quarta-feira, 25 de junho de 2014

TeVê

TV paga

Estado de Minas: 25/06/2014


 (Sylvia Gosztonyi/Divulgação )

Para todos os gostos


Os irmãos Dori, Nana e Danilo Caymmi (foto) realizaram em junho do ano passado show no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, para marcar o centenário de nascimento do pai, Dorival Caymmi. O espetáculo Família Caymmi foi gravado e o SescTV mostra hoje, às 22h. Mais cedo, às 20h, na MTV, o músico China marca presença no Coletivation. No Multisohw, às 23h, vai ao ar o especial A última sessão de fotos de Michael Jackson, artista que é lembrado também no canal Bis, com a exibição de Bad 25, às 21h30, e History world tour, às 22h30. Finalmente, tem o VH1, com Kylie Minogue e Mariah Carey na série Videografia, às 23h.

A primeira pelada a
gente nunca esquece


Ir e vir – Mobilidade urbana, de Paulo Costa, é o documentário que será apresentado hoje no Sala de notícias do canal Futura, às 14h35. Já às 20h, na série Cores do futebol, a emissora exibe outro documentário, Futebol é pai, que mostra a primeira e inesquecível ida de um garoto de 8 anos a um estádio de futebol.

Nazistas saquearam
museus na 2ª Guerra


No Film&Arts, um dos destaques de hoje é o documentário The rape of Europa, que retrata a épica história do roubo sistemático, da destruição deliberada e da milagrosa sobrevivência do tesouro da arte europeia durante a 2ª Guerra Mundial. No ar às 20h.

NatGeo leva assinante
para a sala de cirurgia


O NatGeo selecionou para hoje, às 20h, cinco episódios de algumas de suas séries mais populares, reunidos no especial As cirurgias mais difíceis. Anote aí como ficou a programação: Um novo rosto, Costas biônicas, A retirada de um tumor, Tabu Brasil – Mudança de sexo e Bastidores – Emergências no Afeganistão.

Bons filmes podem vir
em pequenos formatos


No Curta!, também às 20h, serão apresentados os filmes O pulso, de José Pedro Goulart; O branco, de Ângela Pires e Liliana Sulzbach; e Continuidade, de Rodrigo Portela, Daniel Merel e Marcio Schoenardie. Já às 22h15, o canal exibe O velho e o novo, de Daniel Caetano.

Telecine Cult encerra
Mostra Sidney Lumet


O Telecine Cult fecha esta noite sua Mostra Sidney Lumet, com mais dois filmes do mestre do cinema, que estaria completando hoje 90 anos: Fala Greta Garbo (20h) e Rede de intrigas (22h). Já o Telecine Action emenda Piranha (20h20) e Piranha 2 (22h). Na faixa das 22h, o assinante tem mais seis boas opções: Meu passado me condena, no Telecine Pipoca; Solteiros com filhos, no Telecine Touch; Jack Reacher O último tiro, no Telecine Premim; Amostras grátis, na HBO HD; Guerra dos mundos, no MGM; e As horas, no Arte 1. Outras atrações da programação: O senhor das armas, às 21h, no Cinemax; A lágrima do diabo, às 21h30, no Bio; Bem-vindos a Crystal Lake, às 22h30, no FX; Adrenalina 2: alta voltagem, às 22h40, no Universal; e Contra o tempo, às 23h50, Megapix.



CARAS & BOCAS » Joia preciosa

Simone Castro

A atriz Andreia Horta será Maria Clara na novela Império, que vai estrear em julho

A próxima trama de Aguinaldo Silva, Império, substituta de Em família (Globo), estreia em 21 de julho. Entre os personagens está Maria Clara, uma renomada designer de joias. Interpretada por Andreia Horta, ela é filha e braço direito do milionário dono de joalherias José Alfredo, vivido por Alexandre Nero. E, de certa forma, será perseguida pela mãe, a vilã Maria Marta, socialite a cargo de Lília Cabral. Designer moderna, despojada e renomada, Maria Clara é responsável pelos produtos finais da empresa. Uma das primeiras coleções da personagem será inspirada em cores do Brasil e contará com diversas peças com pedras brasileiras. “Trabalhei com duas designers durante um tempo para saber como manusear os objetos que formam as joias, estudei as composições químicas e estou fazendo aula de desenho. Estive em fábricas de joias e até lixei ouro. Vi de perto como se transforma ouro bruto em ouro fino. Além do lado prático, as designers me mostraram apostilas com estudos das pesquisas de mercado”, contou a atriz ao site oficial da trama. A atriz, cujo último trabalho foi na novela Sangue bom (Globo), no ano passado, adotou novo visual com cabelos curtíssimos para viver a personagem. E já declarou em relação ao papel: “Eu super me identifico”.

