Jaeci Carvalho
Estado de MInas: 19/12/2013
O Atlético
acreditava. O Raja Casablanca tinha certeza. Por isso mesmo o Galo deu o
maior vexame de sua história ao perder para a equipe marroquina por 3 a
1 e não conseguir chegar à tão sonhada final do Mundial, para enfrentar
o Bayern de Munique. O time de Cuca foi mal escalado, não jogou
absolutamente nada e desta vez não contou com a sorte que teve na fase
de mata-matas da Libertadores.
Escrevi aqui outro dia que para ter sorte é preciso ser competente. E o Atlético foi um protótipo de time, abaixo da crítica. O Raja se portou como grande e deixou os brasileiros com água na boca. Pena para os 10 mil torcedores que cruzaram o Atlântico na esperança de ver coisa melhor. Alguns vão passar 2014 pagando a passagem por ter ido ver o vexame histórico. Uma vergonha para uma equipe que pensou no Bayern o tempo todo e esqueceu a semifinal. Como diz um amigo: “O atleticano foi ao circo e não conseguiu ver o palhaço”. Quem terá o privilégio é o Raja, que vai disputar a final no sábado. Vergonha histórica. Não há outra expressão.
Na terça-feira, o Bayern, melhor time do mundo, confirmou sua supremacia ao derrotar o Guangzhou por 3 a 0 sem o menor esforço. Numa espécie de treino de luxo, pôs um time misto em campo e não tomou conhecimento dos chineses. O técnico Pep Guardiola deu um descanso a alguns de seus principais jogadores, que atuaram sábado pelo Campeonato Alemão, derrotando o Hamburgo por 3 a 1. O francês Ribéry, maior estrela da equipe, pediu para jogar e atuou 70 minutos, mostrando toda a sua qualidade. Ele está na lista dos três maiores jogadores do mundo, concorrendo com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, embora eu acredite que o português vá levar essa de barbada. Vi o zagueiro brasileiro Dante no banco sorrindo a cada gol do Bayern, como se estivesse debochando da fragilidade do adversário. Nem Conca, considerado a salvação para o Fluminense – por enquanto mantido na elite por meio do tapetão –, conseguiu fazer algo diante dos alemães.
Não há como negar o favoritismo do Bayern para levantar a taça, mas o Raja já está no lucro, com campanha histórica. Para azar dele, Guardiola não gosta de perder nem par ou ímpar e, dessa forma, foi ao Marrocos para faturar mais uma taça. Ele promete força máxima antes de voltar para as festas de fim de ano com mais uma conquista na bagagem. Conheci Guardiola quando visitei Barcelona. Estava com o presidente do Barça, Sandro Rosell, velho amigo que viajou o mundo comigo quando era diretor da Nike. O técnico, extremamente profissional, conhece de bola como poucos e é vencedor nato. Se o Bayern já era espetacular com o antecessor, Jupp Heynckes, ficou mais poderoso ainda, com toque refinado e posse de bola por mais de 70 minutos a cada partida. O treinador adota o mesmo esquema da escola do ex-clube.
O futebol é o único esporte coletivo em que o mais fraco pode vencer o mais forte, porém há casos em que isso se torna quase impossível. Ao contrário de Henry Ford, que disse que “se tivesse um único dólar, apostaria em propaganda”, se eu tivesse esse dólar, jogaria no Bayern, contra qualquer adversário no planeta. O time me encanta, joga bonito e me faz lembrar os velhos e bons tempos do futebol brasileiro. Aliás, Guardiola não se cansa de dizer que sempre ouviu o pai e o avô afirmarem que o Brasil tinha o melhor e mais ofensivo futebol do mundo. Pelo jeito, o catalão resolveu nos copiar, enquanto os péssimos técnicos daqui resolveram copiar o que há de pior na Europa. Os caminhos inversos consagram o catalão e ridicularizam os treinadores daqui.
Não me venham dizer que o fato de Cuca já ter acertado com um clube chinês atrapalhou os planos do Galo. Nada disso. O time jogou mal, não teve um jogador sequer se destacando e mostrou sua fragilidade. Preparou-se seis meses para jogar dessa maneira vergonhosa. Não há desculpa. O Atlético decepcionou sua fanática torcida, causando a ela o maior vexame. Vencer o Bayern seria dificílimo, mas chegar à final era obrigação. Como falei tantas vezes, antes de chegar à decisão era preciso passar pela semifinal, mas a equipe subestimou o Raja e deu nisto: vergonha.
O mais valioso
Um levantamento da Pluri Consultoria mostra que o Cruzeiro é o clube mais valioso do país, com a marca de R$ 211 milhões para seu grupo de jogadores. Isso mostra o que todos sabemos: a competência do presidente Gilvan de Pinho Tavares, sério, honesto, transparente, que aprendeu com os erros do primeiro ano de gestão, não aumentou a dívida celeste e formou o timaço campeão brasileiro, com grandes chances de levantar todas as taças que disputar na próxima temporada. A China Azul agradece. E quando digo China Azul, não é nenhuma torcida específica, e sim os milhões de cruzeirenses pelo planeta bola.
