quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A carteira de trabalho - MARTHA MEDEIROS

ZERO HORA - 09/10/2013

Estava em frente ao computador, como quase sempre estou, esperando que alguma ideia inspiradora descesse do céu para me ajudar a escrever a coluna desta quarta-feira. Enquanto a ideia brilhante não vinha, li o jornal e fiquei ainda mais estarrecida com as notícias sobre o Brasil. Desperdícios, obras inacabadas, tudo ficando para depois, para um dia, para quando Deus quiser, e pensei: não, não vou falar de novo sobre o atraso do país. Aí a palavra atraso me remeteu ao atraso de um pagamento, e fui fazer algumas contas – a tela do computador seguiu em branco.

Foi então que a zeladora bateu à porta do meu apartamento e entregou a correspondência. Entre a papelada havia um envelope sem selo, sem carimbo, só com meu nome escrito. Abri. Não havia um bilhete, um telefone para contato, um e-mail, coisa alguma – apenas a minha carteira de trabalho.

A minha carteira de trabalho! Onde ela estava, e com quem? Eu a teria perdido na rua? Mas quando é que eu portei essa carteira pela última vez, se há quase 20 anos trabalho como autônoma? Jurava que ela estava repousando no fundo de alguma gaveta, e ela me retorna pela porta da frente, assim, como quem volta de um passeio.

A primeira sensação foi a de que entrei para a categoria das destrambelhadas. Como é possível alguém perder algo sem se dar conta? E não foi uma caneta, um pente, e sim um documento. Quanto tempo ele passou fora de casa sem que eu percebesse? Por precaução, fui dar uma espiada no quarto das minhas filhas para ver se suas roupas continuavam penduradas nos armários.

Respirei fundo e abri aquela carteira de trabalho emitida em 1981, com orelhas em todas as folhas desbotadas e frágeis pelo tempo em que estiveram abandonadas, pegando chuva, sendo manuseadas por pessoas estranhas, vá saber. Na primeira página, minha foto: uma estagiária com expressão de pavor, nunca havia trabalhado antes, nada suspeitava sobre seu futuro. A assinatura, ao menos, era segura.

E então, página por página, fui investigando a mim mesma, recordando de todos os lugares onde trabalhei, por quanto tempo, se havia sido demitida, promovida, reajustada. A parte dos salários foi a mais cômica. Em um emprego, eu ganhava 90 mil. No emprego seguinte: 250 mil. E no outro, 1 milhão!! Por fim, em meu último emprego, eu ganhava a gloriosa quantia de 1 milhão e 600 mil cruzeiros mensais. Morra de inveja, Eike.

Depois dessa turnê pelo passado de um país cuja moeda mudava de nome todo ano e cuja inflação fazia nossos rendimentos atingirem essa saraivada de dígitos, fechei a carteira de trabalho e fui tratar de desvendar o mistério de seu retorno ao lar. Desvendado (não revelo porque é bom manter algum mistério nesta vida, e também porque o espaço acabou), voltei conformada para minhas contas, lamentando que não se façam mais milionários como antigamente. 

Tv Paga

Estado de Minas: 09/10/2013

Cinema premiado



Os assinantes precisam ficar atentos ao que está rolando em canais que muitas vezes são pouco consultados e não têm a mesma visibilidade dos que se habituaram a exibir blockbusters quando o assunto é cinema. Uma boa dica é o Arte 1, que prima por uma programação de alto nível em termos culturais. São atrações que difundem conhecimento em várias áreas, das artes plásticas à música, e o cinema é um segmento importante na emissora. Hoje, por exemplo, o Arte 1 exibe o premiado Paranoid Park (foto), às 21h45. O diretor Gus van Sant ganhou o prêmio especial de 60 anos do Festival de Cannes com esse filme, que retrata dilemas da adolescência a partir da história de um adolescente de 16 anos que se envolve involuntariamente em uma tragédia e passa a sofrer uma angústia sufocante.

Telecine Cult emenda duas
fitas do genial Woody Allen

O Telecine Cult também capricha na seleção, dando sequência hoje à homenagem ao diretor Woody Allen na sessão Drive-in com os filmes Celebridades (19h55) e Memórias (22h). Na mesma faixa das 22h, o assinante tem mais oito opções: Cerro do Jarau, no Canal Brasil; O hobbit – Uma jornada inesperada, no Telecine Premium; As palavras, no Telecine Pipoca; O garoto de Liverpool, no Telecine Touch; Armações do amor, na MGM; Arraste-me para o inferno, no Space; O abrigo, na HBO; e O corvo, no TCM. Outras atrações da programação: Hans Staden, às 21h15, no Cine Brasil; Pela vida de um amigo, às 21h40, no Glitz; Transformers, às 21h45, no Megapix; Elizabeth, às 22h45, no Universal Channel; O maior amor do mundo, às 23h, no AXN; e Menina má.com, às 23h15, no Cinemax.

