Zero Hora - 13/11/2013
Você planeja passar um tempo em outro país trabalhando e estudando, mas o
universo está preparando a chegada de um amor daqueles de tirar o chão,
que fará você jogar fora seu atlas e criar raízes no quintal como se
fosse uma figueira.
Você está muito satisfeita com a vida que tem e, se acabar seus dias
desse mesmo jeito, ficará mais do que agradecida, porém publicará no
Facebook uma foto incrível que tirou de um menino de rua e essa postagem
despretensiosa vai lhe abrir as portas para uma nova carreira que você
nem suspeitava ser possível iniciar.
Você treina para a maratona mais desafiadora da sua vida, mas não
chegará com as duas pernas intactas na hora da largada, e a primeira
surpresa será essa: o inferno da frustração. A segunda: durante a
passagem pelo inferno, fará amigos que lhe ofertarão uma nova
perspectiva de vida, aquela que você não imaginava que existia e que
também o desafiará, só que de forma mais passiva.
Você não tinha certeza se queria filhos, mas todos em volta
perguntavam: se não tiver, quem vai cuidar de você na velhice? Caiu
nessa esparrela e hoje tem dois filhos amados – um é pesquisador na
Antártica e a outra é dançarina em Moscou, ambos muito presentes pelo
Skype, sem intenção de voltar.
Você sai toda bonita e cheirosa para encontrar seu namorado na casa
dele, acreditando que será mais um encontro como os outros, mas no meio
do caminho, num sinal fechado, é assaltada por um brucutu armado que lhe
leva o carro e a confiança em noites que eram para ser apenas
românticas.
Você sai toda bonita e cheirosa para encontrar seu namorado na casa
dele, acreditando que será mais um encontro como os outros, e, ao
chegar, se depara com um homem inspirado: ele sugere que você não saia
mais de lá, que fique morando com ele.
O universo nunca entrega o que promete. Aliás, ele nunca prometeu nada, você é que escuta vozes.
No dia em que você pensa que não tem nada a dizer para o analista,
faz a revelação mais bombástica dos seus dois anos de terapia. O
resultado de um exame de rotina coloca sua rotina de cabeça para baixo.
Você não imaginava que iriam tantos amigos na sua festa, mas tampouco
imaginou que justo seu grande amor não iria. Quando achou que estava
bela demais, não arrasou corações.
Quando saiu sem maquiagem e com uma camiseta puída, chamou a
atenção. E assim seguem os dias à prova de planejamento e contrariando
nossas vontades, pois, por mais que tenhamos ensaiado nossa fala e
estejamos preparados para a melhor cena, nos bastidores do universo
alguém troca nosso papel de última hora e não nos comunica, tornando
surpreendente a nossa vida.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Fernando Brant - O livrinho e o Supremo
O livrinho e o Supremo
Fernando Brant - fernandobrant@hotmail.com
Estado de Minas: 13/11/2013
Primeiro digo que sou
filho de juiz de direito e aprendi, desde menino, a valorizar esse tipo
de gente que se dedica a resolver conflitos e aplicar, com conhecimento
e sensatez, a justiça. Mais que a lei, a justiça, pois a legislação que
foge do bom direito não deve prosperar, tem de ser revogada. Claro que
existem maus juízes, mas isso não justifica descrença no Judiciário, que
é formado por humanos. O magistrado que não merece respeito deve ser
defenestrado da mesma forma que os códigos ilegítimos.
Gostei de ler, outro dia, um texto da escritora Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras. Do mesmo jeito dela, não sou jurista, mas sempre leio o livrinho. Aprendemos isso com nossos pais. O livrinho, como todos deveriam saber, é a Constituição, bíblia e bússola de todo cidadão brasileiro.
Sofremos mais de 20 anos, massacrados pelo autoritarismo, praga que se espalha por qualquer país, cidade, rua e praça dominados por qualquer tipo de ditadura. Desde os 16 anos, até quase os 40, tive que suportar, resistindo, o peso da ignorância, da estupidez. Lembro-me de meu pai expulsando de sua sala de trabalho um indivíduo que, desejando uma decisão, insinuando pressioná-lo, afirmou ser amigo de militares. A Justiça não deve nem pode se render à força.
Pois o nosso livrinho, roteiro da cidadania, é notável principalmente em seu quinto artigo, que trata exaustivamente dos direitos e garantias individuais. Trago-o sempre a meu lado, seguindo o conselho do comandante da democracia, Ulysses Guimarães. E me assusta perceber que governantes, legisladores e muita gente reconhecida como defensora das boas causas ignoram, tentam atropelar ou admitem pequenas exceções no cumprimento dos mandamentos constitucionais. Fico de cabelo em pé, berro e grito contra esses absurdos.
Em seu artigo quinto, nossa Constituição reservou lugar especial para alguns princípios fundamentais, protegendo-os de qualquer interferência ou modificação. São as chamadas cláusulas pétreas. Não podem ser nem objeto de deliberação. Artigos imexíveis, como diria o Magri. Na minha vida de compositor, me fixo sempre em duas dessas cláusulas, que, além de respeitadas, não podem ser modificadas.
Uma diz que ao autor pertence o direito exclusivo de utilizar a sua obra. Quer dizer: qualquer utilização necessita de sua autorização. A outra diz expressamente que a criação de associações é livre, sendo “vedada a intervenção estatal em seu funcionamento”.
Irresponsavelmente, o Congresso, o Executivo e alguns artistas que andam por aí procurando alguma coisa, os procuristas, aprovaram uma lei que é um tapa em nossa cara e em nossos direitos. Estamos com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o barco legal volte ao caminho justo.
Gostei de ler, outro dia, um texto da escritora Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras. Do mesmo jeito dela, não sou jurista, mas sempre leio o livrinho. Aprendemos isso com nossos pais. O livrinho, como todos deveriam saber, é a Constituição, bíblia e bússola de todo cidadão brasileiro.
Sofremos mais de 20 anos, massacrados pelo autoritarismo, praga que se espalha por qualquer país, cidade, rua e praça dominados por qualquer tipo de ditadura. Desde os 16 anos, até quase os 40, tive que suportar, resistindo, o peso da ignorância, da estupidez. Lembro-me de meu pai expulsando de sua sala de trabalho um indivíduo que, desejando uma decisão, insinuando pressioná-lo, afirmou ser amigo de militares. A Justiça não deve nem pode se render à força.
Pois o nosso livrinho, roteiro da cidadania, é notável principalmente em seu quinto artigo, que trata exaustivamente dos direitos e garantias individuais. Trago-o sempre a meu lado, seguindo o conselho do comandante da democracia, Ulysses Guimarães. E me assusta perceber que governantes, legisladores e muita gente reconhecida como defensora das boas causas ignoram, tentam atropelar ou admitem pequenas exceções no cumprimento dos mandamentos constitucionais. Fico de cabelo em pé, berro e grito contra esses absurdos.
Em seu artigo quinto, nossa Constituição reservou lugar especial para alguns princípios fundamentais, protegendo-os de qualquer interferência ou modificação. São as chamadas cláusulas pétreas. Não podem ser nem objeto de deliberação. Artigos imexíveis, como diria o Magri. Na minha vida de compositor, me fixo sempre em duas dessas cláusulas, que, além de respeitadas, não podem ser modificadas.
