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A Copa vai começar: nosso time é instável
"Nossa equipe é favorita por jogar em casa e nada mais. Tecnicamente, ela é inferior a Alemanha, Argentina, Espanha e Holanda, só para ficar nas principais"
"Nossa equipe é favorita por jogar em casa e nada mais. Tecnicamente, ela é inferior a Alemanha, Argentina, Espanha e Holanda, só para ficar nas principais"
Jaeci Carvalho
Estado de Minas: 11/06/2014
Estamos na semana da
estreia do Brasil. A Croácia, curiosamente o primeiro rival também na
Copa de 2006, será o adversário, amanhã, às 17h, no Itaquerão, que não
ficou pronto, e sim maquiado. A presidente Dilma Rousseff avisou que não
vai. Depois das vaias na abertura da Copa das Confederações, ano
passado, em Brasília, prefere se poupar. Até para a entrega da taça, em
13 de julho, no Maracanã, ela já disse não. A musa Gisele Bündchen,
segunda opção, também não quer ser vaiada. Normalmente, cabe ao chefe de
estado a entrega do troféu ao campeão. Como não creio no Brasil
finalista, tanto faz.
Recebi segunda-feira ligação de Zico. Perguntei-lhe o que pensava da Seleção. O ídolo disse que a vê com boas chances. Saudosista, discordei e lembrei: quatro titulares são ou foram recentemente reservas: Júlio César, que amargou um ano de banco do Queens Park Rangers, Paulinho (Totteham), Luiz Gustavo (Wolfsburg) e Marcelo (Real Madrid). O Galinho reconheceu que nesse ponto eu tinha razão e não há o que fazer, por ser o que temos. Foi exatamente o termo que citei. Não dá para sonhar com Zico, Reinaldo, Falcão, Romário, Ronaldo... A realidade é esta. Zico aponta Neymar, que ainda não se firmou no Barcelona, como nossa única esperança. Felipão já muda o discurso, dizendo que o Brasil não é dependente do astro. Mas, em novembro, em Miami, Parreira me garantiu que o atacante seria fundamental para as pretensões do time canarinho.
Parece samba do crioulo doido. O técnico diz uma coisa, o coordenador, outra. Confio muito em Parreira, por quem tenho grande admiração, mas a mim ninguém engana. Não preciso vender imagem diferente da que estamos vendo. A equipe é favorita por jogar em casa, nada mais. Tecnicamente, é inferior a Alemanha, Argentina, Espanha e Holanda, só para ficar nas principais. Talvez seja igual a França e Itália. Está no bolo das favoritas, como sempre, e não seria diferente em uma Copa no Brasil. Entretanto, cravei Alemanha e Argentina como prováveis finalistas. Mas vou torcer fervorosamente. Não acreditar é uma coisa, deixar de torcer é outra. Não sou alemão nem argentino.
A experiência de cinco Copas – nesta sexta, vou ficar mais em BH, tocando o Alterosa no ataque – me diz que será muito difícil o time emplacar. Por ser jovem, ele deverá estar no ponto na Rússia’2018. Sou até capaz de dizer que lá, sim, será o grande favorito, desde que Neymar e Oscar se tornem craques mesmo. Aliás, o segundo me lembra Giovanni (ex-Santos). Titular na França’1998, ele foi mal na estreia, contra a Escócia, foi tirado por Zagallo no intervalo e não atuou mais. Oscar reclama, via imprensa, que querem lhe tirar a vaga. Que ele jogue bola, crie situações de gol, e será elogiado. Por enquanto, porém, seu futebol é pequeno para quem tem tanta responsabilidade.
Fala-se em Ramires e até em Hernanes. Só agora Felipão percebeu a besteira de chamar apenas Oscar para a função? Sinceramente, Oscar é superior a Éverton Ribeiro? Acho o cruzeirense bem melhor e mais útil, mas não atua na Europa nem faz lobby. Assim, o melhor jogador brasileiro da última temporada vai ver a Copa pela TV, em vez de disputar vaga na Seleção.