BRASILEIROS E ARGENTINOS
E AMIZADE FORA DO CAMPO


Rivalidade? Que nada! Dentro de campo pode até ser. Mas fora dele tudo em paz! É o que mostra o Jornal da Alterosa – 2ª edição desta quarta-feira, às 18h45. A equipe do noticiário conheceu uma turma de argentinos que veio para o Brasil por causa da Copa do Mundo. Eles conheceram Belo Horizonte e se apaixonaram pela cidade. Animados, elogiam a hospitalidade, a comida, a música... E querem levar de volta lembranças boas dos hermanos de cá. A apresentação é de Ana Cristina Pimenta.

LADO VIOLENTO DE JAIRO
VAI ASSUSTAR A FAMÍLIA


Esqueça o bronco e, às vezes, até engraçado Jairo (Marcelo Mello Jr.) de Em família. Nos próximos capítulos, ele fará com que a mulher, Juliana (Vanessa Gerbelli), e a empregada Guiomar (Jessika Alves) passem por momentos de puro terror no apartamento da família. Violento como elas nunca o viram, o malandro não só vai agredi-las como ameaçar bater no próprio filho, o bebê recém-nascido, que começará a chorar diante de tanta gritaria. Em tempo: nos bastidores da trama de Manoel Carlos, especula-se que Nando (Leonardo Medeiros) é o verdadeiro pai de Bia (Bruna Faria).

JACK LEVA PARA O TÚMULO
SEGREDO DE JONAS MARRA


Jack (Miéle) consegue se recuperar um pouco do derrame que sofreu, em Geração Brasil (Globo). Ele tenta falar com a filha sobre o segredo de Jonas (Murilo Benício), que já se sabe tem uma doença incurável, mas não tem forças. Brian (Lázaro Ramos), tenso e atento, tenta impedir que Pamela (Cláudia Abreu) insista em falar com o pai e assim descobrir o que continha o tal envelope grená. “Melhor não cansar o Jack. Ele precisa de paz...”, dirá, assim que travar o dono da Parker TV de se comunicar. Depois, Jack tentará escrever sobre o que tinha no envelope para Dorothy (Luís Miranda).

AÇÃO MOSTRA TRABALHO DE
BAILARINA EM COMUNIDADE


No Globo cidadania deste sábado, o Ação visita o Centro de Artes do Complexo da Maré, projeto no Rio de Janeiro que transforma a dança em instrumento de inclusão social. O bate-papo é com a coreógrafa e bailarina Lia Rodrigues. Há 10 anos ela conheceu a ONG Redes de Desenvolvimento da Maré e aceitou o convite de levar sua escola à comunidade, que ainda oferece aos moradores, gratuitamente, atividades como teatro, música e fotografia.

CHARLES MANSON NA TV


Os assassinatos praticados por Charles Manson na década de 1960 serão temas da série Aquarius. O personagem será vivido por Gethin Anthony, segundo a edição on-line da revista Rolling Stone. O ator se destacou no papel de Renly Baratheon na série Game of thrones. O drama da emissora NBC, dos Estados Unidos, terá como protagonistas os atores David Duchovny (Arquivo X e Californication) e Grey Damon (Mar de monstros). A primeira temporada, que vai ao ar em 2015, contará com 13 episódios. O roteiro é de John McNamara.

VIVA


Extra ordinários, do SporTV. Uma boa sacada que incrementa os debates sobre os jogos da Copa do Mundo. Com Xico Sá e o ex-Casseta Cláudio Manoel no grupo, mesmo a desinformação de Maitê Proença sobre o assunto vale.

VAIA


Este é o Galvão Bueno: sem-cerimônia para narrativa do jogo Brasil x Camarões e dispara a falar mal do tira-teima da Fifa na hora do gol de Fred; chama Neymar de Romário e tenta fazer leitura labial de Felipão. Chaaaato!

Eduardo Almeida Reis - Álcool‏

Há pessoas que não bebem e é muita gente. Motivos: religião, saúde, falta de gosto, incompatibilidade orgânica etc.

Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 25/06/2014




Álcool

Cuidemos de um assunto seríssimo, que não permite brincadeiras: álcool é droga e como tal deve ser tratado. Comecemos do princípio, que continua sendo a melhor maneira de começar. Um dos maiores problemas das drogas é que não são uma droga, no sentido de comida ou bebida de gosto ruim, de má qualidade. Dizem que muitas delas viciam a partir da primeira experiência. Por exemplo, a heroína.
Sou virgem da maioria delas, salvo do tabaco e do álcool. De livre e espontânea vontade, parei com esse último há coisa de dois anos, acho que sem graves sequelas. Bebi muito, parei, estou parado. Mais grave que isso: acho que não sou viciado em charutos. Gosto deles, vários por dia, sobretudo quando bons, mas não assalto nem mato por um charuto.

Vejamos o álcool. A OMS, Organização Mundial de Saúde, informa que o brasileiro maior de 15 anos está acima da média mundial em matéria de consumo de álcool. Ocupamos o 53º lugar com o consumo de 8,7 litros por ano, no ranking que tem a Bielorrúsia (17,5), a Moldávia (16,8), a Lituânia (15,4) e a Rússia com (15,1) ocupando os quatro primeiros lugares.

Acontece que os quatro são muito frios e o Piscinão de Ramos é um país tropical. Álcool “esquenta”, virtude que o Brasil dispensa. A média mundial é de 6,2 litros/ano. Resta saber o que é um litro de álcool. Suponho que seja a quantidade de etanol por volume da bebida. Uísques têm normalmente 40% de álcool por volume, a “cerveja” brasileira em torno de 4% e a melhor cerveja do mundo, 11% por volume. 

Assim, quando você completa 100 litros de “cerveja” nacional, o que é fácil em 10 dias, está inteirando 4 litrinhos de álcool. Se toma 100 litros da Deus, a melhor do mundo, completa 11 litros de álcool e já ultrapassou a média anual de 8,7 litros do brasileiro.

Há pessoas que não bebem e é muita gente. Motivos: religião, saúde, falta de gosto, incompatibilidade orgânica etc. Tem gente que adora, mas evita pela dor de cabeça que mesmo o bom álcool pode provocar. Se a média no Brasil é de 8,7 e a russa de 15,1 litros/ano, o brasileiro está bebendo muito. Na Rússia, o problema é cultural, como contam todos os brasileiros que já andaram por lá. Cada prato de uma refeição é saudado com uma dose de vodca, em russo vodka, diminutivo de voda “água”, teor alcoólico de 30% a 60%.

Há um licor francês, que o Lauro Diniz me trazia de presente sempre que voltava de Paris, com 72% de álcool por volume. Um dedal, e olhem lá, arremata bela sobremesa. Quatro dedais derrubam cavalheiros caminhados em anos e em alcoóis, plural complicado. Houaiss abona álcoois, Aurélio álcoois e alcoóis, Aulete/digital só alcoóis. Durma-se com um barulho desses.

Óculos

Linda repórter de tevê, correspondente do grupo Globo na Europa e filha de brasileiro ilustríssimo, quando filmada de costas, entrevistando pessoas nas ruas, usa óculos de grau e lentes muito grossas. De frente para as câmeras deve usar lentes de contato. Pelo grossura das lentes nos óculos dá para perceber que deve ser muito míope. Se soubesse do tanto que a mulher de óculos encanta os homens sérios, usaria seus óculos diante das câmeras.

Miopias podem ser da maior serventia. Em Diamantina, contava-se o caso de um marido muito míope, que namorava a cunhadinha. Todo santo dia, quando sua mulher ia à missa das sete da manhã, o excelente diamantinense namorava a cunhadinha. Muito religiosa, a esposa amantíssima não perdia missa.

Até que um dia se esqueceu de levar a mantilha, sem a qual não entrava na igreja. Voltou para pegar o véu usado para cobrir a cabeça e pegou a irmã na cama com o seu marido e senhor. Deve ter perguntado “o que é isso?” e o maridão, mais que depressa, pegou os grossos óculos sobre a mesinha de cabeceira, olhou para ela, para a cunhadinha, e explicou: “Por Deus que eu pensei que fosse você...”. Furiosa, a boa senhora expulsou a irmã de casa. Toda mulher séria tem a obrigação moral e matrimonial de acreditar no marido. 
 
