quarta-feira, 7 de maio de 2014

TeVê

TV paga

Estado de Minas: 07/05/2014

 (Fox/Divulgação)


Missão quase impossível

O canal Fox Life estreia hoje, às 23h15, a série Mad fashion, com o estilista californiano Chris March (foto), famoso por realizar as mais insólitas exigências de sua fiel clientela, formada por celebridades como a designer de sapatos Ruthie Davis, as atrizes Jennifer Coolidge e Dina Manzo e a modelo Chrissy Teigen. Entre os pedidos mais inusitados estão vestidos, sapatos e modelos exclusivos para um desfile… de cães!

Marge é lembrada
pelo Dia das Mães


No canal Fox, hoje tem Noite amarela, com cinco episódios da série de animação Os Simpsons desenvolvendo um tema especial para o Dia das Mães. A partir das 22h30, serão exibidos os desenhos “As escapadas de Marge”, “Vovó Simpson”, “Marge: o terror das ruas”, “Sweets and sour Marge” e “Como encontrei sua mãe”.

Catadora de papel
monta biblioteca


O Futura continua exibindo programas inspirados na Copa do Mundo, reservando para hoje, às 20h, o documentário Fome de bola, reunindo quatro cidadãos loucos por futebol, do time de botões ao totó e videogame. No mesmo canal, às 14h35, o Sala de notícias exibe Biblioteca da Rua Glauber, de Cardes Amâncio, mostrando um belo exemplo de incentivo à leitura em Belo Horizonte. O espaço foi criado por Vanilda, catadora de papel que coordena a Biblioteca Comunitária Graça Rios, na favela Paquetá.

Carlos Saura narra
a história do fado


No pacote musical, o destaque é o documentário Fados, de Carlos Saura, às 23h, no Arte 1. Na MTV, às 20h, o programa Coletivation recebe o produtor musical Wagner Fulco – além do ativista Profeta Verde, que fala sobre a Marcha da Maconha. E às 21h, no Film&Arts, vai ao ar um especial com a Syntonia Ensemble e a violinista Sarah Nemtanu tocando peças de Debussy, Ravel e Fauré.

Curtas-metragens
crescem na telinha


No canal Curta!, às 20h, a faixa A vida é curta emenda os filmes Minha tia, meu primo, de Douglas Soares; Depois das nove, de Allan Ribeiro; Eu queria ser um monstro, de Marcelo Marão; e Ribeirinhos do asfalto, de Jorane Castro. Às 22h40, a emissora exibe Aluga-se, de Marcela Cody.

Confira a estreia do
longa Doce amianto


Na programação de cinema, o destaque de hoje é o inédito Doce amianto, do coletivo cearense Alumbramento, de Guto Parente e Uirá dos Reis, às 22h, no Canal Brasil. No mesmo horário, o assinante tem mais oito opções: O concurso, no Telecine Pipoca; Entre irmãos, no Telecine Touch; Caça aos gângsteres, na HBO; Amostras grátis, na HBO HD; Férias frustradas de verão, no Studio Universal; K-Pax – O caminho da luz, na MGM; A fita branca, no Arte 1; e O príncipe das marés, no TCM. Outras atrações do pacote de filmes: Distrito 9, às 22h30, no Universal Channel; e Água negra, às 23h50, no Megapix.


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Simone Castro

Brian (Lázaro Ramos) e Jonas (Murilo Benício): guru e Steve Jobs brasileiro em Geração Brasil (Globo) (João Cotta/TV Globo)
Brian (Lázaro Ramos) e Jonas (Murilo Benício): guru e Steve Jobs brasileiro em Geração Brasil (Globo)

Geração Brasil (Globo), que estreou anteontem no horário das sete, é uma novela para quem está disposto a acompanhá-la. Dois motivos: as cenas são vapt-vupt e o tema vai no ritmo de seu conteúdo, ou seja, a tecnologia que a cada dia se aperfeiçoa. Isso não quer dizer que se o telespectador perder um capítulo vai ficar a ver navios, mas que é preciso parar para assisti-la, sob o risco de não conferir o que há de melhor nos detalhes. Enfim, se conectar. Para começo de conversa, temos um Steve Jobs à brasileira, na figura do protagonista Jonas Marra, interpretado por Murilo Benício. Ele é um brasileiro que criou fama e fortuna ao inventar um computador e por aí foi. As primeiras imagens, num ritmo alucinante, trouxeram um helograma fantástico ao fazer Jonas surgir para anunciar os participantes do concurso que vai eleger o novo Jonas Marra. A entrada perfeita para o que a trama de Filipe Miguel e Izabel de Oliveira se propõe.