Uma diz que ao autor pertence o direito exclusivo de utilizar a sua obra. Quer dizer: qualquer utilização necessita de sua autorização. A outra diz expressamente que a criação de associações é livre, sendo “vedada a intervenção estatal em seu funcionamento”.
Irresponsavelmente, o Congresso, o Executivo e alguns artistas que andam por aí procurando alguma coisa, os procuristas, aprovaram uma lei que é um tapa em nossa cara e em nossos direitos. Estamos com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o barco legal volte ao caminho justo.
Frei Betto - Informação é poder
Informação é poder
Por meio do "poder suave", os EUA podem projetar, em todo o orbe terrestre, sua ideologia, sua cultura seu modelo de democracia
Frei Betto
Estado de Minas: 13/11/2013
A presidente Dilma
não teria sido pega de surpresa com as revelações de Edward Snowden – de
que o Planalto é espionado pelo governo dos EUA – se a sua assessoria
fosse mais atenta às novas estratégias da Casa Branca após a queda do
Muro de Berlim e o desaparecimento da União Soviética.
Joseph S. Nye e William A. Owen escreveram na revista Foreign Affairs, de março-abril de 1996, um intrigante artigo intitulado "A vantagem informativa dos EUA". Nye dirigiu o Conselho Nacional de Inteligência e foi subsecretário assistente de Defesa para Assuntos Internacionais no governo Clinton. Em seguida, dirigiu a Escola de Governo John F. Kennedy, da Universidade de Harvard. Owen foi subchefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas no governo Clinton.
Os autores ressaltam que, malgrado a superioridade estadunidense nas esferas militar e econômica, "sua mais sutil vantagem comparativa é a habilidade para coletar, processar, atuar sobre e disseminar informação". Para eles, a informação exerce, agora, o papel de "poder suave" (soft power), graças ao qual os EUA podem influenciar a política internacional, substituindo a coerção pela sedução.
As transmissões por satélite reduzem o nosso planeta às dimensões de uma pequena aldeia. Esse “olho instantâneo” que nos permite ver, do Sul da América, o momento em que ocorre uma enchente na China, produz profundas modificações na estratégia militar, que hoje utiliza drones – aeronaves não tripuladas – para bombardear supostos terroristas.
Que as guerras são sujas, todos sabemos. O complicador é quando telespectadores dos quatro cantos do mundo assistem ao procedimento criminoso das forças militares de países que se gabam de não agir como Hitler. E agem exatamente como os nazistas: segregação étnica, sequestros, torturas, confinamento terroritorial, invasão de propriedades etc.
Durante a Guerra Fria, a frágil estabilidade internacional dependia do arsenal nuclear dos países antagônicos. Segundo Nye e Owen, na era da globalização tudo depende da capacidade estadunidense de manter seus aliados informados. E aliados não são apenas governos, mas também amplos setores da população de países cujos governos são contrários à Casa Branca.
No Irã, na China ou em Cuba, há pessoas convencidas de que o símbolo da democracia é um McDonald's em cada esquina e, portanto, suscetíveis de serem mobilizadas pelo poder informativo dos EUA. Entenda-se: pela versão estadunidense dos fatos.
Nye e Owen não relutam em afirmar que "à medida que sua capacidade de prover esse tipo de informação crescer, os EUA serão vistos, cada vez mais, como o líder natural de coalizão, não só por ser o mais forte, mas porque podem produzir o insumo mais importante para as boas (sic) decisões e a ação efetiva a outros membros da coalizão". Portanto, "assim como o domínio nuclear foi a chave para a liderança na era passada, o domínio da informação será a chave nesta era informativa".
O que encanta os autores é constatar que a informação gerada desde os EUA tem ampliado os espaços do livre mercado e restringido a esfera de ação dos poderes centralizados. Citam como exemplo o papel dos computadores e das máquinas xerox no governo Gorbachev, quando "as tecnologias puderam disseminar também diversas ideias políticas".
Agora, com a proliferação de redes sociais e a conexão propiciada pela internet, dilatam-se os espaços democráticos na China. "O belo da informação, como recurso de poder” – dizem os autores – “é que, enquanto reforça a efetividade do poder militar, inelutavelmente democratiza as sociedades".
Por meio do "poder suave", os EUA podem projetar, em todo o orbe terrestre (como diria um papa), sua ideologia, sua cultura, seu modelo de democracia, suas instituições sociais e políticas, "liderando as redes de negócios internacionais e as telecomunicações". Esse "poder suave" visa a quatro objetivos prioritários: 1) favorecer as transições democráticas dos atuais Estados considerados autoritários e ditatoriais; 2) prevenir a reversão das frágeis democracias; 3) prever e resolver os conflitos regionais; 4) enfrentar a ameaça do terrorismo, do crime internacional e da proliferação de armas, sobretudo atômicas (que EUA e Israel têm, mas não admitem o direito de outros países terem).
A internet é outra arma nada desprezível. "Deixado a si mesmo, o mercado provavelmente continuará a tendência de concentrar desproporcionalmente o acesso à Internet". Por isso, a Agência de Informação dos EUA (Usia) e a AID "devem trabalhar para melhorar o acesso global à internet". Informação globalizada, por enquanto, é isto: uma versão que se impõe como a única e se julga a verdadeira. E é precedida por inescrupulosa espionagem eletrônica, doa a quem doer.
Joseph S. Nye e William A. Owen escreveram na revista Foreign Affairs, de março-abril de 1996, um intrigante artigo intitulado "A vantagem informativa dos EUA". Nye dirigiu o Conselho Nacional de Inteligência e foi subsecretário assistente de Defesa para Assuntos Internacionais no governo Clinton. Em seguida, dirigiu a Escola de Governo John F. Kennedy, da Universidade de Harvard. Owen foi subchefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas no governo Clinton.
Os autores ressaltam que, malgrado a superioridade estadunidense nas esferas militar e econômica, "sua mais sutil vantagem comparativa é a habilidade para coletar, processar, atuar sobre e disseminar informação". Para eles, a informação exerce, agora, o papel de "poder suave" (soft power), graças ao qual os EUA podem influenciar a política internacional, substituindo a coerção pela sedução.
As transmissões por satélite reduzem o nosso planeta às dimensões de uma pequena aldeia. Esse “olho instantâneo” que nos permite ver, do Sul da América, o momento em que ocorre uma enchente na China, produz profundas modificações na estratégia militar, que hoje utiliza drones – aeronaves não tripuladas – para bombardear supostos terroristas.
Que as guerras são sujas, todos sabemos. O complicador é quando telespectadores dos quatro cantos do mundo assistem ao procedimento criminoso das forças militares de países que se gabam de não agir como Hitler. E agem exatamente como os nazistas: segregação étnica, sequestros, torturas, confinamento terroritorial, invasão de propriedades etc.
Durante a Guerra Fria, a frágil estabilidade internacional dependia do arsenal nuclear dos países antagônicos. Segundo Nye e Owen, na era da globalização tudo depende da capacidade estadunidense de manter seus aliados informados. E aliados não são apenas governos, mas também amplos setores da população de países cujos governos são contrários à Casa Branca.
