terça-feira, 7 de maio de 2013

Consumidor paulistano distingue pirataria física de on-line, aponta Datafolha

folha de são paulo

JULIANA GRAGNANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto 69% dos paulistanos consideram moralmente errado comprar produtos piratas, como DVDs, CDs ou programas de computador, menos da metade, 43%, acha errado baixar músicas na internet sem pagar por elas.
A constatação é de pesquisa realizada pelo Datafolha com 600 entrevistados na última sexta em São Paulo. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.
Apenas 15% consideram moralmente aceitável adquirir produtos por meio do comércio ilegal. A aprovação cresce para 36% quando se fala do download ilegal de músicas na internet. Para 12% dos entrevistados, baixar faixas da rede sem pagar por elas não é uma questão de moral.
Editoria de Arte/Folhapress
"As pessoas dizem que são contra a pirataria, mas elas mesmas baixam da rede. Há uma profunda diferença entre a economia material e a imaterial", diz Sergio Amadeu, conselheiro do Comitê Gestor de Internet no Brasil.
Segundo dados da Associação Antipirataria de Cinema e Música (APCM), em 2010, foi solicitada a retirada de 1,3 milhão de links da rede que disponibilizavam download de músicas e filmes.
"Hoje, nosso foco é mais a pirataria on-line que a física. Na internet, ninguém se preocupa se os downloads que faz são legais", afirma Antonio Borges Filho, diretor executivo da APCM.
Segundo o IBGE, em 2000, apenas 10,5% (4,7 milhões) de domicílios brasileiros tinham computador; em 2010, o número aumentou para 38,3% (21,9 milhões). O instituto também apontou que, de 2005 a 2008, o acesso à internet no país aumentou 75,3%.
CAMBISTAS
A pesquisa Datafolha também apontou que 82% dos entrevistados consideram moralmente errado comprar ingressos de cambistas. Apenas 6% aprovam a prática.

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