quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mais Médicos: Ministério poderá dar registro

O Globo - 02/10/2013

Brasília- Texto aprovado ontem pela Comissão Mista que analisa a Medida Provisória do programa Mais Médicos estabelece que o registro provisório dos profissionais formados no exterior seja expedido pelo Ministério da Saúde. Na versão original da MP editada pelo govemo, essa competência era dos Conselhos Regionais de Medicina. Com isso, o governo poderá vencer a resistência dos CRMs e evitar atrasos na execução do programa. A matéria segue para votação na Câmara dos Deputados.

Há 647 profissionais com pedidos de registros apresentados aos conselhos, mas a maioria continua impedida de trabalhar porque ainda não recebeu o aval dos CRMs. Sem o registro provisório, o médico fica impedido de diagnosticar doenças, prescrever medicamentos. Caso faça isso sem o documento, ele pode ser punido.

A MP que cria o Programa Mais Médicos prevê a concessão de registros profissional temporários a médicos estrangeiros sem a realização do exame de
revalidação do diploma, o Revalida. Os profissionais qUe aceitam trabalhar no programa do governo brasileiro ficam impedidos de atuar em consultórios privados. A autorização é para exercício profissional nas cidades incluídas no Mais Médicos.

Antes da votação, o senador Humberto Costa (PT-PEJ, disse que os médicos estrangeiros que estao vindo trabalhar no programa não poderiam fazer o Revalida agora, pois assim poderiam atuar em qualquer lugar — e o govemo quer que fiquem no interior do país. Pelo parecer do relator, o Revalida, que autoriza o exercício pleno na profissão no país, só será aplicado para esses médicos ao final de quatro anos. Na versão original da MP, os médicos formados no exterior estavam vinculados ao programa federal por três anos, renováveis por igual período! Agora, eles passam a ter direito de fazer o Revalida com quatro anos dê atividade no país. O Revalida é um exame realizado pelo Ministério da Educação em todos os médicos formados no exterior e autoriza o profissional a exercer livremente a medicina no país, após aprovação.

O líder do Democratas, deputado Ronaldo Caiado (GO), criticou o texto aprovado. Ele não concorda que profissionais possam atuar no país apenas com autorização especial concedida por conselhos de classe.

— Por que um médico que vai atender nos municípios que não têm médicos tem que ser um médico que não tem a capacitação e a qualificação? Por que o cidadão do setor rural e dos rincões distantes do Brasil têm que ficar sob a tutela de um médico desqualificado? — disse o deputado, que é médico.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) classificou texto aprovado de "um absurdo"


— Você está mexendo até em especialidade médica, quando nós temos certeza de que essa questão dos médicos estrangeiros só resolve um problema emergencial.

Uma lógica oligárquica - Clara Araújo

O Globo - 02/10/2013

A presença de mulheres e homens nos parlamentos tem servido como parâmetro para medir a igualdade de condições entre os sexos no acesso aos cargos políticos. Em julho de 2013, as médias de parlamentares nas Câmaras de Deputados e nos Congressos Nacionais no mundo eram, respectivamente, 21,3% e 20,9%. O Brasil estava no 1205 lugar entre 189 países no ranking da União Inter Parlamentar, com menos de 9% de deputadas.

Vários fatores influenciam as chances das mulheres em eleições legislativas, como os históricos, econômicos, culturais e os tipos de sistemas eleitorais. Neste último se incluem dois itens em debate no país. O financiamento de campanhas apresenta elevada correlação entre sucesso eleitoral e dinheiro, para homens e mulheres. Mas, como mostram algumas pesquisas, homens conseguem maior volume de recursos e concentram mais doações de pessoas jurídicas; mulheres conseguem menos dinheiro e este vem mais de pessoas físicas. As formas de apoio financeiro, se públicas, privadas, de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, não são, portanto, neutras quanto ao gênero.

O segundo aspecto é o sistema de votação, se em lista partidária ou em candidato. Está em foco a forma de viabilizar a triangulação necessária envolvendo a autonomia e a escolha dos eleitores sobre os representantes e os compromissos destes e de seus partidos com quem os elegeu. Há relação entre tipos de listas e chances de mulheres se elegerem, mas esta associação ocorre, notadamente, onde se aplicam cotas por sexo para candidaturas. Ém geral, cotas são mais efetivas quando as listas são fechadas e há alternância obrigatória dos nomes dos candidatos segundo o sexo e o percentual definido, como na Argentina e na Costa Rica. Quando certas condições político-partidárias são favoráveis, os resultados de cotas com lista abertas também podem ser positivos, a exemplo do Peru.

