quarta-feira, 30 de abril de 2014

CINE PE » Estreia do menino Carolina Braga

Estado de Minas: 30/04/2014 

O garoto Lino Facioli vive Fernando, em O menino no espelho (Gustavo Baxter/Divulgação)
O garoto Lino Facioli vive Fernando, em O menino no espelho


Recife %u2013 Foram sete anos de projeto e agora é chegado o momento do frio na barriga. %u201CAquele cinema é gigante. A gente sempre fica assustado quando chega lá na frente%u201D, revela o diretor Guilherme Fiúza. É o que ele fará hoje, na estreia de O menino do espelho, longa baseado no livro de Fernando Sabino. A escolha do Cine PE foi estratégica.

O menino do espelho ficou pronto há 15 dias. Com estreia no circuito comercial marcada para 19 de junho, o festival realizado no Recife seria o único capaz de abrigá-lo antes do lançamento. Há também uma questão de público. A plateia pernambucana é conhecida como volumosa e aberta a esse tipo de proposta. %u201CÉ um filme de caráter família, muito voltado para o público infantojuvenil. No Brasil não tem muitas produções nesse gênero%u201D, comenta o diretor.

Mateus Solano e Regiane Alves são algumas estrelas do elenco, protagonizado pelo pequeno Lino Facioli. É ele %u2013 que também tem no currículo uma ponta na cultuada série Game of thrones %u2013, quem dá vida a Fernando, o garoto que sonhava ter um sósia e um belo dia vê seu desejo realizado. A história se passa na Belo Horizonte dos anos 1930. Guilherme Fiúza conta que evitou fazer um filme nostálgico. O menino do espelho é, sim, emotivo. %u201CO cinema que tento fazer é aquele que emociona, que toca, que comove.%u201D

Documentários Segunda-feira foi noite de cinema vazio no Cine Teatro Guararapes, em Olinda. O documentário E agora? Lembra-me, do português Joaquim Pinto, foi um teste de paciência. Em quase três horas de duração, o diretor compartilha com o público as sensações e visões sobre o próprio cotidiano, durante o teste de novas drogas para tratamento da hepatite C. Não se trata de um filme médico, mas de memórias.

Joaquim não tem a menor pressa em nos apresentar como encara a própria rotina. É como se a repetição dos ciclos também contasse algo ao espectador: o quanto a vida é circular. E agora? Lembra-me tem longos silêncios, planos estáticos e duradouros. Praticamente não há diálogos. É o próprio Joaquim quem narra o diário.

O último filme da noite foi o documentário pernambucano Corbiniano, sobre o artista plástico José Corbiniano Lins. Ao lado de Francisco Brennand e Abelardo da Hora, é considerado um dos ícones da arte em escultura do estado. É nítido o quanto o filme dirigido por Cezar Maia deseja homenagear seu personagem, mas o faz de uma maneira tradicional e bairrista, já que todos os entrevistados são conterrâneos. 

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