Celebridades narram suas
experiências paranormais

Não se deve brincar com fogo… Uma das atrizes do filme Jovens bruxas, Fairuza Balk relata a aparição de um fantasma furioso que a atacou e quase a matou em seu estúdio de arte. A cantora de jazz Della Reese também tem história para contar: ela diz que conseguiu se livrar da morte por muito pouco, tendo sido resgatada por seu anjo da guarda. Já a atriz Tracy Scoggins lembra como seenvolveu com magia negra e fez um pacto com o diabo. E o ator Patrick Muldoon conta que um espírito o seguiu fora de um cemitério e o fez lutar por sua vida. Tudo isso está no episódio de hoje de Famosos e fantasmas, às 22h, no canal Bio.

Betty Faria passa a limpo
quase 50 anos de carreira

Betty Faria é a convidada de hoje do programa Damas da TV, às 21h, no canal Viva. Para quem não sabe, ela tem quase 50 anos de carreira: foi dançarina no começo da década de 1960, fez teatro e estreou na televisão em 1969, na novela Os acorrentados, fazendo uma carreira de sucesso também no cinema. No Canal Brasil, três programas de entrevistas merecem a atenção do assinante: Enciclopédia do samba, às 18h45, com o portelense Monarco; Sangue latino, às 21h30, com Hugo Carvana; e Com frescura, à meia-noite, com o roqueiro Serguei.

Documentário do SescTV
visita exposição no MAM

O episódio de hoje da série Artes visuais, às 21h30, no SescTV, vai apresentar a exposição Circuitos cruzados, realizada no Museu de Arte Moderna (MAM), em São Paulo. E a visita será guiada pela curadora Paula Alzugaray, explicando como a mostra confronta obras do acervo do Centre Pompideau, em Paris, com a produção artística brasileira.

FERNANDO BRANT » A jovem bela senhora‏

Decorei aqueles mandamentos, junto com outros que nos defendiam de todo autoritarismo


Estado de Minas: 09/10/2013 



Acompanhei atento e de perto o seu parto. Crescia no útero da nação esperançosa. Todos os olhares cidadãos prestavam atenção àquele momento em que se procurava enterrar as mazelas do passado doído e castrador e encomendar um mundo novo. Parecia a visita dos três reis magos à manjedoura em que a criança respirava os primeiros ares da vida, ao lado de animais e dos pais. Todos iam à capela política para descrever seus anseios, chamar a atenção para seus direitos, os particulares e os sociais.

Quando enfim nasceu, vi que estavam escritos em seu ventre os anseios da maioria dos brasileiros. Meu coração de compositor se sentiu satisfeito com as referências explícitas aos direitos exclusivos dos autores sobre suas criações. Decorei aqueles mandamentos, junto com outros que nos defendiam de todo autoritarismo.


Na parte mais exuberante de seu corpo, aquela que servia de proteção e afago aos homens, mulheres e crianças de todo o Brasil, havia a beleza que garantia o que sonhávamos, mas não tínhamos. Seu nascimento foi um abrir de portas para um futuro revelado em canções entoadas pelo povo. Se nem tudo andou nesses anos de acordo com o que prescrevia não foi culpa dela. Foi a insensatez de maus brasileiros que não a leram nem entenderam. Logo, não a praticaram.


Mas sua força se impôs e a maioria que a seguiu pôde implantar, em nosso país, a palavra essencial para o convívio social humano: democracia. Palavra mágica que se desdobra em outras três: liberdade, igualdade e fraternidade. A luz que vem da jovem bela senhora, a criança de 25 anos passados, é caminho, referência, harmonia. Valeu a pena vê-la nascer e acompanhar todos os seus passos até chegar ao presente, quando a maioria reconhece sua importância.


Desprezá-la jamais, disse o seu parteiro, o comandante da epopeia, Ulysses. Filha de todos, esses todos, aos poucos, vão tomando ciência de que, não sendo infalível, ela é um mapa de conduta coletiva e individual indispensável para a vida em sociedade, para a vida cotidiana de cada um.


Tábua de leis, preponderante e fundamental, pronta para ser lida por quem a procure, ela escalou o seu representante para solucionar os conflitos do dia a dia. Seu intérprete, seu porta-voz, seu papa. O Supremo, que só não é supremo em relação a ela. Ao contrário, cuida para que ela seja respeitada e não pode decidir nada que a renegue.


Essa jovem bela senhora, que está completando 25 anos de idade, é a Constituição Brasileira, de quem somos pais e filhos. Finda a tragédia da ditadura, ela iluminou a terra, o céu e o povo do Brasil. Vida longa para ela.

Frei Betto - Robin Hood tinha razão‏

O que a humanidade mais anseia é a partilha dos bens da Terra e dos frutos do trabalho humano. Essa a verdadeira comunhão



Frei Betto

Estado de Minas: 09/10/2013 



“A desigualdade mata”, afirmou o epidemiologista britânico Richard Wilkinson ao constatar que nas regiões menos igualitárias os índices de mortalidade são mais altos. Os pesquisadores Frans de Waal e Sarah Brosnan, ao testar macacos-prego, verificaram que eles se zangavam ao ver um companheiro receber uma recompensa melhor. Sarah entregava um seixo a um dos animais e, em seguida, estendia a mão para que o macaco o devolvesse em troca de um pedaço de pepino. Os dois macacos aceitaram a troca 25 vezes consecutivas.