As eleições no Brasil, centradas na campanha do candidato, dependentes de obtenção própria de recursos e de doações privadas, exacerbam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres. As indicações dos candidatos estão condicionadas a varios fatores e dependem, inclusive, dos que detêm poder na estrutura partidaria. Ausência de regras claras pode simplesmente reproduzir uma lógica oligár-quica e tradicional, ainda que com mais mulheres. A contraposição entre lista fechada e lista aberta simplifica as várias possíveis combinações. Exclui, por exemplo, alternativas como as de listas flexíveis, talvez facilitadoras dessa tríade partido, eleitor e candidato, combinando maior organicidade dos partidos com autonomia para a escolha do eleitor. E isto pode equilibrar o fato de mulheres estarem menos nas direções partidárias e possuírem menos recursos para competir com a sua con-diÇao de potenciais candidatas e de eleitoras. Em suma, por vários caminhos o gênero interfere direta ou indiretamente na política e nos modelos de democracia representativa. O momento é mais que apropriado para o debate. 



Clara Araújo é socióloga e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Nós e a cidade - MARTHA MEDEIROS

ZERO HORA - 02/10/2013


Uma casa e um smartphone: você precisa de mais alguma coisa? Hoje a gente se enclausura e faz uma vida. O que fica do lado de fora da janela é apenas uma cidade com ruas que levam a outras clausuras: a do escritório, a da academia, a da igreja, a do shopping, a do estádio, a da casa de amigos e familiares. Durante o trajeto, de um ponto a outro entre as clausuras, vamos reclamando do trânsito e olhando para os lados com aflição, a fim de conferir se não há ninguém nos seguindo, à espreita.

A cidade em que vivemos deveria despertar o mesmo sentido de lar que nossa casa desperta. Também é uma referência emocional, e o natural seria que circulássemos por ela com desenvoltura, alegria, entusiasmo – valorizando os passeios e nos sentindo acolhidos. Uma cidade é um espaço de integração e dinamismo, um elemento vivo. Ela deve ser boa para nós, deve nos reservar um futuro. Uma cidade – a nossa cidade – deve nos convidar para fazer parte dela com profundidade, como um chamado amoroso. Mas para amá-la precisamos confiar nela, admirá-la e considerá-la protetora.

Que condição de cidadania pode haver em transitar apressadamente entre clausuras, em não desfrutarmos do acolhimento que uma cidade, qualquer cidade, deveria oferecer a quem nela vive?

Uma amiga teve o carro roubado às 14h de um lindo dia de sol enquanto estacionava aqui perto de casa. Minha cunhada resgatou o filho na escola enquanto acontecia um tiroteio na praça em frente. Uma conhecida foi assaltada duas vezes no mesmo mês e no mesmo quarteirão. Isso restrito à minha vizinhança, imagino que você também colecione histórias sobre a sua.

Quem já teve o privilégio de viajar para locais mais seguros não se conforma com a indignidade de caminhar pela própria cidade desconfiando de quem cruza pela calçada. Comerciantes atendem por trás de grades depois de certa hora – como se ainda houvesse um horário mais perigoso do que outro. É ridículo se sentir ameaçado pelo lugar onde se vive.

É por isso que apoio os que lutam para atualizar nosso Código Penal. Prisão perpétua para crimes hediondos, fim do regime de progressão (que o preso cumpra sua pena integralmente) e redução da maioridade penal para 16 anos quando houver prática de assassinato, estupro, sequestro, pedofilia, tráfico de drogas, de órgãos, de armas. Chega do prende e solta.

Política é a arte de se deixar seduzir pelo poder, mas que poder? Nossos engravatados discursam pomposamente, cortam fitas de inauguração, vivem em reuniões, fazem de conta que representam o povo, enquanto o povo continua negligenciado pela retórica, pela burocracia, pela lerdeza, por leis obsoletas, por interesses eleitoreiros e pelo DNA defeituoso deste país que, em vez de permitir que nos encantemos por nossas cidades, faz apenas com que tenhamos medo delas. 

Fernando Brant -Os coronéis‏

Fernando Brant - fernandobrant@hotmail.com

Estado de Minas: 02/10/2013



Lembro-me de ouvir casos, na infância, de coronéis que mandavam e desmandavam em suas terras. Eram chefes políticos que se sentiam donos do território e das pessoas. Exerciam um poder quase absoluto. Existiam também mulheres nessa condição, caso da famosíssima Joaquina de Pompéu, cujos descendentes influíram por décadas na política dos vários partidos mineiros. Os privilégios eram defendidos a bala. O Chapadão do Bugre, de Mário Palmério, faz uma descrição exemplar do que ocorria. Essa é uma realidade que aos poucos foi desaparecendo no Sudeste do país.

