domingo, 14 de julho de 2013

"Paulista com Augusta é a Ipiranga com a São João de hoje", diz filha de André Sturm

folha de são paulo
ANA ELISA FARIA
DE SÃO PAULO

A avenida Paulista recebeu, há dois sábados, uma manifestação diferente. Em vez gritos de ordem, uma revoada de balões com o nome do filme "A Espuma dos Dias", de Michel Gondry.
Barbara Sturm, 24, estava por trás da ação para divulgar a obra. O nome da moça talvez soe familiar.
Filha de André Sturm, diretor-executivo do MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo, ela atualmente é vice-diretora da distribuidora Pandora Filmes. Foi lá que Barbara, antes estudante de moda, se apaixonou pelo cinema.

Barbara Sturm

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Felipe Gabriel/Folhapress
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Barbara Sturm, 24, é vice-diretora e coordenadora de lançamentos da distribuidora Pandora Filmes
Nascida em Campinas, veio com 15 anos morar com o pai em São Paulo. E acha que não há melhor representação da cidade do que o longa "É Proibido Fumar", de Anna Muylaert. "Principalmente nas cenas em que a Glória Pires está dentro de um carro e passam milhões de motoboys."
*
sãopaulo - Por que distribuir balões na Paulista?
Barbara Sturm - Todo mundo tem que passar por ali. O circuito de arte está lá. E o símbolo da Augusta com a Paulista é uma coisa meio que a São João com a Ipiranga de hoje.
Você criou um festival de cinema em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Gostaria de fazer algo parecido em São Paulo?
O idealizador é o André Gevaerd [namorado dela]. A gente se conheceu em Cannes, em 2010, e ele me falou da ideia. Mesmo sendo um município famoso por suas baladas, a população tem sede de cinema. Mas eles só têm shoppings e assistem a filmes americanos. Somos nenês ainda e não queremos competir com os gigantes festivais do Rio e de SP. O que fizemos foi trazer uma 'partezinha' para cá. No fim de semana seguinte montamos sessões e debates no MIS.
Facilita seu pai ser diretor do MIS?
A gente tenta unir o museu ao cinema e à Pandora, mas não muito, para não ter um excesso de união [ri]. O MIS tem sua curadoria e equipe próprias. Não quero entrar demais nas coisas do museu.
Para um filme seu, qual seria o cenário ideal na cidade?
[Pausa grande] A Paulista, com certeza. No meu curta ["O Sussurro", de 2010] tem cenas externas, todas feitas em vias importantes para mim, como a avenida Eusébio Matoso e a rua Augusta.
De que maneira você aproveita SP?
Moro e trabalho nos Jardins. Então, acabo fazendo tudo por lá. Acho que o lugar que mais frequento é o Tutto Italiano, um restaurante na [rua Doutor] Melo Alves com a [alameda] Tietê. Mas vou bastante ao parque da Aclimação. É um lugar delicioso. Tem gente com cachorro e não tem cocô de cachorro, sabe?

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