quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Pés no chão - Daniela Pinheiro

um lindo texto sobre o pré velorio de eduardo campos.





  • Pés no chão
Cenas do velório na casa da família Campos
por DANIELA PINHEIRo
Três dias depois do acidente aéreo que matou Eduardo Campos – ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência pelo Partido Socialista Brasileiro –, a residência da família, no bairro de Dois Irmãos, a vinte minutos do Centro do Recife, abrigava cerca de 200 pessoas pelo jardim e cômodos da casa. Eram amigos, parentes, conhecidos, autoridades e admiradores reunidos no velório sem corpo. Os restos mortais do político e das outras seis vítimas da tragédia só chegariam naquela noite de Santos – onde ocorreu o desastre –, para serem velados numa cerimônia pública que reuniria cerca de 160 mil pessoas na sede do governo estadual. Jamais se teve notícia de um acontecimento de tamanha comoção pública na história do Recife.
A porta da casa era vigiada por seguranças. Boa parte da imprensa era vetada, mas populares eram bem-vindos. Os Campos recebiam as visitas com os pés à mostra. Renata, a viúva, usava uma popular marca de chinelos de borracha. A filha, Maria Eduarda, uma rasteirinha dourada. João, um modelo esportivo com listras azuis e vermelhas. Pedro, um emborrachado preto. José estava descalço. Miguel, o caçula de 7 meses, assistia à movimentação da janela do 2º andar, no colo de uma mulher que acariciava seus cabelos arrepiados.
Três dos filhos e pelo menos cinco funcionários da casa trajavam camisetas amarelas estampadas com a frase “Não vamos desistir do Brasil”, proferida por Campos na véspera de sua morte, numa entrevista ao Jornal Nacional, da Globo. A família, como notou a imprensa dias depois, comportava-se como uma rocha sólida: parecia caber a eles mitigar a dor dos inconsoláveis visitantes. Em um determinado momento, uma amiga passou um celular para Renata Campos. “Titico, não se aperreie, não. Aqui está tudo bem, aqui está tudo inteiro”, respondeu. Do outro lado da linha, era possível escutar os soluços do interlocutor. Os Campos não choravam.
Para ter acesso à propriedade, é preciso descer do portão ao rés do chão por uma escada íngreme que dá direto na área recreativa usada pela família. Uma dezena de rosas brancas, já meio murchas, enfeitava a borda da piscina numa cena melancólica – como se ali tivesse sido cenário de uma festa bonita que acabara dias antes.
A casa de Eduardo Campos – construída nos fundos do terreno do sogro, onde havia um campo de futebol – é uma daquelas que todo mundo um dia já visitou: a cerâmica Brennand pelo chão, as paredes em tons de terracota com quadros coloridos, o mobiliário de vime, os bancos de toco de madeira, as bromélias em vasos escuros, os ganchos de rede, o telhado precisando de reparo, os azulejos da piscina carecendo de limpeza. Uma casa feita para abrigar muitos convidados e muitos filhos. Havia um fliperama desligado num canto. Só entre a sala e a varanda, acumulavam-se quatro mesas de jantar. Era ali que Campos costumava se reunir até tarde com amigos e correligionários, tomando uísque e tratando de política.
As gargalhadas e os estalos do gelo no copo – trilha sonora usual de um tempo recente – foram substituídos por sussurros dos convivas que se abraçavam ao se encontrar, debulhando-se em lágrimas para logo depois emendar histórias sobre o dono da casa, frequentemente divertidas. Volta e meia, ouvia-se em tom mais alto um “Éduardo achava que...”, “Éduardo queria que...”. Um ou outro se lembrava das imitações hilárias feitas por Campos.
Havia uma enorme mesa de comida, que era abastecida sem intervalo por um exército de serviçais. Da cozinha, saiu um almoço completo ao meio-dia. Eram travessas e travessas de arroz, carne, farofa, legumes. Jarras de sucos de frutas regionais eram renovadas regularmente. Depois foi a vez de fumegantes bolos de chocolate. Renata Campos se dividia entre os pêsames e a preocupação com os presentes. “Ainda tem café?”, “Toinho já comeu?”, “Ana tá onde?”, indagava a quem estivesse por perto. De vez em quando, entrava na cozinha para verificar o farnel.
Sentado numa das cadeiras que Campos costumava usar nas reuniões políticas, um homem corpulento tinha um jornal aberto à sua frente, cuja capa estampava uma foto sorridente do então candidato. Ele passava as páginas sem se ater às palavras. Pouco depois, descartou o diário numa mesa de centro. Não demorou a que as folhas virassem apoio dos copos. Mulheres maquiadas e homens de camisas listradas trançavam em meio a populares. Um deles circulava anônimo pela sala empunhando uma cartolina com fotos de Campos e dizeres emotivos. No jardim, um senhor negro, com uma camisa de time de futebol, contava a um grupo que Campos sempre lhe arrumava emprego quando precisava. “Ele me dizia: ‘Tu num pode ficar sem trabalhar, não, meu irmão!’” Duas jornalistas muito próximas a Campos choravam copiosamente ao encontrar suas fontes.

