Resiliência brasileira
Há uma geração que não se arrepia com a palavra planejamento
Beth Penteado
Consultora de negócios
Estado de Minas: 11/03/2014
Ao me deparar com os
resultados da pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor, que aponta o
Brasil como o país do grupo dos Brics – Brasil, Rússia, China, Índia e
África do Sul –, que tem sete em cada 10 pessoas empreendendo por
oportunidade, pergunto: o que mudou de 12 anos para cá? Hoje, depois de
mais de 10 anos lidando com empreendedores dos mais diversos setores,
porte e região, me permito pensar muitas outras razões que não só a
necessidade nos levam a ter essa característica comportamental tão
forte. Com certeza, essa resposta não tem uma única causa, e sim uma
composição de fatores. A partir da experiência de lidar com mais de 2,5
mil empreendedores de diversos ramos, portes e regiões nos últimos 13
anos, acredito que a globalização, as inúmeras necessidades ainda não
satisfeitas e a resiliência do nosso povo são o grande mote que nos
impulsiona a abrir o próprio negócio.
Nesse mesmo período, acompanhamos o crescimento das grandes cidades, mas, sobretudo, o de cidades de pequeno e médio portes em todo o país, onde muitas necessidades ainda estavam e estão por ser atendidas. Esse crescimento por si só já seria suficiente para explicar o nosso avanço como empreendedores. No entanto, quando listamos todos os obstáculos que o empreendedor tem que ultrapassar para abrir o próprio negócio, e principalmente para viver dele, a pergunta volta: por quê? As respostas que eu mais encontro estão relacionadas ao desejo de realizar algo, de fazer melhor do que já vem sendo feito. A crença dos empreendedores brasileiros é de que, independentemente da região, as pessoas têm o direito de consumir produtos diversificados e de qualidade e de usufruir de bons serviços abre oportunidades para a abertura de novos negócios – um dos grandes benefícios que a globalização nos trouxe.
É cada vez maior o número de pessoas que têm acesso a informações globalizadas e essas informações muitas vezes “ensinam” nossos consumidores a distinguir de forma bem clara o que é bom e o que é ruim, tornando seu nível de exigência mais alto, assim como sua intolerância. De uma forma subliminar, quase inconsciente, o empreendedor brasileiro responde com seus negócios àquilo que nós, como cidadãos, não recebemos com qualidade como contrapartida aos impostos que pagamos. Por essa razão a resiliência.
A diferença hoje é que muitos dos nossos empreendedores não se lançam na abertura de novos negócios como aventureiros. Já começamos a desenvolver, ainda que de forma acanhada, uma geração que não se arrepia com a palavra planejamento e, que bem ou mal, define onde quer chegar com aquele empreendimento. Nossos “metamodelos” não são nem de longe os homens públicos que deveriam nos guiar e, sim, empreendedores de sucesso que, apesar de tudo, acreditaram e continuam acreditando que podem empreender por oportunidade, gerando emprego, renda e riqueza para si e para a sociedade em que estão inseridos.
Nesse mesmo período, acompanhamos o crescimento das grandes cidades, mas, sobretudo, o de cidades de pequeno e médio portes em todo o país, onde muitas necessidades ainda estavam e estão por ser atendidas. Esse crescimento por si só já seria suficiente para explicar o nosso avanço como empreendedores. No entanto, quando listamos todos os obstáculos que o empreendedor tem que ultrapassar para abrir o próprio negócio, e principalmente para viver dele, a pergunta volta: por quê? As respostas que eu mais encontro estão relacionadas ao desejo de realizar algo, de fazer melhor do que já vem sendo feito. A crença dos empreendedores brasileiros é de que, independentemente da região, as pessoas têm o direito de consumir produtos diversificados e de qualidade e de usufruir de bons serviços abre oportunidades para a abertura de novos negócios – um dos grandes benefícios que a globalização nos trouxe.
É cada vez maior o número de pessoas que têm acesso a informações globalizadas e essas informações muitas vezes “ensinam” nossos consumidores a distinguir de forma bem clara o que é bom e o que é ruim, tornando seu nível de exigência mais alto, assim como sua intolerância. De uma forma subliminar, quase inconsciente, o empreendedor brasileiro responde com seus negócios àquilo que nós, como cidadãos, não recebemos com qualidade como contrapartida aos impostos que pagamos. Por essa razão a resiliência.
A diferença hoje é que muitos dos nossos empreendedores não se lançam na abertura de novos negócios como aventureiros. Já começamos a desenvolver, ainda que de forma acanhada, uma geração que não se arrepia com a palavra planejamento e, que bem ou mal, define onde quer chegar com aquele empreendimento. Nossos “metamodelos” não são nem de longe os homens públicos que deveriam nos guiar e, sim, empreendedores de sucesso que, apesar de tudo, acreditaram e continuam acreditando que podem empreender por oportunidade, gerando emprego, renda e riqueza para si e para a sociedade em que estão inseridos.
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