Escrevi aqui outro dia que para ter sorte é preciso ser competente. E o Atlético foi um protótipo de time, abaixo da crítica. O Raja se portou como grande e deixou os brasileiros com água na boca. Pena para os 10 mil torcedores que cruzaram o Atlântico na esperança de ver coisa melhor. Alguns vão passar 2014 pagando a passagem por ter ido ver o vexame histórico. Uma vergonha para uma equipe que pensou no Bayern o tempo todo e esqueceu a semifinal. Como diz um amigo: “O atleticano foi ao circo e não conseguiu ver o palhaço”. Quem terá o privilégio é o Raja, que vai disputar a final no sábado. Vergonha histórica. Não há outra expressão.
Na terça-feira, o Bayern, melhor time do mundo, confirmou sua supremacia ao derrotar o Guangzhou por 3 a 0 sem o menor esforço. Numa espécie de treino de luxo, pôs um time misto em campo e não tomou conhecimento dos chineses. O técnico Pep Guardiola deu um descanso a alguns de seus principais jogadores, que atuaram sábado pelo Campeonato Alemão, derrotando o Hamburgo por 3 a 1. O francês Ribéry, maior estrela da equipe, pediu para jogar e atuou 70 minutos, mostrando toda a sua qualidade. Ele está na lista dos três maiores jogadores do mundo, concorrendo com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, embora eu acredite que o português vá levar essa de barbada. Vi o zagueiro brasileiro Dante no banco sorrindo a cada gol do Bayern, como se estivesse debochando da fragilidade do adversário. Nem Conca, considerado a salvação para o Fluminense – por enquanto mantido na elite por meio do tapetão –, conseguiu fazer algo diante dos alemães.
Não há como negar o favoritismo do Bayern para levantar a taça, mas o Raja já está no lucro, com campanha histórica. Para azar dele, Guardiola não gosta de perder nem par ou ímpar e, dessa forma, foi ao Marrocos para faturar mais uma taça. Ele promete força máxima antes de voltar para as festas de fim de ano com mais uma conquista na bagagem. Conheci Guardiola quando visitei Barcelona. Estava com o presidente do Barça, Sandro Rosell, velho amigo que viajou o mundo comigo quando era diretor da Nike. O técnico, extremamente profissional, conhece de bola como poucos e é vencedor nato. Se o Bayern já era espetacular com o antecessor, Jupp Heynckes, ficou mais poderoso ainda, com toque refinado e posse de bola por mais de 70 minutos a cada partida. O treinador adota o mesmo esquema da escola do ex-clube.
O futebol é o único esporte coletivo em que o mais fraco pode vencer o mais forte, porém há casos em que isso se torna quase impossível. Ao contrário de Henry Ford, que disse que “se tivesse um único dólar, apostaria em propaganda”, se eu tivesse esse dólar, jogaria no Bayern, contra qualquer adversário no planeta. O time me encanta, joga bonito e me faz lembrar os velhos e bons tempos do futebol brasileiro. Aliás, Guardiola não se cansa de dizer que sempre ouviu o pai e o avô afirmarem que o Brasil tinha o melhor e mais ofensivo futebol do mundo. Pelo jeito, o catalão resolveu nos copiar, enquanto os péssimos técnicos daqui resolveram copiar o que há de pior na Europa. Os caminhos inversos consagram o catalão e ridicularizam os treinadores daqui.
Não me venham dizer que o fato de Cuca já ter acertado com um clube chinês atrapalhou os planos do Galo. Nada disso. O time jogou mal, não teve um jogador sequer se destacando e mostrou sua fragilidade. Preparou-se seis meses para jogar dessa maneira vergonhosa. Não há desculpa. O Atlético decepcionou sua fanática torcida, causando a ela o maior vexame. Vencer o Bayern seria dificílimo, mas chegar à final era obrigação. Como falei tantas vezes, antes de chegar à decisão era preciso passar pela semifinal, mas a equipe subestimou o Raja e deu nisto: vergonha.
O mais valioso
Um levantamento da Pluri Consultoria mostra que o Cruzeiro é o clube mais valioso do país, com a marca de R$ 211 milhões para seu grupo de jogadores. Isso mostra o que todos sabemos: a competência do presidente Gilvan de Pinho Tavares, sério, honesto, transparente, que aprendeu com os erros do primeiro ano de gestão, não aumentou a dívida celeste e formou o timaço campeão brasileiro, com grandes chances de levantar todas as taças que disputar na próxima temporada. A China Azul agradece. E quando digo China Azul, não é nenhuma torcida específica, e sim os milhões de cruzeirenses pelo planeta bola.
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