As três e meia da tarde, como ocorria desde o dia do acidente, uma missa foi rezada por um padre na varanda principal. As pessoas se espremiam entre poltronas e pilastras, para se aproximar da família. De pé, a viúva e os filhos, na maior parte do tempo de olhos fechados, permaneciam abraçados. Dois deles leram trechos da Bíblia. Muito emocionado, um tio de Campos, o artista plástico Maurício Arraes, passou mal e teve que ser levado para um quarto.
Quando a missa terminou, uma enorme fila de cumprimentos se formou sala adentro. Em pé, na porta do lavabo de casa, Renata recebia e retribuía beijos e abraços calorosos, e tinha comentários específicos para cada um dos presentes. Quando chegou minha vez, ela me abraçou forte, como se nos déssemos há décadas. “Eu não te falei que quando as pessoas conhecessem Eduardo elas iam adorá-lo?” Referia-se a uma frase dita por ela na longa entrevista que me concedera dois meses antes. “Pena que foi assim”, disse.
Em algumas rodas, ouvia-se o burburinho sobre o rumo das eleições. Quem seria o vice? O que seria do PSB? Quem controlaria Marina Silva? Encostados em uma mesa de madeira embaixo de uma árvore frondosa, parentes de Campos de origem cearense aventavam a hipótese de o acidente ter sido criminoso. Falavam em tom baixo, mas convencidos de que haveria uma motivação eleitoral para a tragédia. Comparavam a morte à dos presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, desaparecidos em desastres mal explicados. Alguém comentou, em tom jocoso, que no dia em que o Brasil conseguisse derrubar um avião por sabotagem o país ia dar certo.
Por causa do grande movimento, a pia do lavabo caiu. Na ausência de água, os empregados providenciaram potes de álcool gel para o banheiro. A cada hora, um dos filhos se aproximava vagarosamente da mãe, que o acolhia em um abraço mudo. A alguns conhecidos, João, o mais velho, pedia para divulgar que a família queria achar a correntinha do pai, que tinha cinco medalhas de ouro – o que aconteceu no dia seguinte. Assim como ocorreu com a aliança do assessor de imprensa, Carlos Percol, que foi entregue para sua mulher naquela mesma noite.
A certa altura, Maria Eduarda, a filha, conversava com um amigo encostada em um canto da varanda. “Ainda não caiu a ficha”, disse em voz baixa. “Estamos preocupados com José. Ele disse ontem à mainha: ‘Mas eu só tenho 9 anos. Eu queria ter vivido mais com meu pai.’” O rapaz apertou forte sua mão.

 
Anoitecia e, mais uma vez, a mesa foi abastecida com novo lanche. Dessa vez, um refogado de carne moída para se comer com pão. No Nordeste, é assim o cachorro-quente. Também mais sucos, mais refrigerantes, mais café, mais bolos. Os convivas equilibravam a comida em guardanapos de papel e pratos de louça branca. Um empresário notou que parecia velório inglês, onde se come e bebe muito recordando o morto. Ali, disse, faltava bebida alcoólica. Segundo ele, Campos iria gostar.
Uma eleitora havia levado o filho, que tem paralisia cerebral, para as condolências. Quando avistou a cadeira de rodas do menino, Renata Campos foi ao seu encontro. Enquanto ela abraçava a criança, o portão da casa se abriu e flashes das câmeras dos fotógrafos que estavam do lado de fora passaram a espocar incessantemente. Marina Silva havia chegado.
Ela desceu as escadas – lânguida e magnânima -– seguida por um entourage de dez pessoas. Entre elas, a vereadora Heloísa Helena, do PSOL, e a deputada Luiza Erundina, do PSB. Logo atrás, estavam o marido de Marina, Fábio – alto, muito branco, de cabelos com gel, calado e de ar misterioso –, e as filhas Mayara e Moara, ambas com cabelos longos, soltos e encaracolados.
Renata viu o burburinho de longe, mas não largou a criança, que tentava se comunicar em vão. Depois pediu licença e avisou: “Tenho que ir porque Marina chegou.”
Marina Silva esperava a viúva no meio da varanda. Ela usava um terninho preto bem cortado e tinha os cabelos amarrados num coque impecável. O figurino contrastava com o de Renata – calça azul e camisa branca com florzinhas azuis, as mangas arregaçadas. Por quase dez minutos, falaram-se olho no olho, segurando-se mutuamente pelos braços, rodeadas por políticos e um marqueteiro.
Ao meu lado, um dirigente do PSB comentou que Marina não havia embarcado no fatídico voo porque não queria se encontrar com o deputado Márcio França, do PSB, que é candidato a vice-governador por São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin. Ela sempre foi contra a coligação. Dias depois, França me confirmou a história: “E agora meu apelido é ‘providência divina’”, disse, em referência à frase dita por Marina sobre sua ausência no avião.
Marina Silva se acomodou em uma poltrona antes de orientar uma funcionária da casa: “Eu queria água quente, por favor.” A moça retrucou: “A senhora quer chá?” A candidata reafirmou que era “água quente pura”. E foi isso o que ela bebeu a noite inteira, segurando a xícara branca com as duas mãos em concha.
Pequenos grupos políticos se juntaram. Marina foi rodeada por assessores e correligionários de seu partido, a Rede Sustentabilidade, que ela não conseguiu registrar a tempo das eleições. A essa altura, postada num sofá ao lado do marido e das filhas, ela escrutinava o ambiente. Poucos se atreveram a se aproximar. Era como se houvesse um cordão de isolamento invisível.
Quando correu pela casa a notícia de que os corpos chegariam por volta das dez da noite, a multidão começou a se dispersar, deixando para trás um lastro de copinhos de plástico empilhados pelas mesas, guardanapos de papel amassados pelo chão, um sem-fim de guimbas de cigarro emporcalhando o jardim. Enquanto se despedia de uma amiga, Renata Campos pisou num resto de bolo, largado no gramado. Nem reparou. Um funcionário da casa catava o lixo com as mãos, enfiando-o em um saco preto. Quando viu a capa do jornal com a foto do patrão, encarou o papel, rasgou a parte do retrato, dobrou-o com cuidado e colocou no bolso traseiro da bermuda.