No Irã, na China ou em Cuba, há pessoas convencidas de que o símbolo da democracia é um McDonald's em cada esquina e, portanto, suscetíveis de serem mobilizadas pelo poder informativo dos EUA. Entenda-se: pela versão estadunidense dos fatos.
Nye e Owen não relutam em afirmar que "à medida que sua capacidade de prover esse tipo de informação crescer, os EUA serão vistos, cada vez mais, como o líder natural de coalizão, não só por ser o mais forte, mas porque podem produzir o insumo mais importante para as boas (sic) decisões e a ação efetiva a outros membros da coalizão". Portanto, "assim como o domínio nuclear foi a chave para a liderança na era passada, o domínio da informação será a chave nesta era informativa".
O que encanta os autores é constatar que a informação gerada desde os EUA tem ampliado os espaços do livre mercado e restringido a esfera de ação dos poderes centralizados. Citam como exemplo o papel dos computadores e das máquinas xerox no governo Gorbachev, quando "as tecnologias puderam disseminar também diversas ideias políticas".
Agora, com a proliferação de redes sociais e a conexão propiciada pela internet, dilatam-se os espaços democráticos na China. "O belo da informação, como recurso de poder” – dizem os autores – “é que, enquanto reforça a efetividade do poder militar, inelutavelmente democratiza as sociedades".
Por meio do "poder suave", os EUA podem projetar, em todo o orbe terrestre (como diria um papa), sua ideologia, sua cultura, seu modelo de democracia, suas instituições sociais e políticas, "liderando as redes de negócios internacionais e as telecomunicações". Esse "poder suave" visa a quatro objetivos prioritários: 1) favorecer as transições democráticas dos atuais Estados considerados autoritários e ditatoriais; 2) prevenir a reversão das frágeis democracias; 3) prever e resolver os conflitos regionais; 4) enfrentar a ameaça do terrorismo, do crime internacional e da proliferação de armas, sobretudo atômicas (que EUA e Israel têm, mas não admitem o direito de outros países terem).
A internet é outra arma nada desprezível. "Deixado a si mesmo, o mercado provavelmente continuará a tendência de concentrar desproporcionalmente o acesso à Internet". Por isso, a Agência de Informação dos EUA (Usia) e a AID "devem trabalhar para melhorar o acesso global à internet". Informação globalizada, por enquanto, é isto: uma versão que se impõe como a única e se julga a verdadeira. E é precedida por inescrupulosa espionagem eletrônica, doa a quem doer.
Na Tela da Sua Tv
TV paga
Estado de Minas: 13/11/2013
À francesa
Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2008, o filme Entre os muros da escola (foto), dirigido por Laurent Cantet, é o destaque de hoje. Vai ao ar às 22h, no canal Arte 1, mostrando os conflitos culturais dentro de uma escola na periferia de Paris e o esforço de um professor e seus colegas para oferecer uma boa educação. O ator François Bégaudeau, que interpreta o protagonista, é também o autor do livro em que o longa é baseado.
Ação, drama e humor
no pacotão de cinema
Ainda no pacote de filmes, o Telecine Cult continua a homenagem a Woody Allen na sessão Drive-in, emendando esta noite os longas Simplesmente Alice (20h05) e A outra (22h). No Megapix, a sessão Retrô reservou para hoje, à 0h10, Indiana Jones e o Templo da Perdição. Na faixa das 22h, o assinante tem mais oito opções: As aventuras de Pi, no Telecine Premium; Flores do Oriente, no Telecine Touch; A outra história americana, no TCM; Quero ser John Malkovich, na MGM; O perigo dorme ao lado, no ID; Demônio, no Space; Sob o domínio do medo, no Max Prime; e Rock of ages: o filme, na HBO. Outras atrações da programação: Minority report – A nova lei, às 22h05, no Universal; Eu, robô, às 22h30, no FX; e Espanglês, às 23h, no Comedy Central.
Susana Vieira é a atriz
da vez de Damas da TV
Na edição de hoje do programa Damas da TV, às 21h30, no canal Viva, a convidada é a atriz Susana Vieira, que atualmente está no ar como Pilar Khouri de Amor à vida, da Globo, e no mesmo Viva em A próxima vítima, no papel de Ana Carvalho. “Sou a única atriz que tem três novelas com nome: A sucessora era eu; o Anjo mau fui eu, e a Senhora do destino fui eu”, enumera. "Na televisão, a primeira a beijar na boca do Tarcísio Meira, sem ser a Glória Menezes, fui eu”, arremata. E por aí vai.
O Grivo mostra que a
arte não tem fronteiras
Os criadores do coletivo O Grivo são os destaques de hoje da série Artes visuais, às 21h30, no SescTV. Músicos de formação, os artistas mineiros Nelson Soares e Marcos Moreira, cujo trabalho se localiza na fronteira entre a música contemporânea e as artes visuais, falam, entre outros temas, sobre carreira, obras e comparam as diferenças em criar para artes visuais, cinema, música e dança.
Germano Mathias vira
verbete de enciclopédia
Já falando exclusivamente de música, o irreverente cantor e compositor Germano Mathias é o bamba da vez em Enciclopédia do samba, às 18h45, no Canal Brasil. Acompanhado por Osvaldinho da Cuíca no pandeiro, ele interpreta O carro, o relógio e a mulher, Seu cochilo, Desigualdade, Metamorfose e Golpe de azar. No mesmo Canal Brasil, às 21h30, o músico argentino Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars, é o entrevistado da série Sangue latino. Na Cultura, às 23h30, o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro fala sobre a relação entre poesia e letra de música no programa Entrelinhas.
Ronny Renke vai comer
poeira na Estrada Real
Atleta de mountain bike, Guilherme “Ronny” Renke está percorrendo os 1.100 quilômetros da Estrada Real e documentando sua saga no programa Poeira, que vai ao ar às 18h15, no Woohoo. O programa mostra os bastidores das competições de downhill e sessões livres pelo Brasil e pelo mundo. Entrevistas, curiosidades sobre os locais dos campeonatos, dicas, técnicas e as clássicas gravações com a Helmet Cam fazem o apresentador comer muita poeira.
Estado de Minas: 13/11/2013
À francesa
Vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2008, o filme Entre os muros da escola (foto), dirigido por Laurent Cantet, é o destaque de hoje. Vai ao ar às 22h, no canal Arte 1, mostrando os conflitos culturais dentro de uma escola na periferia de Paris e o esforço de um professor e seus colegas para oferecer uma boa educação. O ator François Bégaudeau, que interpreta o protagonista, é também o autor do livro em que o longa é baseado.
Ação, drama e humor
no pacotão de cinema
Ainda no pacote de filmes, o Telecine Cult continua a homenagem a Woody Allen na sessão Drive-in, emendando esta noite os longas Simplesmente Alice (20h05) e A outra (22h). No Megapix, a sessão Retrô reservou para hoje, à 0h10, Indiana Jones e o Templo da Perdição. Na faixa das 22h, o assinante tem mais oito opções: As aventuras de Pi, no Telecine Premium; Flores do Oriente, no Telecine Touch; A outra história americana, no TCM; Quero ser John Malkovich, na MGM; O perigo dorme ao lado, no ID; Demônio, no Space; Sob o domínio do medo, no Max Prime; e Rock of ages: o filme, na HBO. Outras atrações da programação: Minority report – A nova lei, às 22h05, no Universal; Eu, robô, às 22h30, no FX; e Espanglês, às 23h, no Comedy Central.
