domingo, 18 de novembro de 2012

As voltas que o domingo dá - Juca Kfouri


JUCA KFOURI
As voltas que o domingo dá
É o Palmeiras retornando à segunda divisão e PH Ganso e Emerson Sheik aos gramados
EM VOLTA REDONDA, o drama.
Como há dez anos e um dia, em Salvador, e contra um rubro-negro, o Palmeiras, que então não se salvou da segunda divisão, corre o risco, nesta tarde, de cair de novo, volta quadrada que não descerá nada bem.
O Palmeiras paga o preço de ter uma diretoria que parece sofrer de autismo além de, com certeza, padecer de profunda incompetência.
Por pior que o Flamengo esteja, assim como o Vitória não era lá essas coisas em 2002, está melhor que o Palmeiras de Barcos, quase tão solitário hoje no estádio da Cidadania como esteve, no Barradão, o atual dirigente flamenguista Zinho -e não menos sozinho entre os cartolas da Gávea.
O Palmeiras contava com milagres do exímio batedor de faltas Marcos Assunção, mesmo no sacrifício, como esperava de Arce no começo do século, mas tudo tem limite e o Palmeiras chegou ao seu, bateu no teto, ou melhor no fundo do poço, ele não jogará.
E não se culpe Gilson Kleina, como se fez com Levir Culpi uma década atrás.
Kleina apenas não teve como salvar o que Luiz Felipe Scolari entregou, como Levir herdou o que Vanderlei Luxemburgo começou. Por incrível que pareça, duas vezes em espaço tão curto, dois dos maiores treinadores do país estão associados ao desastre alviverde.
São as voltas que o mundo do futebol dá. Vágner Love, fundamental para a subida palmeirense em 2003, pode sair do jejum para decretar a descida. Léo Moura, que viveu a primeira queda de verde, testemunhará a segunda de preto e vermelho, embora, machucado, de fora. Mas não faltarão voltas festivas nesta tarde de futebol na antepenúltima rodada do Brasileirão.
O Fluminense, por exemplo, dará a sua volta olímpica no Engenhão e, aleluia!, com a taça a que fez jus.
Comemoração de título tem de ser assim, no campo, porque não há nada mais sem emoção que as tais festas oficiais, além do mais recheadas de gafes e, não poucas vezes, de manifestações hostis.
No Morumbi, provavelmente no segundo tempo, Paulo Henrique Ganso voltará aos gramados depois de uma longa novela e não menos demorada recuperação, tomara que a última em sua curta e acidentada carreira.
O Brasil conta com ele na Copa do Mundo e Ney Franco, ainda em busca de garantir lugar na Libertadores, acerta ao não fazê-lo titular imediatamente.
Finalmente, Emerson Sheik reaparecerá no Beira-Rio, a tempo de mostrar o que ninguém tem dúvida: que o lugar de titular no ataque do Corinthians no Mundial de Clubes é dele, autor dos dois gols que decidiram a Libertadores no papão Boca Juniors.
Malandro, dá-se como certo no Parque São Jorge que ele tratou de se preservar para estar tinindo no Japão, o que se encarregará de demonstrar nos três jogos restantes contra Internacional, Santos e São Paulo.
A ver.

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