Com ele, a família americana, formada pela mulher, a estrela de cinema Pamela Parker, vivida pela excelente Cláudia Abreu, e a filha Megan Lily, a patricinha inconsequente de Isabelle Drummond, mais uma vez perfeita no papel. Do clã ainda fazem parte Jack Parker, personagem de Luís Carlos Miele, pai de Pamela, a amiga do peito Dorothy (Luís Miranda) e o filho, o guru Brian Roberto, já candidato a melhor da trama, nas mãos de Lázaro Ramos. O núcleo inteiro, que vive na Califórnia (EUA), é um deleite, embora o sotaque mesclando português e inglês às vezes doa em nossos ouvidos.
Vale destacar que Pamela Parker, apesar do estilo e comportamento espalhafatosos, em nada lembra a cantora Chayene de Cheias de charme (Globo), dos mesmos autores. Pamela, que ficou famosa com uma personagem exótica, a princesa Shelda, uma espécie de She-Ra, já está um tanto passada para o papel, mas sobrevive da fama que ele lhe deu. No entanto, é a esposa amorosa e dedicada da grande sumidade que é Jonas Marra, cujo poder os acionistas da empresa milionária de informática querem reduzir. E aí, novo gancho da novela dá conta de que existe um segredo que o move e que o trará de volta ao Brasil, país para o qual jurou nunca mais voltar.

Aqui em terras brasileiras, todos querem ser Jonas Marra. Quer dizer, os jovens ligados em tecnologia. Gente como Davi Reis (Humberto Carrão) e Manuela Yanes (Chandelly Braz), que estão na disputa para entrar na empresa do ídolo, mas ainda não se conhecem, embora, já se saiba, vão se apaixonar. Um detalhe – já começaram a aparecer – levantou uma dúvida: o pai de Manuela, Frederico Yanes, que foi preso no primeiro capítulo, terá alguma ligação com o segredo de Jonas Marra?. É ver para saber. Outra personagem que deve render bons momentos é Verônica, de Taís Araújo. Ela é uma jornalista decidida a retomar a profissão depois de algum tempo se dedicando a bicos para criar o filho. Como não entende bulhufas de computador, é Vicente (Max Lima), o filho e fã de Jonas Marra, quem a socorre.

Herval, vivido por Ricardo Tozzi, já deu mostras de que será uma pedra no caminho de Jonas Marra. Talvez ele vá mostrar que a tão afamada tecnologia que se propaga mundo afora não está tão acessível a todos como dizem. Por aqui, Jonas também se confrontará com seu passado, já que é brigado com a mãe, Gláucia Marra (Renata Sorrah), que só apareceu de relance no primeiro capítulo. A matriarca dos Marra pretende cobrar seu quinhão na fortuna do filho.

No mais, Geração Brasil vem com um elenco veterano de peso, nomes jovens que podem render um bom trabalho e um tema que não sai da ordem do dia. Muitas abordagens, com humor na veia e drama na medida, não escapam de estereótipos, é verdade, como a patricinha Megan, que a própria atriz já admitiu, é inspirada na “bad girl” Lindsay Lohan, atriz norte-americana que é mais conhecida pela sua vida dedicada às drogas e clínicas de reabilitação do que aos papéis que já se tornaram escassos em sua carreira.

O primeiro capítulo, como era esperado, veio bem tratado, com detalhes riquíssimos de efeitos especiais. Pena que se perderá um pouco no desenrolar da novela, como já vimos em outros casos.
O ritmo de série americana parece mesmo o preferido de nove entre 10 diretores de telenovelas. A exceção hoje, talvez, é Em família e seu ritmo lento, conduzida por Jayme Monjardim. Quem comanda o núcleo de Geração Brasil é Denise Saraceni. Outro ponto a destacar são as locações, que foram da Califórnia ao Rio de Janeiro, se detendo em Recife. É sempre bom ir além do manjado eixo Rio – São Paulo.

A abertura de Geração Brasil é um chamarisco e tanto. Embalada pela música País do futebol, que uniu MC Guimê e Emicida, traduz o que o telespectador pode esperar. Uma coisa já está clara: ao contrário da ousadia de Além do horizonte de fugir do padrão do horário e apostar em ação, suspense e mistério, o que não foi bem aceito pelo público, a nova trama finca pé no tradicional. Mas no pique da tecnologia de nossos dias.

VIVA
Cena entre Bruna Marquezine (Luiza) e Júlia Lemmertz (Helena) na trama de Em família. As atrizes estavam afiadas.

VAIA
Fantástico (Globo), apesar da repaginada visual, dá mostras inequívocas de que está mais perdido do que nunca. 

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