Susana Vieira é a atriz
da vez de Damas da TV
Na edição de hoje do programa Damas da TV, às 21h30, no canal Viva, a convidada é a atriz Susana Vieira, que atualmente está no ar como Pilar Khouri de Amor à vida, da Globo, e no mesmo Viva em A próxima vítima, no papel de Ana Carvalho. “Sou a única atriz que tem três novelas com nome: A sucessora era eu; o Anjo mau fui eu, e a Senhora do destino fui eu”, enumera. "Na televisão, a primeira a beijar na boca do Tarcísio Meira, sem ser a Glória Menezes, fui eu”, arremata. E por aí vai.
O Grivo mostra que a
arte não tem fronteiras
Os criadores do coletivo O Grivo são os destaques de hoje da série Artes visuais, às 21h30, no SescTV. Músicos de formação, os artistas mineiros Nelson Soares e Marcos Moreira, cujo trabalho se localiza na fronteira entre a música contemporânea e as artes visuais, falam, entre outros temas, sobre carreira, obras e comparam as diferenças em criar para artes visuais, cinema, música e dança.
Germano Mathias vira
verbete de enciclopédia
Já falando exclusivamente de música, o irreverente cantor e compositor Germano Mathias é o bamba da vez em Enciclopédia do samba, às 18h45, no Canal Brasil. Acompanhado por Osvaldinho da Cuíca no pandeiro, ele interpreta O carro, o relógio e a mulher, Seu cochilo, Desigualdade, Metamorfose e Golpe de azar. No mesmo Canal Brasil, às 21h30, o músico argentino Gustavo Santaolalla, vencedor de dois Oscars, é o entrevistado da série Sangue latino. Na Cultura, às 23h30, o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro fala sobre a relação entre poesia e letra de música no programa Entrelinhas.
Ronny Renke vai comer
poeira na Estrada Real
Atleta de mountain bike, Guilherme “Ronny” Renke está percorrendo os 1.100 quilômetros da Estrada Real e documentando sua saga no programa Poeira, que vai ao ar às 18h15, no Woohoo. O programa mostra os bastidores das competições de downhill e sessões livres pelo Brasil e pelo mundo. Entrevistas, curiosidades sobre os locais dos campeonatos, dicas, técnicas e as clássicas gravações com a Helmet Cam fazem o apresentador comer muita poeira.
XXXX
Caras & Bocas Simone Castro
simone.castro@uai.com.br
Publicação: 13/11/2013 04:00
simone.castro@uai.com.br
Publicação: 13/11/2013 04:00
A vilã Sílvia (Nathalia Dill) de Joia rara vai passar desta para melhor quase no final da novela |
Quem matou?
As autoras Duca Rachid e Thelma Guedes vão apelar para o “quem matou?” em Joia rara (Globo). No caso, vai passar desta para melhor, na reta final da trama, nada menos do que a vilã Sílvia, vivida por Nathalia Dill. Como se sabe, ela está empenhada numa vingança contra seu sogro, Ernest (José de Abreu), e toda a família Hauser. Sílvia quer limpar o nome do seu pai, que era amigo e sócio de Ernest e, depois de uma cilada armada pelo empresário, acabou preso. O pai dela e a mulher de Ernest, Catarina, viveram um amor na juventude e se tornaram amantes depois que ela se casou com o pai de Franz (Bruno Gagliasso). A mulher morreu assassinada e Ernest culpou o amigo. Sem dar pista de sua verdadeira identidade, Sílvia se casou com Franz e é amante do irmão do rapaz, Viktor (Rafael Cardoso). Como aliada, ela tem Manfred (Carmo Dalla Vecchia), alguém em quem não se pode confiar. Nos últimos capítulos, Sílvia conseguiu outro importante apoio, o de Pilar (Sílvia Salgado), funcionária da joalheria de Ernest. Ela conta à designer de joias que desconfia que Gertrude (Ana Lúcia Torre) possa ter sido a responsável pela armação contra o pai da jovem. Disposta a descobrir toda a verdade, Sílvia revistará o quarto da governanta de Ernest e encontrará uma carta escrita por seu pai para Catarina, onde promete tirá-la da mansão para que vivessem juntos. Como se vê, Sílvia mexerá em um vespeiro e gente com interesse para matá-la é o que não falta. O mistério com a revelação do assassino vai até o final da novela.
FILME O TEMPO E O VENTO
VAI VIRAR MICROSSÉRIE
O longa-metragem O tempo e o vento, de Jayme Monjardim, estrelado por Fernanda Montenegro e Thiago Lacerda, será transformado em microssérie e exibido, na Globo, entre 1º e 3 de janeiro. O mesmo valerá para Serra Pelada, de Heitor Dhalia, com Wagner Moura e Juliano Cazarré, no ar a partir
do dia 21.
CASAMENTO CHEGARÁ
AO FIM EM AMOR À VIDA
Perséfone (Fabiana Karla) dará o cartão vermelho para Daniel (Rodrigo Andrade) em Amor à vida (Globo). Inconformada com a insistência do marido para que ela emagreça, a enfermeira dirá que ele se casou com uma gorda, que se aceita, e não o perdoa por não defendê-la diante dos comentários maldosos dos colegas. Tudo começa quando Perséfone fica internada no hospital, depois de se aventurar em dietas malucas. Ela pedirá ao fisioterapeuta que deixe a sua casa.
COMEDIANTE NEGA QUE
ESTEJA SE SEPARANDO
Em entrevista ao site Caras online, a comediante Dani Calabresa negou que esteja se separando do também comediante Marcelo Adnet. “É um boato ridículo e maldoso. Nunca tivemos nenhuma crise. Somos apaixonados e felizes”, afirma. Eles estão casados desde maio de 2010. O tititi começou em função de os artistas morarem, praticamente, em casas separadas. É que ela vive em São Paulo, onde grava o CQC, da Band, e ele no Rio de Janeiro, por conta do quadro do Fantástico (Globo).
COBRAS & LAGARTOS DEVE
SER REPRISADA NA GLOBO
As reprises de novelas nas tardes da Globo vão continuar, pelo menos em 2014. A provável substituta de O cravo e a rosa, que vem ganhando em audiência de tramas atuais, como Malhação e Joia rara, é Cobras & lagartos, mais uma trama de Walcyr Carrasco, como a que ocupa a faixa, e Amor à vida.
VIVA - Nova temporada de Revenge, exibida no canal Sony (TV paga), deixa mocinha contra a parede e clima de suspense só aumenta.
VAIA - Amor à vida só se sustenta no embate entre César (Antônio Fagundes) e Félix (Mateus Solano). É muito pouco para uma novela.