Sarah passou a entregar a um dos animais um cacho de uvas, um dos alimentos preferidos dos macacos-prego. O outro continuou a receber pepino. O clima azedou. O macaco merecedor de pepino demonstrou nítida aversão à desigualdade. Ao ver seu companheiro receber uva, ficou agitado e atirou longe seixo e pepino. Um alimento de que ele tanto gosta tornou-se repulsivo.

Os macacos não se irritavam quando as uvas eram exibidas a todos eles e pepinos continuavam a ser trocados por seixos. A irritação aparecia quando um deles recebia uvas. A desigualdade era motivo da revolta. (O teste está descrito por De Waal em A era da empatia, Companhia das Letras, 2010).

Ao tornar público o resultado da pesquisa, Sarah e Frans receberam duras críticas de economistas, filósofos e antropólogos, chocados com a comparação entre macacos e humanos. Para azar dos críticos, a divulgação da pesquisa coincidiu com a denúncia de que Richard Grasso, diretor da Bolsa de Valores de Nova York, viu-se forçado a pedir demissão diante dos protestos gerados pelos quase US$ 200 milhões que ele recebeu de bônus (New Yorker, 3/10/2003). Em 2008, a opinião pública dos EUA mostrou-se indignada quando, em plena crise econômica, o governo destinou US$ 700 milhões como “socorro” aos executivos que haviam provocado tantas perdas no setor imobiliário. Uvas aos figurões; pepinos à plebe.

No Brasil, a opinião pública também se mostrou indignada ao saber que senadores utilizavam jatinhos da FAB para eventos particulares, como viagens de familiares ou festas de casamento. As mordomias, em especial as que são pagas com dinheiro público, suscitam sempre revolta entre os eleitores. Os animais têm muito a nos ensinar. Sarah Brosnan colocou dois macacos juntos, separados apenas por uma grade. O primeiro tinha à sua frente duas latinhas, semelhantes a essas de refrigerante, em cores diferentes. Elas podiam ser trocadas por comida. Se ele entregasse a ela a lata A, receberia comida suficiente para seu próprio consumo. Se entregasse a lata B, ganharia o bastante para dividir com o segundo macaco. Os macacos-prego testados davam, em geral, preferência à lata que favorecia a partilha da refeição.

A democracia ocidental continuará a ser uma falácia enquanto não criar condições para que todos tenham acesso aos bens essenciais a uma vida digna e feliz. Os três ideais da Revolução Francesa – liberdade, igualdade e fraternidade – na verdade têm sido limitados e deturpados.

A liberdade passou a ser entendida como direito de um se sobrepor ao outro, ainda que o outro seja relegado à miséria. A igualdade existe, quando muito, na letra da lei. Ricos e pobres merecem tratamentos diferenciados perante a Justiça, e mesmo os recursos públicos são destinados, preferencialmente, aos mais abastados, como faz o nosso BNDES. A fraternidade ainda permanece uma utopia. Supõe que todos se reconheçam como irmãos e irmãs. Basta recorrer ao exemplo familiar para saber o que isso significa. Em uma família, embora as pessoas sejam diferentes, com talentos e aptidões próprios, todos devem ter os mesmos direitos e as mesmas oportunidades. Ninguém pode ser excluído da escolaridade ou do uso comum dos bens, como a alimentação ou equipamentos. Fraternidade significa inclusão, reconhecimento, e até mesmo abrir mão de um direito para que o outro, mais necessitado, possa se livrar de uma dificuldade.

Robin Hood tinha razão. O que a humanidade mais anseia é a partilha dos bens da Terra e dos frutos do trabalho humano. Essa a verdadeira comunhão. No entanto, a riqueza e o poder, quase sempre associados, cegam seus detentores, incapazes de se colocar no lugar do outro, daquele que sofre ou padece de exclusão social. E para que a cegueira não seja acusada de indiferença criminosa e desumana, inventam-se teorias econômicas e ideologias que justifiquem e legitimem a aberração como natural.