O mundo é uma bola 

25 de junho de 1530: apresentada ao imperador Carlos V a Confissão de Augsburgo, em latim Confessio Augustana, documento central da reforma de Lutero como reação ao catolicismo. Carlos V desejava contar com uma frente unida em suas operações militares contra os turcos e isso parecia exigir o fim da desunião religiosa que havia surgido como resultado da reforma luterana.

Assim, o imperador convidou os príncipes e os representantes das cidades livres do império para discutir as diferenças religiosas, na esperança de superá-las e restaurar a unidade, aliás muito difícil até hoje, transcorridos quase 500 anos.

Basta dizer que em Duque de Caxias, RJ, faz o maior sucesso o pastor Marcos Lord, que também exerce as funções de drag queen Luandha Perón: “O Senhor é o meu pastor... e Ele sabe que sou gay!”; “Quando Marcos trabalha, Luandha fica guardadinha como gênio na garrafa”, diz o respeitado pastor, antes de abrir a garrafa e soltar a franga. Hoje é o Dia do Cotonete.

Ruminanças
“Os atuais times do Flamengo e do Vasco não fariam feio na Copa das Copas” (R. Manso Neto).

Depredar não é conquistar - Hilton Alves

Depredar não é conquistar
Hilton Alves
Bacharel em filosofia, bolsista-pesquisador na UFMG
Estado de Minas: 25/06/2014


A violência nunca foi e nunca será o caminho mais adequado para uma pessoa ou uma coletividade alcançarem com o mérito devido as transformações sociais que anseiam.

De fato, vimos muitas mudanças sendo atingidas por meio da violência, mas foram conquistas manchadas e que em sua totalidade deixaram cicatrizes abertas para toda a posteridade.

Não basta conquistar, é preciso ter o mérito da consciência tranquila. A democracia trouxe consigo um legado de direitos, entre os quais o de se manifestar, isto é, de deixar algo aparente ou então claro.

O que a população tem deixado aparente ou claramente expresso? Impossível precisar uma única coisa. Mas algo se pode dizer analisando os acontecimentos atuais sobre uma perspectiva mais geral. O brasileiro começa a reconhecer em si algo que é da natureza do ser humano: seu papel enquanto ser político.

Conhecer é "apropriar-se de algo" e como sabemos, toda apropriação se dá gradativamente, com tempo e com erros. Assim também é com a apropriação política. Aonde quero chegar? Muitos erros pertinentes a tal apropriação podem ser evitados, desde que estudemos aqueles que nos antecederam. Mas é importante frisar que nossos antecessores não nos oferecem a transformação, mas os subsídios para ela alcançarmos.

Porque transformar não é alcançar uma forma já dada e estabelecida e nela ficar, mas sim um movimento de apropriação e posterior superação das formas já dadas. Em outras palavras, quem quer efetivamente transformar este país não pode se deter no que já está dado e estabelecido, mas ao conhecer o que já está posto, utilizar esse conhecimento como forma de superação em busca de algo totalmente novo e melhor.

O que foge disso não é transformação, é reforma, ou seja, um retorno ao que já era. Em outras palavras, trata-se da mesma casa, mas agora com as paredes pintadas de outra cor.

Agir violentamente, portanto, não é um avanço, mas um retrocesso. É errar. E quando alguns grupos consideram essas ações como sendo ações políticas, erram feio. Pois, originariamente, a política foi construída no mundo grego por meio da fala, do diálogo e o que predomina em uma ação violenta é o silêncio, a ausência do diálogo.

Podemos explicar e estudar uma ação violenta. No entanto, nenhum argumento atual é capaz de justificá-la. Isso é o que aprendemos com nossos antecessores por meio dos livros. Fato. Livros que podem gradativamente libertar nossa mente se nos dispusermos a lê-los com a mente aberta. Livros que podem nos auxiliar na autocompreensão desde que queiramos nos compreender, livros que guardam fatos pelos quais qualquer argumento cai.

Livros notáveis de homens notáveis que foram afrontados pela ignorância de alguns que se acham representantes do povo, mas que se, efetivamente, tivessem tido um contato profundo com esses livros, não seriam ousados a ponto de depredar uma biblioteca.

São mentes atrasadas, crianças indóceis, e aos indóceis a educação deve ser aplicada com mais firmeza.

Que o brado retumbante de ordem e progresso deste povo heroico abafe os grunhidos de ignorância e desordem!