As autoras Duca Rachid e Thelma Guedes vão apelar para o “quem matou?” em Joia rara (Globo). No caso, vai passar desta para melhor, na reta final da trama, nada menos do que a vilã Sílvia, vivida por Nathalia Dill. Como se sabe, ela está empenhada numa vingança contra seu sogro, Ernest (José de Abreu), e toda a família Hauser. Sílvia quer limpar o nome do seu pai, que era amigo e sócio de Ernest e, depois de uma cilada armada pelo empresário, acabou preso. O pai dela e a mulher de Ernest, Catarina, viveram um amor na juventude e se tornaram amantes depois que ela se casou com o pai de Franz (Bruno Gagliasso). A mulher morreu assassinada e Ernest culpou o amigo. Sem dar pista de sua verdadeira identidade, Sílvia se casou com Franz e é amante do irmão do rapaz, Viktor (Rafael Cardoso). Como aliada, ela tem Manfred (Carmo Dalla Vecchia), alguém em quem não se pode confiar. Nos últimos capítulos, Sílvia conseguiu outro importante apoio, o de Pilar (Sílvia Salgado), funcionária da joalheria de Ernest. Ela conta à designer de joias que desconfia que Gertrude (Ana Lúcia Torre) possa ter sido a responsável pela armação contra o pai da jovem. Disposta a descobrir toda a verdade, Sílvia revistará o quarto da governanta de Ernest e encontrará uma carta escrita por seu pai para Catarina, onde promete tirá-la da mansão para que vivessem juntos. Como se vê, Sílvia mexerá em um vespeiro e gente com interesse para matá-la é o que não falta. O mistério com a revelação do assassino vai até o final da novela.
FILME O TEMPO E O VENTO
VAI VIRAR MICROSSÉRIE
O longa-metragem O tempo e o vento, de Jayme Monjardim, estrelado por Fernanda Montenegro e Thiago Lacerda, será transformado em microssérie e exibido, na Globo, entre 1º e 3 de janeiro. O mesmo valerá para Serra Pelada, de Heitor Dhalia, com Wagner Moura e Juliano Cazarré, no ar a partir
do dia 21.
CASAMENTO CHEGARÁ
AO FIM EM AMOR À VIDA
Perséfone (Fabiana Karla) dará o cartão vermelho para Daniel (Rodrigo Andrade) em Amor à vida (Globo). Inconformada com a insistência do marido para que ela emagreça, a enfermeira dirá que ele se casou com uma gorda, que se aceita, e não o perdoa por não defendê-la diante dos comentários maldosos dos colegas. Tudo começa quando Perséfone fica internada no hospital, depois de se aventurar em dietas malucas. Ela pedirá ao fisioterapeuta que deixe a sua casa.
COMEDIANTE NEGA QUE
ESTEJA SE SEPARANDO
Em entrevista ao site Caras online, a comediante Dani Calabresa negou que esteja se separando do também comediante Marcelo Adnet. “É um boato ridículo e maldoso. Nunca tivemos nenhuma crise. Somos apaixonados e felizes”, afirma. Eles estão casados desde maio de 2010. O tititi começou em função de os artistas morarem, praticamente, em casas separadas. É que ela vive em São Paulo, onde grava o CQC, da Band, e ele no Rio de Janeiro, por conta do quadro do Fantástico (Globo).
COBRAS & LAGARTOS DEVE
SER REPRISADA NA GLOBO
As reprises de novelas nas tardes da Globo vão continuar, pelo menos em 2014. A provável substituta de O cravo e a rosa, que vem ganhando em audiência de tramas atuais, como Malhação e Joia rara, é Cobras & lagartos, mais uma trama de Walcyr Carrasco, como a que ocupa a faixa, e Amor à vida.
VIVA - Nova temporada de Revenge, exibida no canal Sony (TV paga), deixa mocinha contra a parede e clima de suspense só aumenta.
VAIA - Amor à vida só se sustenta no embate entre César (Antônio Fagundes) e Félix (Mateus Solano). É muito pouco para uma novela.
Eduardo Almeida Reis - Celebridades
Celebridades
Não me ajeito com a práxis das panelinhas literárias, a velha história de trocar chumbo: um elogia daqui, outro retribui de lá
Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 13/11/2013
Leitor amigo, que não conheço pessoalmente, organiza uma feira de livros em sua região, evento que ainda não tem a expressão da Flip, Feira Literária Internacional de Paraty, mas já consta da lista dos mais visitados e elogiados de Minas Gerais.
Há coisa de cinco meses, escreveu-me dizendo que tinha pensado no pobre de mim como escritor homenageado na próxima feira. Agradeci a lembrança, mas lhe fiz ver que reuniões do gênero não congeminam com o meu temperamento retraído, como também não me ajeito com a práxis das panelinhas literárias, a velha história de trocar chumbo: um elogia daqui, outro retribui de lá.
Neste belo e futuroso país, as pessoas só passam a existir depois de convidadas para a Ilha de Caras. Sem as credenciais de celebridade, ninguém vale um traque. Sob certo aspecto, é bom, porque os traques cheiram mal.
Morro de rir das notícias de que as celebridades cobram para aparecer numa festa. São vinte e cinco mil, cinquenta mil ou mais reais, pagos em dinheiro, só para o célebre aparecer na festa, passar algum tempo, ser visto por lá. Não precisa declamar nem tocar saxofone: basta comparecer.
O jornal Extra, do Rio, publicou uma lista de preços cobrados pelos célebres, dizendo que Márcio Garcia chega a 50 mil, Juliana Paes vai por 25 mil e Paolla de Oliveira cobra 35 mil. Se você quiser Ísis Valverde precisa gastar até 150 mil reais.
O leitor e o seu philosopho sabemos que o médico Albert Bruce Sabin (1906–1993), o cientista da vacina contra a pólio, muito mais que celebridade era um Benfeitor da Humanidade. Pois muito bem: na década de 1990, um grupo de médicos mineiros obteve financiamento para construir hospital de referência em sua região e deu o nome de Albert Sabin.
O marqueteiro do grupo, Dr. Jonas, engenheiro meu amigo, sugeriu que os médicos convidassem o Dr. Sabin para a inauguração do estabelecimento, sugestão recebida com chufas, troças, caçoadas: “Ele vai cobrar uma fortuna!”.
Mas o marqueteiro insistiu e um dos médicos, fluente em inglês, telefonou para o Dr. Sabin nos Estados Unidos contando da conclusão do hospital e perguntando quanto o homenageado, oitentão, com sua bengala, cobraria para vir à inauguração no Brasil.
“Bastam duas passagens e não precisam se preocupar com a hospedagem no Rio, porque fico em casa dos parentes de minha mulher”, explicou o Benfeitor da Humanidade. Assim foi feito. Viajou de avião, hospedou-se em casa de parentes no Rio, de onde veio para Minas de automóvel, compareceu à inauguração, discursou emocionado e voltou para os Estados Unidos.
Alucinógenos
Que a vida se amerceie dos parentes e familiares obrigados a conviver com pessoas que ingerem alucinógenos, ainda que receitados pelos médicos, meu caso quando andei tomando o alcaloide (C20H24N2O2) extraído de arbustos do gênero Cinchona, chamado quinino ou quinina. Tomei-o contra malária por falciparum, dita maligna, e fiquei doidão.