Portaria cria superfiscal da balada

Vara da Infância e Juventude dá poder a comissários para fiscalizar consumo de bebidas por menores não só em bares e casas noturnas, mas também em festas particulares. Pais, síndicos e inclusive diretores de escola podem ser responsabilizados e pagar até 20 salários mínimos


Paula Sarapu e Valquiria Lopes


Estado de Minas: 09/10/2013 





Contra o consumo de álcool por menores nas baladas, punição e multa para pais, organizadores de festas, síndicos de prédios e até para diretores de escola, em caso de eventos de grupos de alunos, mesmo fora do ambiente escolar. Há quem entenda que a Vara da Infância e da Juventude exagerou na dose e veja inclusive o risco de invasão de privacidade, mas essa é a norma que agora regulamenta o assunto em Belo Horizonte. Contabilizando 956 adolescentes flagrados consumindo bebidas de janeiro a agosto na capital, os 350 comissários da cidade passaram a ter como alvo, além de bares e casas noturnas, eventos particulares. A fiscalização ocorrerá em clubes, condomínios e edifícios, casas de festas e sítios, com base em portaria assinada pelo juiz da Infância e da Juventude Marcos Flávio Lucas Padula. Eventos familiares dentro das residências, inicialmente, estão fora das batidas, mas festas de aniversários, como as de 15 anos, e formaturas já estão sendo fiscalizadas.

“O apartamento era uma questão duvidosa, mas nosso posicionamento é de que, havendo situação de risco, a fiscalização deve ocorrer, mesmo em local particular”, entende o magistrado. “Ela é importante para inibir esse tipo de situação e deixar pais e responsáveis mais precavidos. Esses comissários têm a delegação de poder do juiz para atuar em nome da Justiça.”

Segundo a coordenadora do Comissariado da Vara da Infância e da Juventude, Ângela Maria Xavier Muniz, em grande parte das vezes os próprios adolescentes organizam as festas. Geralmente são de classe média, alunos de escolas particulares, com idades entre 14 e 17 anos. Ângela chama atenção para o fato de, em muitas situações, precisar encaminhar menores embriagados, às vezes em coma alcoólico, a hospitais. Em uma festa de alunos de um colégio e pré-vestibular do Centro, realizada em uma casa de eventos da Pampulha, em julho, mais de 100 menores haviam ingerido bebida alcoólica. Outra comemoração na Rua Pitangui, no Bairro Sagrada Família, reuniu alunos do ensino médio de uma escola estadual e 80 meninas apresentavam sinais de embriaguez, segundo a comissária.

Ângela cita ainda o caso de uma mãe autuada há um mês, em um edifício no Bairro Sion, Região Centro-Sul de BH. “Ela reservou o salão para uma festa do filho e dos amigos e ficou no apartamento, sem saber o que acontecia lá embaixo. Quando chegamos, encontramos alguns embriagados.” Segundo a coordendora, os comissários têm rotas de fiscalização, monitoram as redes sociais e também se baseiam em denúncias.

O adolescente J.L., de 16 anos, conta que geralmente são os amigos acima de 18 anos que conseguem as bebidas e também se responsabilizam pela assinatura de contratos, quando há necessidade de alugar espaço para o evento. “Os mais novos, de 13 anos, gostam de vodca. Os de 15 ou 16 anos costumam tomar cerveja ou doses de uísque e tequila. Sempre há dois ou três que passam mal e vomitam durante a festa”, admite. O garoto participa dessas comemorações e revela que o álcool é usado por muitos colegas para fugir de problemas familiares ou como artifício para enfrentar a timidez. Todos, diz, sabem do risco de serem flagrados pelos comissários e também da responsabilidade que pode recair sobre os pais. Mas o consumo é recorrente até mesmo em festas organizadas pelas famílias. “A maior parte dos pais não sabe. Mas há aqueles que liberam.”

Em caso de flagrante, os responsáveis são chamados e deverão se apresentar à audiência com o juiz, em que responderão civilmente pelo que Marcos Padula chama de omissão e falta de cuidado. “É uma questão da sociedade contemporânea, que dá ênfase à liberdade, mas penso que esteja passando do razoável, com falta de acompanhamento, orientação e autoridade”, analisa. “É preciso que os pais exerçam autoridade com diálogo, por mais difícil que seja. Não podem ignorar o que acontece com os filhos.”

VIGILÂNCIA A nova portaria leva o número 1/2013 e atualiza outra, datada de 1995, que era resumida e só reforçava o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no que diz respeito à punição para estabelecimentos comerciais que vendiam álcool a menores. Agora, além de quem comercializa, aquele que fornece ou entrega bebida ou tabaco também será punido. Os bares e restaurantes devem estar vigilantes, inclusive, ao espaço que seus clientes ocupam em praças de alimentação ou em mesas e cadeiras nas calçadas.

O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), Stanley Gusman, faz ressalvas, mas considera a medida legítima. Pessoalmente, ele considera invasão de privacidade a visita do Estado a uma festa particular, mas pontua que os pais devem, sim, ser responsabilizados. “Disso sou a favor, porque o estatuto não prevê outro tipo de sanção”, opina. Gusman lembra que uma casa de festas na Avenida Raja Gablagia foi alvo de fiscalização por duas vezes, nos últimos seis meses, ocasiões em que o comissariado encontrou “diversos adolescentes embriagados”. “Mas acho que é uma portaria subjetiva o bastante para que cada um possa analisar. Quem entender que está sendo individualmente reprimido pode contratar um advogado e recorrer.”