Olhem que nosso grupo não é essa moleza toda. A Croácia se assemelha à Sérvia. Camarões tem bom time, embora irresponsável taticamente. E o México tem sido pedra no sapato. Mas, em casa, pelo que dizem Felipão e Parreira, o Brasil tem de atropelar e vencer os três. Aí, pegará uma pedreira no Mineirão: Espanha ou Holanda. Não creio no Chile. Não sou Pachecão, não trabalho na emissora dona dos direitos do Mundial, não preciso nem faço média. Nosso time é instável e, contra adversário um pouquinho melhor e bem armado, encontra sérias dificuldades.
Recebi segunda-feira ligação de Zico. Perguntei-lhe o que pensava da Seleção. O ídolo disse que a vê com boas chances. Saudosista, discordei e lembrei: quatro titulares são ou foram recentemente reservas: Júlio César, que amargou um ano de banco do Queens Park Rangers, Paulinho (Totteham), Luiz Gustavo (Wolfsburg) e Marcelo (Real Madrid). O Galinho reconheceu que nesse ponto eu tinha razão e não há o que fazer, por ser o que temos. Foi exatamente o termo que citei. Não dá para sonhar com Zico, Reinaldo, Falcão, Romário, Ronaldo... A realidade é esta. Zico aponta Neymar, que ainda não se firmou no Barcelona, como nossa única esperança. Felipão já muda o discurso, dizendo que o Brasil não é dependente do astro. Mas, em novembro, em Miami, Parreira me garantiu que o atacante seria fundamental para as pretensões do time canarinho.
Parece samba do crioulo doido. O técnico diz uma coisa, o coordenador, outra. Confio muito em Parreira, por quem tenho grande admiração, mas a mim ninguém engana. Não preciso vender imagem diferente da que estamos vendo. A equipe é favorita por jogar em casa, nada mais. Tecnicamente, é inferior a Alemanha, Argentina, Espanha e Holanda, só para ficar nas principais. Talvez seja igual a França e Itália. Está no bolo das favoritas, como sempre, e não seria diferente em uma Copa no Brasil. Entretanto, cravei Alemanha e Argentina como prováveis finalistas. Mas vou torcer fervorosamente. Não acreditar é uma coisa, deixar de torcer é outra. Não sou alemão nem argentino.
A experiência de cinco Copas – nesta sexta, vou ficar mais em BH, tocando o Alterosa no ataque – me diz que será muito difícil o time emplacar. Por ser jovem, ele deverá estar no ponto na Rússia’2018. Sou até capaz de dizer que lá, sim, será o grande favorito, desde que Neymar e Oscar se tornem craques mesmo. Aliás, o segundo me lembra Giovanni (ex-Santos). Titular na França’1998, ele foi mal na estreia, contra a Escócia, foi tirado por Zagallo no intervalo e não atuou mais. Oscar reclama, via imprensa, que querem lhe tirar a vaga. Que ele jogue bola, crie situações de gol, e será elogiado. Por enquanto, porém, seu futebol é pequeno para quem tem tanta responsabilidade.
Fala-se em Ramires e até em Hernanes. Só agora Felipão percebeu a besteira de chamar apenas Oscar para a função? Sinceramente, Oscar é superior a Éverton Ribeiro? Acho o cruzeirense bem melhor e mais útil, mas não atua na Europa nem faz lobby. Assim, o melhor jogador brasileiro da última temporada vai ver a Copa pela TV, em vez de disputar vaga na Seleção.
Olhem que nosso grupo não é essa moleza toda. A Croácia se assemelha à Sérvia. Camarões tem bom time, embora irresponsável taticamente. E o México tem sido pedra no sapato. Mas, em casa, pelo que dizem Felipão e Parreira, o Brasil tem de atropelar e vencer os três. Aí, pegará uma pedreira no Mineirão: Espanha ou Holanda. Não creio no Chile. Não sou Pachecão, não trabalho na emissora dona dos direitos do Mundial, não preciso nem faço média. Nosso time é instável e, contra adversário um pouquinho melhor e bem armado, encontra sérias dificuldades.
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