O câncer e a terceira idade
Aumento da população idosa exige investimento na rede de assistência
Aumento da população idosa exige investimento na rede de assistência
Sandro Lana
Oncologista
Estado de Minas: 27/02/2014
Por ocasião do Dia
Nacional do Idoso, comemorado hoje, torna-se relevante fazer algumas
reflexões acerca do crescimento no Brasil dessa parcela da população.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que o
total de pessoas com mais de 65 anos de idade deverá quadruplicar nos
próximos 47 anos. Esse montante passará de 14,9 milhões em 2013, para
58,4 milhões em 2060, o que deverá representar à época cerca de 26% da
população total. O lado ruim da alta longevidade é que, vivendo mais, as
pessoas têm mais probabilidades de desenvolver doenças como o câncer. O
fato de o organismo estar permanentemente dividindo suas próprias
células já é um fator de risco para o idoso. Isso porque, durante esse
processo, é comum que ocorram alterações no material genético que, em
condições normais, são corrigidas e eliminadas pelo sistema imunológico.
No entanto, nos idosos, isso nem sempre ocorre de forma ideal, o que
contribui para o crescimento excessivo e desordenado das células, quadro
que leva ao aparecimento do câncer.
Esse cenário representa um desafio para os serviços públicos e privados de saúde no que diz respeito ao controle do câncer, que tem uma incidência 11 vezes maior dentro dessa faixa etária, em comparação aos mais jovens, segundo levantamento da ONU. A situação se complica devido ao fato de que grande parte da população idosa apresenta doenças concomitantes, que dificultam o tratamento oncológico. Some-se a isso a escassez de estudos clínicos que mensurem a tolerância dos idosos a essas intervenções médicas. Nessa fase da vida, os cânceres mais predominantes são os tumores de pele, ginecológicos e de mama. Nos homens, o acometimento da próstata e vias urinárias também são bastante comuns. Embora tenham causas multifatoriais, os cânceres nos idosos são majoritariamente causados por hábitos e estilos de vida, o que reforça a importância de uma medicina preventiva que ampare essa população. Sendo assim, nunca é demais reforçar que existem exames para detecção precoce e, como mamografia para o câncer de mama; colonoscopia e sangue oculto nas fezes para o intestino; exame ginecológico para o colo uterino; avaliação do dermatologista para a pele; além da consulta com o urologista para o câncer de próstata. Com o crescimento da população idosa, os serviços de saúde dedicados ao tratamento do câncer deverão também investir de forma mais consistente em equipes multidisciplinares que envolvam oncologistas, geriatras, cardiologistas, nutricionistas e psicólogos. Além disso, a participação da família e amigos é vital para dar o suporte emocional necessário durante o tratamento, que tende a ser longo e desgastante.
Felizmente, os idosos cada vez mais têm adotado um estilo de vida mais saudável, o que inclui a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada e abandono do tabagismo. Ainda assim, fatores acumulados ao longo da vida, como a obesidade, o sedentarismo, abuso do álcool e até poluição, podem favorecer o aparecimento e desenvolvimento da doença. A alta ocorrência do câncer na terceira idade alerta toda a sociedade e a classe médica sobre a importância do diagnóstico precoce e início célere do tratamento. Atualmente, a medicina dispõe de um arsenal de recursos para curar a doença ou, ao menos, garantir ao paciente a máxima qualidade de vida. Só assim teremos chances de controlar uma doença que cresce assustadoramente em todo o mundo.
Esse cenário representa um desafio para os serviços públicos e privados de saúde no que diz respeito ao controle do câncer, que tem uma incidência 11 vezes maior dentro dessa faixa etária, em comparação aos mais jovens, segundo levantamento da ONU. A situação se complica devido ao fato de que grande parte da população idosa apresenta doenças concomitantes, que dificultam o tratamento oncológico. Some-se a isso a escassez de estudos clínicos que mensurem a tolerância dos idosos a essas intervenções médicas. Nessa fase da vida, os cânceres mais predominantes são os tumores de pele, ginecológicos e de mama. Nos homens, o acometimento da próstata e vias urinárias também são bastante comuns. Embora tenham causas multifatoriais, os cânceres nos idosos são majoritariamente causados por hábitos e estilos de vida, o que reforça a importância de uma medicina preventiva que ampare essa população. Sendo assim, nunca é demais reforçar que existem exames para detecção precoce e, como mamografia para o câncer de mama; colonoscopia e sangue oculto nas fezes para o intestino; exame ginecológico para o colo uterino; avaliação do dermatologista para a pele; além da consulta com o urologista para o câncer de próstata. Com o crescimento da população idosa, os serviços de saúde dedicados ao tratamento do câncer deverão também investir de forma mais consistente em equipes multidisciplinares que envolvam oncologistas, geriatras, cardiologistas, nutricionistas e psicólogos. Além disso, a participação da família e amigos é vital para dar o suporte emocional necessário durante o tratamento, que tende a ser longo e desgastante.
Felizmente, os idosos cada vez mais têm adotado um estilo de vida mais saudável, o que inclui a prática de exercícios físicos, alimentação balanceada e abandono do tabagismo. Ainda assim, fatores acumulados ao longo da vida, como a obesidade, o sedentarismo, abuso do álcool e até poluição, podem favorecer o aparecimento e desenvolvimento da doença. A alta ocorrência do câncer na terceira idade alerta toda a sociedade e a classe médica sobre a importância do diagnóstico precoce e início célere do tratamento. Atualmente, a medicina dispõe de um arsenal de recursos para curar a doença ou, ao menos, garantir ao paciente a máxima qualidade de vida. Só assim teremos chances de controlar uma doença que cresce assustadoramente em todo o mundo.
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