sexta-feira, 27 de junho de 2014

Bomba do Jaeci

Sampaoli avisa que não vai mudar a característica ofensiva do Chile, mas não abre mão de um "Carrapato" em cima do principal jogador adversário


Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 27/06/2014


 (Paulo Whitaker/Reuters)

'Carrapato' em Neymar O argentino Jorge Sampaoli, técnico estudioso, se destacou no comando da Universidad de Chile e foi convidado pelo Cruzeiro antes da contratação de Marcelo Oliveira. Não aceitou porque sabia que iria assumir a Seleção Chilena, mas indicou a Toca da Raposa II para concentrar os andinos. Ele comandou vários treinos fechados, e a imprensa não imagina de que forma o time vai se comportar amanhã. Uma fonte ligada ao treinador garante que haverá marcação especial sobre Neymar, a quem considera o ponto-chave do Brasil. Sampaoli avisa que não vai mudar a característica ofensiva do Chile, mas não abre mão de um “carrapato” em cima do principal jogador adversário. Acha que assim deixará os brasileiros sem opção ofensiva.
Planos A e A
O estafe da CBF já está em Fortaleza para ajeitar as coisas por lá, caso a Seleção chegue às quartas de final da Copa, para enfrentar Uruguai ou Colômbia, no Castelão. Mas não existe plano B, se houver eliminação, pois tanto o presidente José Maria Marin quanto o sucessor eleito, Marco Polo del Nero, apostam na vaga. A dupla reconhece que os chilenos formaram a melhor equipe dos últimos tempos, mas só pensa em vitória. Quando decidiu trocar Mano Menezes por Felipão, ela pensava no retrospecto do substituto em mata-matas, largamente comprovado em Libertadores, Brasileiro, Copas do Brasil e Mundiais.

Fluidos do tricampeão
No último Brasil x Chile, um amistoso em Toronto, o presidente da Federação Chilena de Futebol, Sergio Jadue, de 35 anos, foi recebido e bem tratado no camarote dos dirigentes da CBF. Nesse jogo no Canadá, ele revelou a este colunista que a Toca da Raposa II seria o QG de La Roja. Amanhã deve assistir à partida ao lado dos comandantes da CBF. Jadue disse a amigos que está muito feliz com os bons fluidos da concentração do Cruzeiro, tricampeão brasileiro. Otimista quanto a uma zebra no Mineirão, nem se preocupou em fretar avião para voltar a seu país em caso de derrota.

Cartolagem no Move
Na estreia do Brasil, os presidentes de federações, acostumados a mordomias, não tiveram ônibus nem vans para transportá-los ao Itaquerão. A Fifa deu à CBF apenas duas credenciais de estacionamento, naturalmente usadas por dirigentes da entidade máxima brasileira. A opção foi juntar a tropa e pegar o metrô, sem problema. Já em Fortaleza, houve mais credenciais, dois ônibus e uma van para levar os convidados ao Castelão. Amanhã, em BH, a turma ainda não sabe se terá ônibus ou várias vans. Por enquanto, a Fifa não deu nenhuma credencial para veículos. Se ela não rolar, a solução será o transporte pelo Move, levando a cartolagem até as proximidades do Mineirão e a obrigando a enfrentar boa caminhada, só compensada em caso de classificação do Brasil.

Futebol ruim, atitude louvável
Os jogadores da Seleção, que ainda não convenceram no Mundial, receberam em Teresópolis, na quarta-feira, vítimas das enchentes de 2011, que praticamente arrasaram o município. Atitude digna de elogios, que rendeu comentários na internet. Muita gente está sem moradia até hoje, morando de favor em casas de amigos. A determinação de abrir a Granja Comary para esses desabrigados partiu do comando da CBF, como forma de retribuir o carinho da população ao time de Felipão. Os jogadores também fizeram a parte deles, com fotos, autógrafos e distribuição de camisas. Chamou a atenção um garotinho, em cadeira de rodas, que teve a camisa autografada por Neymar e ganhou forte abraço do craque. Atitudes como essa puxam o torcedor para o lado da Seleção. Quanto à torcida mineira, ela apoia, mas cobra bom futebol. Ano passado, na Copa das Confederações, ela foi decisiva na vitória sobre o Uruguai, na semifinal. Ela não quer ficar com a fama de “Minerazo”.

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