FISCAL DE FESTA A possibilidade de punição incomoda representantes dos síndicos. “Nem mesmo a polícia tem autorização para entrar em uma residência e, sem menosprezar o trabalho dos comissários, não concordo que eles tenham esse direito”, diz o presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais Residenciais e Mistos de Belo Horizonte e da Região Metropolitana, Carlos Eduardo Alves Queiroz. Ele classifica a medida como invasiva e diz que vai gerar conflito. “O síndico tem responsabilidades administrativas no condomínio e não pode ser fiscal de festa. Ele nem mesmo tem autorização para entrar nesses eventos. Só o que pode fazer é chamar o responsável para contornar algum transtorno para os demais moradores, como som alto.”

Como era

Fiscalização em bares, restaurantes, shows e estabelecimentos comerciais

Repressão à venda e ao consumo de bebidas alcoólicas por crianças e adolescentes

Autuação e repressão a estabelecimentos comerciais infratores. Em caso de reincidência,
as casas poderiam ser fechadas

Acionamento dos pais, quando adolescentes eram flagrados ingerindo bebida alcoólica. Os menores eram buscados no local da festa, mediante assinatura de um termo de responsabilidade

Apreensão de documento falso usado com o menor, que era entregue aos responsáveis

Como ficou


A fiscalização passa a ocorrer também em eventos e festas particulares, de aniversários e de formatura, por exemplo, em escolas, sítios e condomínios

Fiscalização de consumo e venda de bebida alcoólica, cigarros e qualquer substância que cause dependência física ou psíquica. Não só quem vende, mas quem entrega ou serve também é punido

Responsabilização de pais, diretores de escolas e síndicos de condomínios onde a infração ocorra, além dos donos de estabelecimentos comerciais infratores. Multa de três a 20 salários mínimos, podendo dobrar na reincidência em caso de estabelecimentos comerciais, que podem ser fechados

Pais de menores flagrados nessas condições são chamados para buscá-los no local da festa. Caso não compareçam, os menores serão levados ao Conselho Tutelar. Pais, responsáveis, síndicos e diretores assinam termo de compromisso e vão a audiências na Vara Cível da Infância e da Adolescência, onde respondem civilmente

Adolescentes com documentos falsos são encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH), onde respondem por falsidade ideológica


Linha-dura para idade falsa
Na mesma portaria em que aperta fiscalização sobre consumo de álcool, juiz determina que jovens que usam carteira de outros para entrar em eventos respondam pelo ato na polícia



Paula Sarapu e Valquiria Lopes

Verificação de documentos de menores em shows será intensificada (Jackson Rmanelli/EM/D.A Press - 22/4/12)
Verificação de documentos de menores em shows será intensificada


O que todo mundo quer, na adolescência, é fazer logo 18 anos. Mas, para acelerar o calendário e entrar nas festas badaladas, shows ou boates, não é raro encontrar adolescentes que falsificam documentos, usando fotos e dados de um amigo ou irmão mais velho. Mas, se pouco ou nada acontecia até agora com quem usava o artifício, o juiz da Vara Cível da Infância e da Juventude de BH, Marcos Flávio Lucas Padula, resolveu endurecer o jogo. De acordo com nova portaria do juizado, menores flagrados com documentos falsos serão encaminhados pela Polícia Militar ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH), onde responderão por infração equivalente a falsidade ideológica.

Segundo o magistrado, essa é uma prática comum. Este ano, até 31 de agosto, 191 adolescentes foram pegos com documentos adulterados ou portando identificação de outra pessoa. Durante as fiscalizações dos comissários da Vara da Infância e da Adolescência, 836 menores foram encontrados em locais sem alvará de funcionamento ou em desacordo com a faixa etária estabelecida pelo juiz para determinado evento. “Observamos cada vez mais esse tipo de situação. Deixamos clara nessa portaria a responsabilidade do adolescente que usa identidade falsa, o que é crime”, explicou.

A coordenadora do Comissariado da Vara da Infância e da Juventude, Ângela Maria Xavier Muniz, diz que os jovens demonstram respeito pelos comissários e ficam preocupados quando são flagrados nas festas, principalmente pelo que pode acontecer. “Antes, a portaria existente só falava da obrigação de os estabelecimentos exigirem documento dos adolescentes. Agora, eles podem até chamar a PM. O que nos espanta é que, na maioria das vezes, os pais nem sabem onde os filhos estão.”

O uso de documento falso por adolescentes é visto pelo psicanalista da PUC Minas Vitor Ferrari como a busca de outra identidade. “Esses meninos querem construir o lugar deles, querem mudar de papel e para isso vão pelo caminho mais fácil. Nada parece ser mais propício do que usar o documento de alguém para se parecer mais velho”, diz. Ele repudia os excessos, mas avalia como positiva a decisão de punir os menores flagrados em festas e eventos com documento falso. “A punição é uma medida muito boa para conter essa irregularidade. Se não houver castigo, a sociedade se desregula”, completa.