COLUNA DO JAECI » Dois sul-americanos no caminho‏

COLUNA DO JAECI » Dois sul-americanos no caminho

 "Ao mesmo tempo em que acho que o peso da camisa amarela vai nos favorecer, penso que hoje ela já não mete medo em ninguém, nem em casa"


Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 25/06/2014

Assisti à vitória do Uruguai ao lado do irmão Francisco Tomás, uruguaio de quatro costados, que adotou Minas Gerais no coração, entre outros amigos. Claro que a senha para entrar na Parrilla del Mercado era a Celeste Olímpica. Tomás usou camisa do artilheiro Luis Suárez para dar sorte, mas é claro que se contentou com o gol do zagueiro Godín, já no segundo tempo, que valeu a classificação. Num grupo com três campeões do mundo (Uruguai, Itália e Inglaterra), o primeiro foi a Costa Rica. Ingleses e italianos deram adeus, e nem a presença do príncipe Harry no Mineirão ajudou Rooney e cia. a se despedir com dignidade. Um 0 a 0 de dar sono até nos insones. Para a Itália a volta ficou mais fácil. De Natal ao país da bota é mais rápido.

Os 16 classificados vão sendo definidos e os confrontos conhecidos. O Brasil, por exemplo, com a bola muito murcha pelas atuações irregulares, vai pegar o Chile. Estão falando maravilhas de La Roja, mas não vejo assim. É um bom time, bem treinado, com jogadores de qualidade, como Vargas, Alexis Sánchez e Valdivia, mas não é uma Argentina. A Seleção no momento é inferior ao time chileno, mas acho que a camisa amarela pesa mais. Se os jogadores adversários não se intimidarem com a torcida verde-amarela, porém, pode ocorrer uma zebra.

Felipão, venho dizendo, é previsível nas substituições, vive trocando seis por meia dúzia. Mas, contra Camarões, Fernandinho no lugar do péssimo Paulinho deu certo. O substituto iniciou o gol de Fred e fechou a vitória. Mas há muito a melhorar. Os laterais são fracos e mascarados. O goleiro, que admiro como pessoa, não tem a confiança da torcida e passa a impressão de que pode falhar a qualquer instante. Paulinho e Luiz Gustavo são fracos. Fred anda fora de forma. Hulk é invenção. Oscar nada produz. Talvez Willian, que tanto elogiam, possa substituí-lo contra o Chile. Até acho que Felipão vá fazer também essa mudança.

No mais, o time será esse que temos visto. Sobra Neymar, sozinho, com firulas e lençóis em adversários fracos. Contra os grandes, jamais jogou. Mas ele eu perdoo, pois é jovem e tem pinta de craque. Só acho que foi para o clube errado na Europa. Não vai demorar para o Barcelona cedê-lo a algum time inglês. Aguardem e verão.

Confesso que não consigo arriscar resultado. Ao mesmo tempo em que acho que o peso da camisa amarela vai nos favorecer, penso que hoje ela já não mete medo em ninguém, nem em casa. Só vejo que o Chile treina e nosso time descansa, Jorge Sampaoli tem esquema tático e Felipão distribui as camisas sem plano de voo. Escrevi na semana passada que o Brasil golearia, Fred faria gol e Neymar deitaria e rolaria. Mas fizemos os gols pela fragilidade dos desmotivados camaroneses. Pelo menos não entregaram o jogo, o que nos deixa felizes.

Numa Copa de tantas surpresas, é visível que os europeus sofrem com o calor, principalmente no Norte e no Nordeste. Temos visto jogos sofríveis, porque os jogadores que terminaram a temporada europeia há um mês estão desgastados e sem condições plenas de competir. Mantenho a opinião de que Alemanha e Argentina farão a final em 13 de julho. Se passar pelo Chile, o Brasil vai pegar Uruguai ou Colômbia. Caso avance, encontrará na semifinal alemães ou franceses. Aliás, pouco se fala da França, mas é o time mais certinho que vi até agora.

Tomara que o Chile nos respeite e consigamos ir adiante. O Mineirão vai estar lindo, colorido de amarelo, mas também com milhares de chilenos. O rival se instalou na Toca da Raposa II e conta com a simpatia de muitos cruzeirenses, para quem os bons fluidos do campeão brasileiro caíram sobre La Roja. Vou observar Brasil x Chile até sábado. Quem sabe até lá não tenha um parecer sobre quem vai se classificar?

