas), além de posfácio de Noemi Jaffe. Com ironia, erudição e lirismo, Virginia apresenta a relação entre as condições sociais e a criação literária feminina.

Folclore em revista

A Comissão Mineira de Folclore está lançando o número 26 de sua revista. O artigo que abre a publicação é “Mestre Aires: cem anos de vida”, de Domingos Diniz, sobre o gramático, crítico literário e filólogo Aires da Mata Machado Filho Rainha Ginga, maracatu, festas religiosas de Mariana, corpo fechado e Aleijadinho são alguns dos temas abordados nos textos desta edição.


Papo de cinema

Uma paixão chamada cinema é o título do livro de José Américo Ribeiro recém-lançado pela C/Arte Editora. Professor titular do Departamento de Fotografia e Cinema da UFMG, José Américo reúne textos sobre sua formação cinematográfica, roteiros de longas-metragens e artigos publicados em jornais e revistas. Além de autor de O cinema em Belo Horizonte: do cineclubismo à produção cinematográfica na década de 60, José Américo dirigiu dezenas de curtas e médias-metragens.


Ainda 1964

Dia 13, chega às livrarias, na onda de lançamentos em torno dos 50 anos do golpe militar, o livro 1964 – O golpe que derrubou um presidente, pôs fim ao regime democrático e instituiu a ditadura no Brasil, dos historiadores Jorge Ferreira e Ângela de Castro Gomes. No livro, que sai pela Civilização Brasileira, os autores destacam a participação decisiva dos civis no golpe por meio da mobilização de líderes políticos e oposição ao governo de Jango. Jorge Ferreira é autor de um dos mais importantes estudos sobre o ex-presidente: Jango, uma biografia.

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