sábado, 16 de março de 2013

Painel das Letras - Raquel Cozer

folha de são paulo

Literatura brasileña

A Fundação Biblioteca Nacional fez, a pedido da coluna, um balanço de todas as obras publicadas com seu programa de apoio à tradução de títulos brasileiros no exterior, desde sua criação, em 1991. Embora traduções na Alemanha tenham se multiplicado desde 2010, quando o Brasil foi anunciado como convidado de honra da Feira de Frankfurt deste ano, é em espanhol que mais se encontram obras brasileiras. Das 209 publicadas em 22 anos, 26 foram para a Espanha e 18 para a Argentina, totalizando 44 (há ainda cinco em catalão). A França é outro dos países que mais traduzem brasileiros, com 30. No geral, Clarice Lispector é a autora mais publicada, com 14 edições estrangeiras.
Vanguarda infantil
A Cosac Naify é a única editora brasileira entre as cinco finalistas na categoria América Central e do Sul do recém-criado Bologna Prize for Best Children’s Publishers of the Year, voltado a casas que vêm se destacando internacionalmente como a “vanguarda da inovação” em livros infantis.
Concorre com a venezuelana Edicione Ekaré e as mexicanas Ediciones Tecolote, Fondo de Cultura Economica e Petra Ediciones. A votação vai até o dia 18 pelo site bolognachildrensbookfair.com. O vencedor será conhecido no dia 26, na Feira do Livro Infantil de Bolonha.
A edição do ano que vem da feira italiana, aliás, homenageará o Brasil.
HQ
Assim como Cervantes, que deu um intervalo de dez anos entre dois volumes de “Don Quixote” (1605 e 1615), Caco Galhardo demorou oito para lançar a segunda parte de sua adaptação. Sai em julho pela Peirópolis
Eleitos Sobre os 70 autores que o governo levará para representar o Brasil na Feira de Frankfurt, em outubro, a Libre, associação de editoras independentes, diz: “A lista é séria e traz bons autores, mas sentimos falta de diversidade: mais negros, índios, regionais (preferencialmente os que não migraram para SP e Rio) e de editoras independentes.”
Eleitos 2 Um dos regionais que migraram para São Paulo, aliás, o amazonense Milton Hatoum, alegou ter recusado o convite por já ter representado o país no evento do ano passado, na cerimônia em que o convidado de honra anterior, a Nova Zelândia, passou o bastão para o Brasil. Preferiu liberar a vaga.
Eleitos 3 Galeno Amorim, presidente da Biblioteca Nacional, diz que, em abril, o site do comitê que organiza a homenagem ao Brasil terá espaço para editoras indicarem autores cujas viagens a Frankfurt elas mesmas pretendam bancar. Serão avaliados para receber ou não a chancela do comitê e figurar na lista oficial.
Tradução A gaúcha Luisa Geisler, que na última Feira de Frankfurt atraiu interesse de editoras estrangeiras, fechou seu primeiro contrato lá fora. 
Tradução 2 Seu romance “Quiçá” (Record), vencedor do Prêmio Sesc, teve os direitos adquiridos pela Siruela, editora que publica Clarice Lispector e António Lobo Antunes na Espanha.
Mitos “Literaturas de Origem” é o tema do Fórum das Letras de Ouro Preto, que neste ano acontecerá pela primeira vez no primeiro semestre. ?A ideia será discutir, de 29 de maio a 2 de junho, a “íntima relação entre as mitologias e a literatura”, segundo a coordenadora do evento, Guiomar de Grammont.
Novo foco Em maio, a Brinque-Book estreia o selo juvenil Escarlate. O primeiro título será “A Árvore: Entrecaminhos”, da brasileira Janaina Tokitaka, e marcará também a entrada da Brinque-Book no universo dos e-books: todos os livros da Escarlate sairão sempre nos dois formatos.

Originais A jovem editora independente Bateia, que já tem inéditos de Alejandro Zambra e Juan Pablo Villalobos no catálogo, recebe, até o final de julho, originais de contos e romances, em PDF, pelo email originaisnabateia@gmail.com. Os selecionados saem em 2014

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