Zona Mista

ZONA MISTA

Kelen Cristina, com: Roger Dias
Estado de Minas: 25/06/2014


 (ODD ANDERSEN/AFP)

Sem princesa
Se dependesse do número de candidatas, o príncipe Harry sairia do Mineirão casado ontem. Não faltaram garotas empolgadas com a presença da realeza no estádio – que assistiu à um morno empate sem gols entre o English Team e a Costa Rica. Discreto, Harry ficou na tribuna destinada às autoridades e, apesar de ser o espectador mais badalado da partida, foi mostrado raríssimas vezes no telão. As meninas que se sentaram nas cadeiras logo à frente de onde ele estava aproveitaram para tietar e tirar fotos. Uma dupla mais ousada até levou para o estádio uma faixa com os dizeres “Harry, marry me” (Harry, se case comigo). O pedido de casamento não colou, até porque, com o forte esquema de segurança armado para a passagem do príncipe por Belo Horizonte, a missão ficou impossível para as plebeias.


Gol de solidariedade
A concentração na busca pelo título mundial não impede os jogadores da Seleção Argentina de marcarem um golaço fora das quatro linhas. Eles doaram 135 mil pesos (aproximadamente R$ 37 mil) ao Hospital Pediátrico Garrahan, de Buenos Aires, o maior do país com atendimento gratuito. O dinheiro será destinado à construção de um centro para pacientes com câncer. O hospital tem parceria com a Fundação Messi, mantida pelo camisa 10, desde 2010, e nos dias de jogos da seleção todas as televisões ficam ligadas no que ocorre nos gramados brasileiros.


Cadê o bicho?
Mesmo depois de grande feito no Grupo B, ao eliminar a atual campeã Espanha, os jogadores do Chile não tiveram bicho pela classificação às oitavas de final da Copa do Mundo. No entanto, os dirigentes da Federação Chilena  de Futebol (ANFP)   já estudam um valor de  premiação caso eles consigam eliminar o Brasil no Mineirão. Os valores giram de US$ 100 mil a US$ 200 mil para cada atleta, que seriam bancados com a ajuda dos patrocinadores da Roja.


Olhos catarianos
Sede da Copa de 2022,   o Catar está acompanhando de perto o Mundial brasileiro. O país enviou uma comitiva formada por cinco grupos, que estão em diferentes cidades para ver, in loco, a operacionalização do torneio. As sedes escolhidas foram Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Cada um dos grupos é formado por 12 representantes dos setores de segurança, imprensa e governo do Catar. Eles estão conhecendo estádios, Fan Fests e outras estruturas criadas para a Copa, além de avaliar a mobilidade e o impacto do legado da competição para o país.


Lei seca
Algumas cidades colombianas decidiram adotar a linha-dura com os torcedores para tentar conter a violência. Pela segunda vez desde que a Copa começou, autoridades de Bogotá e Cali proibiram a venda de bebida alcoólica em dia de jogo da seleção comandada por José Pékerman – ontem, a Colômbia goleou o Japão por 4 a 1. Algumas localidades tomaram medidas ainda mais radicais, como Sogamoso (distante 200km da capital), determinando que ninguém circule pelas ruas depois das 20h. Segundo oficiais de Bogotá, nas 24 horas que precederam a partida de estreia contra a Grécia, foram registradas 3 mil brigas, nove homicídios e mais de 20 feridos – a venda de bebida ainda era liberada, sendo suspensa a partir do segundo confronto, contra a Costa do Marfim. Coincidência ou não, a partir de então os números caíram, de acordo com as autoridades, com nenhum caso de homicídio sendo registrado. Com o embalo da Colômbia na Copa, resta saber se a festa continuará seca até o fim.


Dentada lucrativa
Quem poderia imaginar que o uruguaio Luis Suárez cravaria seus dentes em um adversário durante a Copa do Mundo? Pois, segundo o site inglês 101 Great Goals, um norueguês previu a cena (baseado no histórico do atacante, que já usou do expediente em outras duas oportunidades), fez uma aposta das mais inusitadas e embolsou um bom dinheiro. Em 12 de junho, o apostador registrou o palpite e ontem lucrou 5.600 Coroas Norueguesas, o que corresponde a pouco mais de R$ 2.035. Se no zagueiro italiano Chiellini (foto) a marca da dentada deixará péssimas lembranças, já que a dor também foi pela eliminação da Azzurra, para o norueguês o episódio só deixará boas recordações.

