quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Comissão pode descobrir quem matou Rubens Paiva, diz Fonteles

folha de são paulo

Dois ex-integrantes do DOI-Codi do Rio devem ser convocados
DE BRASÍLIAO coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles, disse ontem ter elementos para chegar à equipe que torturou e matou o ex-deputado Rubens Paiva, que sumiu em 1971 após ser preso por agentes da ditadura militar (1964-1985).
Em entrevista ao lado de Vera Paiva, filha de Rubens, Fonteles disse que dois desses integrantes da equipe do DOI-Codi do 1º Exército no Rio estão vivos e poderão ser convocados. A Comissão da Verdade não tem poder para puni-los, mas, segundo Fonteles, os militares não podem se negar a comparecer à comissão porque isso configuraria crime de desobediência.
No próximo dia 16, Fonteles será sucedido na coordenação da comissão por Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos.
Vera Paiva disse que é um "privilégio para a sua família o fato de ser um dos primeiros casos recuperados pela Comissão da Verdade".
"Traz um alívio profundo recuperarmos a memória, mas ainda gostaríamos de saber quem e como o torturaram e o mataram." Segundo ela, caso os responsáveis venham a ser identificados, a família "aguardará a iniciativa dos operadores do direito para tomar providências".
"O crime de tortura é imprescritível. Gostaríamos que os autores tivessem um julgamento com amplo direito de defesa e diante da lei, exatamente o que eles não fizeram pelo meu pai", declarou.

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