Brasília –
Tratada nos últimos anos como uma parceria que amadureceu, a relação
entre Brasil e Estados Unidos entrou em prova de fogo após a decisão da
presidente, Dilma Rousseff, de adiar a visita de Estado a Washington,
programada para outubro. O governo brasileiro concluiu que não há clima
para o compromisso depois de considerar insatisfatórias as explicações
da Casa Branca sobre as denúncias de espionagem no Brasil. Jornais
internacionais alertaram que a medida representa um revés para o
relacionamento dos países. Analistas consultados pelo Estado de Minas
afirmam que a atitude de Dilma não muda nada na agenda dos dois países,
enquanto o equilíbrio for mantido, mas que a situação criou um clima de
desconfiança entre setores comerciais dos países.
O equilíbrio observado no tratamento ao tema, segundo o especialista da agência de análise de risco Eurasia Group (Nova York) João Augusto de Castro Neves, será fundamental a partir de agora para impedir uma deterioração nas relações. Uma tarefa que muito dependerá da presidente Dilma, que levará o assunto para seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. A decisão da presidente, para ele, já levou em consideração esse equilíbrio ao usar a expressão "adiar" e não "cancelar" a visita — a primeira no segundo mandato de Obama. "É um grande desafio para ela. Pessoalmente, porque não quer afetar esse canal de negócios com os EUA, mas ao mesmo tempo tem de demonstrar altivez e autonomia ao público brasileiro, os eleitores", avaliou. O cientista político especialista nas relações entre Brasil e EUA da American University (Washington) Matthew Taylor diz que “os dois lados sabem que não há ganhos sensíveis em extrapolar na discordância" e que não convém levar esse embate às últimas consequências".
Para alguns jornais internacionais, a decisão significou um retrocesso nas relações entre os dois paíse que evoluíram nos últimos anos, como afirmou o Financial Times, graças ao investimento de capital político de Dilma e Obama. O New York Times, por sua vez, assinalou que a decisão "ameaça reverter anos de esforços de Washington para reconhecer o perfil crescente do Brasil no mundo em desenvolvimento e neutralizar a crescente influência da China".
O equilíbrio observado no tratamento ao tema, segundo o especialista da agência de análise de risco Eurasia Group (Nova York) João Augusto de Castro Neves, será fundamental a partir de agora para impedir uma deterioração nas relações. Uma tarefa que muito dependerá da presidente Dilma, que levará o assunto para seu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. A decisão da presidente, para ele, já levou em consideração esse equilíbrio ao usar a expressão "adiar" e não "cancelar" a visita — a primeira no segundo mandato de Obama. "É um grande desafio para ela. Pessoalmente, porque não quer afetar esse canal de negócios com os EUA, mas ao mesmo tempo tem de demonstrar altivez e autonomia ao público brasileiro, os eleitores", avaliou. O cientista político especialista nas relações entre Brasil e EUA da American University (Washington) Matthew Taylor diz que “os dois lados sabem que não há ganhos sensíveis em extrapolar na discordância" e que não convém levar esse embate às últimas consequências".
Para alguns jornais internacionais, a decisão significou um retrocesso nas relações entre os dois paíse que evoluíram nos últimos anos, como afirmou o Financial Times, graças ao investimento de capital político de Dilma e Obama. O New York Times, por sua vez, assinalou que a decisão "ameaça reverter anos de esforços de Washington para reconhecer o perfil crescente do Brasil no mundo em desenvolvimento e neutralizar a crescente influência da China".
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