Quem convive com a rotina de levar e buscar filhos adolescentes em festas recomenda atenção da família ao comportamento dos filhos. “É preciso saber com quem eles andam, o que fazem e que locais estão frequentando. Não dá para deixar um menor solto, sem controle. Podemos confiar no filho, mas sem perdê-lo de vista”, diz o pai de uma adolescente, que pediu para não ser identificado. Ele recorda que em uma comemoração a que a filha costuma ir, se assustou com a realidade de outras famílias. “Presenciei por mais de meia hora muitas meninas, menores, bonitas e com roupas sensuais, entrando sozinhas ou em duplas em táxis para voltar para casa. Fiquei me perguntando onde estavam os responsáveis pela garotas”, conta.

Entre janeiro e setembro, 29.550 fiscalizações foram feitas pelos comissários da Vara da Infância e da Juventude da capital em bares, restaurantes, festas e eventos. O número representa 86% de todas as vistorias de 2012, quando houve 34.354 ações. O psicanalista Vitor Ferrari chama a atenção para o papel da família. “Os pais não podem se furtar à  imposição de limites, do controle e da correção de comportamentos”, diz. Ele afirma que,  como os responsáveis pelos menores, as escolas não podem abrir mão do papel de educar. “Se a família é omissa, a indústria publicitária de bebidas e do tabaco e o traficante não são. Vendem a ideia de acesso à felicidade, ao prazer, em um momento delicado da vida, que é a adolescência.”

Alerta que vem das unhas‏ - Sara Lira

Manchas, ondulações e esfarelamento podem sinalizar que algo não vai bem. Problemas vão da falta de vitaminas, distúrbios circulatórios a sapato apertado e excesso de produtos químicos


Sara Lira

Estado de Minas: 09/10/2013 




Seja nos pés ou nas mãos, as unhas passam quase que desapercebidas para muitos quando o assunto é saúde. Mas elas podem ser um reflexo de que algo não vai bem no organismo, bastando observar a textura, coloração e resistência delas. As unhas podem alertar sobre problemas externos como micoses ou fungos, passando por carências nutricionais e de vitaminas ou até mesmo refletir doenças sérias como as renais, do trato cardiorrespiratório e hormonais. "A análise das unhas pode fornecer dados sobre a saúde geral do paciente e até indicar episódios prévios de doenças", afirma o dermatologista e professor-adjunto de dermatologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Claudemir Aguilar.

Ele explica que unhas quebradiças, por exemplo, podem significar doenças sistêmicas como hipotireoidismo ou hipertireoidismo, carência de vitaminas, distúrbios circulatórios ou simplesmente uso excessivo de produtos químicos, como os de limpeza doméstica. As ondulações podem ser reflexo de doenças da matriz ungueal (onde a unha nasce), psoríase ou outros processos infecciosos. Quando elas apresentam coloração alterada, como metade da unha vermelha e a outra metade esbranquiçada, pode significar problemas renais. Unhas com manchas azuladas ou em tons de roxo podem expressar problemas pulmonares. Outras alterações na cor podem ser apenas traumas na matriz ou infecção por fungos. As unhas duras e grossas podem ser complicações causadas também por fungos, indicar distúrbios circulatórios ou simplesmente traumas como o uso em excesso de calçados fechados.

Por isso, notando qualquer alteração, é necessário fazer uma visita ao consultório médico. A dermatologista e secretária do Departamento de Unhas e Cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia Tatiana Gabbi reforça a recomendação. "É difícil fazer um diagnóstico clínico apenas por meio da análise visual das unhas. É mais fácil o caminho inverso: descobrir a doença, por exemplo, para depois saber que a alteração das unhas tinha a ver com aquilo."

Para mulheres que gostam de fazer as unhas com uma profissional ou por conta própria, é preciso atenção ao usar o alicate. "Quando a manicure empurra a cutícula de maneira errada, utilizando com força a espátula, ela pode agredir a unha", exemplifica Tatiana. As cutículas representam uma barreira de proteção para unhas dos pés e das mãos. O ideal, segundo a dermatologista, seria não retirá-las, principalmente as dos pés. Se a pessoa faz questão, o recomendado é tirar apenas o excesso e, em seguida,  hidratá-las. "Oriento os pacientes a tirar menos, apenas o excesso, e hidratar com cremes próprios, que podem ser encontrados em farmácias, ou hidratantes comuns. A hidratação da cutícula leva a um resultado estético semelhante à da remoção completa e é mais saudável para as unhas", afirma.


FUNGOS E ESMALTES A ausência das cutículas pode contribuir ainda para o surgimento de problemas mais chatos, uma vez que a unha fica desprotegida. "O trauma favorece a implantação dos fungos", acrescenta Claudemir Aguilar. Fungos e micoses que atingem frequentemente as unhas são mais difíceis de curar, uma vez que se desenvolvem sob a lâmina ungueal (abaixo da unha). "O fungo invade o leito ungueal (sob a lâmina ungueal) de três formas: agredindo a base da unha, ou a região subungueal distal e lateral, ou a superfície da unha. É difícil curar porque ele está afetando a região do leito, que está mais profunda na estrutura ungueal", explica Claudemir. Além disso, as unhas demoram para crescer e se renovarem totalmente, o que dificulta ainda mais a extinção daquela micose. No caso dos pés, elas demoram de nove a 18 meses para se renovarem e nas mãos, de três a seis meses. 

