sábado, 2 de agosto de 2014

Orelha

Orelha
Estado de Minas: 02/08/2014

A argentina Beatriz Sarlo ensina a ler a cultura mutante das ruas da metrópole (Leandro Couri/EM/D.A Press)
A argentina Beatriz Sarlo ensina a ler a cultura mutante das ruas da metrópole

Cidade revelada


Há olhares capazes de revelar o invisível. É o caso de A cidade vista – Mercadorias e cultura urbana, de Beatriz Sarlo, livro que a Editora WMF Martins Fontes lança no mês que vem. No estudo, a ensaísta argentina propõe um arguto exercício de olhar sobre Buenos Aires, construído ao longo de quatro anos. As reflexões são fruto do corpo a corpo da autora com a cidade, sempre com a câmera fotográfica à mão, que depois se tornavam matéria destinada à publicação numa coluna do jornal Clarín. Nada da cidade turística, do cartão-postal, mas a urbe invisível, que nasce da crise econômica vivida pela Argentina a partir dos anos 1990, com consequências significativas sobre sua cultura urbana. Além das ruas e pessoas, a autora dialoga com outros escritores, como Borges, Barthes e Foucault, numa troca ao mesmo tempo sensível e erudita.


Sem Deus


História do ateísmo, de Georges Minois, é o próximo lançamento da Editora Unesp, que chega às livrarias ainda este mês. O autor examina a história do ateísmo desde os primórdios da existência humana. “Deus morreu no século 19, é costume dizer-se. Mas desde o século quarto antes da nossa era, Teodoro, o Ateu, já proclamava que Deus não existia.” Para Minois, o ateísmo é tão velho como o pensamento humano. Mais que isso, o ateísmo é tratado como uma das grandes formas de ver o mundo.

 (Boitempo/Reprodução)

Fantasia


A realidade não basta. Mais um autor contemporâneo de fantasia e ficção científica chega ao Brasil. Desta vez é o britânico China Miéville (foto), que será lançado no país pela Boitempo. O autor estreia em dezembro com A cidade & a cidade, originalmente publicado em 2009. A editora promete na sequência todos os romances de Miéville no Brasil.


Arquivo BH


A Revista Eletrônica do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte está recebendo artigos científicos, baseados em pesquisas sobre a cidade de Belo Horizonte, sobre o campo de estudos arquivísticos, ou sobre a prática de educação patrimonial em instituições de memória. Além de artigos, a revista também está recebendo resenhas de obras e propostas de estratégias pedagógicas para diferentes níveis de ensino, relacionadas à história de BH e da região metropolitana. O material deve ser encaminhado pelo e-mail reapcbh.fmc@pbh.gov.br, até 24 de outubro. As normas de publicação podem ser consultadas no site www.pbh.gov.br/cultura/arquivo.


Segunda vida


“Ainda está viva? Continua drogada?” Christiane V. Felscherinow não sabe quantas vezes respondeu a essas perguntas. Mais conhecida como Christiane F., a história de sua adolescência marcou época e a tornou uma personagem de seu tempo. Trinta e cinco anos depois, ela volta para narrar a segunda fase de sua vida em Eu, Christiane F., a vida apesar de tudo, que está sendo lançado pela Bertrand Brasil. Ela retorna aos tempos que seguiram à publicação da história de sua juventude, para lembrar os diferentes momentos de sua vida: os anos felizes na Grécia, a prisão, o combate ao vício, o encontro com seus ídolos do rock e os momentos de felicidade com seu filho Phillip.


Outros latinos

A coleção Otra língua, da Editora Rocco, que vem publicando autores latino-americanos pouco conhecidos dos brasileiros, está com dois novos títulos no mercado. O primeiro é Hotéis, de Maximiliano Barrientos, um dos nomes de destaque na nova literatura boliviana, nascido em 1979. O outro é Um homem morto a pontapés, do equatoriano Pablo Palacio. Autor de obra pequena e intensa, Pablo nasceu em 1906 e morreu em 1947, depois de viver 10 anos internado em um hospício em Guayaquil.


Édipo


Antes de se tornar o grande filósofo da desconfiança, Nietzsche era um jovem e promissor professor de filologia clássica e literaturas grega e latina. É dessa época o livro Introdução à tragédia de Sófocles, que está sendo lançado pela Martins Fontes. São anotações feitas pelo jovem Nietzsche, então com 25 anos, preparadas para curso que ministrou na Universidade da Basileia, tendo como tema Édipo Rei, considerada por Aristóteles o mais acabado exemplo da tragédia grega.


Lançamento

A escrita virtual na adolescência – Uma leitura psicanalítica, de Nádia Laguárdia de Lima (Editora UFMG), será lançado hoje, das 11h às 14, na Livraria Quixote, Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi, (31) 3227-3077. O livro analisa as particularidades da escrita adolescente e de seus interesses, por meio da leitura de blogs e redes sociais.

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