Mas o progresso foi tão lento que, ainda hoje, em estados nordestinos, o coronelismo continua à solta. As histórias narradas pelos grandes escritores da região aqueceram minha fome de leitura na juventude, a ficção criando uma verdade dura, real. Os autores se foram e os livros permanecem. Mas o mais lamentável é que o mandonismo e a exploração desumana da gente humilde e ignorante continuam firmes em nosso horizonte.
Lembro-me, a propósito, do hoje senador Sarney. Ele deve ser uma pessoa simpática, capaz de não atrair críticas do poeta Ferreira Gullar e tantos outros artistas nascidos e criados no Maranhão. E ele já foi jovem um dia. Político desde cedo, fazia parte da chamada bossa nova da UDN e questionava os velhos caciques daquele partido radicalmente reacionário.


O governador e coronel maranhense do período era Vitorino Freire, contra quem o jovem Sarney discursava, vituperava, ofendia e se opunha. Nesse tempo, eu prestava atenção em outro jovem, Luiz Fernando Freire, que tecia canções de bossa nova, letrista muito bom das melodias dos jovens compositores que estavam surgindo. Luiz Fernando era filho de Vitorino Freire.


A bossa nova musical ganhou o país e o mundo, até hoje é orgulho para os brasileiros. Já a dos jovens udenistas dos anos 1960, o tempo tornou ridícula e pequena. Pois o rebelde anticoronelista se amigou com os militares da ditadura militar e foi-se transformando, ou no fundo já era, o mandachuva de sua terra, repetindo em doses cavalares o que lhe repugnava no adversário local. Virou um mestre na função de coronel. Trabalhou 50 anos para que os seus se dessem bem e para condenar seus conterrâneos à miséria e ao analfabetismo.


Soube entender que, mantendo seu povo na ignorância e no desamparo, o caminho de constantes reeleições estava seguro. Serve de exemplo para outros jovens políticos nordestinos, que seguindo sua forma de agir e pensar, vão galgando os degraus da democracia rumo ao coronelato que subjuga os semelhantes.
Os coronéis não são mais marca registrada da direita. A chamada esquerda agora os recebe muito bem. Os coronéis pensam que o poder é eterno. Mas chega um dia em que ninguém mais escreve aos coronéis.

Frei Betto-Crianças robotizadas‏

A diferença com as gerações passadas é que, agora, o protagonista da fantasia não é a criança. É a animação do desenho virtual


Frei Betto

Estado de Minas: 02/10/2013 



Todos nós já vimos uma menina dar de beber à boneca, embora ela saiba perfeitamente que bonecas não bebam, assim como meninos conversam com cães como se eles fossem capazes de responder na mesma linguagem.

É imprescindível à nossa saúde psíquica desfrutar ao máximo, na infância, do nosso universo onírico. Embora bonecas não bebam o suco que lhes é oferecido, nem cães possam estabelecer diálogo com uma criança, ela atribui à boneca e ao animal estados emocionais que são próprios de seres humanos.

Toda criança é uma atriz, capaz de desempenhar múltiplos papéis. A menina é mãe, babá, irmã, professora e médica da boneca. Há uma interação entre as duas. A boneca, graças à projeção onírica da criança, responde, chora, come, bebe e faz manha.

A fantasia é o recurso mimético que permite à criança transportar, à sua maneira, o universo dos adultos ao seu mundo e, ao mesmo tempo, é o complemento da sabedoria infantil, provedora de sentido e animação ao que, aos olhos adultos, carece de sentido e permanece inanimado.

O menino, montado no cabo de vassoura, sente-se confortável em seu cavalo. Dê a ele um cavalo de brinquedo, com arreios e crina, e é bem provável que, dias depois, ele abandone o presente para voltar à vassoura – que dialoga com a sua imaginação.

Exaurir a infância de tudo que ela tem de próprio, como atividades lúdicas, brincar de roda, de esconde-esconde, e enturmar-se com os amiguinhos, é essencial para o futuro saudável do adulto.

Hoje em dia essa exigência se torna mais difícil. A rua é, agora, lugar perigoso, ameaçado pela violência e pelo trânsito. As crianças ficam retidas em casa, confinadas em apartamentos, entregues a jogos eletrônicos, TV e internet.

A diferença com as gerações passadas é que, agora, o protagonista da fantasia não é a criança. É a animação do desenho virtual, como se a tecnologia “soubesse” por ela. A criança é relegada à condição de mera espectadora. A fantasia não brota dela, resulta do aplicativo ou do desenho animado ou filme projetado na TV e na internet.

Na missa de domingo vi duas crianças compartilhando um smartphone, enquanto seus pais participavam da liturgia. Passaram todo o tempo atentas ao Homem-Aranha arrasando seus adversários.

O que esperar de um adulto que, quando criança, divertia-se com a violência virtual e passava horas praticando assassinatos via bonequinhos eletrônicos? E de uma menina que, aos 4 ou 5 anos, se maquia como adulta, fala como adulta, manifesta desejos de adulta, padecendo a esquizofrenia de ser biologicamente infantil e psicologicamente “adulta”?

