Olavo Machado
Presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Sistema Fiemg)
Estado de Minas: 07/08/2014
Quanto mais se
aproximam as eleições de outubro, mais cresce a expectativa dos
eleitores em relação ao discurso dos candidatos. Pela primeira vez em
muito tempo, a sensação é a de que a atuação da classe política nos
últimos anos acabou por criar um eleitor com um novo perfil – certamente
mais exigente e menos paciente com os continuados equívocos cometidos
no Executivo e no Legislativo sob o guarda-chuva do corporativismo, do
fisiologismo e da demagogia.
Esse eleitor que emerge neste começo de século 21 sabe muito bem a força que o seu voto tem para assegurar transformações inadiáveis para a construção de um país forte em sua economia e justo na distribuição dos frutos do crescimento. É, portanto, um eleitor mais alinhado com as manifestações populares iniciadas em junho do ano passado – as manifestações legítimas e pacíficas, não a baderna e a violência. É fundamental, assim, que os candidatos estejam atentos.
O que esse novo eleitor exige dos candidatos é que olhem para o futuro e apresentem propostas que permitam vislumbrar um futuro de estabilidade e de tranquilidade para trabalhar, produzir e gerar empregos de qualidade. O passado passou – os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva não são candidatos em outubro próximo. No exercício de seus mandatos, realizaram obras importantes nos campos econômico e social. Merecem o respeito dos brasileiros, mas agora a conversa é com os candidatos que, no voto, disputam a Presidência da República em outubro. É com eles que o eleitor quer conversar nos dois meses que nos separam das urnas.
No noticiário jornalístico do dia a dia e especialmente no horário eleitoral que começa dia 19, o eleitor buscará identificar as melhores propostas para recolocar o país no rumo do crescimento econômico em taxas compatíveis com a posição do Brasil no contexto mundial. Esse crescimento, que hoje não existe, é fundamental na geração de recursos necessários para financiar políticas sociais destinadas a atender os segmentos mais carentes da população.
No objetivo de participar e oferecer sua contribuição, a Confederação Nacional da Indústria, presidida pelo conterrâneo Robson Braga de Andrade, acaba de realizar o “Diálogo da Indústria com candidatos à Presidência da República”, durante o qual entregou a cada um deles um conjunto de 42 sugestões em setores estratégicos para resgatar e ampliar a competitividade do setor no mercado interno, vítima da crescente invasão de produtos importados, e também nos grandes mercados mundiais.
As 42 sugestões eleitas como prioritárias pela indústria nacional foram definidas a partir do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 e estão divididas em 10 fatores-chave: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; tributação; e inovação e produtividade.
Alguns números que listo a seguir, como exemplo, explicam a crescente corrosão da competitividade da economia nacional, especialmente no setor industrial: os impostos cobrados no Brasil, os maiores do mundo, oneram em 10,6% o valor dos investimentos realizados no país; o custo com mão de obra elevou-se em 58% desde 1996, sem a necessária correspondência do aumento da produtividade; o Brasil gasta, com a Previdência Social, o mesmo percentual do Produto Interno Bruto (PIB) que os Estados Unidos, país onde a população idosa é 2,5 vezes superior à brasileira. São, todos, fatores que reduzem a competitividade da economia brasileira frente aos concorrentes internacionais.
A baixa competitividade da economia brasileira é consequência, igualmente, de reformas estruturais postergadas ao longo de décadas e que – espera-se – o presidente eleito em outubro próximo venha a realizar: a reforma política; a reforma tributária, com a redução dos impostos e simplificação do sistema tributário nacional; e a reforma das relações trabalhistas. Do presidente eleito, também se esperam ações efetivas no campo da infraestrutura – estradas, ferrovias, portos e aeroportos –, bem como ações destinadas a corrigir desigualdades regionais; medidas de redução da burocracia e ações efetivas no campo da educação de forma a sustentar o processo de inovação e desenvolvimento de tecnologia.
Temos no Brasil de hoje, felizmente, esse novo eleitor que tem consciência da importância do seu voto para acelerar as transformações que a sociedade brasileira exige de suas lideranças políticas e de seus governantes. Isso, em essência, é o que os candidatos às eleições de outubro próximo precisam entender, em todas as instâncias: assembleias legislativas, Câmara dos Deputados, Senado Federal, governos estaduais e Presidência da República.