MARTHA MEDEIROS - Os fazedores de besteiras

Zero Hora - 10/09/2014

Sei que o assunto Patricia Moreira já cansou, mas não dá pra perder a oportunidade de olhar para o próprio umbigo e perguntar se somos tão nobres a ponto de nos darmos o direito de atirar pedras no telhado dos outros. Fazendo uma viagenzinha no tempo, você não consegue lembrar de nenhuma besteira já cometida? Nunca foi idiota por um dia?

Eu até que não fui das mais torpes, desde cedo desenvolvi um senso de justiça que me fazia ir contra o rebanho se preciso fosse. Mas isso não me isenta de também já ter ido a favor do rebanho, com mugido e tudo. Simplesmente porque fazer coisas sem sentido é típico de quem ainda não reconheceu seu papel no mundo.

Fecho os olhos e me vejo na estrada, num carro lotado de adolescentes empunhando latinhas de cerveja. Eu era alguma espécie de delinquente? Nem perto disso. A mais correta e ajuizada das criaturas, mas não mandava parar o carro para descer. Eu queria seguir com eles, que hoje são respeitados advogados, administradores, biólogos. Éramos jovens desbundados em busca de uma identidade comum.

A garota Patricia, símbolo do caso Aranha x Grêmio, entrou na onda furada de xingar o goleiro do time adversário porque se sentiu segura para extravasar e fazer bobagem sob a proteção de um grupo. Quem não? Certa vez, fui assistir a um jogo do Grêmio contra o Corinthians, quando o craque do time paulista era Ronaldo, o Fenômeno. Dias antes da partida, o travesti que Ronaldo levara a um motel havia falecido. Pois bastava o atacante tocar na bola para o Olímpico inteiro berrar: vi-ú-vo, vi-ú-vo! Eu não segui o coro, mas se houvesse uma câmera me focalizando, me flagraria rindo. Era uma chacota.

Chamar alguém de macaco não é chacota, e sim ofensa racista, e racismo é crime. Patricia será penalizada juntamente com seus companheiros de imbecilidade e nunca mais repetirá o gesto, tenho certeza, e nós, de fora, também não. Para isso servem as penalizações: para educar, alertar, servir de exemplo. A guria, ironicamente, agiu como macaca de auditório, termo que caiu em desuso por motivos óbvios, e deu-se mal. Assim é. Sempre há um mártir por trás das mudanças de comportamento.

Que agora a Justiça tome conta do caso e basta de perseguições pessoais. A garota não é diferente de nenhum adolescente que já dirigiu sem carteira, que fez brincadeiras de mau gosto com gays, que praticou bullying na escola, que passou trotes por telefone, que fez uma prova chapado, que falsificou carteirinha de estudante, que arranhou o carro de um desafeto, que roubou a namorada do irmão. Tudo errado, mas dentro da previsível tacanheza juvenil.

Sou a favor de penalizar. O Brasil é este caldeirão de escândalos por causa da impunidade. Mas pegar para Cristo é hipocrisia.

Estatísticas - Eduardo Almeida Reis

Treino, salvo melhor juízo, exige treinadores, que no futebol são chamados professores e ganham fortunas

Eduardo Almeida Reis
Estado de MInas: 10/09/2014



Momento em que o prazer da excitação sexual atinge o máximo de intensidade, o lexema orgasmo entrou em nosso idioma no ano de 1707 vindo de orgasme, em francês “acesso de cólera”, di-lo Houaiss. Com ele não concorda meu dicionário eletrônico francês-português-francês, em que orgasme significa orgasmo. Dilema atrocíssimo que me leva ao Petit Robert para ver: orgasme n.m. (1623; “accès de colère”, 1611; du gr. orgân “bouillonner d’ardeur”).

