quarta-feira, 10 de julho de 2013

Alckmin quer reduzir número de secretarias

folha de são paulo
Ideia é fazer reforma antes da presidente
DANIELA LIMADE SÃO PAULOO governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), encomendou um estudo de reestruturação "radical" de seu secretariado, cujo ponto de partida é antecipar a saída de secretários que desejem disputar as eleições de 2014. Hoje, das 25 pastas, oito são comandadas por deputados licenciados.
O governador dá sinais de que deseja reduzir o número de parlamentares em sua equipe desde o fim do ano passado. Mas, para evitar atritos com aliados, havia decidido exigir a saída dos que desejam disputar reeleição só em dezembro.
Após as manifestações que tomaram as ruas de várias cidades paulistas em junho, no entanto, a cúpula do PSDB passou a pregar a antecipação do cronograma.
Nomes como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-governador José Serra afirmaram a Alckmin que, reduzindo deputados em sua equipe neste momento, ele pode capitalizar a repulsa das ruas ao universo político e conceder a seu governo um caráter eminentemente técnico.
Além disso, os tucanos querem que o governador exiba uma reforma substanciosa antes que a presidente Dilma Rousseff (PT) o faça. Dilma está sendo cobrada pela oposição a mudar sua equipe ministerial. Para quem der a largada antes, a medida passaria a ser "um exemplo" a ser seguido.
TROCAS
Alckmin encarregou o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, e seu assessor especial, João Carlos Meirelles, de elaborarem proposta que combine a troca de secretários políticos por nomes técnicos com o enxugamento da estrutura do governo.
O secretário de Planejamento, Julio Semeghini, também discute a reformulação.
Aparecido, deputado federal licenciado, abriu mão da reeleição à Câmara ao assumir a Casa Civil.
A posição de Semeghini, também deputado federal de licença, ainda é uma incógnita no Bandeirantes. O governo trabalha com a possibilidade de fusão em pelo menos três pastas, além de fundações e empresas.
O principal entrave para a reforma no secretariado é o convencimento de aliados, a começar pelos deputados do PSDB. Alckmin tem em sua equipe nomes fortes dentro do partido, como José Aníbal (Energia) e Bruno Covas (Meio Ambiente).
Há ainda deputados de outros partidos, como Rodrigo Garcia, do DEM, que comanda a pasta de Desenvolvimento Social. A um ano de disputar sua própria reeleição, Alckmin não quer melindrar nenhum aliado.
    BASE ALIADA
    Em retaliação, PMDB usa 'pauta bomba' para ameaçar presidente
    DE BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ameaçou o governo e se comprometeu a trabalhar para o Congresso retomar a votação de vetos presidenciais.
    Alves subiu o tom após o PT trabalhar para dificultar a aprovação do orçamento impositivo para a execução de emendas parlamentares, uma das principais bandeiras do peemedebista.
    Ontem, Dilma havia pedido que o Congresso não votasse vetos com impacto econômico e fiscal. O Planalto teme a chamada pauta bomba' de votação dos vetos.
    O fim do fator previdenciário e a revisão de um crédito tributário, por exemplo, podem custar R$ 280 bilhões --quase sete vezes o Orçamento da cidade de São Paulo para este ano.

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