Arnaldo Viana-Que Deus salve o futebol‏

Que Deus salve o futebol 

O dia em que a arte de tocar a bola com os pés não entrou em campo e o estádio foi o espetáculo
Arnaldo Viana
Estado de Minas: 25/06/2014


Torcedores da Costa Rica deram um show de simpatia dentro e fora do Mineirão (rodrigo Clemente/EM/d.a press)
Torcedores da Costa Rica deram um show de simpatia dentro e fora do Mineirão
A área da esplanada do Mineirão entregue aos patrocinadores da Copa do Mundo é um animado parque de diversões. E é high tech, o que o afasta de semelhança com aqueles que acampam na periferia das cidades. E lá tudo é fan – fan shop, fan food, fan dance. De um lado para o outro o trança-trança de brasileiros, costa-riquenhos, um pouquinho de argentinos (sobra do jogo de sábado) e chilenos, já em aquecimento para o encontro de sábado, com o Brasil. Gente divertida feito criança na fila do estande da empresa de refrigerante para dançar o Lepo Lepo, gente na barraca da montadora de veículos experimentado um futebol eletrônico muito do sem graça, gente se acotovelando na loja de recordações, de regalos, suvenires.

E os ingleses? Onde estavam? Estavam lá, meio que misturados, meio que não. Parque de diversões, aquele papo de liberou geral no babado do pagode não é coisa digna da austeridade de um filho da rainha. Ou é? Será que eles estavam ressabiados pelo papelão do English Team na Copa? Estranharam até o tropeiro. “Beans, pork? Arghh!”. Perderam. Estava gordurosamente bom. O acanhamento inglês ou o respeito à fleuma britânica era contraste ao assanhamento caribenho, que invadia a esplanada cantando “olê, olê, olê, olê, ô lá, ticô, ticô”. Tico para o costa-riquenho é forma carinhosa de tratar alguém. É como “bichinho” na Bahia. Caso um baiano o chame de “bichinho” é porque ama você. Se um costa-riquenho chamá-lo de “tico”, sorria, “le gusta tú”. Daí, apelidaram os jogadores de “los ticos”.

Antes do jogo, uma passada no media center, centro de imprensa padrão Fifa. Uma Babel: inglês, brasileiro, japonês, brasileiro, coreano, brasileiro, francês, africano, brasileiro, costa-riquenho, panamenho, brasileiro. Notebook, smartphone, celular, mochila e fila para almoço no self-service. Na essência, restaurante padrão Fifa também. Só na essência. Um prato por R$ 32, com direito a uma carne. Uma carninha só! No entorno da rodoviária rango com uma carne só custa R$ 8.

E o jogo? Que jogo? Ah, o jogo! Esqueceram de dizer aos 22 caras em campo que era jogo. E de Copa. Os costa-riquenhos, com certeza, comeram uma feijoada. Caribenhos têm acentuada afeição por “frijoles”. O English Team parecia enfarado. Animação mesmo só na galera, a latina, claro. Enquando gritava “ticô, ticô” e “eliminados”, brincava de “ola”. A “ola” ia bem até chegar a um aglomerado de ingleses. A “ola” voltava e esbarrava no outro lado do aglomerado. Vaia neles. E ficaram ainda mais “eliminados”. E inglês pelado? Pode? Os dois que tiraram as roupas nas cadeiras e ficaram só de sunguinha, a sugestiva sunga Borat, a de alcinhas, só não foram vaiados também porque ataque homofóbico não é recomendado. E o jogo? Que jogo? O técnico de Costa Rica substitui Campbell. O garoto apanhou muito. O inglês faz o contrário: tira Wayne Rooney do banco de reservas e o põe em campo. O estádio faz “uhhhhhhhhhhhh!”. O aglomerado inglês, enfim, entra na saliência. Sabem o que aconteceu no gramado? Nada! Fim do jogo. Que jogo? Deve estar perguntando o príncipe Harry. A galera latina bate palmas para “los ticos”. O aglomerado inglês saúda o saudoso English Team. “God save the queen; send her victorious”, diz o hino deles. Que Deus salve também a Seleção Inglesa, porque a costa-riquenha está temporiamente encaminhanda. E que Deus tenha piedade do futebol no dia em que o estádio foi o espetáculo e não o jogo! 

