Médicos e membros da diretoria da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig)
Estado de Minas: 27/05/2014
Conforme estudo da
Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mulheres morrem por dia
devido a complicações durante a gravidez. Apesar do número alarmante,
houve uma redução no índice de óbitos. A pesquisa aponta que em 1990
foram 532 mil mortes. Já no ano passado, 289 mil mulheres morreram
devido a complicações relacionadas à gravidez e ao parto. Um quarto das
mortes deve-se à hemorragia grave. Outras causas identificadas são
hipertensão induzida pela gravidez (14%), infeções (11%), obstruções e
outras complicações no parto (9%), complicações relacionadas com o
aborto (8%) e coágulos sanguíneos (3%). Doenças previamente existentes,
como diabetes, cardiopatia, infecção pelo HIV, malária ou obesidade
também são apontadas como causas importantes.
A maioria dessas mortes poderia ser evitada se houvesse atendimento eficaz e em tempo hábil. Recentemente, dois dos mais conceituados autores do tema no mundo identificaram 10 fatores de risco que são os mais comuns entre as mulheres que vão ao óbito após o parto e deram 10 soluções para eles. A constatação desses sintomas e o tratamento adequado podem significar uma redução nos números de mortes, também no Brasil, que comemora amanhã (28/5) o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna.
Um dos motivos que pode levar uma gestante ao óbito é a embolia pulmonar. Devido à limitação dos testes clínicos e diagnósticos na gravidez, a ocorrência desse mal tem aumentado nos últimos anos. Uma prática que deve ser comum, caso a mulher apresente os sintomas da doença, é a realização da tomografia de tórax, o mais rápido possível, e a administração de anticoagulante – heparina –, se a disponibilidade da tomografia não for imediata. Outro sintoma que deve ser avaliado, caso a gestante o apresente, é a falta de ar. Ele pode ser o primeiro sinal de um edema pulmonar, causa mais evitável de óbito materno. O procedimento mais correto a ser realizado é uma radiografia simples de tórax. Enquanto o resultado não é disponível, a grávida deve ser acompanhada de perto e, se preciso, receber suplementação de oxigênio.
A pré-eclâmpsia é outra situação grave que coloca em risco a gestante. Quando a pressão arterial ultrapassa 160x110 mmhg, é hora de o médico agir prontamente, para evitar hemorragia cerebral e outros problemas. Toda gestante nessa situação deve receber administração de anti-hipertensivo, preferencialmente por via endovenosa, para controlar a hipertensão. Portanto, não há razão para atrasar o tratamento, que deve ser feito como uma resposta imediata à situação.
As mulheres que possuem qualquer tipo de cardiopatia devem manter um acompanhamento com especialista durante toda a gestação, visto que poucos obstetras e cardiologistas têm experiência suficiente com doença cardíaca complexa na gravidez. Apesar das cardiopatias na gravidez não serem tão frequentes, elas são uma das causas da mortalidade, e por isso a necessidade do acompanhamento.
Outro fato importante é nunca tratar a hemorragia pós-parto sem um diagnóstico clínico simultâneo, uma vez que somente a hemorragia não é um diagnóstico, mas sim um sintoma clínico que precisa ser investigado. Entre as possíveis causas podem estar atonia uterina, retenção placentária, acretismo placentário, lacerações de trato genital e coagulopatia. Portanto, realizar o diagnóstico é essencial, pois serão exigidos tratamentos diferentes.
Esses são apenas alguns dos muitos fatores que podem levar ao óbito materno. É importante que o médico responsável pela paciente avalie cada caso e não demore a tomar as devidas atitudes para salvar vida da mãe e da criança. As práticas citadas acima foram desenvolvidas por grandes nomes da ginecologia e obstetrícia mundial após a observação de muitos casos. Seria interessante que todos os obstetras considerassem a incorporação dessas abordagens na prática clínica, já que lutamos pela vida.
A maioria dessas mortes poderia ser evitada se houvesse atendimento eficaz e em tempo hábil. Recentemente, dois dos mais conceituados autores do tema no mundo identificaram 10 fatores de risco que são os mais comuns entre as mulheres que vão ao óbito após o parto e deram 10 soluções para eles. A constatação desses sintomas e o tratamento adequado podem significar uma redução nos números de mortes, também no Brasil, que comemora amanhã (28/5) o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna.
Um dos motivos que pode levar uma gestante ao óbito é a embolia pulmonar. Devido à limitação dos testes clínicos e diagnósticos na gravidez, a ocorrência desse mal tem aumentado nos últimos anos. Uma prática que deve ser comum, caso a mulher apresente os sintomas da doença, é a realização da tomografia de tórax, o mais rápido possível, e a administração de anticoagulante – heparina –, se a disponibilidade da tomografia não for imediata. Outro sintoma que deve ser avaliado, caso a gestante o apresente, é a falta de ar. Ele pode ser o primeiro sinal de um edema pulmonar, causa mais evitável de óbito materno. O procedimento mais correto a ser realizado é uma radiografia simples de tórax. Enquanto o resultado não é disponível, a grávida deve ser acompanhada de perto e, se preciso, receber suplementação de oxigênio.
A pré-eclâmpsia é outra situação grave que coloca em risco a gestante. Quando a pressão arterial ultrapassa 160x110 mmhg, é hora de o médico agir prontamente, para evitar hemorragia cerebral e outros problemas. Toda gestante nessa situação deve receber administração de anti-hipertensivo, preferencialmente por via endovenosa, para controlar a hipertensão. Portanto, não há razão para atrasar o tratamento, que deve ser feito como uma resposta imediata à situação.
As mulheres que possuem qualquer tipo de cardiopatia devem manter um acompanhamento com especialista durante toda a gestação, visto que poucos obstetras e cardiologistas têm experiência suficiente com doença cardíaca complexa na gravidez. Apesar das cardiopatias na gravidez não serem tão frequentes, elas são uma das causas da mortalidade, e por isso a necessidade do acompanhamento.
Outro fato importante é nunca tratar a hemorragia pós-parto sem um diagnóstico clínico simultâneo, uma vez que somente a hemorragia não é um diagnóstico, mas sim um sintoma clínico que precisa ser investigado. Entre as possíveis causas podem estar atonia uterina, retenção placentária, acretismo placentário, lacerações de trato genital e coagulopatia. Portanto, realizar o diagnóstico é essencial, pois serão exigidos tratamentos diferentes.
Esses são apenas alguns dos muitos fatores que podem levar ao óbito materno. É importante que o médico responsável pela paciente avalie cada caso e não demore a tomar as devidas atitudes para salvar vida da mãe e da criança. As práticas citadas acima foram desenvolvidas por grandes nomes da ginecologia e obstetrícia mundial após a observação de muitos casos. Seria interessante que todos os obstetras considerassem a incorporação dessas abordagens na prática clínica, já que lutamos pela vida.
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