quinta-feira, 2 de maio de 2013

Após 30 anos nos palcos, atriz Christiane Tricerri faz sua estreia em novelas

folha de são paulo

FERNANDA REIS
DE SÃO PAULO
"Minha máxima agora é: fiz 30 anos de teatro e agora quero fazer 30 anos de televisão", diz

a atriz Christiane Tricerri, definindo bem seu atual momento profissional.



Após três décadas nos palcos --com participações aqui e ali em minisséries--, ela faz sua

estreia em novelas em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, que estreia no dia 20 na faixa

das 21h na Globo.

Na trama, Tricerri interpretará Vega, uma mulher elegante e ponderada, casada com o

personagem de Luis Melo --Atílio, um administrador que terá um problema de amnésia que

interferirá nos rumos da novela.
Lucas Lima/Folhapress
Christiane Tricerri, que está na novela "Amor à Vida", da TV Globo
Christiane Tricerri, que está na novela "Amor à Vida", da TV Globo
"A personagem é uma estrela", diz Tricerri. Segundo ela, o papel foi feito praticamente sob medida: Vega é uma escritora --"E eu cresci entre livros"--, a novela se passa em São Paulo --sua cidade-- e o texto de Carrasco lhe caiu perfeitamente.
"A gente se acostuma com o rigor do texto fazendo os clássicos no teatro, e o Walcyr tem esse texto bom na boca do ator. Não gosto de mexer no texto, ele também não."
TRAJETÓRIA
Tricerri fez sua estreia na televisão na minissérie "Anarquistas, Graças a Deus", de Walter Avancini, de 1984, que fazia paralelamente com a peça "Bella Ciao".
Ao fim do trabalho, conversou com Avancini, que lhe disse que poderia colocá-la em uma novela, se ela quisesse. Ele disse, contudo, que admirava a carreira dela no teatro e que a atriz deveria seguir esse caminho. Ela aceitou o conselho e, nas últimas décadas, ficou longe do palco por apenas dois anos.
Entre seus trabalhos no teatro --por grupos como Ornitorrinco e Oficina-- estão "O Doente Imaginário" (1989), de Molière, "A Comédia dos Erros" (1994) e "Rei Lear" (2001), de Shakespeare, e "Pagu Que." (2004), de sua autoria. Por "A Comédia dos Erros" foi indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz, e por "Bella Ciao" foi premiada pela APCA.
"Há uns dois, três anos, comecei a querer fazer TV. Voltei a assistir novela, que via quando era adolescente", conta. Quando recebeu o convite de Carrasco para integrar "Amor à Vida", não hesitou. "Engavetei todos os meus projetos no teatro. Quero ficar livre para TV e cinema."
A vontade de mudar do palco para a tela foi, segundo ela, motivada pela vontade de falar com mais gente e de conhecer outra linguagem.
"A estrutura da novela me instiga, porque escrevo", diz. "Estou achando incrível que a novela seja como a vida. No cinema e no teatro você tem um começo, um meio e um fim. Aqui você não sabe."
Agora, a atriz quer dedicar o mesmo tempo que passou nos palcos às telas. "Sou uma cinquentona com corpinho de 38, então vou chegar aos 80 com corpinho de 68", brinca. "Tenho o frescor de uma iniciante. Estou exultante."
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