Dizem os estatísticos que 51% das mulheres brasileiras nunca atingiram o máximo da intensidade sexual, porcentagem igual à mundial: somente 49% são orgásticas. O assunto é complexo e divertido, tanto assim que velho amigo me dizia curtir os orgasmos pronominais de duas namoradas, uma portuguesa letrada, uma brasileira de letras nenhumas. A portuguesa dizia “Estou-me a vir” e a brasileira pedia “Mata-me de prazer”. Realmente, pronomes bem situados têm hora e vez nos melhores momentos da cidadania.

Belo-horizontino atento, o excelente Emanuel Soares Carneiro escalou a repórter Mônica Miranda, da rádio que preside, para entrevistar a psicóloga, neuropsicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia na quinta-feira, 31 de julho, Dia Mundial do Orgasmo.

Vejo no Google que Sônia Eustáquia da Fonseca tem consultório no Bairro Comiteco, em BH, e é bela mulher. Sendo Eustáquia deve ser belo-horizontina, considerando que onze entre dez brasileiros chamados Eustáquio(a) nasceram na capital de todos os mineiros.

Na entrevista, a psicóloga, neuropsicóloga e sexóloga confirmou os números estatísticos, explicou pormenorizadamente as anfractuosidades da genitália feminina e disse que é tudo uma questão de treino. Treino, salvo melhor juízo, exige treinadores, que no futebol são chamados professores e ganham fortunas. Considerando que treinador de orgasmo feminino é profissão muito mais divertida que a de professor de futebol, os rapazes que se dedicarem à nobre e deliciosa tarefa podem ganhar muito menos. Tenho dito e philosophado.

Nova ONG
Fascinado pelo relacionamento da ONG Casa Espírita Tesloo com um deputado federal do PMDB-RJ, fui ao Google para ver se encontrava o significado de Tesloo. Não achei, mas encontrei uma relação imensa de ONGs atuando no Rio de Janeiro: Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro > Áreas de Atuação > Terceiro Setor > ONGs de Acolhimento > Capital > Lista de ONGs de acolhimento da capital.

Como deu para perceber, a lista interminável é só das ONGs de acolhimento da capital. Em todos os municípios fluminenses a lista deve ser do tamanho daqueles antigos catálogos de telefones. Atualmente, ensina a Wikipédia, as ONGs significam grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania. Fazem parte do chamado Terceiro Setor.
Enquanto philosopho, penso que no máximo 3% das ONGs são sérias: o resto é picaretagem, quando não é quadrilha. Entre as sérias, ouso incluir a ONG Abrace a Serra da Moeda. Há outras recomendando amplexos, como a Abrace Curitiba e a Abrace Solidário Campinas, sobre as quais nada sei. Mas se o negócio é abraçar, não me custa sonhar com a ONG Abrace Maria Fernanda Cândido. Com todo o respeito pelo empresário francês Petrit Spahira, com quem se casou dia 9 de setembro de 2005 e é pai de seus dois filhos. Afinal, abraçar não tira pedaço nem desrespeita a bela senhora.

Nova tia

Além de irmão do pai ou da mãe em relação aos filhos destes, tia tem um monte de acepções. Destaco o tratamento carinhoso que, nas escolas, as crianças dispensam às suas professoras para falar de uma professora de filosofia da UERJ, Camila Jourdan, coordenadora dos cursos de pós-graduação naquela disciplina, que se dedica nas horas vagas a produzir artefatos explosivos e orientar grupos de black blocs no Rio.

Pelas fotos, não é velha nem feia, mas nas gravações feitas pela polícia (com autorização judicial) é um perigo. Está e continuará solta, porque sempre há um desembargador ou um ministro do STF adepto do estilo cheguei jogando para as arquibancadas da marginalidade, nas quais o magistrado deveria estar sentado depois de pegar seu ingresso como torcida organizada.
Diante dessa professora universitária, razão tinha aquele professor de curso secundário que incluiu Valesca Popozuda numa prova como brilhante filósofa moderna. Valesca filosofa com o popô enquanto Camila prefere a matéria expelida através dele.

O mundo é uma bola
10 de setembro de 1509: terremoto em Istambul destrói mil casas e mata cerca de 10 mil pessoas. O Eça diria que foi um terramoto turcamente abjeto. Em 1721, pelo Tratado de Nystad termina a Grande Guerra do Norte entre a Rússia e a Suécia. Em 1756, dom José I, rei de Portugal, assina a lei proposta pelo Secretário de Estado do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, que estabelece a primeira região demarcada no mundo para produção de vinho – o vinho do Porto –, estabelecendo as áreas e as regras, criando a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro sediada na cidade do Porto. Em 1808, lançamento da Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil.

