domingo, 26 de maio de 2013
ONG prega sexo livre para proteger a natureza e é tema de documentário
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Subitamente, a voz se tornou a extensão de um corpo, diz Ruy Castro sobre Gal
folha de são paulo - Serafina
RUY CASTRO
COLUNISTA DA FOLHA
COLUNISTA DA FOLHA
Seu nome não era Gal --ainda.
Era Graça ou Gracinha, como a chamavam seus amigos do Solar da Fossa, um casarão colonial de Botafogo, no Rio, onde ela morava, e cujos inquilinos eram tão jovens, criativos, esperançosos, boêmios, bonitos e duros como ela. Caetano, um deles até pouco antes, se mandara para São Paulo. Mas Paulinho da Viola, Itala Nandi, Rogério Duarte, Claudio Marzo, Betty Faria, Maria Gladys, o pessoal do Teatro Jovem e muitos outros, seus vizinhos de porta, continuavam ali, às vésperas das grandes coisas que iriam lhes acontecer.
Era 1967, outubro ou novembro, com o verão às portas. Novo no Solar e na vida, eu a via todos os dias no jardim -vestido e cabelos curtos, sozinha, pensativa, 22 anos, quase incorpórea. Um ano antes, Caetano gravara seu primeiro disco, "Domingo", em que dividia com ela a capa e a faixa de abertura, "Onde Eu Nasci Passa um Rio", e lhe reservara várias faixas para que ela brilhasse sozinha.
Gal Costa
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Gal comemora o tom mais grave de sua voz e, no palco, arranca risadas do público com uma imitação de Tim Maia
O nome Gal estava na capa, sem dúvida, até acima do de Caetano. Mas a voz que saía da vitrola, cantando "Avarandado", "Maria Joana" e outras, parecia tão imaterial quanto sua dona. Era uma voz da bossa nova, voz de travesseiro, feita para soprar intimidades -mas etérea na afinação e quase cruel em sua perfeição. Era como se ela tivesse vindo ao mundo para cantar as canções que João Gilberto nos ficaria devendo.
Algumas semanas depois, já estaríamos em 1968 -ano de que ninguém sairia como entrou. Meninos viraram homens, homens viraram meninos. Correrias, patas de cavalos, tiros nas avenidas, novas palavras de ordem e desordem. Nos quartéis, rumor de sabres --era a noite a caminho. Nos auditórios, artistas de terno da Ducal, de vinco impecável, viam-se dividindo o palco com os de camisolão de bananas e não entendiam nada --era o tropicalismo.
Não me lembro de Gracinha no Solar em 1968. Se continuou lá, já não era vista flanando pelo jardim em que Caetano mandara plantar "folhas de sonho", como na letra de "Panis et Circenses". Ou então fui eu que, aberto às irresistíveis solicitações das ruas naquele ano, não parei muito tempo para observar. Um dia, alguém ligou um rádio e ouvimos sua voz cantando "Baby". Cantando bonito. Por onde andaria Gracinha? Até que, em 1969, essa voz -subitamente extensão de um corpo, ríspida, descabelada, nacos de pele à mostra- anunciou: "Meu nome é Gal! Meu nome é Gal!"
E só então descobrimos que Gracinha tinha se despedido do Solar e do mundo, e dera seu lugar a Gal Costa.
Quadrinhos
folha de são paulo
CHICLETE COM BANANA ANGELI
PIRATAS DO TIETÊ LAERTE
DAIQUIRI CACO GALHARDO
NÍQUEL NÁUSEA FERNANDO GONSALES
MUNDO MONSTRO ADÃO ITURRUSGARAI
PRETO NO BRANCO ALLAN SIEBER
GARFIELD JIM DAVIS
HAGAR DIK BROWNE
Quadrinhos de ontem e Laertevisão
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LAERTEVISÃO LAERTE
CHICLETE COM BANANA ANGELI
PIRATAS DO TIETÊ LAERTE
DAIQUIRI CACO GALHARDO
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PRETO NO BRANCO ALLAN SIEBER
QUASE NADA FÁBIO MOON E GABRIEL BÁ
HAGAR DIK BROWNE
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