Pausa para explicar, mais uma vez, que parente e familiar não significam a mesma coisa. Parente é pessoa ligada a outra por consanguinidade, afinidade ou adoção, enquanto familiar pode ser o vizinho, o poste da esquina, o pit bull do cavalheiro tatuado que reside numa casa próxima.
Presumo que as alucinações por outras drogas, destas que se vendem à vontade num país grande e bobo, sejam semelhantes à provocada pelo quinino. Cavalheiro pacato, educadíssimo, andei fazendo coisas do arco-da-velha. Até hoje, transcorridos mais que 30 anos, fico horrorizado.
Invadi uma editora, a maior do Rio, tomei o elevador, procurei uma das salas da diretoria, assentei-me na cadeira do diretor, liguei sua máquina elétrica e desandei a escrever às 6 horas da manhã, sinal de que saí de casa, de banho tomado, às 5 horas e ao volante do meu carro.
Também às 6 horas fui visitar um amigo residente na Praia do Flamengo, cumprimentei o porteiro, tomei o elevador, toquei a campainha, a porta foi aberta por uma empregada, assentei-me na sala de visitas e vi saírem, antes das 7 horas, dois filhos do amigo que estudavam medicina. Os donos da casa, assustadíssimos, só apareceram por volta das 8 horas, mas devem ter entendido a loucura porque sabiam que o seu amigo estava morrendo de malária.
O mundo é uma bola
13 de novembro de 1002: o rei Ethelred II (968–1016) ordena o massacre das comunidades vikings existentes na costa da Inglaterra, mesmo porque seria impossível massacrar comunidades inexistentes. Ethelred II casou-se duas vezes e deve ter tido, só em casa, 16 filhos. Sua primeira mulher foi AElfgifu da Nortúmbria, com as duas primeiras letras ligadas talqualmente a ilustre rainha deveria ligar-se ao rei aos gritos de “me bate!”, “me mata!”. Que se pode esperar de uma AElfgifu?
Em 1615, fundação da cidade de Cabo Frio. Pelos padrões brasileiros, é antiga à beça. Em 1994, parece que foi ontem, Schumacher conquista seu primeiro título mundial de Fórmula 1. No ano 354 nasceu Aurelius Augustinus, dito de Hipona, bispo, escritor, teólogo, filósofo e doutor da Igreja Católica, que você conhece como Santo Agostinho.
Ruminanças
“IBGET, Instituto Brasileiro de Geografia Extraterrestre, deve ser o nome da instituição que fez o recenseamento dos quatro milhões de índios existentes no Brasil do ano de 1500.” (R. Manso Neto)
Não me ajeito com a práxis das panelinhas literárias, a velha história de trocar chumbo: um elogia daqui, outro retribui de lá
Eduardo Almeida Reis
Estado de Minas: 13/11/2013
Leitor amigo, que não conheço pessoalmente, organiza uma feira de livros em sua região, evento que ainda não tem a expressão da Flip, Feira Literária Internacional de Paraty, mas já consta da lista dos mais visitados e elogiados de Minas Gerais.
Há coisa de cinco meses, escreveu-me dizendo que tinha pensado no pobre de mim como escritor homenageado na próxima feira. Agradeci a lembrança, mas lhe fiz ver que reuniões do gênero não congeminam com o meu temperamento retraído, como também não me ajeito com a práxis das panelinhas literárias, a velha história de trocar chumbo: um elogia daqui, outro retribui de lá.
Neste belo e futuroso país, as pessoas só passam a existir depois de convidadas para a Ilha de Caras. Sem as credenciais de celebridade, ninguém vale um traque. Sob certo aspecto, é bom, porque os traques cheiram mal.
Morro de rir das notícias de que as celebridades cobram para aparecer numa festa. São vinte e cinco mil, cinquenta mil ou mais reais, pagos em dinheiro, só para o célebre aparecer na festa, passar algum tempo, ser visto por lá. Não precisa declamar nem tocar saxofone: basta comparecer.
O jornal Extra, do Rio, publicou uma lista de preços cobrados pelos célebres, dizendo que Márcio Garcia chega a 50 mil, Juliana Paes vai por 25 mil e Paolla de Oliveira cobra 35 mil. Se você quiser Ísis Valverde precisa gastar até 150 mil reais.
O leitor e o seu philosopho sabemos que o médico Albert Bruce Sabin (1906–1993), o cientista da vacina contra a pólio, muito mais que celebridade era um Benfeitor da Humanidade. Pois muito bem: na década de 1990, um grupo de médicos mineiros obteve financiamento para construir hospital de referência em sua região e deu o nome de Albert Sabin.
O marqueteiro do grupo, Dr. Jonas, engenheiro meu amigo, sugeriu que os médicos convidassem o Dr. Sabin para a inauguração do estabelecimento, sugestão recebida com chufas, troças, caçoadas: “Ele vai cobrar uma fortuna!”.
Mas o marqueteiro insistiu e um dos médicos, fluente em inglês, telefonou para o Dr. Sabin nos Estados Unidos contando da conclusão do hospital e perguntando quanto o homenageado, oitentão, com sua bengala, cobraria para vir à inauguração no Brasil.
“Bastam duas passagens e não precisam se preocupar com a hospedagem no Rio, porque fico em casa dos parentes de minha mulher”, explicou o Benfeitor da Humanidade. Assim foi feito. Viajou de avião, hospedou-se em casa de parentes no Rio, de onde veio para Minas de automóvel, compareceu à inauguração, discursou emocionado e voltou para os Estados Unidos.
Alucinógenos
Que a vida se amerceie dos parentes e familiares obrigados a conviver com pessoas que ingerem alucinógenos, ainda que receitados pelos médicos, meu caso quando andei tomando o alcaloide (C20H24N2O2) extraído de arbustos do gênero Cinchona, chamado quinino ou quinina. Tomei-o contra malária por falciparum, dita maligna, e fiquei doidão.
Pausa para explicar, mais uma vez, que parente e familiar não significam a mesma coisa. Parente é pessoa ligada a outra por consanguinidade, afinidade ou adoção, enquanto familiar pode ser o vizinho, o poste da esquina, o pit bull do cavalheiro tatuado que reside numa casa próxima.
Presumo que as alucinações por outras drogas, destas que se vendem à vontade num país grande e bobo, sejam semelhantes à provocada pelo quinino. Cavalheiro pacato, educadíssimo, andei fazendo coisas do arco-da-velha. Até hoje, transcorridos mais que 30 anos, fico horrorizado.
Invadi uma editora, a maior do Rio, tomei o elevador, procurei uma das salas da diretoria, assentei-me na cadeira do diretor, liguei sua máquina elétrica e desandei a escrever às 6 horas da manhã, sinal de que saí de casa, de banho tomado, às 5 horas e ao volante do meu carro.
Também às 6 horas fui visitar um amigo residente na Praia do Flamengo, cumprimentei o porteiro, tomei o elevador, toquei a campainha, a porta foi aberta por uma empregada, assentei-me na sala de visitas e vi saírem, antes das 7 horas, dois filhos do amigo que estudavam medicina. Os donos da casa, assustadíssimos, só apareceram por volta das 8 horas, mas devem ter entendido a loucura porque sabiam que o seu amigo estava morrendo de malária.