Ruminanças

“Há pessoas que lambem as minhas mãos. Outras vêm com a cauda em alarido” (Guilherme Figueiredo, 1915-1997). 

TeVê

TV Paga


Publicação: 10/09/2014 04:00


Boa música

Estreia hoje, às 23h30, no canal Bis, a série Mulheres do Brasil. No programa, 10 cantoras mostram os maiores sucessos de sua autoria e falam sobre o processo de composição. A primeira convidada é Ana Carolina (foto). Mineira de Juiz de Fora, ela lembra quando deixou sua terra natal levando consigo apenas um CD demo com suas interpretações de clássicos do MPB e uma canção de sua autoria. Em tempo: ainda falando de música, o Canal Brasil exibe a segunda parte do especial 70 anos de Edu Lobo, às 20h30. Já o Film&Arts apresenta a ópera Otello, de Verdi, às 17h30.

MTV ouve jovens que optam pela virgindade

Também hoje, às 23h15, na MTV, estreia Virgin territory, que acompanha as vidas de 15 jovens que, por escolha própria ou falta de opção, permanecem virgens. No primeiro episódio, o público conhece a história de Dominique, que está determinada a manter seu coração bloqueado até que o homem certo apareça e pretende permanecer virgem até depois de casada.

Hoje vai ter mais uma Noite amarela na Fox

A noite de hoje será especial no canal Fox, com seis episódios temáticos da série de animação Os Simpsons a partir das 22h30. E a inspiração vem do Dia do Irmão, mostrando as várias brigas e armações de cumplicidade de Bart, Liza e Maggie. Anote os títulos dos episódios: “Dark Knight court”, “24 minutes”, “Bart vs. Lisa vs. 3rd Grade”, “Moneybart”, “Girlie edition” e “The changing of the guardian”.

Se o filme é bom, não importa seu formato

As quartas-feiras são de cinema no canal Curta!. Em sua segunda temporada, a faixa A vida é curta! emenda três filmes a partir das 20h: De volta ao quarto 666, de Gustavo Spolidoro; Piove, il film di Pio, de Thiago Mendonça; e Canosaone, de Felipe Gamarano Barbosa. Às 21h, é a vez de Além da estrada, primeiro longa de Charly Braun, que conta a história de dois jovens que buscam um novo rumo. E às 22h35, a atração é o premiado curta-metragem O pulso, de José Pedro Goulart, com Letícia Spiller e Werner Schünemann.

Boas alternativas para quem prefere os longas

Estreia hoje, às 22h, no Telecine Premium, o longa de animação Um time show de bola, dirigido pelo argentino Juan José Campanella. Também às 22h, Woody Allen está em cartaz com dois filmes no Telecine Pipoca (Blue Jasmine) e Cult (Noivo neurótico, noiva nervosa). No mesmo horário, o assinante tem mais seis opções: Antes só do que mal casado, no Universal Channel; Responda isto!, no Max HD; Rommel, no Max Prime; A maldição da libélula, no MGM; Sobrenatural – Capítulo 2, na HBO; e Os goonies, no TCM. Ouras atrações da programação: O vencedor, às 19h50, no Telecine Touch; Planeta dos Macacos, às 22h30, no FX; e Deus proteja os bêbados e as crianças, às 22h30, no Cine Brasil.

Caras & Bocas


Rodrigo Hilbert promete explorar novos sabores na quarta temporada de seu programa no GNT (GNT/Divulgação)
Rodrigo Hilbert promete explorar novos sabores na quarta temporada de seu programa no GNT
De dar água na boca

O programa Tempero de família emplaca sua quarta temporada a partir de amanhã, às 20h, no GNT (TV paga). Rodrigo Hilbert aparece no primeiro episódio produzindo sua própria tábua de cozinha, feita com um tronco de árvore de seu sítio em Teresópolis (RJ). Lá foram gravados os 13 episódios da nova fornada. O apresentador vai visitar os vizinhos, fazer compras na região e preparar pratos de dar água na boca, como arroz de pato e coelho assado. “Opa! Estou de volta à minha cozinha”, comemorou. “Depois de conhecer muitas casas bacanas e muita gente legal, a gente está de volta para fazer a nossa receita de hoje.” E revela um camarão na moranga com farofa de semente para o almoço, com uma torta de limão de sobremesa, receita herdada de sua avó.

ALTEROSA NO ATAQUE ESTÁ LIGADO NO MUNDO DA BOLA

Os principais acontecimentos do futebol, com destaque para o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, estão na pauta do Alterosa no ataque, às 18h40, na TV Alterosa.

