sábado, 12 de janeiro de 2013

HISTÓRIA » Uma missa, dois olhares‏


Estado de Minas: 12/01/2013

Em cartaz no Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, a partir de março, A primeira missa no Brasil, de Candido Portinari (1903-1962), acaba de ser adquirida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cultura (MinC), que já detém os direitos da obra homônima de Victor Meirelles (1832-1903), exposta no mesmo local.

Enquanto a obra de Meirelles data de 1860, o painel de Portinari é de 1948 e foi concebido em têmpera sobre tela, com dimensões de 271cm X 501cm. Encomendada ao artista paulista por Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra, para compor a então sede do Banco Boavista, no Rio, cujo prédio foi projetado por Oscar Niemeyer, a tela se encontra ainda hoje no mesmo prédio, em bom estado de conservação, depois de tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).

Segundo a assessoria do Ibram, para a compra o órgão utilizou do direito de preferência na aquisição de bens culturais móveis, disposto na lei nº 11.906/2009. O processo teve início em setembro e, desde então, foram realizadas vistorias técnicas de funcionários do Museu Nacional de Belas Artes para elaboração de notas técnicas referentes ao estado de conservação, valor artístico e importância da obra. O valor da compra foi de R$ 5 milhões, viabilizados via MinC.

Em março, o público terá a rara oportunidade de ver as obras de Victor Meirelles e Candido Portinari expostas conjuntamente, ao lado dos estudos realizados pelos artistas na criação e execução das telas. A obra de Meirelles, já em exposição no Museu Nacional de Belas Artes, é um óleo sobre tela, de 268cm x 356cm. A partir de agora, a obra de Portinari também passa a integrar o acervo do Ibram, acondicionado na sede do museu carioca.

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