A puberdade, momento crítico para todos nós, é mais angustiante para essa geração que não exauriu seu potencial de fantasias. O medo do real é mais acentuado, assim como a dependência familiar, que mantém jovens de 25 e 30 anos ao abrigo do lar paterno.

Essa insegurança frente ao real é a porta de entrada para a vulnerabilidade às drogas. O traficante, graças a uma perversa intuição profissional, oferece de graça sua mercadoria aos adolescentes, como se advertisse: “Você já não pode sonhar com a própria cabeça. Mas não tema. Há outro jeito de fugir da realidade e ‘viajar’ legal. Só que agora depende da química. Experimente isso”.

Preocupam-me também as crianças robotizadas que cumprem, além da escola, agendas apertadíssimas, com aulas de idiomas, natação etc., sem tempo para brincar com outras crianças e, assim, se educar nos códigos da sociabilidade, como saber admitir seus próprios limites e reconhecer o direito dos outros.

Talvez essa robotização explique um fenômeno tão comum nas grandes cidades: adolescentes e jovens que, em ônibus e metrô, se fazem de cegos ao ver, de pé, idosos, portadores de deficiência e mulheres grávidas, e permanecem tranquilamente sentados, se lixando para a mais elementar educação.

Tv Paga

Estado de Minas: 02/10/2013 



 (Bem Simples/Divulgação )

Na creche da Tia Joana


A atriz Joana Limaverde comanda mais uma temporada do programa Show de bebê (foto), que volta ao ar hoje, às 20h15, no canal Bem Simples, com dicas para mamães e papais de primeira viagem e também para casais experientes, para que entendam melhor o dia a dia de seus filhos pequenos. É o quarto ano da produção, que ainda reúne os bebês mais fofinhos da internet, campeões de audiência das redes sociais e um quadro de humor com histórias de grávidas e seus bebês contadas de uma forma engraçada e nada convencional.

Tem cada figura estranha
na série Tabu, do Nat Geo!


Nada convencional, mesmo, é a série Tabu, que também emplaca uma nova temporada, às 22h15, no Nat Geo. Cada episódio será temático, com assuntos inspirados nos episódios que fizeram sucesso nos últimos anos, e mostrará as subculturas adeptas do estranho e do inacreditável. A cada semana, serão exibidos dois episódios em sequência, começando com satanistas e vampiros em “Paixões secretas”' e um desfile de gordinhos em “Obesidade extrema”.

Cultura retoma hoje seu
programa de literatura


O programa Entrelinhas retorna à grade da Cultura hoje, às 23h30, a princípio com a reapresentação de algumas atrações, como a entrevista da escritora Lygia Fagundes Telles e um bate-papo descontraído com o jornalista e escritor Xico Sá. No canal Viva, às 21h, vai ao ar mais um programa da série Damas da TV, hoje com a atriz Nicette Bruno falando, entre outros assuntos, de seu casamento de 59 anos com o ator Paulo Goulart.

Tantinho vira verbete da
Enciclopédia do samba


No Canal Brasil, a pedida hoje é a música. Primeiro com a Enciclopédia do samba, às 18h45, recebendo o mangueirense Tantinho, que desde pequeno conviveu com mestres como Cartola e Nelson Cavaquinho e que virou um craque do tamborim. Mais tarde, às 21h30, em Sangue latino, Eric Nepomuceno entrevista o guitarrista e compositor argentino Juan Falú, diretor do prestigiado festival Guitarras do mundo, considerado o maior encontro internacional dedicado ao instrumento.

Bandido da Luz Vermelha
de volta no Canal Brasil


No pacotão de filmes, um dos destaques é Luz nas trevas, a volta do Bandido da Luz Vermelha, às 22h, no Canal Brasil. Outro, a sessão dupla com longas dirigidos por Woody Allen no Telecine Cult: Tudo pode dar certo, às 20h15, e o clássico Noivo neurótico, noiva nervosa, às 22h. Na concorrida faixa das 22h, o assinante tem mais oito boas opções: De pernas pro ar 2, no Telecine Pipoca; Um dia, no Telecine Touch; Red – Aposentados e perigosos, no Telecine Action; Batman – O Cavaleiro das Trevas ressurge, na HBO; O artista, na HBO HD; O corvo, na HBO Plus; Prenda-me se for capaz, na MGM; e Hancock, no Sony Spin. Outras atrações da programação: 400 contra um, às 19h55, no Megapix; Vidas em jogo, às 20h30, no Universal Channel; 88 minutos, às 21h, no Cinemax; Viajo porque preciso, volto porque te amo, às 21h30, no Arte 1; e O último jantar, à 0h30, no Comedy Central.