CHAY SUEDE É A CELEBRIDADE MAIS COMENTADA NA MÍDIA

Destaque em jornais e revistas do país, o ator Chay Suede é a celebridade mais comentada pela mídia em agosto de 2014, de acordo com ranking elaborado pela PR Newswire, empresa especializada em serviços de comunicação. Chay foi protagonista da primeira fase de Império (Globo) e comemora o bom momento profissional. “Sou um James Dean tupiniquim”, ironizou, ao comentar a repercussão entre o público feminino. Em segundo lugar na lista ficou Ísis Valverde, protagonista de Boogie Oogie, e Sophie Charlotte, de O rebu, em terceiro. Jessika Alves, que trabalhou a novela Em família, e Marina Ruy Barbosa, de Império, completam a relação, só com artistas da Globo.

NOVA ATRAÇÃO DA TV BRASIL FALA DE DIREITOS HUMANOS

A série Mais direitos, mais humanos estreia hoje, às 19h30, na TV Brasil (canal 65 UHF). Serão 13 programas, com duração de uma hora, falando sobre cidadania, diversidade e democracia a partir das experiências de grupos de pessoas das cinco regiões do Brasil. O primeiro episódio, “Governos do corpo”, fala da realocação de travestis no cárcere e do resgate do parto humanizado.

PALOMA BERNARDI AINDA VAI SE ACABAR DE TANTO DANÇAR

Amaury Jr. apresenta esta noite uma entrevista que fez com a atriz Paloma Bernardi. Uma das favoritas no “Dança dos famosos”, do Domingão do Faustão (Globo), ela brinca com Amaury e diz: “É mais difícil aprender a dançar do que decorar texto. São duas horas de ensaio por dia. Estou exausta, é muita malhação”. O Programa Amaury Jr. vai ao ar à 0h40, na RedeTV!.

VIVA

Jô Soares volta ao batente e critica boataria que o “matou” espalhada pela internet. Com o humor afiado, ironizou as notícias infundadas. “Morri várias vezes”, disse.

VAIA

O Programa do Jô (Globo) é cada vez mais jogado para a madrugada. Hoje é por causa do horário eleitoral, mas normalmente vai ao ar muito tarde. Só para notívagos. 

SAÚDE » Errantes noturnos

Sonambulismo gera situações constrangedoras mas há como evitar episódios. Ficar muito tempo sem dormir e abusar do álcool são alguns dos fatores que desencadeiam o problema


Augusto Pio
Estado de Minas: 10/09/2014



 Imagine o susto ao ver uma pessoa andando pela casa de madrugada e ainda por cima dormindo. Mas isto é mais comum do que se imagina. Assim é o sonambulismo, que, em linhas gerais, é sair da cama durante o sono, andar ou exercer alguma atividade sem que se tome consciência e se lembre do ocorrido. “O sonambulismo é muito frequente e, em geral, surge na infância com uma prevalência que pode chegar a 17%, dependendo da população estudada. Geralmente, aparece entre 11 e 12 anos. Na vida adulta, a tendência será a redução do número de episódios, mas ainda será relativamente comum”, explica Maurício Viotti Daker, médico do sono, professor de psiquiatria e psicogeriatria da Faculdade de Medicina da UFMG (FM-UFMG).

O sonambulismo é tradicionalmente considerada uma parassonia (distúrbio caracterizado por movimentos anormais durante o sono), ou seja, um transtorno do sono que não o afeta propriamente. A pessoa acorda bem e não apresenta sonolência diurna ou cansaço. “Outros exemplos de parassonia são o pesadelo e o terror noturno”, enumera o médico.

“No pesadelo, acordamos assustados com o sonho atormentador, tomamos consciência da situação e até sentimos alívio por aquilo não ser verdade, dormindo em seguida. No terror noturno, a pessoa geralmente senta ou se move na cama e se mostra confusa e com medo, podendo gemer ou gritar. Dorme em seguida, sem ter consciência do ocorrido. Também são consideradas parassonias aquelas sensações repentinas de estar caindo ou de movimentos abruptos, bem como falar durante o sono”, esclarece o especialista.

Ele ressalta que esses transtornos se distinguem das dissonias (termo geral para distúrbio do sono), ou seja, de transtornos que afetam os mecanismos fisiológicos geradores de sono e de estar desperto, de modo que a pessoa fica com aquela sensação de acordar mal e de que o sono não foi reparador. Por exemplo, nas insônias e na apneia do sono.

“Não há propriamente tipos de sonambulismo, mas pode ser subdividido conforme a gravidade e o período de tempo em que se apresenta. Diz-se que o sonambulismo é leve quando ocorre menos de uma vez por mês e não traz consequências para o indivíduo ou para outros. É moderado quando mais frequente que o leve, mas ainda sem consequências. Já o grave ocorre quase todas as noites e está associado a danos físicos do paciente ou de outros. Diz-se que o sonambulismo é crônico quando se manifesta por período superior a três meses.”