O mundo é uma bola
13 de novembro de 1002: o rei Ethelred II (968–1016) ordena o massacre das comunidades vikings existentes na costa da Inglaterra, mesmo porque seria impossível massacrar comunidades inexistentes. Ethelred II casou-se duas vezes e deve ter tido, só em casa, 16 filhos. Sua primeira mulher foi AElfgifu da Nortúmbria, com as duas primeiras letras ligadas talqualmente a ilustre rainha deveria ligar-se ao rei aos gritos de “me bate!”, “me mata!”. Que se pode esperar de uma AElfgifu?
Em 1615, fundação da cidade de Cabo Frio. Pelos padrões brasileiros, é antiga à beça. Em 1994, parece que foi ontem, Schumacher conquista seu primeiro título mundial de Fórmula 1. No ano 354 nasceu Aurelius Augustinus, dito de Hipona, bispo, escritor, teólogo, filósofo e doutor da Igreja Católica, que você conhece como Santo Agostinho.
Ruminanças
“IBGET, Instituto Brasileiro de Geografia Extraterrestre, deve ser o nome da instituição que fez o recenseamento dos quatro milhões de índios existentes no Brasil do ano de 1500.” (R. Manso Neto)
Infecções aéreas no calor
Evitar a gripe e a pneumonia, comuns na temporada primavera/verão,
requer medidas simples, como tossir protegendo a boca, lavar bem as mãos
e evitar contato com doentes
Augusto Pio
Estado de Minas: 13/11/2013
Com a proximidade do verão, que começa em dezembro, muitos acreditam que estarão protegidos contra gripes, resfriados e pneumonia, enfermidades consideradas típicas do inverno. Porém, todo o cuidado é pouco, pois as doenças pneumocócicas ocorrem em qualquer época do ano. A pneumonia, cujo dia de combate foi lembrado ontem, é a segunda maior causa de hospitalizações no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, figurando como principal causa de morte prevenível por vacinação em crianças, sendo responsável por cerca de 20% de 8,8 milhões de óbitos em todo o mundo. No ano passado, mais de 680 mil pessoas foram internadas com pneumonia no país, no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao lado da pneumonia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus influenza também preocupa: responsável pela gripe, ele atinge anualmente entre 5% e 10% da população mundial. Embora seja considerada uma doença benigna, não se deve esquecer que a gripe também pode apresentar muitas complicações. O problema é que a dúvida entre pneumonia e gripe ocorre porque elas têm alguns aspectos parecidos e ambas acometem as vias respiratórias, porém com características distintas.
A elevação da temperatura merece atenção redobrada, uma vez que o uso de ar-condicionado e ventiladores aumenta e, com isso, há um maior contato com ácaros e fungos. Esses equipamentos, quando não higienizados corretamente, são importantes propagadores de agentes causadores de problemas respiratórios, como a Legionella pneumophila e as bactérias Haemophilus. O tempo seco deixa ainda a mucosa mais seca e vulnerável. Por isso, mantenha-se atento.
O clínico geral Breno Figueiredo Gomes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Regional Minas Gerais e diretor técnico do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, explica que a gripe, a virose, o resfriado e a pneumonia são infecções das vias aéreas. "A gripe e o resfriado são viroses (causada por vírus). A gripe é causada pelo influenza e é mais forte que o resfriado (causado por centenas de outros vírus). A pneumonia é uma infecção das vias aéreas baixas (pulmões) e é causada tanto por bactérias quanto por vírus. Breno alerta que a pneumonia é uma doença perigosa e, se não for tratada adequadamente, pode levar o paciente à morte.
“Ela pode aparecer em qualquer idade e sua cura, geralmente, é feita com o uso de antibióticos. Apenas o médico, depois de uma avaliação clínica detalhada e exames, se necessário, pode precisar se o paciente está com pneumonia”. O limiar entre a gripe e a pneumonia pode ser tênue porque as gripes podem predispor as infecções bacterianas, que levam à infecção dos pulmões, ou seja: um quadro gripal pode, sim, se transformar em uma pneumonia. A contaminação ocorre com a exposição direta aos vírus e bactérias de uma pessoa que está infectada, geralmente por meio da saliva ou de secreções nasais. As mãos são os principais meios de transmissão das infecções, por isso devem ser lavadas ao longo do dia, várias vezes. E bem lavadas.”
O pneumologista Flávio Mendonça Andrade da Silva, presidente da Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica, alerta: "O assunto é controverso, mas no inverno a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as exacerbações mais frequentes. Na maioria das vezes, são processos infecciosos". A pneumonia é uma das principais causas de hospitalização e óbito em crianças menores de 5 anos na maioria dos países em desenvolvimento, e indivíduos acima do 60 anos, e a principal causa de morte em países de população de baixa renda, porém o Brasil não está nesse perfil. Ela pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais grave nos extremos, ou seja, bebês e idosos.
De acordo com Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a maioria dos casos de pneumonia é causada por bactérias, mas também pode ser ocasionada por vírus, como aqueles que provocam a gripe. “O vírus da gripe normalmente se manifesta em áreas localizadas na face e, algumas vezes, pode descer para o interior dos pulmões, especialmente em algumas situações em que há comprometimento da imunidade do paciente. Por isso, é fundamental a prevenção da gripe para reduzir o número de mortes por pneumonia”, aconselha.
Segundo Flávio Andrade, a pneumonia geralmente é tratada com medicamentos para combater os sintomas e antibióticos para agirem sobre a infecção por bactéria. No caso de infecção por vírus influenza, a medicação é específica. Ele salienta que a pneumonia pode ser contraída por inalação, aspiração, via hematogênica, contiguidade a partir de focos infecciosos principalmente da parede torácica e reativação de focos, principalmente em pacientes imunossuprimidos. “Um quadro gripal pode favorecer a infecção bacteriana por reduzir fatores locais e sistêmicos de defesa do organismo”, acrescenta Flávio, ressaltando que o diagnóstico é realizado depois de consulta médica, baseado nos sintomas, nos exames físico, hematológico e radiológico.
"As pessoas nunca devem ser automedicar, principalmente com antibióticos. Durante o tratamento, o repouso, a boa alimentação e a hidratação são fundamentais. A profilaxia pode ser feita por meio de vacinação antipneumocócica e para vírus influenza. Quem tem doenças crônicas como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e diabetes deve mantê-las sob controle, com o tratamento correto para não piorar os sintomas", esclarece Flávio.
O PODER DOS VÍRUS
Vários tipos de vírus podem causar gripes e resfriados e não é simples identificar qual deles se instala no organismo. De acordo com o pneumologista Flávio Andrade, o vírus influenza costuma ser o mais agressivo e o que leva a casos mais graves. "Além disso, é preciso se preocupar com a higiene nessa fase dos primeiros indícios da doença, ou seja, lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar lugares sem ventilação e cobrir a tosse é essencial", alerta.