CARAS & BOCAS » Se arrependimento matasse...

Estado de Minas: 02/10/2013 



Mateus para Gabi:
Mateus para Gabi: "Foi uma escolha errada, hoje eu tenho essa noção"

Fazer filme pornô rende dinheiro e muito preconceito. Essa foi a conclusão a que chegou o ator Mateus Carrieri, famoso por sua carreira no teatro e por sua participação em novelas e reality shows, como a primeira edição da Casa dos artistas, mas também por ter feito quatro filmes de sexo explícito. Ele é o convidado de hoje de Marília Gabriela no programa Gabi quase proibida, à meia-noite, no SBT/Alterosa. Na entrevista, Mateus revela tudo sobre os filmes polêmicos que fez e conta como estão seus trabalhos atualmente.

Alexandre Nero estuda
cientologia para novela


Mal terminou a novela Salve Jorge (Globo) e Alexandre Nero já está engatado em outro projeto para a TV. O ator tem aproveitado as folgas para se informar mais sobre cientologia, movimento científico-religioso propagandeado por Tom Cruise.
A experiência faz parte da preparação para seu personagem na novela Além do horizonte, a próxima das 19h, na Globo.

A atriz Arlete Salles não
volta para a TV tão cedo


Parece que Arlete Salles vai ficar mesmo mais um tempo longe da TV. Em junho, após gravar um dos episódios da nova safra de Sai de baixo, ela se dedicou ao longa Até que a sorte nos separe 2, que teve cenas rodadas nos Estados Unidos. Em breve, a atriz deverá iniciar novo filme. Mas, desta vez, as cenas serão realizadas no interior de São Paulo.

Qual novela terá remake?
Podem fazer suas apostas


O rebu (1974), O semideus (1973), Tieta (1989) e Xica da Silva (1996) são as tramas cogitadas para ocupar a faixa das 23h na Globo, em 2014. A ideia é investir no remake de alguma delas ou produzir uma novela completamente nova. Nessa corrida, Lícia Manzo e sua inédita Sete vidas estão na frente.

Jornalismo destaca os 10
anos do Estatuto do Idoso


O Estatuto do Idoso, que completa 10 anos, será tema de debate em pelo menos três programas hoje. Dois deles na Rede Minas: o Opinião Minas, com Técia Garcias, às 8h30, e o Palavra cruzada, com Luciano Correia, às 22h30. O assunto volta à pauta no 3 a 1, às 20h, na TV Brasil (canal 65 UHF).

HBO faz a pré-estreia de
suas principais atrações


Conhecido internacionalmente por produzir filmes que fazem sucesso em todo o mundo, o canal HBO (TV paga) estreará cinco novas produções nos cinemas, antes de exibi-las na TV. Até dia 10, os longas Behind the Candelabra e Clear history e os documentários Pussy Riot: a punk prayer, Mea maxima culpa e Casting by estão sendo programados com pré-estreia no Festival do Rio. Em seguida, as produções entrarão na grade da emissora, no Brasil. As chamadas já estão no ar.

Clima de romance


O namoro de Ben (Gabriel Falcão) e Anita (Bianca Salgueiro) está cada vez mais sério na novela Malhação (Globo). O casal não se cansa de trocar juras de amor e vive junto de risinhos pelos cantos, já que ainda não anunciou o relacionamento para a família. Mas namorar escondido pode ser bem complicado, principalmente quando se mora em um casarão que reúne tantos familiares e a qualquer momento pode ser flagrado. Os dois prometem driblar as dificuldades, até mesmo a insistente especulação de Sofia (Hanna Romanazzi), que está cada vez mais desconfiada do namoro e decidida a atrapalhar o casal.

VIVA
Revelação do humor com a trupe do CQC, Mauricio Meirelles estreou o espetáculo solo Não leve a sério, no Teatro Jaraguá, em São Paulo. E com casa cheia, prestigiado por todos os colegas do programa da Bandeirantes.

VAIA
Para a cansativa brincadeira do Pânico na Band com Gui Santana. A última: ele ficou chocado quando sua paixão, a panicat Carol Dias, cedeu a Edu Sterblitch e os dois trocaram um longo beijo. E depois debocharam dele. 

Cocaína prejudica liberação de substâncias que inibem atividade mental

Cérebro sem freio 

Em estudo feito com ratos, pesquisadores suíços mostram que, além de excitar os neurônios, a cocaína prejudica a liberação de substâncias que inibem a atividade mental 

Isabela de Oliveira

Estado de Minas: 02/10/2013



Pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, conseguiram ampliar o conhecimento sobre a forma como a cocaína age sobre o cérebro, um feito que pode levar, no futuro, ao desenvolvimento de medicamentos que ajudem a combater o vício na droga. Na edição mais recente da revista Science, os cientistas mostram como um estudo feito em ratos indicou que, além de a substância estimular circuitos excitatórios do córtex, algo de que já se sabia, ela prejudica a produção de neurotransmissores inibitórios. Em outras palavras, o entorpecente não só acelera os neurônios, como também desliga os freios desse processo.


