terça-feira, 17 de junho de 2014

Lâmpadas econômicas

Lâmpadas econômicas
Modelo tradicional deixa de ser fabricado a partir de 1º de julho
Leonardo Rivetti
Gerente de eficiência energética da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig)
Estado de Minas: 17/06/2014


A partir de 1º de julho, passa a vigorar no país mais uma fase da legislação que proíbe a produção, importação e comercialização de lâmpadas incandescentes. Já não se podia mais fabricar ou importar as lâmpadas incandescentes de 150 e 100 watts e agora é a vez da lâmpada mais tradicional no uso domestico: a de 60W. A regulamentação consta da Portaria Interministerial nº 1007/2010, do Ministério de Minas e Energia (MME). Com base nessa portaria, as lâmpadas incandescentes com potência de 60 watts ainda terão uma sobrevida de um ano, prazo máximo em que os varejistas poderão comercializar seus estoques. A expectativa do comercio é que os estoques terminem antes desse prazo.

A substituição desse modelo já era realizada pela lâmpada fluorescente compacta (JFC) de 15 watts, que, além de ter uma durabilidade até seis vezes maior, tem, atualmente, uma diferença de preço amortizada em até três meses com a utilização de três horas por dia. Também poderá ser substituída pelas halógenas com bulbo e as de LED, que têm uma durabilidade muito maior, mas o tempo de amortização da diferença de preço ainda tem dificultado a opção por essa tecnologia. De acordo com estimativa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), no estado ainda devem existir cerca de 16 milhões de lâmpadas incandescentes de 60 watts. Como essas lâmpadas devem ser substituídas pelas fluorescentes compactas de 15 watts, temos uma redução de 45 watts por unidade, proporcionando uma redução de quase 6% da capacidade instalada da empresa. Em um mês, a economia de energia poderia representar um montante de 72GWh/mês, que seria suficiente para atender a uma cidade de 600 mil habitantes do porte de Uberlândia ou Contagem (MG). Já para uma família que tem um consumo médio de 150kWh/mês e que tenha quatro lâmpadas de 60 watts, a substituição pelas LFCs pode representar uma economia de 12% no valor da conta de energia.

Essa e outras medidas são importantes para o consumo consciente da energia elétrica no Brasil. Seguindo essa tendência, a Cemig, por meio do Programa Energia Inteligente, que é focado na eficiência energética, promove ações voltadas para o uso consciente e eficaz da energia elétrica, contribuindo também para esse momento em que os reservatórios das usinas hidrelétricas estão com água em níveis críticos.

Com medidas sustentáveis e que visam ao consumo consciente de energia, o consumidor, além de ajudar a preservar o meio ambiente e a economia do país, vai poder diminuir o valor da sua conta no fim do mês. É preciso ter em mente que a eficiência energética é fundamental para o setor elétrico brasileiro e para as gerações futuras.

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