Confundido com ladrão, ele improvisou sobre conteúdo para não ser espancado
por Julianna Granjeia 01/07/2014
O professor André Luiz Ribeiro teve que dar uma aula sobre Revolução Francesa para não ser linchado
- Reprodução/Facebook
SÃO PAULO — Confundido com um ladrão, um professor de História foi
espancado por moradores da periferia de São Paulo e só conseguiu se
livrar do linchamento quando, segundo ele, foi obrigado a dar uma aula
sobre Revolução Francesa. Ainda assim, André Luiz Ribeiro, mulato de 27
anos, foi levado para a delegacia, onde ficou por dois dias, já que o
dono do bar assaltado confirmou em depoimento que André seria o ladrão.
O
professor contou que, socorrido por bombeiros, teve de falar sobre a
Revolução Francesa para provar sua inocência. Os bombeiros informaram
que não houve “desrespeito ou deboche”. André conta que estava correndo
na última quarta-feira no bairro Balneário São José, quando um bar foi
assaltado.
— Eu corro dez quilômetros todos os dias, estava de
fone de ouvido, sem identificação porque moro por perto, e fui
confundido com um dos três assaltantes. O dono do bar e o filho dele me
acorrentaram. Vinte pessoas me cercaram e começaram a me bater.
O
professor foi socorrido por bombeiros que passavam no local. Um deles,
segundo Ribeiro, teria dito: “Se voce é professor de História, então dá
uma aula sobre Revolução Francesa”.
— Falei que a França era o
local onde o antigo regime manifestava maior força, e que a burguesia
comandou uma revolta junto com as causas populares, e que havia fases da
revolução. Falei por uns três minutos e perguntei se já estava bom. Aí
me desacorrentaram, mas fui levado para a delegacia.
O professor contou que, socorrido por bombeiros, teve de falar sobre a Revolução Francesa para provar sua inocência. Os bombeiros informaram que não houve “desrespeito ou deboche”. André conta que estava correndo na última quarta-feira no bairro Balneário São José, quando um bar foi assaltado.
— Eu corro dez quilômetros todos os dias, estava de fone de ouvido, sem identificação porque moro por perto, e fui confundido com um dos três assaltantes. O dono do bar e o filho dele me acorrentaram. Vinte pessoas me cercaram e começaram a me bater.
O professor foi socorrido por bombeiros que passavam no local. Um deles, segundo Ribeiro, teria dito: “Se voce é professor de História, então dá uma aula sobre Revolução Francesa”.
— Falei que a França era o local onde o antigo regime manifestava maior força, e que a burguesia comandou uma revolta junto com as causas populares, e que havia fases da revolução. Falei por uns três minutos e perguntei se já estava bom. Aí me desacorrentaram, mas fui levado para a delegacia.