O cérebro humano tem cerca de 100 bilhões de neurônios conectados. Essas células, no entanto, não são coladas umas às outras: elas conversam pela sinapse, um pequeno espaço em que substâncias químicas circulam, sendo liberadas e absorvidas. Uma delas é a dopamina. Quando o corpo recebe um estímulo de prazer — que pode ser uma fatia de bolo de chocolate ou uma droga como a cocaína —, algumas células nervosas liberam a dopamina, que é absorvida por outros neurônios que têm receptores para isso. Assim, a substância circula e garante satisfação à pessoa.


O que os pesquisadores suíços descobriram é que a cocaína desencadeia um processo que resulta na inibição de neurônios que liberam o Gaba, principal neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central. Essa inibição ocorre em uma região específica do cérebro, conhecida como área tegmental ventral (VTA, na sigla em inglês).


“A grande novidade do estudo é apontar que a droga age indiretamente no sistema inibitório, e não tínhamos conhecimento disso. A cocaína é um estimulante do sistema nervoso e, portanto, ela estimula os circuitos. O que esses pesquisadores viram é que ela estimula o neurônio dopaminérgico, mas inibe um outro centro, que tem como função inibir essa excitação”, explica Rogério Tuma, neurologista do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, que não participou do estudo.


Para chegar a esse resultado, os pesquisadores aplicaram injeções de cocaína em ratos geneticamente modificados e observaram o efeito no cérebro dos animais por meio de optogenética, técnica que consiste na expressão de uma proteína sensível à luz, facilmente manipulada pelos cientistas. Christian Lüscher, um dos autores, afirma ao Correio que o estudo inovou ao olhar para os processos inibitórios na VTA. “Não há outras pesquisas olhando especificamente para a transmissão inibitória nessa região”, garante. O especialista acrescenta que a investigação traz muitas pistas sobre como o vício se forma e por que usuários podem sofrer com a síndrome de abstinência, grande desconforto físico que surge quando o uso da droga é interrompido. Isso porque essa inibição do Gaba perdurou por muito tempo. “O efeito foi observado nos animais por dias, senão por semanas.”


Esse resultado também é importante, segundo Rogério Tuma. “O estudo mostra que o neurônio, sob efeito da droga, muda seu comportamento de forma duradoura e, talvez, até permanente, o que é ruim. Claro que mais estudos precisam ser feitos, mas, se descobrirmos uma droga que iniba a ação desse neurônio, vamos diminuir o risco da dependência e diminuir os efeitos da substância”, avalia o neurologista.

Mais informações Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), considera o estudo interessante porque ele amplia o conceito da dependência química. “Antes, só se falava em receptores de dopamina, mas, agora, sabemos que há mais coisas no cérebro acontecendo para que a pessoa fique dependente”, diz. “Hoje, temos um grande questionamento: muitas pessoas consomem drogas, como cocaína e crack, mas nem todas são dependentes. Por que uma certa minoria fica dependente dessas substâncias? Essa é nossa grande interrogação”, prossegue.


Para ele, é preciso estudar tanto o cérebro dos dependentes quanto daqueles que não sofrem com o vício. Nesse sentido, as pesquisas sobre plasticidade neuronal ganham cada vez mais espaço. “Isso porque determinadas áreas se adaptam à entrada da substância e modificam a arquitetura dessas regiões e da disposição das células. Saber como isso ocorre, portanto, abre novas perspectivas para o tratamento.”


Na Unifesp, há estudos que investigam o potencial de substâncias usadas no chá ayahuasca, consumido nos rituais da doutrina do Santo Daime, para frear o desejo pela cocaína e pelo crack. Segundo Xavier, há pessoas que, ao iniciarem os rituais, abandonam o uso das drogas. “No início, achávamos que era a filiação religiosa, algo relacionado com a fé. Mas descobrimos que não é só isso, pois esses alucinógenos têm influência na plasticidade do cérebro. Hoje, sabemos que eles têm potencial para futuros tratamentos”, explica o especialista, para quem a dependência é uma mistura de fatores psicológicos e biológicos.


“Se uma pessoa é submetida ao estresse e nasce no meio da cracolândia, vive tensa, com medo de agressão, há grandes descargas de adrenalina. O mesmo ocorre em pessoas que têm pais opressores, por exemplo, ou possuem outros problemas familiares. Isso os leva a uma descarga de alguns hormônios que também modificam funções cerebrais. As terapias hoje são uma junção de psicoterapia com remédios”, conta. 