Para evitar tanto a gripe, quanto pneumonia, o clínico geral aconselha evitar o contato com pacientes gripados e medidas higiênicas para prevenir a contaminação (tossir sempre protegendo a boca com os braços e lavar bem as mãos, ao longo dos dias). "Tenha sempre um médico da sua confiança, disponível e qualificado. A evolução da doença precisa ser acompanhada de perto pelo profissional. A banalização dos sintomas pode ser muito perigosa. Lembre-se que a evolução da pneumonia é diretamente relacionada ao início precoce do uso de antibióticos. O atraso no tratamento pode ser fatal em alguns casos. Praticar esportes durante um quadro de infecção também não é recomendado. O repouso serve para que a energia do organismo seja restabelecida para a recuperação do quadro. Sendo assim, o afastamento do trabalho também pode ser necessário. A hidratação oral é uma das principais armas na recuperação destes quadros, portanto, fundamental", acrescenta o especialista
Augusto Pio
Estado de Minas: 13/11/2013
Com a proximidade do verão, que começa em dezembro, muitos acreditam que estarão protegidos contra gripes, resfriados e pneumonia, enfermidades consideradas típicas do inverno. Porém, todo o cuidado é pouco, pois as doenças pneumocócicas ocorrem em qualquer época do ano. A pneumonia, cujo dia de combate foi lembrado ontem, é a segunda maior causa de hospitalizações no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, figurando como principal causa de morte prevenível por vacinação em crianças, sendo responsável por cerca de 20% de 8,8 milhões de óbitos em todo o mundo. No ano passado, mais de 680 mil pessoas foram internadas com pneumonia no país, no Sistema Único de Saúde (SUS). Ao lado da pneumonia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus influenza também preocupa: responsável pela gripe, ele atinge anualmente entre 5% e 10% da população mundial. Embora seja considerada uma doença benigna, não se deve esquecer que a gripe também pode apresentar muitas complicações. O problema é que a dúvida entre pneumonia e gripe ocorre porque elas têm alguns aspectos parecidos e ambas acometem as vias respiratórias, porém com características distintas.
A elevação da temperatura merece atenção redobrada, uma vez que o uso de ar-condicionado e ventiladores aumenta e, com isso, há um maior contato com ácaros e fungos. Esses equipamentos, quando não higienizados corretamente, são importantes propagadores de agentes causadores de problemas respiratórios, como a Legionella pneumophila e as bactérias Haemophilus. O tempo seco deixa ainda a mucosa mais seca e vulnerável. Por isso, mantenha-se atento.
O clínico geral Breno Figueiredo Gomes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Regional Minas Gerais e diretor técnico do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, explica que a gripe, a virose, o resfriado e a pneumonia são infecções das vias aéreas. "A gripe e o resfriado são viroses (causada por vírus). A gripe é causada pelo influenza e é mais forte que o resfriado (causado por centenas de outros vírus). A pneumonia é uma infecção das vias aéreas baixas (pulmões) e é causada tanto por bactérias quanto por vírus. Breno alerta que a pneumonia é uma doença perigosa e, se não for tratada adequadamente, pode levar o paciente à morte.
“Ela pode aparecer em qualquer idade e sua cura, geralmente, é feita com o uso de antibióticos. Apenas o médico, depois de uma avaliação clínica detalhada e exames, se necessário, pode precisar se o paciente está com pneumonia”. O limiar entre a gripe e a pneumonia pode ser tênue porque as gripes podem predispor as infecções bacterianas, que levam à infecção dos pulmões, ou seja: um quadro gripal pode, sim, se transformar em uma pneumonia. A contaminação ocorre com a exposição direta aos vírus e bactérias de uma pessoa que está infectada, geralmente por meio da saliva ou de secreções nasais. As mãos são os principais meios de transmissão das infecções, por isso devem ser lavadas ao longo do dia, várias vezes. E bem lavadas.”
O pneumologista Flávio Mendonça Andrade da Silva, presidente da Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica, alerta: "O assunto é controverso, mas no inverno a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as exacerbações mais frequentes. Na maioria das vezes, são processos infecciosos". A pneumonia é uma das principais causas de hospitalização e óbito em crianças menores de 5 anos na maioria dos países em desenvolvimento, e indivíduos acima do 60 anos, e a principal causa de morte em países de população de baixa renda, porém o Brasil não está nesse perfil. Ela pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais grave nos extremos, ou seja, bebês e idosos.
De acordo com Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a maioria dos casos de pneumonia é causada por bactérias, mas também pode ser ocasionada por vírus, como aqueles que provocam a gripe. “O vírus da gripe normalmente se manifesta em áreas localizadas na face e, algumas vezes, pode descer para o interior dos pulmões, especialmente em algumas situações em que há comprometimento da imunidade do paciente. Por isso, é fundamental a prevenção da gripe para reduzir o número de mortes por pneumonia”, aconselha.
Segundo Flávio Andrade, a pneumonia geralmente é tratada com medicamentos para combater os sintomas e antibióticos para agirem sobre a infecção por bactéria. No caso de infecção por vírus influenza, a medicação é específica. Ele salienta que a pneumonia pode ser contraída por inalação, aspiração, via hematogênica, contiguidade a partir de focos infecciosos principalmente da parede torácica e reativação de focos, principalmente em pacientes imunossuprimidos. “Um quadro gripal pode favorecer a infecção bacteriana por reduzir fatores locais e sistêmicos de defesa do organismo”, acrescenta Flávio, ressaltando que o diagnóstico é realizado depois de consulta médica, baseado nos sintomas, nos exames físico, hematológico e radiológico.
"As pessoas nunca devem ser automedicar, principalmente com antibióticos. Durante o tratamento, o repouso, a boa alimentação e a hidratação são fundamentais. A profilaxia pode ser feita por meio de vacinação antipneumocócica e para vírus influenza. Quem tem doenças crônicas como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e diabetes deve mantê-las sob controle, com o tratamento correto para não piorar os sintomas", esclarece Flávio.
O PODER DOS VÍRUS
Vários tipos de vírus podem causar gripes e resfriados e não é simples identificar qual deles se instala no organismo. De acordo com o pneumologista Flávio Andrade, o vírus influenza costuma ser o mais agressivo e o que leva a casos mais graves. "Além disso, é preciso se preocupar com a higiene nessa fase dos primeiros indícios da doença, ou seja, lavar as mãos, usar álcool em gel, evitar lugares sem ventilação e cobrir a tosse é essencial", alerta.
Para evitar tanto a gripe, quanto pneumonia, o clínico geral aconselha evitar o contato com pacientes gripados e medidas higiênicas para prevenir a contaminação (tossir sempre protegendo a boca com os braços e lavar bem as mãos, ao longo dos dias). "Tenha sempre um médico da sua confiança, disponível e qualificado. A evolução da doença precisa ser acompanhada de perto pelo profissional. A banalização dos sintomas pode ser muito perigosa. Lembre-se que a evolução da pneumonia é diretamente relacionada ao início precoce do uso de antibióticos. O atraso no tratamento pode ser fatal em alguns casos. Praticar esportes durante um quadro de infecção também não é recomendado. O repouso serve para que a energia do organismo seja restabelecida para a recuperação do quadro. Sendo assim, o afastamento do trabalho também pode ser necessário. A hidratação oral é uma das principais armas na recuperação destes quadros, portanto, fundamental", acrescenta o especialista
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