quinta-feira, 4 de setembro de 2014

CINEMA » O bom da vida‏

O bom da vida Possibilidade da morte leva jovem musicista a rever o passado e a se questionar sobre o futuro, valorizando relacionamentos e conquistas. Trama de Se eu ficar, de R. J. Cutler


Ana Clara Brant
Estado de Minas: 04/09/2014



Se eu ficar, longa com Chlöe Grace Moretz baseado em best-seller homônimo, estreia hoje em nove salas

 (Warner Bros./Divulgação)
Se eu ficar, longa com Chlöe Grace Moretz baseado em best-seller homônimo, estreia hoje em nove salas


Sabe aqueles filmes feitos para chorar? Se eu ficar, que entra em cartaz hoje, é desses. Se você é minimamente sensível, certamente vai acabar se comovendo em algum momento com o longa-metragem baseado no best-seller da jornalista norte-americana Gayle Forman, e que há tempos figura na lista dos livros mais vendidos do The New York Times.

Na história, Mia Hall (Chlöe Grace Moretz) é uma prodigiosa musicista que vive a dúvida de ter que decidir entre a dedicação integral à carreira na famosa escola Julliard e aquele que tem tudo para ser o grande amor de sua vida, o roqueiro Adam (Jamie Blackley). Após ela e sua família sofrerem um grave acidente de carro, tudo muda. Se, antes, sua vida se resumia entre a música e o namorado, agora Mia tem preocupações bem mais complexas.

Em alguns momentos, a produção remete a filmes da Sessão da Tarde, tamanha a quantidade de clichês, e também faz lembrar um pouco a megaprodução A culpa é das estrelas, na qual um romance juvenil é interrompido por uma questão de saúde. Um dos destaques de Se eu ficar são os pais da protagonista, os descolados Kat e Denny Hall, interpretados por Mireille Enos e Joshua Leonard. São eles que garantem os momentos mais descontraídos do longa. Um fato curioso é que o brasileiro Heitor Dhalia estava cotado para ser o diretor do filme, que terminou sendo dirigido pelo norte-americano R. J. Cutler.

Por ser tratar de um filme que tem a música como pano de fundo, a trilha sonora também é um ponto a ser lembrado. Seja por meio dos clássicos, já que a personagem toca violoncelo e é fã de Beethoven, Chopin, Schubert e cia. limitada, ou do rock ‘n’ roll, afinal, Adam é o líder de uma banda adepta do gênero.

Mas o foco central da obra está na decisão de Mia. No que ela deve fazer. Às vezes, você faz escolhas na vida, noutras vezes a vida te escolhe. Se até então a coisa mais difícil que a garota enfrentaria em seus 17 anos de existência era escolher entre seguir seus sonhos na escola de música ou caminhar ao lado de seu verdadeiro amor, agora, ela tem que decidir entre viver ou morrer. A adolescente revive seu passado, vê seu presente e tenta decidir se vale a pena lutar por um futuro.

No fim das contas, mesmo sendo uma lição meio piegas, o filme nos leva a refletir sobre várias questões relacionadas à família, ao amor, à amizade, à morte, a perdas e, sobretudo, a valorizar momentos simples do dia a dia, principalmente ao lado de quem gostamos. E tudo indica, tanto pelo livro, como pelo longa, que a história deve ter sequência.

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