Prevenção rosa ao câncer de mama‏

Charles Pádua

Oncologista e diretor do Cetus- Hospital Dia, especializado em medicina oncológica em Betim

Estado de Minas: 02/10/2013 



Outubro é um mês de importância ímpar quando o assunto é o combate ao câncer de mama. O chamado “Outubro Rosa” – campanha mundial de conscientização sobre a doença – joga luz rosa não só sobre monumentos no Brasil e no exterior, mas clareia questões como prevenção, tratamento e os perigos do câncer de mama. Um novo relatório mundial estima que, neste ano, pelo menos 60 mil mulheres a mais que em 2012 sejam diagnosticadas com a doença. A previsão é que o número de novos casos identificados em todo o planeta ultrapasse a marca de 1,6 milhão.

O que mais preocupa é que a incidência da doença tem aumentado. Segundo estimativa do World Breast Cancer Report 2012, do Instituto Internacional de Pesquisa da Prevenção, na França, a ocorrência de câncer de mama tem subido 3,1% a cada ano. Na década de 1980, os registros davam conta de cerca de 640 mil casos anuais. Ou seja, em três décadas, o número mais que dobrou. No Brasil, o câncer de mama é o mais frequente na população feminina e é responsável por cerca de 12 mil mortes por ano.

Mas por que todo o aparato tecnológico no combate à doença, cada dia mais avançado, não reflete na diminuição do número de casos de morte por câncer de mama no Brasil? A resposta é tão simples quanto dolorosa: falta democratizar o acesso ao diagnóstico e ao tratamento. Apenas 25% dos mamógrafos, equipamento primordial para realizar o exame de detecção da doença, estão à disposição da população que utiliza a rede pública.

Na esteira da dificuldade de acesso aos exames como a mamografia vem a falta de informação. Se detectado em estágios iniciais, as chances de cura do câncer de mama chegam a 85%. No entanto, cerca de 1/3 das mulheres brasileiras descobrem que estão com a doença já em situação avançada, quando metástases estão instaladas em outras partes do corpo. O tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento, que no Brasil pode demorar até seis meses, também se configura como entrave para a cura. O ideal seria que o período fosse de, no máximo, dois meses. A detecção e o tratamento tardios fazem com que as chances de cura despenquem para 30%.

No Brasil, a população feminina de cerca de 260 municípios com mais de 100 mil habitantes tem dificuldade de acesso ao exame de mamografia. O problema pode ser determinante para a saúde de mulheres com idade entre 50 e 69 anos, faixa prioritária para as políticas de combate à doença.

Algumas iniciativas nacionais – ainda tímidas se comparadas ao tamanho do problema – podem ser lembradas. Há exatamente um ano, o governo federal lançou o Programa de Mamografia Móvel, que disponibiliza carretas equipadas com mamógrafos que percorrem o país oferecendo exames gratuitos. Dados do Ministério da Saúde indicam que, no primeiro semestre de 2013, foi registrado um aumento de 21% no número de mamografias feitas no Sistema Único de Saúde (SUS) entre mulheres na faixa prioritária em relação ao mesmo período de 2011.

Até 2014, R$ 4,5 bilhões devem ser investidos para fortalecer o Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer do Colo do Útero e de Mama. É evidente que não se podem ignorar os resultados de nenhuma ação relacionada ao combate, conscientização e prevenção do câncer de mama. Mas, enquanto as estatísticas forem de aumento no número dos casos, terá que ser feito muito mais para se combater a doença.

Eduardo Almeida Reis-Cadastro‏

Toda anedota é um perigo, porque desperta na plateia o espírito de imitação, e a reunião se transforma numa sessão interminável de falta de graça