Outro hábito comum a grande parte das mulheres é usar esmaltes frequentemente. E é preciso cautela, ao detectar sinais de problemas nas unhas. "O uso de esmaltes em excesso provoca ressecamento da lâmina, também porque os removedores usados agridem quimicamente a região", explica Claudemir. Tatiana Gabbi afirma que o ideal é que a unha fique livre de qualquer produto por um ou dois dias, antes de receber outro esmalte. "É importante a unha respirar. Se deixar o esmalte por muito tempo, ele tem a capacidade de digerir a queratina da unha e provocar manchinhas brancas", completa. Os tratamentos de problemas nas unhas podem ser feitos com medicamento oral ou local, pomadas e produtos antimicóticos (na forma de esmaltes). É importante que um médico avalie a saúde de suas unhas e indique o produto específico a ser usado.


MITOS E VERDADES

Esmalte escuro fortalece a unha?
Especialistas não falam sobre benefícios sobre tons de esmaltes. Mas sabe-se que o esmalte vermelho contém atividade fungicida, ou seja, alguns pigmentos vermelhos previnem que a unha seja acometida por fungos.

Usar sapatos abertos em vez dos fechados é importante para deixar as unhas dos pés respirarem?
Sim, e por dois motivos. O primeiro é que o suor em excesso propicia o desenvolvimento de fungos e micoses. O segundo é que o sapato fechado pode causar uma deformidade traumática das unhas, como a unha encravada.

Tirar a cutícula agride as unhas?
Sim. As cutículas protegem a unha contra traumas e fungos. Porém, caso a pessoa opte por eliminá-las, deve-se retirar apenas o excesso e mantê-las hidratadas.

O uso de esmaltes sempre faz mal?
Não. Apenas quando o uso é em excesso e não há um intervalo entre o uso de um e de outro. Havendo uma pausa de um a dois dias não há problema em usar esmaltes. Para remover é indicado usar um produto livre de acetona. Algumas pessoas, no entanto, podem desenvolver alergia a esmaltes ou produtos contidos neles. É preciso observar o comportamento da unha.

Por que as micoses são tão difíceis de serem tratadas?
Porque os fungos se desenvolvem abaixo da unha. Além disso, as unhas demoram de três a seis meses (mãos) e de nove a 18 meses (pés) para se regenerarem completamente.

O tamanhos das unhas pode influenciar na saúde delas?
 Sim. Unhas curtas evitam descolamentos e encravamentos, além de serem mais saudáveis e higiênicas.

AO que se deve atentar NO uso de tesoura, alicate ou cortador, seja em salões de beleza, serviços de podólogos ou em casa?
Um dos riscos de usar equipamentos em salões e serviços especializados desconhecidos é de contrair doenças virais e até mesmo hepatites e HIV. Portanto, fique atento se o salão tem autoclave (onde o material é completamente esterilizado, a altas temperaturas). Ao usar os próprios instrumentos, em casa, por exemplo, a pessoa deve limpá-los com detergente neutro e água corrente e usar álcool em seguida. 

Cursos Pós #CONFOA2013


QUARTA-FEIRA | 09 DE OUTUBRO
Cursos Pós-Conferência - 9h – 12h  
OFICINA 1 – Interoperabilidade e repositórios: novos serviços de apoio à atividade científica e académica
Ministrantes: José Carvalho, Eloy Rodrigues, Ricardo Saraiva e Pedro Príncipe, Serviços de Documentação da Universidade do Minho
Carga horária: 03 horas