Não se conhecem as causas. “As parassonias em geral resultam de alterações fisiológicas normais do sono, mas podem gerar problemas, se acentuadas. Supõe-se que no sonambulismo haja alguma alteração no mecanismo fisiológico de acordar, como se o sonâmbulo o fizesse pela metade. O que se sabe é que o sonambulismo, assim como o terror noturno, ocorre durante as ondas lentas (estágios 3 e 4), que predominam na primeira metade da noite de sono. Já o pesadelo ocorre usualmente na segunda metade do sono, quando as ondas são mais rápidas – há, inclusive, mais períodos de ondas muito rápidas, em que ocorrem os sonhos.

Segundo o médico, sabe-se também que muitos fatores podem predispor ao sonambulismo: privação do sono (noites maldormidas por qualquer motivo), vários tipos de medicamentos, intoxicação alcoólica, febre, asma, interrupção das ondas lentas pela apneia do sono e estímulos internos (como bexiga cheia) ou externos (como barulho).

Zumbis A principal manifestação, como o nome diz, é andar dormindo. “Daí, há uma grande variabilidade de comportamentos, conforme a gravidade e o contexto. Tipicamente, o indivíduo caminha pelo quarto, vai ao banheiro, pode subir e descer escadas e até sair de casa, assim como pode se alimentar e falar alguma coisa. Às vezes, há comportamento inadequado, como o caso da criança que urina no armário. Geralmente, o episódio dura de minutos a meia hora. Há redução de resposta ao meio, ou seja, ausência de resposta à comunicação e olhar vazio, como se o indivíduo estivesse agindo automaticamente. Ele não se lembra do evento quando acordado, seja pela manhã ou durante o sonambulismo, neste caso, se mostrando confuso e desorientado por algum tempo”, relata Maurício.

O neurologista e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG Rogério Gomes Beato, explica que existem evidências de que o sono dos indivíduos com sonambulismo é instável, com tendência a apresentar vários despertares. “Ao mesmo tempo, os mecanismos que levam ao aprofundamento do sono não permitem que os despertares aconteçam normalmente e o indivíduo desperta apenas parcialmente”, destaca. Segundo Beato, num trabalho no qual se estudou a circulação cerebral no sonambulismo, foi observada redução do fluxo sanguíneo cerebral nas regiões frontais e parietais, o que pode explicar a não consciência durante o evento, e um aumento deste na região do giro do cíngulo. Isso pode traduzir a estimulação motora, emocional e vegetativa observada durante os episódios.”

Beato ressalta que, na maior parte dos casos, é o componente genético o mais importante para o aparecimento dos episódios de sonambulismo. “Um episódio simples de sonambulismo, por exemplo, no qual o indivíduo caminha pelo quarto e volta para a cama e dorme, não traz consequências. No entanto, nos casos em que o indivíduo sai de casa, ele pode se expor a perigos.”

O médico salienta que a prevenção inclui evitar todos os fatores desencadeantes. “Ao se acordar um indivíduo de um episódio de sonambulismo, este apresentará confusão mental, mas não existem maiores riscos para os pacientes. Existem relatos raros de pessoas que utilizaram o computador e enviaram mensagens pela internet durante um episódio de sonambulismo. Entretanto, provar que o indivíduo fez compras ou mesmo cometeu crimes ou atos violentos (casos muito raros) durante o sono e, portanto, não estava consciente, será difícil.”

O especialista ressalta que existe tratamento. “Este deverá ser individualizado. Na maior parte dos casos será necessário apenas fornecer orientações à família. Em outros casos, além das orientações, deverão ser adotadas medidas de proteção do ambiente (portas e janelas fechadas, dormir no térreo). Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos para resolver os episódios. O uso desses fármacos deve ser realizado com supervisão médica. Existe uma tendência à redução progressiva do número de episódios após a adolescência e após os 35 anos.”

Briga de irmãos

O professor J.B.L.*, de 36 anos, lembra que tudo começou na adolescência e que era sempre acordado por alguém da casa onde morava com os pais e irmãos. “A primeira vez foi quando tinha uns 16 anos e minha irmã me acordou no banheiro lá de casa. Estava sentado em cima do vaso, que estava com a tampa fechada, e dormindo ali. Confesso que não me lembro como fui parar lá. Aquilo foi ficando frequente”, conta J.B.L. Ele recorda que, a partir dali, os irmãos trancavam a casa com medo de ele sair à noite e ser assaltado ou mesmo atropelado por algum veículo.

“Engraçado que eu circulava pela casa e raramente trombava em alguma coisa. Certa vez, durante um surto de sonambulismo, cheguei a fazer xixi no armário no qual meu irmão guardava as camisas dele. É claro que não me lembro, mas todos me contaram no outro dia e meu irmão ficou uma fera. Foi uma briga feia e meu pai acabou me levando ao médico, que me receitou um remédio, que era manipulado em farmácia”, lembra J.B.L.

