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Exercícios deixam ossos mais longevos
Flávia Franco
Estado de Minas: 03/06/2014
Flávia Franco
Estado de Minas: 03/06/2014
A lista de benefícios
conquistados com as atividades físicas é extensa: melhora do
condicionamento, controle da pressão, do diabetes, prevenção de
problemas cardíacos... Constantemente, cientistas adicionam novos
atrativos ao cardápio. Como os resultados alcançados recentemente por um
grupo de pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA). Stuart Warden e
colaboradores constataram que praticar exercícios durante a juventude
dá longevidade aos ossos durante a velhice.
No estudo foram analisadas as diferenças entre os ossos de jogadores profissionais de baseball, em especial os arremessadores, ao longo da carreira deles e depois de aposentados. “Esses atletas são bons modelos para trabalhar, porque exercitam um braço mais do que o outro”, explica Warden. Assim, pôde-se comparar os dois membros de cada voluntário durante o envelhecimento. “Conseguimos garantir que os benefícios duradouros não eram causados por fatores genéticos ou fatores sistemáticos, como hormônios e nutrição”, complementa o líder do estudo.
As análises indicaram que, em média, metade do tamanho do osso e um terço da resistência durante a juventude foram mantidos ao longo da vida. “Esse é um nível de manutenção impressionante, especialmente considerando-se que os jogadores não exerciam a profissão em mais de 50 anos”, ressalta Warden. Segundo Arnaldo Hernandez, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a fase de maior ganho de massa óssea se dá durante o crescimento do indivíduo. “Ou seja, na infância e na adolescência, mas isso não significa que não é necessário praticar atividade física na fase adulta”, ressalta, afirmando que dar continuidade aos exercícios aumenta a resistência dos ossos, evitando que eles se tornem mais frágeis e tenham risco maior de fratura na terceira idade.
Proteção reforçada Esse aumento não tem a ver com o crescimento do osso, mas com a espessura da capa externa dele, chamada cortical. “Quanto mais resistente, mais largo vai ser o osso. O aumento da cortical ocorre na fase de crescimento. Depois disso, só fazemos a manutenção para evitar a perda da massa óssea”, orienta Bernardo Stolnick, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Osteometabólicas.
O ortopedista Paulo Araújo diz que o estudo é importante por trazer constatações de que a perda de massa óssea pode não ser a única causa da falta de resistência dos ossos na velhice. “A qualidade óssea é também relacionada com a força e o tamanho (do osso), sendo que esses atributos podem ser influenciados pela prática de exercícios regulares na juventude.”
No estudo foram analisadas as diferenças entre os ossos de jogadores profissionais de baseball, em especial os arremessadores, ao longo da carreira deles e depois de aposentados. “Esses atletas são bons modelos para trabalhar, porque exercitam um braço mais do que o outro”, explica Warden. Assim, pôde-se comparar os dois membros de cada voluntário durante o envelhecimento. “Conseguimos garantir que os benefícios duradouros não eram causados por fatores genéticos ou fatores sistemáticos, como hormônios e nutrição”, complementa o líder do estudo.
As análises indicaram que, em média, metade do tamanho do osso e um terço da resistência durante a juventude foram mantidos ao longo da vida. “Esse é um nível de manutenção impressionante, especialmente considerando-se que os jogadores não exerciam a profissão em mais de 50 anos”, ressalta Warden. Segundo Arnaldo Hernandez, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a fase de maior ganho de massa óssea se dá durante o crescimento do indivíduo. “Ou seja, na infância e na adolescência, mas isso não significa que não é necessário praticar atividade física na fase adulta”, ressalta, afirmando que dar continuidade aos exercícios aumenta a resistência dos ossos, evitando que eles se tornem mais frágeis e tenham risco maior de fratura na terceira idade.
Proteção reforçada Esse aumento não tem a ver com o crescimento do osso, mas com a espessura da capa externa dele, chamada cortical. “Quanto mais resistente, mais largo vai ser o osso. O aumento da cortical ocorre na fase de crescimento. Depois disso, só fazemos a manutenção para evitar a perda da massa óssea”, orienta Bernardo Stolnick, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Osteometabólicas.
O ortopedista Paulo Araújo diz que o estudo é importante por trazer constatações de que a perda de massa óssea pode não ser a única causa da falta de resistência dos ossos na velhice. “A qualidade óssea é também relacionada com a força e o tamanho (do osso), sendo que esses atributos podem ser influenciados pela prática de exercícios regulares na juventude.”