O nome parece estranho e é mesmo curioso. Explico, trata-se de um adjetivo novo, criado para descrever uma tecnologia existente que será modificada pelo advento de avanços tecnológicos extraordinários para resolução de problemas. Fica mais fácil entender, se lhes der um exemplo: imaginem que se obtenha uma maneira fácil e barata de produzir hidrogênio líquido para ser usado como combustível em motores a explosão.
Os automóveis e outros veículos motorizados: 1- Existem há muito tempo, 2- O sistema de fabricação, venda e reparos, está estabelecido e organizado 3- Uma grande parte da população está apta a dirigi-los. 4- Existem estradas ruas e avenidas preparadas para o deslocamento nas cidades, estados e nações, ampliando a capacidade de mobilidade das pessoas e cargas. Assim a base do sistema integrado dos veículos está sólida e estabelecida como uma “comódite” indispensável. Os hidrocarbonetos do Petróleo, do Carvão e da Hulha, são finitos e como estão ficando escassos, o seu preço aumenta astromicamente. O hidrogênio é o mais abundante dos elementos químicos, constituindo aproximadamente 75% da massa elementar do Universo. Se for desenvolvida tecnologia para obtê-lo a partir da água, com uso da energia solar (gratuita), o Hidrogênio torna-se viável, muito barato e tão abundante quanto a água. Cada molécula de (H2O) produz dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. As vantagens serão enormes:
Da combustão do Hidrogênio resulta uma grande quantidade de energia e, pasmem senhores leitores, água pura que volta à natureza! Não são mais produzidas partículas sólidas, que causam doenças, e nem Gás Carbônico (CO2), considerado o grande poluidor do universo!
Criou-se uma tecnologia disruptiva! Como vimos os veículos a combustão, já existiam, com todo suporte para seu uso. De repente surge um fato novo, um combustível muito barato, não poluente, obtido a partir da energia solar e água. Os cientistas e a nação capaz de desenvolver o método será muito beneficiada. Estarão agregando valor a um produto de custo muito baixo, que será vendido em todo o planeta, criando empregos de alta qualidade no país que domine a tecnologia. A medicina tem se beneficiado de forma muito especial com as Tecnologias Disruptivas. Darei um exemplo muito recente que modificou a conduta diante de pacientes graves, permitido a realização de intervenções antes proibitivas pela mortalidade a elas associada. Para operá-los era necessária a instalação da Circulação Extracorpórea (com uso do coração pulmão artificial e parada do coração). Cerca de 30% dos doentes idosos com Estenose Aórtica (um grande estreitamento, por deposição de cálcio na válvula que liga o coração à circulação sistêmica), não podiam ser operados por problemas, nos pulmões, fígado, rins etc. O tratamento ideal já estava estabelecido: Troca da Válvula Aórtica por uma Prótese. O destino destas pessoas senis era ficar sofrendo falta de ar, que os impedia de caminhar, ou mesmo escovar os dentes, além disso, sentiam fortes dores no peito e desmaios frequentes. A morte era iminente, geralmente, não viviam mais que seis meses. Estávamos indefesos diante da fatalidade de não poder aliviar-lhes os sintomas e a própria morte. Foi desenvolvida uma válvula artificial que alojada em um fino tubo, pode ser implantada por um pequeno corte na ponta do coração ou em uma artéria da virilha, sem necessidade de abrir o peito ou de parar o coração. O resultado é surpreendente. Os sintomas desaparecem de imediato e a vida é prolongada. Foi uma Disrupção tecnológica típica, com grande benefício para a humanidade.
DOMINGO BRAILE
Prof. Emérito da Famerp e Unicamp.
Editor Chefe da Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Diretor de Pós Graduação da Famerp, membro da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, da Academia de Medicina do Estado de SP e da Academia Nacional de Medicina
Os automóveis e outros veículos motorizados: 1- Existem há muito tempo, 2- O sistema de fabricação, venda e reparos, está estabelecido e organizado 3- Uma grande parte da população está apta a dirigi-los. 4- Existem estradas ruas e avenidas preparadas para o deslocamento nas cidades, estados e nações, ampliando a capacidade de mobilidade das pessoas e cargas. Assim a base do sistema integrado dos veículos está sólida e estabelecida como uma “comódite” indispensável. Os hidrocarbonetos do Petróleo, do Carvão e da Hulha, são finitos e como estão ficando escassos, o seu preço aumenta astromicamente. O hidrogênio é o mais abundante dos elementos químicos, constituindo aproximadamente 75% da massa elementar do Universo. Se for desenvolvida tecnologia para obtê-lo a partir da água, com uso da energia solar (gratuita), o Hidrogênio torna-se viável, muito barato e tão abundante quanto a água. Cada molécula de (H2O) produz dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. As vantagens serão enormes:
Da combustão do Hidrogênio resulta uma grande quantidade de energia e, pasmem senhores leitores, água pura que volta à natureza! Não são mais produzidas partículas sólidas, que causam doenças, e nem Gás Carbônico (CO2), considerado o grande poluidor do universo!
Criou-se uma tecnologia disruptiva! Como vimos os veículos a combustão, já existiam, com todo suporte para seu uso. De repente surge um fato novo, um combustível muito barato, não poluente, obtido a partir da energia solar e água. Os cientistas e a nação capaz de desenvolver o método será muito beneficiada. Estarão agregando valor a um produto de custo muito baixo, que será vendido em todo o planeta, criando empregos de alta qualidade no país que domine a tecnologia. A medicina tem se beneficiado de forma muito especial com as Tecnologias Disruptivas. Darei um exemplo muito recente que modificou a conduta diante de pacientes graves, permitido a realização de intervenções antes proibitivas pela mortalidade a elas associada. Para operá-los era necessária a instalação da Circulação Extracorpórea (com uso do coração pulmão artificial e parada do coração). Cerca de 30% dos doentes idosos com Estenose Aórtica (um grande estreitamento, por deposição de cálcio na válvula que liga o coração à circulação sistêmica), não podiam ser operados por problemas, nos pulmões, fígado, rins etc. O tratamento ideal já estava estabelecido: Troca da Válvula Aórtica por uma Prótese. O destino destas pessoas senis era ficar sofrendo falta de ar, que os impedia de caminhar, ou mesmo escovar os dentes, além disso, sentiam fortes dores no peito e desmaios frequentes. A morte era iminente, geralmente, não viviam mais que seis meses. Estávamos indefesos diante da fatalidade de não poder aliviar-lhes os sintomas e a própria morte. Foi desenvolvida uma válvula artificial que alojada em um fino tubo, pode ser implantada por um pequeno corte na ponta do coração ou em uma artéria da virilha, sem necessidade de abrir o peito ou de parar o coração. O resultado é surpreendente. Os sintomas desaparecem de imediato e a vida é prolongada. Foi uma Disrupção tecnológica típica, com grande benefício para a humanidade.
DOMINGO BRAILE
Prof. Emérito da Famerp e Unicamp.
Editor Chefe da Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Diretor de Pós Graduação da Famerp, membro da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, da Academia de Medicina do Estado de SP e da Academia Nacional de Medicina