Sessão tutorial sobre a Interoperabilidade entre repositórios e outros sistemas de informação de apoio à atividade científica e académica e demonstração de serviços de valor acrescentado para repositórios. Este treinamento permite conhecer todo o ciclo da informação nestes contextos, a importância da utilização das normas e diretrizes e a mais valia da informação em rede. Aborda ainda as principais iniciativas internacionais relevantes nesta área.
Programa:
1. Conceito de Repositório aberto e importância da Interoperabilidade
2. Desafios e oportunidades da interoperabilidade em repositórios de acesso aberto
3. Pilares da interoperabilidade, normas, direterizes e a qualidade dos repositórios
4. Interoperabilidade e novos serviços em repositórios: o caso do RepositoriUM
5. Serviços e projetos a nível nacional e transnacional: os casos do RCAAP e OpenAIRE
OFICINA 2 – Gestão de Propriedade Intelectual para o Acesso Aberto ao Conhecimento Cientifico
Ministrantes: Carolina Rossini– SPARC/ARL e conselheira OKFN Brasil e Projeto REA-Brasil (coordenação), John Wilbanks – Sage Bionetworks, Everton Zanella – OKFN Brasil, Alexandre Hannud Abdo – OKFN Brazil e USP, Debora Sebriam – Projeto REA Brasil e Instituto Educadigital
Carga horária: 03 horas
Programa:
Este workshop tem como objetivo proporcionar um espaço de debate e reflexão sobre o acesso aberto, recursos educacionais abertos e dados abertos como formas primordiais para publicação e gestão do conhecimento gerado na universidade pública.
Partindo de um mapeamento do atual estado de acesso aberto no Brasil, de exemplos de políticas implementadas em algumas universidades/países e da solidificação de conceitos sobre o acesso aberto e interoperabilidade legal e técnica, este workshop irá fornecer dicas e instruções sobre como divulgar seu trabalho por meio de estratégias de Acesso Livre, assim como proteger seus direitos de autor na cultura digital. O debate tratará de questões institucionais relacionadas a transferência de tecnologia e respectivas estratégias de embargo de depósito e publicação.
Também englobará exercícios práticos e guiados para que os participantes compreendam melhor sobre as licenças do Creative Commons, GPL e outras licenças em geral, e aprendam como escolhê-las, implementá-las, como interoperam com outras licenças e como medir seu impacto.
Recursos complementares:
* Iniciativa de Budapeste pelo Acesso Aberto - http://www.opensocietyfoundations.org/openaccess/translations/portuguese-translation
* Relatorio SPARC: Country Report - Brazil, por Carolina Rossini
* Princípios Panton - http://pantonprinciples.org/translations/#Portuguese
* outros TBC
OFICINA 3 – A lei de Direitos Autorais e respectivas limitações para bibliotecas e arquivos
Ministrantes: Francimária Lacerda Nogueira Bergamo (DDI)
Carga horária: 03 horas
Programa:
Esta oficina tem por objetivo discutir a revisão da lei autoral brasileira que deverá ser submetida ao Senado brevemente, bem como explicitar o contexto de negociações na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) acerca da ampliação das limitações e exceções ao direito do autor e acesso à cultura, implicando em decisões que podem afetar seriamente nossas atividades. Entendemos que nos encontramos em um momento crítico, no qual a posição das bibliotecas, arquivos e instituições educacionais deve ser claramente manifestada.
Cursos Pós-Conferência – 14h – 17h
OFICINA 4 – Gestão de dados científicos: o papel das bibliotecas
Ministrantes: Pedro Príncipe, Serviços de Documentação da Universidade do Minho
Carga Horária: 03 horas
O mote para o workshop é a necessidade de compreender o papel que as bibliotecas e serviços de informação e documentação têm hoje que desempenhar no domínio dos dados científicos produzidos pelas instituições de investigação. Com base neste referencial, serão trabalhados de forma integrada os seguintes tópicos: planeamento da gestão de dados científicos, curadoria e ciclo de vida dos dados científicos, etapas da gestão de dados científicos, metadados e repositórios de dados científicos, e políticas institucionais para a gestão dos dados. Pretende-se assim traçar uma visão geral dos principais campos de compreensão e intervenção dos profissionais envolvidos na gestão de informação científica e académica.
Programa:
1. Dados científicos: conceitos e tipologias
2. Gestão de dados científicos: relevância e desenvolvimentos
3. Ciclo de vida dos dados científicos e etapas na gestão dos dados
4. Recomendações da LIBER sobre o papel das bibliotecas na gestão de dados
5. Políticas institucionais para a gestão dos dados
6. Planeamento da gestão de dados científicos
7. Documentação, metadados e repositórios de dados científicos
OFICINA 5 – Boas práticas para a construção de repositórios institucionais da produção científica
Ministrantes: Bianca Amaro, Luísa Café, Maria Fernanda Melis, Michelli Costa e Tainá Batista – equipe do Laboratório de Metodologias de Tratamento e Disseminação da Informação – Ibict

Carga horária: 03 horas

Programa:
1. Para começar um repositório institucional
1.1. Conceitos e natureza
1.2. Eliminando males entendidos
2. Definição das políticas
2.1. Política institucional
2.2. Política de funcionamento
2.3. Termo de autorização de distribuição não exclusiva de conteúdos
3. Arquitetura da informação
3.1. Comunidades e coleções
3.2. Grupos de usuários
3.3. Permissões e políticas
4. Metadados
4.1. Formulários de descrição por tipos de documentos
4.2. Padronização na descrição dos documentos
4.3. Controle de autoridades
5. Visibilidade
5.1. URL
5.2. Nomeação dos arquivos
6. Serviços de informação para a comunidade acadêmica
6.1. Disseminação Seletiva da Informação (RSS e assinatura de coleções)
6.2. Estatísticas
6.3. Preservação
6.4. Orientação sobre os direitos autorais
7. Divulgação
7.1. Diretórios internacionais de repositórios digitais
7.2. Ranking de repositórios digitais
7.3. Marketing
7.4. Redes sociais


Realização:Organização:Apoio:
SIBiUSPFCCNUniversidade do MinhoFCTIbictCNPqFAPESP

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