Esse eleitor que emerge neste começo de século 21 sabe muito bem a força que o seu voto tem para assegurar transformações inadiáveis para a construção de um país forte em sua economia e justo na distribuição dos frutos do crescimento. É, portanto, um eleitor mais alinhado com as manifestações populares iniciadas em junho do ano passado – as manifestações legítimas e pacíficas, não a baderna e a violência. É fundamental, assim, que os candidatos estejam atentos.
O que esse novo eleitor exige dos candidatos é que olhem para o futuro e apresentem propostas que permitam vislumbrar um futuro de estabilidade e de tranquilidade para trabalhar, produzir e gerar empregos de qualidade. O passado passou – os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva não são candidatos em outubro próximo. No exercício de seus mandatos, realizaram obras importantes nos campos econômico e social. Merecem o respeito dos brasileiros, mas agora a conversa é com os candidatos que, no voto, disputam a Presidência da República em outubro. É com eles que o eleitor quer conversar nos dois meses que nos separam das urnas.
No noticiário jornalístico do dia a dia e especialmente no horário eleitoral que começa dia 19, o eleitor buscará identificar as melhores propostas para recolocar o país no rumo do crescimento econômico em taxas compatíveis com a posição do Brasil no contexto mundial. Esse crescimento, que hoje não existe, é fundamental na geração de recursos necessários para financiar políticas sociais destinadas a atender os segmentos mais carentes da população.
No objetivo de participar e oferecer sua contribuição, a Confederação Nacional da Indústria, presidida pelo conterrâneo Robson Braga de Andrade, acaba de realizar o “Diálogo da Indústria com candidatos à Presidência da República”, durante o qual entregou a cada um deles um conjunto de 42 sugestões em setores estratégicos para resgatar e ampliar a competitividade do setor no mercado interno, vítima da crescente invasão de produtos importados, e também nos grandes mercados mundiais.
As 42 sugestões eleitas como prioritárias pela indústria nacional foram definidas a partir do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 e estão divididas em 10 fatores-chave: educação; ambiente macroeconômico; eficiência do Estado; segurança jurídica e burocracia; desenvolvimento de mercados; relações de trabalho; financiamento; infraestrutura; tributação; e inovação e produtividade.
Alguns números que listo a seguir, como exemplo, explicam a crescente corrosão da competitividade da economia nacional, especialmente no setor industrial: os impostos cobrados no Brasil, os maiores do mundo, oneram em 10,6% o valor dos investimentos realizados no país; o custo com mão de obra elevou-se em 58% desde 1996, sem a necessária correspondência do aumento da produtividade; o Brasil gasta, com a Previdência Social, o mesmo percentual do Produto Interno Bruto (PIB) que os Estados Unidos, país onde a população idosa é 2,5 vezes superior à brasileira. São, todos, fatores que reduzem a competitividade da economia brasileira frente aos concorrentes internacionais.
A baixa competitividade da economia brasileira é consequência, igualmente, de reformas estruturais postergadas ao longo de décadas e que – espera-se – o presidente eleito em outubro próximo venha a realizar: a reforma política; a reforma tributária, com a redução dos impostos e simplificação do sistema tributário nacional; e a reforma das relações trabalhistas. Do presidente eleito, também se esperam ações efetivas no campo da infraestrutura – estradas, ferrovias, portos e aeroportos –, bem como ações destinadas a corrigir desigualdades regionais; medidas de redução da burocracia e ações efetivas no campo da educação de forma a sustentar o processo de inovação e desenvolvimento de tecnologia.
Temos no Brasil de hoje, felizmente, esse novo eleitor que tem consciência da importância do seu voto para acelerar as transformações que a sociedade brasileira exige de suas lideranças políticas e de seus governantes. Isso, em essência, é o que os candidatos às eleições de outubro próximo precisam entender, em todas as instâncias: assembleias legislativas, Câmara dos Deputados, Senado Federal, governos estaduais e Presidência da República.
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