Rei da simpatia O príncipe Harry

Ivan Drummond e Celina Aquino
Estado de Minas: 25/06/2014 


O príncipe Harry tenta a sorte no basquete no complexo esportivo do Minas Tênis Clube, no Bairro de Lourdes (Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O príncipe Harry tenta a sorte no basquete no complexo esportivo do Minas Tênis Clube, no Bairro de Lourdes


Foram poucas horas, mas o príncipe Harry encantou os mineiros. Verdadeira multidão compareceu ao Minas Tênis Clube (MTC) para ver de perto o quarto homem na sucessão do trono britânico, que chegou pontualmente, às 8h58, ao complexo esportivo no Bairro de Lourdes. “Ele queria saber tudo sobre o clube. Primeiro, pensou que se tratava de uma escola. Expliquei que ali estavam apenas atletas, pais, mães e sócios. Impressionado, ele questionou o porquê de tanta gente, se era só para vê-lo. Respondi que sim”, contou Luiz Gustavo Viana Lage, presidente do MTC.

O motivo da visita real é o convênio do clube mineiro com a British Olympic Association. O Minas vai abrigar atletas olímpicos e paraolímpicos da Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos de 2016. No Parque Aquático, Harry se encontrou com o nadador brasileiro Cesar Cielo, campeão olímpico nos 50 metros livre em Pequim. Na Arena JK, ele foi recepcionado pelos judocas Luciano Corrêa (campeão mundial), Ketleyn Quadros (bronze nos Jogos de Pequim 2008) e Erika Miranda (campeã panamericana), além de atletas dedicados ao basquete e ao rúgbi.

Basquete Desafiado para uma luta por Luciano Corrêa, Harry recusou o convite, mas convocou o brasileiro para jogar basquete. Cada um fez três arremessos – ninguém acertou. O príncipe conversou com alunos da escolinha do Minas e convidou Lucas Goulart Cardoso, de 9 anos, para posarem juntos.

“Ele perguntou há quanto tempo luto e como é aqui no clube. Respondi que é legal, que gostei da visita dele. Tirei foto com um príncipe, foi muito divertido. Ele pediu que mostrasse a minha mãe na arquibancada e apontei pra ela”, contou Lucas. Antônio Fernando Ramos, de 8, também trocou algumas palavras com o ilustre visitante. “Apertei a mão do príncipe, vou poder contar para todo mundo”, comemorou o garoto.

Grudados na grade da arquibancada, os irmãos Enzo, de 7, Lenisa, de 10, e Menisa Maciel, de 9, não perderam um segundo da visita real. Cornélio Pimenta, de 60, e Carmem Pimenta, de 63, também se encantaram com o filho de Lady Di. Depois de visitar o MTC, Harry foi ao Mineirão assistir ao jogo entre Inglaterra e Costa Rica.

Cartaz Quando Harry chegou ao Minas Tênis, a sirene deu o alerta. Os curiosos se juntaram na entrada da Rua da Bahia. Além de segurar um cartaz dedicado ao príncipe, a estudante e modelo Mayara Gibosky, de 18, conseguiu entregar aos seguranças um desenho destinado ao ídolo. “Ele é lindo, parece ser uma pessoa boa, porque faz trabalhos sociais na África. Acho legal ele continuar o legado da mãe e ajudar as crianças”, afirmou ela, referindo-se a Lady Di.

A cientista Caroline Junqueira, de 32, quer casar o pequeno George, sobrinho de Harry, com sua filha Chiara, de 11 meses. “São muitas coincidências: eu e Kate Middleton ficamos grávidas na mesma época, nossos filhos nasceram e foram batizados na mesma semana”, contou.

A empresária Raquel Christina Boy Paiva, de 42, saiu de casa às 7h com a missão de levar a filha para ver o caçula de Lady Di. “Ela foi um ícone de beleza, simpatia e humanidade”, explicou a fã da princesa, que morreu em 1997 em um acidente de carro.

Apesar da barreira de seguranças, a estudante Laura Helena Boy Paiva, de 11, pôde ver Harry. “Gostaria de fazer parte da família real, mas lá não tem ninguém para eu me casar. George é 11 anos mais novo e Harry é muito mais velho”, lamentou.

Vestindo as cores da bandeira da Inglaterra, a estudante Emily Linghorn, de 14, destacava-se entre os curiosos na porta do Minas. “Desde pequena quero me casar com um príncipe. Deve ser muito legal ser princesa”, afirmou ela.