quinta-feira, 18 de abril de 2013

Senado dos EUA rejeita proposta para maior controle sobre armas

folha de sáo paulo

Acordo bipartidário para aumentar verificação de antecedentes não obteve votação suficiente
Dos 60 votos que eram precisos, medida teve apenas 54; presidente Obama diz que dia é "bastante vergonhoso"
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASO Senado dos Estados Unidos rejeitou ontem a proposta para aumentar os dispositivos para a verificação de antecedentes dos compradores de armas, que a tornaria obrigatória inclusive para vendas em feiras e pela internet.
Esse era considerado o principal ponto do projeto de lei para estabelecer maior controle de armas no país.
Dessa forma, o governo Obama se vê derrotado em uma de suas prioridades para o segundo mandato.
O tema do controle de armas ganhou interesse da população desde o massacre numa escola primária de Newtown, em Connecticut, que matou 20 crianças e seis adultos em dezembro.
A proposta votada pelo Senado era resultado de acordo bipartidário, alcançado pelos congressistas Joe Wanchin, democrata, e Pat Toomey, republicano, e tinha o apoio do presidente Obama.
Para encerrar a discussão sobre o texto, era necessário obter 60 votos --o que exigiria votação unânime no Partido Democrata, com 53 senadores, mais a adesão de alguns republicanos.
Em seguida, seria preciso obter 51 votos para aprová-la e mandar o projeto de lei para exame da Câmara, onde os republicanos são maioria.
Alguns democratas, porém, se mostraram contra a medida, o que inviabilizou sua aprovação. No final, o placar foi de 54 votos a favor e 46 contrários à proposta.
Após a derrota, o republicano Toomey afirmou: "Fiz o que pensava que era a coisa certa para nosso país".
Obama, cercado de parentes de vítimas de Newtown, lamentou a derrota e disse que o dia era "bastante vergonhoso para Washington".
Nervoso, o presidente declarou que "não havia argumentos coerentes para não aprovarmos a proposta" e acusou republicanos e alguns democratas de "cederem à pressão" de uma minoria a favor das armas.
Em três dos maiores massacres nos EUA --em Columbine (1999), Virginia Tech (2007) e num cinema no Colorado (2012)--, as armas ou munições foram compradas pela internet ou em feiras.

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário