Jaeci Carvalho
Publicação: 13/06/2014
Um site divulgou que Felipão é o quarto treinador mais bem pago entre os 32 da Copa do Mundo. Falso. Há alguns meses, em amistoso nos Estados Unidos, o presidente da CBF, José Maria Marin, revelou a este colunista que acertou com o técnico por R$ 350 mil mensais. Assim, em 12 meses, dão R$ 4,2 milhões, uma bela quantia, mas bem distante dos R$ 850 mil publicados no site. O dirigente foi além: o salário foi o que menos pesou no acerto, e o coordenador Carlos Alberto Parreira ganha igual. Aqui no Brasil parece tudo certo entre Felipão e o fisco, mas não custa lembrar que em Portugal ele é processado por suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
AQUI NÃO!
O hotel em que a Seleção se concentrou em São Paulo foi invadido na quarta-feira por empresários e amigos de jogadores. A cada hora chegava um, liberado pelo chefe da segurança do time. Ao saber disso, o presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero, ligou para a comissão técnica e deu uma bronca, determinando que o fato não se repita. Desde que a equipe se reuniu em Teresópolis (foto), a ordem era para nenhum empresário se aproximar dos atletas, mas parece que teve gente fazendo ouvido de mercador. O cartola chegou a ameaçar demitir o chefe da segurança, mas recebeu a garantia de que era a última vez neste Mundial. Os jogadores que receberam os visitantes se calaram, temendo represália.
COM OS NETINHOS
Maior ídolo da torcida do Flamengo e um dos maiores jogadores da história do futebol, Zico não vai comentar a Copa para nenhuma emissora de TV. Prefere ficar em casa, curtindo os netos, filhos e a mulher. Ele me disse que acredita no Brasil como um dos favoritos. Questionado sobre o time titular ter reservas em clubes, disse que o futebol mudou e não pode mais viver de saudosismo. Ele só vai ao Maracanã na final, seja quem forem os finalistas, mas é claro que torce para o time canarinho estar lá em 13 de julho. Zico não foi campeão do mundo pelo Brasil, mas se orgulha de fazer parte de uma seleção eleita como das melhores de todos os tempos, a de 1982. Mesmo eliminada pela Itália, pelo grupo de craques que tinha, ela jamais será esquecida.
UM OLHO NO MUNDIAL, OUTRO NA FMF
O presidente eleito da Federação Mineira de Futebol, Castellar Guimarães Neto, esteve ontem no Itaquerão, como os demais presidentes de federações, com as mulheres, para assistir à abertura da Copa. Ele tomará posse na FMF na segunda-feira. O novo dirigente está contratando Paulo Bracks, auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, para sua equipe de trabalho. O escolhido, que é mineiro, se desliga hoje do STJD. O próximo passo será reduzir a dívida fiscal, da qual quase R$ 25 milhões parecem ter prescrevido. Ele pretende manter algumas pessoas em seus cargos, entre elas a assessora de imprensa, Nina Abreu, e o tesoureiro, e interventor, Cristiano Aguiar de Pinho, mas quer diminuir o quadro da entidade. Castellar também procura um andar para instalar a sede da Federação.
PRÊMIO E LIMPEZA
A CBF levou todos os diretores, com as mulheres, para a abertura da Copa. Uma espécie de prêmio aos “fiéis” colaboradores da gestão Ricardo Teixeira mantidos no cargo. Logo depois da competição, o presidente eleito, Marco Polo del Nero, pretende fazer uma limpeza na casa, preenchendo cargos com gente de sua confiança. Ele só assumirá em abril de 2015, mas ganhou carta branca de Marin. A diretoria de finanças, ocupada antes por Antônio Ozório, é tocada desde o ano passado pelo próprio Del Nero, que anda enxugando contas e fiscalizando até compra de sabonetes.
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