terça-feira, 8 de julho de 2014

ZONA MISTA » Neymar por todo lado

Kelen Cristina com: Renan Damasceno
Estado de Minas: 08/07/2014 


 (Marcos Michelin/EM/D.A Press)
 Neymar pode até não estar no Mineirão esta tarde, com a camisa 10 da Seleção Brasileira, para enfrentar a Alemanha pelas semifinais da Copa do Mundo. Mas se uma campanha lançada por uma agência de publicidade paulista pegar, é possível que o Gigante da Pampulha seja invadido por milhares de sósias do atacante. Com o propósito de homenagear o jogador, a ideia começou com a criação do site www.somostodosneymar.com.br, no qual é possível baixar e imprimir a imagem do rosto do craque. Hoje, para reforçar a ação, a empresa pretende distribuir no estádio 60 mil máscaras de Neymar. Curiosamente, o número é maior do que a capacidade do Mineirão: o recorde é de 57.823 torcedores, registrado no Inglaterra x Costa Rica, pela primeira fase do Mundial. “Se Neymar não pode entrar em campo, nós entramos por ele. Faça uma máscara com a foto dele e ponha no rosto para assistir ao jogo. Nesta terça-feira, somos todos Neymar”, diz o texto da campanha. A agência é a mesma que lançou, em abril, a hashtag #somostodosmacacos, que virou febre na internet depois do episódio de racismo vivido por Daniel Alves na Espanha. Não será a única homenagem a Neymar na primeira partida em que ele desfalca a Seleção na Copa, por causa de lesão na terceira vértebra – a empresa área que transporta a delegação brasileira personalizou a aeronave que trouxe o grupo para Belo Horizonte estampando o jargão usado pelo jogador nas redes sociais: “#é Tóiss.


Solidariedade alemã
Antes do início da entrevista coletiva ontem, no Mineirão, o técnico da Seleção Alemã, Joachim Löw, quebrou o protocolo. Ele pediu a palavra e mandou uma mensagem especial a Neymar, demonstrando consternação com a lesão do atacante e revelando que preferia enfrentar o Brasil com o craque. “Sentimos muito por nós, pelo Brasil, por tudo. É uma situação terrível. Gostaríamos de vê-lo em campo. Desejo a melhor e mais rápida recuperação a ele.”


Peruanos na delegacia
Dois peruanos portando ingressos falsos tiveram de acompanhar policiais militares até uma delegacia próxima ao Mineirão para registro de ocorrência. Eles foram revistados num procedimento de rotina, segundo o cadete Negreiros. “Não podemos acusá-los de serem cambistas, pois não há comprovação de que venderiam os bilhetes. Eles afirmam ter comprado as entradas no site, e, de fato, duas estão nominais. Mas as outras duas, em nome de uma fabricante de cerveja, têm falsificações grosseiras, desde a textura do papel até o horário do jogo (16h)”, explicou o militar. Os ingressos falsos foram apreendidos pela polícia e os verdadeiros ficaram com o peruanos.

 (Kelen Cristina/EM/D.A Press)

Bandeira gigante
O publicitário Sebastião Pereira, de 52 anos, não tem ingresso para nenhum jogo da Copa, mas já percorreu de carro quase 16 mil quilômetros pelo Brasil para estar nas cidades onde a Seleção atua. O objetivo? Recolher assinaturas de torcedores numa bandeira gigantesca, de 8mx11m – razão de seu apelido, Tião da Bandeira. Para ter direito a gravar o nome há algumas exigências: ser brasileiro, não pisar de sapato no símbolo nacional, nem carregar bebida alcóolica. Ele calcula já ter recolhido 7 mil assinaturas “de todos os estados do Brasil” e pretende levar a bandeira aos jogadores, na Granja Comary: “Quero que eles sintam a energia dessas pessoas, muitas, como eu, não têm ingresso, mas estão abraçando a Seleção”. Questionado sobre onde vai acompanhar o Brasil x Alemanha, foi realista: “Em algum restaurante da cidade, ou até mesmo dentro do carro, que é equipado com uma TV”.


Trabalho e prazer
O entorno do Mineirão teve ares de feira, ontem à tarde. Ambulantes vendiam desde comida a camisas piratas da Seleção Brasileira e apetrechos, como chapéus e cachecóis. E não eram apenas brasileiros que tentavam faturar com o clima da Copa. Dois primos senegaleses estenderam no chão um lençol e expuseram seus produtos. A camisa do Brasil ia de R$ 30 a R$ 50 – a diferença estava na malha e no acabamento. O cachecol saía a R$ 15, mas se o cliente pechinchasse um pouquinho caía para R$ 10. “Os brasileiros não compram muito, mas os estrangeiros sim”, disse Ebo Loum, contando que mora em São Paulo há um ano e meio e trabalharia apenas ontem. “Amanhã (hoje), vou estar lá dentro”, disse, apontando para o estádio. “Comprei o ingresso pelo site da Fifa com antecedência. Também fui ao primeiro jogo, no Itaquerão, e gostei demais.”

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