Hoje casado e com dois filhos, J.B.L. diz não ter mais surtos de sonambulismo, mas já houve época de sua mulher buscá-lo na sala de casa. “Acredito que não sou mais sonâmbulo e hoje não tomo nenhum remédio. Mas, por via das dúvidas, trancamos as portas que dão saída para a rua. As janelas lá de casa têm grades e acho que não sofro nenhum perigo de queda. Meus filhos, ao que parece, não herdaram isso de mim, graças a Deus.”

*Foram citadas apenas as iniciais, a pedido do entrevistado 

COLUNA DO JAECI » Por um time brasileiro como base‏

COLUNA DO JAECI » Por um time brasileiro como base
"Torço para que o nosso calendário seja adequado ao europeu, pelo menos na questão de interromper as competições quando a Seleção jogar"
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 10/09/2014


Nova Jérsei – O futebol brasileiro anda mesmo precisando ser repensado. O corte de Maicon causa comoção nacional, como se o lateral fosse uma sumidade na posição. Uma coisa é querer saber a verdade. Para um jogador ser desligado de uma delegação, o motivo tem de ser mesmo grave. Outra é agradecer ao atleta pelos serviços prestados. Já disse o que penso sobre alguém que faz gol na Coreia do Norte e chora. Maicon jamais foi unanimidade e na última Copa conseguiu ser reserva do medíocre Daniel Alves, que o Barcelona pensa em ceder de graça à Juventus. Lamento que, tendo Marcos Rocha, lateral de qualidade e, acima de tudo, responsável, precisemos recorrer a um veterano de 33 anos. Há quem justifique com a força física. Eu prefiro o talento.

O que Maicon fez ou deixou de fazer é problema dele. Só sei que há males que vêm para bem. Nova chance na posição se abre. Só não entendi quem é empresário desse Fabinho, do Monaco. Tem cada nome por aí que deixa a gente embasbacado... Deem a camisa 2 a Marcos Rocha e teremos o lateral para 2018. Há muito a Seleção anda banalizada. Quando Willian, Oscar e outros vestiriam essa camisa no passado? Jogadores absolutamente normais, que não fazem diferença nem nos seus times. Dizem que ninguém joga com o nome, mas esses nem tanto nome têm assim. Por essas e outras, o futebol do Brasil está na lama, com média de público baixa, cerca de 13 mil pagantes, nível de quinta categoria e times caindo pela tabela.

Torço para que o nosso calendário seja adequado ao europeu, pelo menos na questão de interromper as competições quando a Seleção jogar. Seria a única maneira de vermos convocados jogadores que atuam no país. Já passou da hora de Dunga ter um time brasileiro ou dois como base para as convocações. O Cruzeiro, por exemplo, poderia ceder Fábio, Mayke, Dedé, Lucas Silva, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart. O Galo, Marcos Rocha e Diego Tardelli. O Corinthians, Gil e Elias. Mais algumas equipes poderiam ceder jogadores de nível. Garanto que teríamos mais brasileiros do que “estrangeiros” e a tendência seria de crescimento e entrosamento mais rápido da equipe.

O ano que vem não será fácil: Copa América no Chile e início das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2018. Antigamente, a vaga no Mundial era certa. Hoje, nem tanto. Argentina, Chile e Colômbia estão na nossa frente. E o Uruguai é sempre carne de pescoço. Sugiro a Dunga pegar dois times do país como base e montar uma Seleção forte. Não será com Oscar e Willian que chegaremos a algum lugar. São fracos, como David Luiz, marqueteiro de quem José Mourinho fez questão de se desfazer no Chelsea.

Cruzeiro
Com 43 pontos, a melhor campanha dos pontos corridos com 20 clubes, o time mineiro está a 10 vitórias do tetracampeonato brasileiro. Ninguém tem dúvidas de que ele vai ganhar 10 ou 14 jogos no returno. Portanto, a taça é apenas questão de tempo. E não duvidem da conquista da Copa do Brasil. Se Marcelo Oliveira aprendeu com os erros em mata-matas, o Cruzeiro também é o grande favorito para ganhar esse troféu pela quinta vez e fazer a segunda tríplice coroa. Competência de uma diretoria transparente e de um técnico inovador, que joga sempre para a frente, em busca do gol.

Atlético
Sonho com uma final mineira na Copa do Brasil, e o Galo também tem todas as chances de chegar lá. Seu caminho será mais árduo do que o do rival, mas tem condições de fazer a diferença. Seria fantástico para o futebol do estado, que há dois anos dita o ritmo no país. O Atlético é outro clube que saiu do ostracismo e virou essa potência, graças ao trabalho de uma diretoria séria. Pena que nem Alexandre Kalil nem Gilvan de Pinho Tavares dirijam meu Flamengo.

América
Com boa campanha do time na Série B, querem tirar pontos do América na marra. Confio muito no advogado Paulo Lassmar. No dia em que viajei para os Estados Unidos, ele me ligou garantindo que o Coelho não perderá pontos. Num país em que o Fluminense por duas vezes caiu e não disputou a Segundona, como vou acreditar nos tribunais?