quinta-feira, 30 de maio de 2013

Kenneth Maxwell

folha de são paulo
Trierweiler e Hollande
Valérie Trierweiler é jornalista política e companheira do presidente francês François Hollande. Ela ganhou notoriedade por expressar ciúme no Twitter contra Ségolène Royal, candidata socialista à Presidência, derrotada por Nicolas Sarkozy em 2007. Royal viveu com Hollande durante 30 anos e é mãe de seus quatro filhos. Royal definiu Trierweiler como "grosseira e agressiva" em entrevista televisiva recente.
Hollande, em um documentário chamado "Le Pouvoir", sobre a vida no Palácio do Eliseu, a residência oficial dos presidentes franceses, é visto presidindo reuniões nas quais é constantemente interrompido por outros participantes. Ao prepará-lo para uma foto oficial no jardim do palácio, o barbeiro do presidente diz: "Você está bonito". Olhando as fotos mais tarde, Trierweiler recomenda: "Não escolha a foto em que está sorrindo; é americana demais".
Hollande é o presidente mais impopular da França em cinco décadas. Celebrou o primeiro aniversário no cargo em um evento que envolveu todo o governo. Declarou que a França era um grande país, com a ambição de "mostrar o caminho à Europa e ao mundo". Contudo, apenas 34% dos franceses o consideram convincente.
A pesquisa sobre atitudes mundiais do Pew Research mostra que nenhum outro país europeu está tão desiludido e desanimado como a França.
Os franceses encaram a economia de modo negativo, e 91% deles acreditam que a situação econômica seja ruim; 67% dizem que o presidente François Hollande está se saindo mal no combate à crise econômica; 77% acreditam que a integração europeia piorou as coisas para a França e 58% têm impressão desfavorável da União Europeia como instituição.
Ao contrário dos franceses, os alemães se sentem melhor quanto à economia, suas finanças pessoais, o futuro, a União Europeia, a integração econômica da Europa e a liderança de seu país.
O Pew Research também conduziu uma pesquisa sobre estereótipos na Europa. A Alemanha é considerada como "mais confiável" por França, Reino Unido, Espanha, Itália, Espanha, Polônia e República Tcheca. Só a Grécia discorda.
Ironicamente, os resultados do Pew Research contradizem os estereótipos sobre os alemães. A pesquisa constatou que a inflação tem menos probabilidade de ser vista como grande problema pelos alemães, e eles apresentam maior predisposição, entre os europeus ricos, a oferecer assistência financeira a outros países da União Europeia que estejam sofrendo problemas financeiros graves. E ainda que os alemães se preocupem com a dívida pública, eles se preocupam mais com a desigualdade e o desemprego.

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