Eduardo Almeida Reis


Estado de Minas: 02/10/2013 

Sempre que vejo adeptos deste ou daquele partido político recorrendo ao argumento, às vezes mentiroso, de que outro partido “também” rouba, na tentativa de justificar a ladroeira despudorada dos seus correligionários, me lembro de um episódio ocorrido no Rio no tempo de antigamente. Dois rapazes da minha geração, ligeiramente mais velhos do que o então jovem philosopho, disputaram a mão da bela filha do rei do Arroz. A. L. e F. B., muitíssimo bem-apessoados, foram convidados pelo rei para jantar no Copacabana Palace, oportunidade que o orizicultor aproveitaria para fazer o cadastro dos candidatos a genro. E a mocinha ali, com a mãe e os irmãos, encantada pelo fato de ser disputada por dois belos cariocas. No agronegócio a comparação foi covardia, porque A. L. era formado em agronomia e tinha duas imensas fazendas, enquanto F. B., curso secundário completo, era filho de um produtor de aguardente de cana no Rio de Janeiro, cujas terras não passavam de 200 hectares. Covardia acentuada quando cuidaram dos veículos automotores. F. B. tinha um Volvo preto de duas portas e segunda mão, enquanto A. L. tinha sete automóveis. Sete! Hoje, qualquer idiota pode ter sete automóveis. Sei disso, porque já tive cinco, um deles novo, mas naquele tempo sete automóveis novos, importados, cada um mais caro e mais carro que os outros, era número digno do Marajá de Kapurthala. Major-general His Highness Farzabd-i-Dilband Rasikh-al-Iqtidad-i-Daulat-i-Inglishia, Raha-i-Rajagan, Maharaja sir Jagatjit Singh Nahadur, Maharaja of Kapurthala, GCSI, GCIE, GBE (1872–1949) era o Bill Gattes, o Carlos Slim Helú da primeira metade do século passado. Salvo no quesito beleza física, em que os dois empatavam, seria impossível comparar os cadastros dos candidatos à filha do rei do Arroz, quando o arrozeiro perguntou pelas mães dos rapazes. A. L., que tinha grande mágoa da separação escandalosa de sua genetriz, confessou: “Minha mãe é desquitada”, enquanto F. B., na maior felicidade por encontrar um quesito em que se igualava ao concorrente, repetia aos gritos: “Mamãe também é! Mamãe também é!”.


Narrador
Disputada na República Tcheca dia 30 de agosto, a Supercopa da Europa reuniu os vencedores das ligas da Europa e dos Campeões. Teria sido bela partida de futebol entre o Chelsea, agora treinado por José Mourinho, e o Bayern de Munique, que tenta adaptar-se ao treinador Pepe Guardiola para enfrentar, em Marrocos, o Atlético de Alexandre, o Grande. Teria sido... diz aqui o philosopho, se o narrador da ESPN não fosse um historiador com doutorado em estatística. Em vez de narrar o prélio, o rapaz passou o tempo inteiro falando dos times que venceram esta ou aquela copa entre 1908 e 2012, com o número de gols, os jogadores expulsos ou lesionados (jogador de futebol não se machuca, se lesiona), um negócio insuportável, porque nenhum telespectador se interessa pelo que ocorreu entre 1909 e 2012. Não se interessa nem é capaz de guardar tantas informações inúteis.


Anedotas
É do gênio de Abgar Renault a seguinte reflexão: “Não gosto de anedota com prefácio”. Realmente, anedota prefaciada é um horror. Contudo, mesmo aquelas sem proêmio exigem que o cidadão tenha o dom de saber contar piadas. Em rigor, toda anedota é um perigo, porque desperta na plateia o espírito de imitação, e a reunião se transforma numa sessão interminável de falta de graça. Experimente e me conte. Basta a primeira para dar início a uma sucessão de piadas sem graça. Felizmente, desde criança me contenho no anedotizar, porque tive um tio engraçadíssimo, inteligentíssimo, com o dom anedotista, que entretinha uma festa a noite inteira – e os convidados sérios, solenes, importantes, rolavam no chão de tanto rir. Desde então só encontrei raríssimas pessoas com aquele dom. Tenho sido vítima do chato preênsil e anedótico, aquele que nos prende pelo braço para contar casos que supõe muito engraçados, à chuva dos perdigotos que não dispensa. Essas primeiras 156 palavras serviriam como nariz de cera para um chiste que resolvi contar por escrito, mas já me arrependi. É muito pesado para jornal lido nas casas de família de Minas. Fico devendo.


O mundo é uma bola
2 de outubro de 313: no Sínodo de Latrão, o papa Milcíades, também conhecido como Melquíades ou São Melquíades, declara o donatismo heresia. Parece que donatismo foi doutrina religiosa fundada por Donato, bispo de Cartago, que reclamou tratamento severo (reprovado pela maioria da Igreja católica) para os cristãos que haviam fraquejado durante a perseguição do imperador romano Diocleciano. Em 1187, Saladino derrota os Cruzados e conquista Jerusalém. Saladino, em árabe Salãh ad-Din Yusuf ibn Ayyub, foi um chefe militar curdo, muçulmano, que se tornou sultão do Egito e da Síria liderando a oposição islâmica aos cruzados europeus no Levante. Egito, Síria, Iraque, Iêmen e Hejaz ficaram sob seu domínio. Hejaz, “a barreira”, como é do desconhecimento universal, é uma região no Oeste da Arábia Saudita, banhada pelo Mar Vermelho, e sua cidade principal é Jidá, mas a área é mais conhecida por incluir Meca e Medina. Hoje, pasme o leitor, é o Dia Internacional da Não Violência, que só faz aumentar.


Ruminanças
“Que seria do Brasil sem alguns muitos chatos que têm espaço cativo na imprensa? Seria um país com jornais de leitura mais divertida” (R. Manso Neto)
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